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Fazendo as malas: um pouco do que aprendi

“E lá vamos nós!!!”

Várias viagens se passaram desde a última vez que escrevi algo sobre malas, daí porque aproveito a véspera de uma verdadeira aventura para voltar ao assunto.

Não tenho dúvidas que cada um tem um estilo de “fazer as malas”. Se vocês abrirem 10 malas no aeroporto, a quantidade de passageiros que transporta os mesmos tipos de itens provavelmente será pequena.

Às vezes, assistindo A Batalha das Malas, um programa do TLC onde são mostrados leilões de malas perdidas e não reclamadas nos aeroportos, fico surpreso com as coisas que as pessoas carregam.

No melhor estilo “cada cabeça uma sentença”, ou melhor, cada passageiro um estilo de mala, elas refletem as necessidades de cada um, a personalidade do passageiro.

Ainda que o que é bom para mim pode não ser para vocês, e vice-versa, sempre é bom trocar algumas dicas a respeito. Já aprendi muito tanto apanhando sozinho quanto observando os outros. 

Quem for marinheiro de primeira viagem, não se desespere, nas primeiras vezes todo mundo quer levar o mundo nas costas, ou melhor, nas malas. Natural. 

Com o tempo você aprende que não precisa levar tantas roupas, que alguns itens combinam com tudo. E de outro lado, que alguns itens banais e pequenos podem salvar a sua pele durante a viagem, e por ai vai. 

Para mim, arrumar as malas serve como uma forma não só de já ir curtindo a viagem, mas também de amenizar aquela moléstia conhecida como “ansiedade-pré-viagem” (Rsss). Pois é, coisa de travel addicted mesmo. 

Se eu tivesse que abrir uma loja, certamente seria algo como gadgets para viagem. Aliás se alguém conhecer uma assim, deixe a dica nos comentários!

Mas vamos ao que interessa. Como o Cumbicão faz as malas? 

As minhas humildes sugestões são as seguintes: 

O primeiro passo é, escolher qual o melhor momento de fazer as malas. Cada um tem o seu tempo, mas considero importante não deixar para a última hora, porque ai se lhe faltar algum item, será mais difícil providenciá-lo. 

Sugiro como segundo passo, considerando o seu destino (praia, cidade, ou montanha), verificar a previsão do tempo para determinar o tipo de roupa a levar – eu sei, parece óbvio, mas tem gente que nem liga para isso.

Calcule a quantidade de dias x mudas de roupas. Eu particularmente sempre levo uma quantidade menor. Invariavelmente acabo comprando algo no destino e dependendo das facilidades encontradas lá, até lavo algumas peças mais leves. 

Ao fazer as suas malas, lembre-se: ao menos que você tenha um carregador particular 24 horas por dia, você terá que carregar sua própria mala. Então é hora de pegar leve! Deixe o peso para a volta e eventuais compras.

Para pesar malas, vale desde aquelas balanças de banheiro até aquelas portáteis. Baratas e muito úteis durante a viagem.

Antes mesmo de sair tirando tudo do armário, sugiro que você faça uma lista, um check-list de tudo que precisa levar. Evita bagunça e lhe ajudará a não esquecer itens importantes. 

Roupas separadas, costumo colocar tudo dobrado num lugar ter uma visão completa não só dos itens, mas também do volume total. Ajuda a perceber eventuais exageros…

Separando o essencial!

Uma vez definido o que levar, tenho por hábito colocar as roupas semelhantes num daqueles sacos plásticos transparentes (como aqueles das feiras nos supermercados). 

Ajuda a deixar a mala mais organizada; a encontrar mais facilmente um item; e de quebra ainda facilita eventual inspeção nos aeroportos. 

Para as roupas sujas, nada melhor que aqueles sacos de lavanderia. Identifique suas malas, se possível com mais de uma etiqueta, e leve outras adicionais por conta da “delicadeza” do pessoal que trabalha no aeroporto. Particularmente, costumo colocar também uma adicional com o seu itinerário, indicando em que hotel estarei nos próximos dias. Assim eles podem lhe entregar a mala ainda durante a viagem.

Não esqueça de levar cadeados para as malas, preferencialmente aqueles homologados pela TSA, que possibilitam a abertura pelas autoridades sem que as suas malas sejam danificadas. Por precaução, leve sempre mais de um jogo de chaves.

Levo também alguns lacres tipo “enforca gato”. Neste post explico o motivo.

Algo muito importante e que muita gente deixa para trás é a farmácia. Tem muita gente que acredita que dependendo do destino não precisa levar remédio porque tem de tudo e é relativamente mais barato que aqui – EUA por exemplo.

Como sou mais receoso, prefiro levar ao menos o essencial: termômetro; anti-alérgico; anti-inflamatório; remédio para gripes, resfriados e febre; curativos tipo Band-Aid; remédio para dor de cabeça; enjôo; algo para o fígado – tipo Epocler®; um relaxante muscular para dores no corpo; algo para limpar pequenos ferimentos, como por exemplo Rifocina®; sal de frutas; e (Ufa!) Vick®. Isto é para mim o essencial.

Tenho por hábito dividir estes itens, na medida do possível, nas duas malas, assim ambos teremos o essencial em pequenas quantidades.

Ah, não se esqueça das bulas! A menos que os itens que você esteja levando sejam daqueles que não necessitam de prescrição, leve a receita médica se possível. Isto ajudará a provar eventual quantidade mais elevada de medicamentos (para uma estada longa e uso contínuo), e também se precisar comprar mais lá.

Não menos importante são os itens de perfumaria. Cada um tem a sua lista, então sugiro que você liste de forma abrangente aquilo que usa diariamente ou de acordo com o seu destino, como por exemplo protetor solar e repelente de insetos.

Uma coisa que aprendi com a Sra. Cumbicona é remover os itens de seus recipientes originais se eles forem muito grandes. Imagine levar um frasco de xampu de 200ml para passar uma semana… Não lhe parece um peso morto na mala? Ocupando espaço de coisas mais úteis? Avalie.

Só tome muito cuidado na escolha do recipiente, pois, originais ou não, muitos não suportam a variação de pressão e acabam na melhor hipótese vazando na mala. Já tive frascos que praticamente explodiram, lambuzando tudo. 

Eu garanto, abrir a mala e ver as roupas cheias de xampu, por exemplo, não é nada legal.

Se você ficar na dúvida, sugiro colocar dentro de um saco plástico.

Na mala de bordo, além daqueles itens que não se deve despachar (itens de valor, por exemplo), gosto de ter uma espécie de kit conforto próprio: almofada de bordo; tapa-olhos; um remédio para ajudar a dormir (consulte seu médico antes!!!); pasta de dente e escova; fones noise-canceling (aqueles que reduzem drasticamente o ruído da turbina); Snif® (uma solução nasal de cloreto de sódio a 0,9% que ajuda a fluidificar as vias nasais) e Vick® (não suporto o ar seco do avião!); chicletes (para ajudar a me livrar daquela dor pela descompressão do ouvido típica do pouso/decolagem; e caneta para preencher os formulários de imigração.

Enquanto não inventarem tele-transporte….

Tem gente que coloca também desodorante, perfume, hidratante e outros tantos itens.

Só é preciso tomar cuidado para não ultrapassar os 100ml regulamentares para líquidos e cremes à bordo. Vale lembrar que os recipientes devem ser embalados em uma bolsa plástica transparente, com fecho hermético (tipo ziplock), com no máximo 20 cm x 20 cm (8 pol. x 8 pol.).

Estes itens ajudam, na medida do possível para um vôo menos cansativo e mais confortável.

Na linha de utilidades, levo um guarda-chuvas leve e pequeno; relógio; óculos de sol; um boné; aquele porta-dinheiro que fica escondido, e etc. 

Também não viajo sem ter na mala de bordo os gadgets essenciais: máquinas fotográficas (com carregadores, tripé, cartões, lentes, e baterias sobressalentes); notebook ou tablet (e carregadores); HD externa para armazenar as fotos e vídeos; adaptador de tomadas e um bom e velho benjamin; o santo e essencial smartphone (não esqueça do carregador).

Hoje não dá para viajar sem os inseparáveis eletrônicos.

Fora isso ainda tenho por hábito levar uma série de itens pouco usuaisPor exemplo, um cabide daqueles descartáveis para pendurar roupas fora do armário do quarto (a maioria dos hotéis têm cabides fixos no guarda-roupas). Lembre-se daquele troque útil de colocar a roupa no vapor do banheiro para desamassar – não resolve, mas ajuda. 

Nunca fui escoteiro nem aprendiz de MacGyver, mas levo também canivete/tesoura/estilete (na mala que despacha hein!); abridor de lata (daqueles mais comuns que abrem garrafa também) e saca-rolhas (deixar de tomar um bom vinho comprado em supermercado a preço de banana é crime!); aqueles amarradores de pão; silver tape para reparos; um conjunto bem simples de garfo/faca/colher para um lanche; um kit costura daqueles bem pequenos para emergências; um pouco de plástico bolha para embrulhar compras frágeis na volta.

Como não dá para viajar sem dinheiro: em espécie; cartões de débito; pré-pagos; crédito (todos devidamente liberados para uso no exterior). 

E por vim: passaporte; vistos (se for o caso); certificado de vacinação contra febre-amarela (se for o caso); carteira de habilitação (nacional e PID = Permissão Internacional para Dirigir); passagens; reservas de hotéis e passeios; documentação do seguro viagem e números de emergência anotados; e cartões de fidelidade das empresas aéreas.

Costumo sempre ter, adicionalmente, uma cópia destes documentos na mala, e digitalizá-los para o e-mail. 

Ops, e o mais importante, as anotações de viagem com as dicas! 

Todo mundo pronto??? 

Então como diz a Sra. Cumbicona: E lá vamos nós!!!

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1 comentário

Anônimo 1 de setembro de 2013 at 01:03

Parabéns pelo seu blog. Ajuda muito. Encontrei esse blog num momento em que pesquisava sobre saque no exterior durante minha primeira viagem internacional para Buenos Aires. Ajudou bastante. Obrigada pelas dicas!

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