O lance é mais ou menos o seguinte.
Você tem uma passagem para Miami e 12 dias de férias meio que fora de época para comprar as coisas para o seu filho que irá nascer. Mas considera que passar todos estes dias em Miami não faz lá muito o seu gosto – a cidade é sim muito bacana, mas 12 dias?!?!. Some ainda que a veia consumista e a conta bancária não são tão fortes assim.
Viajante desesperado por conhecer lugares novos, o que você faz? Cota lugares ao redor. Key West? Não dá, os preços estão proibitivos por conta de uma espécie de carnaval de rua que irá rolar lá no período da sua viagem. Já sei, Orlando! Não, sua esposa está nos últimos meses de gravidez, e é sacanagem levar uma grávida para camelar o dia inteiro de parque em parque sem que ela possa aproveitar muitos dos brinquedos. Fora que você considera que será mais proveitoso ver o Mickey com o seu filho junto.
Já sei! Vamos fazer um cruzeiro pelo Caribe. Algo com um custo benefício excelente! Hum, não vai rolar, já judiei muito da Sra. Cumbicona levando ela para a Ásia grávida. Ai já é abusar da coragem da pessoa! Grávida em cruzeiro não dá.
Olha daqui, olha dali, eis que surge num custo benefício melhor que feriado na Bahia, a opção de ir para Bahamas.
Foi assim, meio que por acaso que fomos parar neste arquipélago Caribe.
E o que eu sabia do destino? Quase nada, salvo que era um paraíso fiscal onde gostaria de ter uns bons trocados depositados e um excelente destino para mergulho.
Já pelo nome oficial do país (Commonwealth das Bahamas), fica bem clara a influência inglesa no pedaço. Como dissemos em outras oportunidades, Commonwealth é o nome dado à comunidade dos países que têm uma relação com o Reino Unido, normalmente ex-colônias britânicas.
Tanto que além da língua oficial eles adotaram da terra da rainha a mão de direção. Portanto, fique atento! E para piorar, a maioria dos carros, até pela praticidade, são importados dos EUA. Ai já viu a confusão!
Bahamas como muitos sabem é um país insular (não via esta expressão desde a 6ª série!). Mas o que poucos sabem, é que o país não é só formado por uma dúzia de ilhas, mas mais de 700 ilhas, ilhotas, e ilhéus (ok, só faltou eles contarem os montinhos de areia…). Enfim, é ilha que não acaba mais.
As principais ilhas habitadas são: Bimini (a mais próxima dos EUA); Abaco; Grand Bahama; Inagua; Andros (a maior delas); Eleuthera; Cat Island; Long Island; ilha de San Salvador; Acklins; Crooked Island; Exuma; Mayaguana; e New Providence (onde está a capital Nassau).
Do alto, terra, corais e bancos de areia num mar azul. |
Muitos de vocês podem não se lembrar, mas Bahamas foi o primeiro ponto de desembarque de Cristovão Colombo em 12 de outubro de 1492. É verdade que existe uma grande controvérsia a respeito de qual teria de fato sido de desembarque, não só por conta da quantidade de ilhas como citamos, mas principalmente pela imprecisão dos registros históricos versus a nomenclatura atual das ilhas. Muitos acreditam que isto teria acontecido na ilha de San Salvador.
Interessante que mesmo sendo o primeiro ponto de parada da esquadra espanhola, o território até então dominado pelos nativos Lucayans jamais foi colonizado. Infelizmente, registros históricos dão conta que, na verdade, tudo que os espanhóis fizeram ali foi escravizar e consequentemente exterminar esta população.
Bahamas permaneceu abandonada e praticamente inabitada até que em 1648 os ingleses enviaram colonos para a região, e em 1718 oficialmente a declararam colônia inglesa.
Foi justamente neste hiato que a pirataria floresceu na região, tendo Bahamas como um de seus principais focos de atuação, inclusive do famoso Barba Negra. Dizem que a decisão de colonizar em definitivo a região foi justamente para tentar acabar com a farra dos piratas.
Esta soberania britânica manteve-se de forma oficial até 10 de Julho de 1973, quando então foi declarada a independência de Bahamas da corroa britânica.
A população é composta em sua grande maioria por descendentes de africanos (90%). Interessante notar que como a escravatura foi abolida primeiramente em Bahamas (por volta de 1807), em relação aos EUA; algumas centenas de escravos americanos fugiram da Flórida para o arquipélago.
Quase que a totalidade dos habitantes de Bahamas professam variações do cristianismo, sendo a maioria deles de batistas (35,4%). Uma pequena parcela, entre 3% e 2% são de não cristãos, divididos entre judeus, muçulmanos, hindus, rastafáris, e praticantes de obeah (uma religião local com raízes africanas).
Ainda que a língua oficial seja o inglês, muitos moradores falam um dialeto local.
Economicamente, Bahamas passou a ser conhecido como um paraíso fiscal e a receber uma grande quantidade de turistas a partir da década de 60. Infelizmente esta prosperidade econômica não conseguiu afastar a desigualdade que ainda persiste em Bahamas. Andando pelos arredores da capital Nassau, vimos que existe sim áreas mais humildes. E olha que Bahamas ocupa a 49ª posição no IDH e tem a 34ª maior renda per capita.
Atualmente o turismo é considerado a principal atividade econômica do arquipélago, empregando praticamente metade da população. Duvida? Basta reparar na quantidade de cruzeiros atracados no porto local.
A conhecida fama de paraíso fiscal de Bahamas vem de uma série de vantagens que estão previstas na legislação, mas também da inexistência de imposto de renda, imposto sobre ganhos de capital, imposto sobre valor agregado (IVA); quanto menos impostos sobre grandes fortunas. Enquanto isso no Brasil…
Culturalmente, por conta da mistura das culturas africanas com povos europeus, Bahamas é bastante semelhante às outras ilhas do Caribe. Isto pode ser notado desde o carnaval local, chamado de Junkanoo, até algumas práticas religiosas como o obeah, uma espécie de candomblé (todavia considerado ilegal pelas autoridades locais).
Alguns mitos povoam a cultura local. O mais interessante deles é a crença de que a Cidade Perdida de Atlantis teria existido onde hoje é Bimini.
Situada na ilha de New Providence e com pouco mais de 248mil habitantes, Nassau é a capital e cidade mais populosa de Bahamas. O país ao todo tem aproximadamente 353 mil habitantes.
A cidade foi fundada no século XVII, então com o nome de Charles Town; mas acabou sendo destruída pelos espanhóis em 1684. Reconstruída, foi rebatizada de Nassau em 1695. Ela já foi dominada por piratas nos idos de 1700, sendo retomada pelos britânicos e chagando até mesmo a ser invadida pelos americanos durante a Guerra da Independência Americana.
Como sempre, vamos às dicas práticas para você curtir suas férias nas Bahamas.
Como chegar? Não existem voos diretos entre o Brasil e Bahamas, e as melhores conexões são via Miami ou Panamá pela Copa. Nós optamos por comprar o bilhete com a American Airlines com uma rápida escala em Miami. As malas foram etiquetadas diretamente para Nassau já no aeroporto de Guarulhos.
O voo super curto, pouco menos que 1 hora foi feito pela subsidiária da American Airlines, a American Eagle num Embraer RJ-175. Com 1,83m me senti para lá de apertado. Mais parecia que estava voando de jatinho.
Uma atenção especial é que para este voo a franquia de 1 peça de 23kg (50lbs) para despachar. Deixe as compras para a volta aos EUA! E mais, nem a bagagem de bordo eles deixaram levar à bordo, tivemos que despachar na porta do avião.
Embora muitos visitantes visitem Nassau só de passagem durante os cruzeiros, aqueles que pretendem permanecer na ilha chegam pelo Aeroporto Internacional Lynden Pindling, o principal de Bahamas. Ele fica a cerca de 16 km a oeste do centro de Nassau e recebe, além de voos regionais, aeronaves vindas principalmente dos Estados Unidos, Canadá, e Reino Unido.
O aeroporto não é grande, mas é bem moderno e confortável. |
E tem conexão com as principais cidades dos EUA. |
O aeroporto é pequeno, mas para o tamanho da ilha é excelente. Conta com algumas lojas e restaurantes, além de wi-fi gratuito por 30 minutos. Logo no terminal de chegada, aproveite para visitar o escritório do Ministry of Tourism, onde são disponibilizados mapas da ilha e informações turísticas. Funciona diariamente das 9h00 às 23h00.
A melhor forma de transporte até a cidade ou o seu hotel, certamente são os táxis. Só para dar uma ideia, para Cable Beach, a corrida sai aproximadamente US$ 18 para dois passageiros (+ US$3 por passageiro adicional).
Quanto tempo? Olha, é como sempre digo, depende do seu ritmo de viagem e interesses pessoais. Se você curte mergulhar, dá para passar fácil uma semana ali, mas senão, uns 3 ou 4 dias bastam para conhecer bem Nassau. Ficamos 4 dias e deu para ver tudo e mergulhar. Agora se você tiver oportunidade de conhecer outras ilhas nas Bahamas, ai sim vale passar mais tempo por lá, até porque o deslocamento entre as ilhas não me pareceu muito simples não.
Onde ficar? Nassau tem uma rede hoteleira fantástica, com muitos resorts e hotéis de redes internacionais renomadas. Uma má notícia para quem quer economizar um pouco é o fato de que na capital parece faltar uma maior oferta de hotéis menores e/ou mais simples.
Ou seja, ou você fica em um hotel de grande porte ou parte para aluguel no estilo Airbnb.
Nós optamos pelo antigo Sheraton Cable Beach Resort que foi adquirido recentemente pela rede Meliá e hoje funciona sob o nome de Meliá Nassau Beach Resort. Então, como muito provavelmente a administração tenha alterado o nível de serviço e o transformou em all inclusive, deixo de fazer o review avaliando o hotel. Mas pesquisando a respeito, notei que muito da excelente infraestrutura foi mantida pela rede Meliá.
Precisa de visto? De acordo com informações oficiais, brasileiros não necessitam de visto de turista em Bahamas. O interessante foi que na saída de Nassau para Miami, passamos por uma imigração americana ainda na ilha. Sim, isto mesmo. Depois de fazer o check-in e passarmos pela segurança, fomos surpreendidos por uma série de quiches onde oficiais da imigração dos EUA faziam aquela entrevista padrão. Alguém ai conhece outro exemplo de “imigração de um país dentro do outro”???
Fuso: no geral é uma hora para trás do horário de Brasília. O mesmo fuso que Miami, por exemplo.
A moeda oficial é o dólar das Bahamas. O legal é que o viajante não precisa se preocupar com o câmbio, pois ele equivale ao valor do dólar dos Estados Unidos. Algumas lojas simplesmente aceitam dólares americanos – mas o troco costuma ser em dólares de Bahamas.
É bastante fácil sacar dinheiro direto do cartão de débito nos ATMs espalhados pela cidade, e cartões de crédito são aceitos na maioria dos estabelecimentos.
Embora seja um paraíso fiscal, não espere encontrar nenhum banco brasileiro por lá! Aliás a grande maioria dos bancos locais nem são conhecidos do público em geral.
Gorjetas são bem vindas, na média um ou dois dólares por mala ao carregador. A maioria dos restaurantes já incluem uma taxa de serviço de 15%.
Na linha do espero não precisar, mas é bom saber, a embaixada brasileira fica na 83 Shirley Street, Sandringham House, ground floor. Sem querer almoçamos no restaurante com o corpo diplomático local; pessoal super bacana.
A voltagem em Bahamas é igual a nossa (110v), mas as tomadas são daquelas de pinos chatos, como nos EUA.
Bahamas tem no seu clima uma grande vantagem: faz calor o ano todo. Só existe uma maior incidência de chuvas nos meses de agosto e setembro, sendo setembro o período com maior possibilidade de furações. Sim, Bahamas, assim como alguns outros destinos do Caribe está na chamada rota dos furações. Confira ai as médias mês a mês:
Mês
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Jan
|
Fev
|
Mar
|
Abr
|
Mai
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Set
|
Out
|
Nov
|
Dez
|
Média alta
|
22.8
|
23.2
|
24.6
|
26.5
|
27.7
|
29.5
|
29.9
|
28.3
|
26.4
|
24.8
|
22.5
|
21.5
|
Média baixa
|
16.8
|
17.0
|
19.9
|
21.6
|
23.1
|
24.5
|
25.0
|
24.6
|
22.8
|
20.4
|
17.9
|
16.2
|
Chuva mm
|
54.7
|
51.7
|
53.8
|
52.4
|
65.6
|
92.9
|
114.3
|
155.5
|
175.8
|
109.1
|
68.5
|
56.9
|
Como locomover-se? Em Nassau, você até pode optar por alugar um carro, mas como já disse a mão de direção é inglesa. Além deste fator que pode ser um complicador para algumas pessoas, considere ainda que as atrações não estão lá muito distantes umas das outras.
Como eram poucos dias, optei por utilizar táxis e ônibus.
Para o trajeto de/para o aeroporto, salvo você tenha algum transfer contratado com o seu hotel, a melhor alternativa é táxi mesmo.
Já para os deslocamentos do dia-a-dia, optamos por utilizar as linhas de ônibus disponíveis. Ok, por mais que os ônibus não sejam lá tão limpos e belos quando por exemplo um ônibus em Londres, eles servem muito bem ao proposito.
A primeira vantagem é que vocês encontrarão linhas que servem a literalmente todas as ações da ilha. Se você ficar na dúvida, os simpáticos motoristas irão lhe orientar e avisar em que ponto descer, mas está tudo muito bem indicado.
A segunda é o preço, uma pechincha. Para dar uma ideia, a viagem custa em média 1,25 dólares de Bahamas. Não falei que era um bom negócio?
Além disso é uma ótima oportunidade de ver de perto como vive a população local. E não pensem que vocês serão os únicos estrangeiros à bordo dos ônibus não, muitos turistas também fazem uso deles!
Bahamas tem um excelente portal na internet, e um outro, menor, dedicado a Nassau. Uma vez lá, existem dois postos de informação. Um no hall de chegada do aeroporto e outro no centro da cidade, na Festival Place, próximo ao porto.
Mas e ai? O que tem para fazer em Nassau? Embora pouco conhecida, a cidade tem uma quantidade razoável de atrações: curtir as praias de areias brancas, mergulhos, compras, esportes náuticos, e cassinos.
A primeira atração que eu destacaria de Bahamas é o hotel Atlantis. Não dá para ir para lá e passar desapercebido por esta descomunal construção. Ok, você pode até dizer coisas do tipo: “Ah, eu não vou, é muito artificial!”. Eu era um que pensava assim até conhecer o de Dubai.
Diferentemente do que parece, não é um único hotel, mas sim 6 hotéis em um só complexo. Cada um deles com uma característica, público e custo diferente.
O complexo é tão grande que emprega nada menos que 6 mil pessoas, o que faz do Atlantis o segundo maior empregador depois do governo local.
Desde 1998, este complexo hoteleiro situado em Paradise Island (diante de Nassau) é a principal atração de Bahamas. Digo atração porque mesmo que você não fique lá hospedado (o que eu acho que seria muito bacana!), você pode visitá-lo usando um tour ou um day pass.
Mas existe um detalhe, se você olhar o site oficial do hotel, você não encontrará nada sobre os bilhetes. Estranho né? Acontece que os ingressos são comprados diretamente no hotel. Não existe compra antecipada no site. O motivo disto é que a oferta de bilhetes fica condicionada à lotação do complexo.
Existem três opções de bilhetes.
No mais barato, o Discover Atlantis Tour (US$ 42 adultos US$ 33 crianças), você terá direito a visitar as instalações, mas sem uso destas – é como ir à loja de doces ver vitrine!
No Paradise Island Beach Day Pass (US$ 75 adultos US$ 45 crianças), tem-se direito a visitar todas as atrações do complexo, inclusive os aquários, e utilizar a praia privada do hotel, a West Beach. Vejam que eu disse visitar. Isto porque este passe não lhe dá o direito de utilizar as piscinas e tobogáguas.
O acesso ao complexo de piscinas só mesmo no Aquaventure Day Pass que custa entre US$ 135 e US$ 150 adulto (respectivamente para baixa e alta temporada) e crianças menores de 12 anos, US$ 86.
Ah, em todas as opções está inclusa uma refeição num dos restaurantes do complexo.
O parque aquático Aquaventure é enorme. São 18 tobogáguas; 2 rios com corredeiras; e área para crianças. Fora isso ainda tem o Shark Adventures, onde você mergulha num tanque com tubarões; e o Marine Habitat, um enorme aquário com uma excelente quantidade de animais marinhos (70.000 animais marinhos de 250 espécies diferentes.
Mas e as praias?
A maioria das praias de Bahamas segue aquele estilo do caribe: mar azul e areia fina e branca. O cenário perfeito para depressão! Existem tanto praias públicas quanto privadas, estas acessíveis apenas em passeios contratados junto aos operadores locais:
Blackbeard’s Cay: trata-se de uma belíssima praia particular situada numa ilha a 25 minutos de Nassau.
Blue Lagoon Island Beach Day: esta praia particular ($45) situada numa ilha a poucos minutos de Nassau oferece um cenário paradisíaco, com palmeiras, águas calmas e cristalinas, além de atividades aquáticas.
Cable Beach: situada a oeste do centro de Nassau, é a praia com a maior concentração de resorts da região e dentre as praias públicas, a mais interessante.
Cable Beach: areia branca |
E água transparente. |
Quantos tons de azul tem ai??? |
E nem quando o Sol se vai a praia perde a graça. |
Cable Beach. |
South Ocean Beach: um pouco mais afastada do centro, mas também é aberta ao público.
Exclusivos aos turistas – os locais são proibidos por lei de frequenta-los – os cassinos também atraem muitos estrangeiros às suas mesas de jogo.
Preciso dizer que o principal deles é o Atlantis? As slot machines funcionam 24hs., mas as mesas operam das 10h00 às 4h00 – pelo menos fora neste período os mais viciados são “convidados” a ir tomar um ar fresco!!!
Não deixe de passear pela Bay Street, a principal rua do centro de Nassau. Por ali, muitas lojas de joias, relógios, perfumes e coloridos prédios históricos.
Bay Street. |
Prédios coloridos da Bay Street. |
Lojas de grife aproveitam a beleza da arquitetura local. |
A loja maçônica ocupa um belo prédio por ali. |
Uma das principais atrações de lá é o Straw Market um mercado que, como próprio nome diz, vende artesanato feito palha. De bolsas a descansos de panela, é um excelente lugar para comprar souvenires.
Pechinche bastante, senão você dança. Paramos numa barraca e uma família americana perguntou o preço de uma bolsa, como a Sra. Cumbicona não ouviu, veio em seguida e perguntou pela mesma bolsa. O preço caiu uns 20% sem nem começar a pechinchar.
O mercado fica próximo ao British Colonial Hilton Hotel e funciona diariamente do amanhecer ao anoitecer.
Ao lado do Mercado de Palha, vocês encontrarão o Pompey Museum, que retrata a história (e os horrores!) da escravidão na região.
Outro museu bastante frequentado ali no centro de Nassau é o Pirates of Nassau Museum. Bastante interativo, é uma boa pedida para quem viaja com crianças. Traz desde a recriação de uma taverna até uma réplica de um navio pirata. Fica na King com George St., abre de segunda a sábado das 9h00 às 18h00 e domingo até as 12h00. O ingresso custa $13 adultos e $6,5 crianças.
O centro de Nassau é marcado pela Parliament Square com suas construções rosadas do período colonial (1815). Ali estão as casas da Assembleia, do Gabinete do Secretário e da Suprema Corte. No meio, uma estátua da rainha Victoria. Se você estiver por lá às 10h00, dá para conferir a troca da guarda – já adianto… é algo infinitamente mais simples que a de Buckingham.
Como no passado Nassau era constantemente atacada por piratas, ela tem vários fortes que a protegem (aproximadamente 12). O mais famoso deles é o Forte Charlotte, que construído em 1742 guarda o lado leste do Porto. Outro importante forte é o Forte Montagu é o mais antigo da ilha.
Acreditem, segundo o próprio organismo de turismo de Bahamas, a Queen’s Staircase, uma escada do século 18, talhada em pedra, e com 65 degraus é a principal atração local. Então tá!
Muito sinceramente, a escada, com 65 degraus talhados no calcário pelos escravos para homenagear os 65 anos do reinado da rainha Vitória, não tem nada de mais. Se você não soubesse da história, passaria direto por ali. Se quiser ir conferir, ela fica na Elizabeth Ave., próximo à Shirley St.
Mais interessante que a escada é o corredor entre as pedras cheio de árvores e plantas nativas. Realmente diferente.
No final da escadaria, fica o Forte Fincastle. Este forte no alto de uma colina foi construído em 1793 para proteger a cidade. Por sua posição privilegiada, quando já não tinha lá mais tanta função de proteção da ilha, passou a funcionar como farol de orientação aos navios.
E a culinária local? O prato típico não me apeteceu. Trata-se do conc, um grande de molusco oceânico com carne branca e firme. Talvez por ter visto o bicho vivo, acabei ficando receoso. Se tivesse visto apenas o prato pronto, comeria tranquilamente.
Por mais que o conc não tenha me atraído, o mesmo não posso dizer em relação ao doce típico da ilha. Especialidade da ilha, o Rum Cake, um bolo de rum com três sabores diferentes (Original do Caribe, Ecstasy Chocolate e Tropical Pina Colada) é feito a partir do principal rum local, o Don Lorenzo Rum. Disponíveis em vários pontos de venda, é possível visitar a loja de fábrica da Tortuga que fica na (602 East Bay Street). Muito gostoso!!!
O bolo normalmente vem em latas assim. |
E a bebida local é o rum. |
Mas a cerveja local, Kalik é uma delicia também. |
Compras em Bahamas pode ou não ser uma boa. Tudo depende de/para onde você veio ou vai. Para quem fará uma escala na Flórida, por exemplo, fazer compras em Bahamas não é vantagem.
Primeiro porque a variedade de itens é bem menor. Lá eles vendem basicamente perfumes, relógios, algumas roupas de grife, e alguns eletrônicos e só.
Segundo porque mesmo o arquipélago sendo um grande duty free por conta da isenção de impostos, os preços em geral são iguais ou superiores àqueles das lojas nos EUA. Não sei se é por conta do frete ou alguma outra questão comercial, mas em termos de compras, Bahamas está longe de ser Andorra, por exemplo.
Visitamos apenas um shopping de passagem, o The Mall at Marathon (na Marathon Road com Robinson Road – das 10h00 às 20 de segunda à sexta – sábados até as 21h00), e fiquei absolutamente decepcionado. Um shopping de qualquer cidade do interior do Brasil tem mais e melhores lojas. As fotos falam por si…
Vocês encontrarão lojas mais interessantes na principal rua do centro, a Bay Street. Ali, muitas vendem joias e relógios, algumas oferecem perfumes; mas a mais interessante é a John Bull que com várias lojas espalhadas pelas ilhas, vendem de tudo um pouco: eletrônicos, relógios, joias, bolsas e roupas de grife. Só achei o itens um pouco mais caros que nos EUA.
Little Switzerland é uma conhecida rede de lojas com unidades em todo o Caribe. Já comprei relógio lá com excelente preço. |
John Bull tem de tudo um pouco. |
Na Bay St. tem até loja vendendo esmeraldas colombianas. |
Amantes da Harley: a loja deles em Bahamas é uma perdição. |
Bahamas também é um bom lugar para comprar bebidas sem imposto. |
Quem precisar de supermercados deve ir às lojas da rede Super Value. No centro da cidade existe apenas um mercadinho bem bagunçado numa travessa da Bay Street para quebrar um galho.
No próximo post sobre Bahamas, vamos contar como foi o mergulho com a Stuart´s Cove, uma das mais famosas operadoras de mergulhos do mundo.
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21 comentários
Olá , obrigado pelo post !
Vc foi a pink beach ??
Oi Eduardo. Infelizmente não tive tempo de conhecer esta praia.
oi Diogo
adorei as dicas, mas pintou uma duvida
meu navio chegara as 7 da manha e saira as 17 , vc acha que daria tempo suficiente para fazer o day use do Atlantes
o investimento sera alta pois somos em 2 adultos e dois adolecentes de 14 1e 15 anos
vc acha que eles curtirao o parque nesta idade
Danielle, obrigado.
Olha, acho que vale sim e penso que em horas líquidas você terá pelo menos umas 8 horas de parque/hotel.
Dá para brincar muito e é para todas as idades.
Boa Viagem!!!
muito bom seu blog, Parabéns!
Obrigado!
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Abraço.
Meu cruzeiro vai ficar 6 horas em nassau, o que seria legal eu conhecer com esse tempo disponível? Você tem indicação de restaurante? Sabe se vale a pena fechar com o própio cruzeiro os passeios.
Obrigada
Com tão pouco tempo, a minha sugestão é que você visite o Atlantis e alguma outra praia mais próxima, talvez até em um tour do navio para facilitar. Boa viagem.
Boa tarde,
Vou de navio em novembro e o navio fica apenas 6 horas em nassau, o que devo fazer para aproveitar as melhores no tempo disponível? Sabe se compensa fechar pacote do própio navio? E tem sugestão de restaurante?
Obrigada.
Parabéns pelo post. Vou em Abril e você conseguiu ajudar muito na escolha do que podemos fazer em tão pouco tempo. Obrigada por compartilhar conosco.
Nassau é muito legal e o post está ótimo, parabéns. Mas o melhor das Bahamas está nas Exumas. Temos uma série de posts com dicas das Exumas no blog http://www.passaporteaberto.com.br. Dê uma passada lá tb. Abraço
Pelo que vi em termos de praias as de Exumas são lindas mesmo. Visitarei em uma próxima viagem.
Olá Diogo, muito legal seu blog, eu estou procurando um roteiro de um dia em Bahamas e vc mostrou coisas deferenciadas e nada repetitivo como em muitos outros blogs. Adoreiiii!! Eu e meu marido temos a intençao de fazer o daypass em Atlantis, porém estou na dúvida de qual, pois entrei no site http://www.atlantisbahamas.com e lá tem uma variedade de pacotes e nao somente 3 como tenho lido. Onde vc me indicaria compra-los? E se for para conhecer uma praia vc indicaria qual? Obga
Obrigado!
Eu compraria os daypass direto com o hotel.
Praia ficaria com a Cable beach mesmo que é mais tranquila.
Boa viagem!
Ola Diogo!!! pesquisando sobre Nassau eu cheguei aqui no seu blog. Por sinal, excelente post!!!! Parabens! Entao, nós chegaremos de navio la e nao teremos muitoooo tempo. Não estava afim de ir no Atlantis porque conhecemos o de Dubai. Ate pensei na Blue Lagoon, mas pelo o que entendi os golfinhos tambem estao em 'cativeiro', o que não me apetece muito. Entao, 'cheguei' a Cable Beach. No seu post vc comentou que se hospedaram la ne? Entretanto, mesmo sendo uma praia publica, o que li em outro lugares, é que o acesso é complicado. Que entra-se na praia apenas pelos hoteis e que – como nao estarei hospedada em nenhum, nao consigo. Mas.. a praia nao é publica??? então estou bem confusa com isso.
Voce pode me ajudar ou tem alguma ideia de como faz para ter acesso a praia?
Agradeço imensamente desde já!
Fernanda
Oi Fernanda. Obrigado!
É… quem conhece o Atlantis de Dubai dispensa o de Bahamas. Concordo plenamente.
Olha a praia ali é pública sim. Já enfrentei situações como a que você descreveu e consegui o acesso à praia por uma faixa de areia próxima que não esteja tomada por hotéis. Ou vou na cara dura pelo hotel mesmo, naquele esquema de fazer cara de rico e andar sem olhar para os lados, como quem sempre esteve ali. Kkkkk
Vale tentar!
Boa viagem!
Olá! Gostei muito de tuas postagens e fiquei com algumas dúvidas pois estive em Bahamas em um Cruzeiro da Royal ano passado e me limitei a conhecer só uma praia pois estava completamente perdida kkkk vou novamente com a família esse ano. O que tu acha que consigo conhecer que fique próximo do desembarque dos Cruzeiros? E a Bay Street é próximo??
Silvia, Obrigado!
Olha, do terminal de navios para a Bay St. não são mais que 5 minutos de caminhada.
Não deixe de espiar.
Boa Viagem!
Gostei muiito do seu blog! PArabéns!
Sonho em conhecer Bahamas…Quem sabe este ano…rsss
Vc disse que, para visitar as demais ilhas por perto não é muito fácil. Por que?
Abs
Lais
Oi Lais,
Obrigado!
Na época, achei complicado encontrar transporte entre elas. Diferentemente de outros destinos não existiam ferries.
Abraços.
Ótimo post! Obrigada pelas dicas