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Malásia: Onde e o que comer?

Char Kuay Teow com camarão, uma delícia!!!

Se ao pensar em viajar para a Malásia a sua primeira preocupação foi “o que comer lá”, fique tranquilo, a menos que você seja muito, mas muito restrito com comida, não enfrentará dificuldades para comer lá, já que a comida malaia não é tão exótica quanto alguns podem pensar.

Diferentemente da comida tailandesa, a comida malaia é consideravelmente mais apimentada – talvez por influência dos chineses que imigraram para lá. Portanto, se você como eu até curte uma pimentinha, mas com moderação, o “no spice” vem logo após o “olá, queria um…”.

Até mesmo por conta do caráter multicultural e étnico de que falamos anteriormente é relativamente complicado para um estrangeiro definir o que seria uma culinária malaia.

O certo é que lá vocês encontrarão pratos que se assemelham, por exemplo com a culinária tailandesa – ressalvada a questão da pimenta!

A influência da culinária tailandesa é considerável.

Ao invés de apenas café-almoço-janta, os malaios têm o hábito de fazer várias pequenas refeições durante o dia, O resultado disso é que existem muitas barracas de comidas pelas ruas. Street-food lá não é uma modinha nova, é um modo de vida arraigado no povo como em muitos outros destinos da Ásia.

Dois dos principais petiscos, por assim dizer, são o roti canai (‘ro-tee cha-nai’), um pão frito sem fermento que pode ser servido com molhos (lembram-se do “no spice”???) e o nasi lemak que nada mais é do que arroz cozido no molho de creme de coco e especiarias como gengibre, canela e anis, embrulhado em folhas de bananeira servido com anchovas e amendoim.

Mais que ornamento, as folhas de bananeira são parte do prato.

Lá eles também têm uma espécie de noodles, o Char Kuay Teow, um macarrão frito que é servido com camarão e frango.

Não sabe o que pedir? Vai pela foto que ajuda!

Sobremesa? Bem aí vai de gosto. Na Malásia eles adoram o Air Batu Campur ou simplesmente ABC para os íntimos. Trata-se de uma montanha de gelo raspado coberto com leite condensado e/ou uma calda doce. Até aqui ok. O problema é que ele é coberto com feijões e milho! Ai bagunçou!!! Dê um Google imagens e veja como é a “iguaria”.

Vai um doce de bambu ai?
Milho doce???

Algo bacana em Kuala Lumpur é que assim como em Singapura, eles têm hawker. Para quem não sabe, em linhas bem gerais, os hawkers são grandes praças de alimentação situadas em certos lugares da cidade – e não necessariamente dentro de shoppings.

Dizem que elas foram criadas para concentrar as barracas de rua, possibilitando não só uma fiscalização mais efetiva da qualidade dos alimentos, mas também uma maior comodidade aos clientes que agora têm um lugar para sentar e mais opções de refeição.

Particularmente achei esta a opção mais típica, barata e interessante para as refeições durante a nossa estadia em Kuala Lumpur. Nós fomos várias vezes no do Central Market.

Hawker do Central Market de Kuala Lumpur.

Abaixo, alguns deles:

– Masjid India Hawker Court (Jln Masjid India; 8h00 às 21h00);

– Puduraya Hawker Court (Puduraya Bus Station, Jln Cheng Lock; 7h00 às 22h00)

– Mangrove Food Court (Central Market; 10h00 às 22h00)

– Sing Seng Nam (2 Medan Pasar; 7h00 às 17h00 de segunda a sábado)

– Signatures Food Court (Level 2, Suria KLCC; das 10h00 às 22h00) é o menos típico pois está dentro do shopping mais chique da cidade.

– Avenue 10 Food Court (10th fl, Berjaya Times Square, 1 Jln Imbi; das 10h00 às 22h00) também no interior de um shopping.

– Pusat Makanan Peng Hawker (Jln Pasar Baru; aberto 24hs) é um dos mais típicos da cidade.

Uma outra opção por lá são os restaurantes Mamak, um hawker com um up grade: serviço de garçom. Mas o preço continua sendo bem barato. Lá eles não têm bebidas alcoólicas, pois estes restaurantes são gerenciados por muçulmanos.

Eis algumas opções:

Devi’s Corner (cnr Jln Telawi 1 & Jln Telawi 3, das 6h00 às 5h00)

– Nasi Kandar Bestari (Jln 23/70a, Desa Sri Hartamas; aberto 24hs)

– Nasi Kandar Pelita (cnr Jln Telawi & Jln Telawi 5 aberto 24hs)

– KLCC (149 Jln Ampang)

– Restoran Buharry (Jln Doriaswamy; das 7h00 às 14h00 de segunda a sábado e domingos das 8h30 às 22h30)

– Restoran Hameed’s (Jln Sultan Mohamed; das 5h00 às 23h00)

– Restoran Yusoof dan Zakhir (Jln Hang Kasturi; aberto 24hs)

Ok, se você for mais receoso com comidas diferentes, ainda há algo de bem típico que você poderá provar por lá sem maiores preocupações: as frutas.

Logo na chegada ao quarto do hotel ficou clara a importância que os malaios dão às frutas.

Com uma diversidade de fauna e flora considerável, na Malásia vocês encontrarão algumas frutas que aqui no Brasil podem não ser tão facilmente encontradas ou que simplesmente não têm correspondente por aqui.

Melancia amarela?

Vamos à lista da quitanda malaia:

– Buah nona: uma maça verde com textura mais granulada.

Buah salak: com uma aparência que mais lembra uma pele de cobra (escamosa), por fora parece um morango mutante, mas tem gosto de banana verde. Comemos em Bali com o nome de snake-fruit.

– Chikoo: em alguns lugares é conhecida como sapoti. Tem o aspecto de uma ameixa marrom.

– Cempedak: uma fruta pão de cor verde.

– Dragon fruit: olhando é uma das frutas mais exóticas que eles têm lá. Seu gosto assemelha-se a um kiwi.

– Duku: sem correspondente aqui no Brasil, é uma pequena bola macia e doce. Cuidado apenas com as sementes e pele que são amargas.

– Guava: esta já conhecíamos da Tailândia. Trata-se de uma goiaba verde, mas com um gosto bem mais suave. Excelente para sucos.

– Jambu merah: é a equivalente deles para a maçã, mas com um ar mais fresco.

– Longan: se assemelha um pouco com a lichia.

– Lychee: é a lichia que conhecemos aqui.

– Mango: praticamente não precisa de tradução, trata-se da nossa manga, mas lá eles têm uma grande variedade.

– Mangosteen: embora o mangostin seja conhecido nos supermercados brasileiros como uma fruta exótica, lá ele é super comum.

– Rambutan: poderia-se dizer ser uma variação da lichia. Desta diferencia-se pois no lugar de “espinhos” tem como se fosse grossos fios de cabelo saindo de sua casca (espero que a descrição não afaste o interesse pela fruta!). Dentro é como a lichia.

– Soursop: é a nossa graviola.

– Starfruit: outra fruta que também não precisa de tradução, é a nossa carambola.

– Tamarind: tamarindo.

Rambutan.
Dukong.
Kedongdong.
Olhem o tamanho da pitaya!
E o pêssego então?

Enfim, se não achar o que comer… ataque de frutas!

Fora isso, como qualquer destino no Sudeste Asiático ainda tem o Durian. Já falei anteriormente desta fruta que se parece com uma jaca, tem um cheiro terrível e um gosto insuportável. Depois de tanto resistir nas outras viagens, resolvi criar coragem e provar um doce concentrado de Durian, pensando que por ser doce talvez não sentiria o cheiro insuportável.

Bem que tentei: fui em um quiosque que vendia a fruta no Shopping Suria.
Escolhi o doce pensando que seria mais fácil… Por fora até que bonitinho…
Mas por dentro, uma gororoba com cheiro ruim e gosto pior ainda!

Bem que tentei, mas não consegui sequer dar a segunda mordida. O cheiro é de podre e o gosto terrível mesmo. Se chulé tiver um gosto, é esse! Que me desculpem os asiáticos, mas para o meu paladar, Durian não é de comer. Pronto experimentado! #NuncaMais.

Para beber? Com tantas frutas, os sucos são deliciosos e fáceis de encontrar em tudo quanto é canto. O mesmo vale para água de coco que é muito mais barata que no Brasil (triste!).

Um quiosque de suco no Shopping Suria.
Água de côco é outra boa opção para os dias quentes na Malásia.

Mesmo sendo um país de maioria muçulmana, ao menos nos hotéis é fácil encontrar cervejas importadas de outros países – infelizmente não me lembro de ter olhado para ver se elas estão disponíveis nos supermercados.

A Tiger, fabricada na vizinha Singapura, é uma das boas opções de cerveja.

Com este post, nos despedimos da Malásia, mas cientes de que o país tem muito mais a oferecer em uma próxima viagem.

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1 comentário

Oigres 16 de fevereiro de 2017 at 15:28

Oba! Malásia, Tá na lista! Manga: um documentário de TV mostrou que a manga surgiu na Índia – onde dizem haver mais de cem tipos – e lá êles consomem uns 60 tipos. Existe até concurso para deglutidores da fruta. Ah! o coco nosso da "Bahia" é caro mesmo. Em SP uma vez perguntei a um vendedor de rua sobre a origem do produto exposto, e pasmem êle disse : É importado da Malásia! Poxa, o frete internacional de navio não é barato, não! Isto também é 'coisa nossa'. Parabéns.

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