Depois de uma breve apresentação com as nossas primeiras impressões sobre o Egito, é hora de trazer as dicas práticas mais importantes para você curtir ao máximo a sua viagem ao Egito.
Não vou falar que o Egito é um destino de viagem super fácil. Comparado com outros destinos de viagem, não posso dizer que o Egito foi o mais fácil pelo qual já passamos. Eu não estaria sendo 100% honesto contigo se falasse que é moleza.
Uma viagem para lá demanda bastante planejamento e preparação. Desde escolher a melhor época monitorando o noticiário internacional e rezando para nenhuma confusão eclodir por lá (vide Primavera Árabe por exemplo), a planejar os deslocamentos diários e encontrar um parceiro de confiança para nos ajudar, dá sim um bom trabalho programar uma viagem ao Egito.
O que posso te garantir é que vale muito a pena. Muito mesmo.
É o tipo de lugar com o qual você sonha por muito tempo conhecer e para o qual dificilmente você terá oportunidade de viajar mais de uma vez. Portanto, aproveitar ao máximo os seus dias lá é essencial.
Então, para te ajudar nesta tarefa, vamos às questões práticas para você programar uma super viagem à terra dos faraós.
Tour ou por conta?
Acho que a primeira coisa que temos que conversar é se é possível uma viagem para o Egito por conta ou em um grupo, digo, numa excursão.
Quem acompanha as nossas viagens sabe que eu tenho certa alergia a viagem em excursão. A última neste esquema faz mais de 20 anos e não tenho nenhuma saudade.
Você vai onde o guia te leva, tudo tem horário, poucas interações com a população local, isso para ficar no básico.
Mas tenho que reconhecer que para algumas pessoas esta é a única opção para poder fazer uma viagem.
Nem todo mundo se sente confortável em viajar por conta, seja pela língua, diferenças culturais, segurança ou até mesmo jogo de cintura contam nesta hora. Logo, excursões são sim necessárias porque o importante é viajar e conhecer novos lugares. Pouco importa como você vá, vá!
Pintado este cenário, posso lhes dizer que já nos enfiamos em uns cantos bem diferentes do mundo 100% por conta própria (e com uma criança!).
Todavia, entretanto, porém… No Egito foi diferente.
Alguns fatores locais bem pontuais do Egito me fizeram repensar fazer esta viagem por conta, e ver que seria melhor um tour, ainda que privado.
Termos um guia local explicando os detalhes da história do Antigo Egito, nos levando às principais atrações, e realizando conosco não só a visita a estas atrações como também os transfers até o aeroporto fizeram toda a diferença para uma viagem tranquila.
Por mais que você tenha estudado sobre o Antigo Egito, estar diante das Pirâmides com um guia local te dá a possibilidade de saber detalhes que não estão em guias de turismo, sites ou blogs de viagem. Impressionante como tem coisas que só os locais sabem. Parece até que eles guardam pequenos segredos para te encantarem quando você chega lá.
Depois de muita pesquisa na internet, escolhemos a Dunas Travel, uma operadora local super bem conceituada que oferece guias em português e foi a nossa parceira nesta viagem ao Egito.
Achei o serviço deles muito bom e recomendo tranquilamente. Carros confortáveis em todos os trajetos e guias com excelente conhecimento fizeram toda a diferença.
Tivemos ao todo 3 dias inteiros com os guias da Dunas Travel, sendo um nas Pirâmides e dois em Luxor, um no Vale dos Reis e outro nos templos da cidade. Valeu muito a pena porque vimos coisas que certamente teriam passado desapercebidas se visitássemos por conta.
Mas não dá mesmo para fazer uma viagem ao Egito sozinho?
Olha como lhe disse, somos acostumados a viajar sozinhos, mas acho que ter alguém em alguns momentos cuidando de você vale muito a pena. Claro que a nossa experiência foi em um tour privado, o que é infinitamente melhor, já que você tem mais flexibilidade e atenção dedicada dos guias.
O ponto é que como já disse, o Egito não é um destino lá muito fácil. Talvez tenha sido um dos mais difíceis que já tivemos.
Nos dias em que estivemos por conta, tivemos que lidar com taxistas que parecem querer te extorquir a cada corrida; vendedores insistentes; filas e outros tantos pequenos contratempos que com um guia você não tem. O transporte é porta-porta em carros confortáveis e com ar-condicionado; você tem a quem recorrer no caso de dúvidas; eles compram os ingressos das atrações para você; sabem qual o melhor horário para visitar cada lugar.
Ou seja, preocupação zero.
Em resumo, uma primeira recomendação é: vá ao Egito com um guia privado para pelo menos alguns dias da sua viagem, para as principais atrações. Vai lhe poupar tempo e dor de cabeça.
Precisa de visto?
Infelizmente você vai sim precisar de um visto para entrar no Egito.
Se você deu um Google e viu vários resultados apontando para um e-Visa ou visto eletrônico, saiba que infelizmente o Brasil não está na lista de países selecionados para este procedimento. Quem sabe no futuro o e-Visa para o Egito se aplique a nós.
Da mesma forma, muitos sites andam informando de que não caberia mais aos brasileiros obter visto na chegada e que seria preciso ir à uma das representações do Egito no Brasil (consulados de São Paulo e Rio de Janeiro ou embaixada em Brasília). E para piorar, o site oficial do Egito não é nada claro com relação ao visto na chegada.
Mas e ai? O que fazer?
Eu resolvi enviar um e-mail para a embaixada em Brasília e recebi a seguinte resposta quanto ao visto na chegada:
“Aconselhamos solicitar seu visto um (1) mês antes da sua viagem. O procedimento leva de 7 a 10 dias úteis para ser finalizado. Informamos que o Consulado Egípcio em Brasília funciona de segunda à quinta-feira de 10h às 11:30 horas da manhã. Brasileiros podem tirar o visto no momento do desembarque aconselhamos levar a mesma documentação que daria entrada na Embaixada. Segue a documentação anexa.”
Assim, o caminho que escolhi foi seguir com o visto na chegada.
Como funciona? O primeiro passo é ainda no avião, preencher o formulário que te entregarem. Desembarcando, passe em um dos muitos bancos que ficam diante da imigração e onde você compra o visto por US$ 25 por pessoa (pagamento em dólares e preferencialmente com dinheiro trocado). Cole o visto no passaporte e passe pela imigração. Moleza!
Adicionalmente, esteja ciente de que as autoridades na imigração podem exigir a apresentação da passagem de volta, prova de meios de subsistência durante a viagem, e comprovante de hospedagem. Ou seja, coisa comum.
O que foi super incomum foi o fato de que depois de termos passado pela imigração, quando fomos pegar as malas, dois sujeitos, um deles com um distintivo, pararam a gente. Achei estranho, mas como estávamos dentro da área restrita do aeroporto, baixei a guarda. Ele pediu o passaporte e me fez todas as perguntas que o agente da imigração deveria ter feito e não fez.
O problema foi que o tal agente tinha uma postura que mais parecia tudo, menos um sério funcionário público. Achei estranho que ele fez uma ligação no celular ao olhar o meu passaporte. Achei até que ia para a tal salinha, mas quando ele notou que éramos uma família, resolveu rapidamente aliviar.
Outro ponto que você precisa estar atento é que ao sair da área das esteiras de malas, todos e todas as malas passam pelo raio-x. Portanto, aqueles que estiverem pensando em viajar com drones, leiam o nosso post sobre o assunto porque drones são ilegais no Egito.
Mas e o passaporte? Qual a validade mínima exigida? Ele precisa ter pelo menos 8 meses de validade a contar da sua entrada no Egito.
Como já comentei em outra situação aqui no site, alguns países do Oriente Médio criam problemas aos viajantes que têm em seus passaportes carimbos de entrada em Israel. Apesar dos países não se bicarem nem um pouco (no século XX tiveram um conflito armado sério e historicamente outros desentendimentos), ter um carimbo da imigração israelense no seu passaporte não afetará por si só a sua entrada no Egito.
Diferentemente da Europa, o Egito não exige a comprovação de que você tenha contratado um seguro viagem.
Mas o mais importante motivo para você contratar um seguro viagem é o fato de que qualquer tratamento no exterior, por mais simples que seja, pode custar mais que a viagem.
Assim, tão longe assim de casa, nem sonharia em embarcar sem um seguro viagem. Nós aqui em casa utilizamos a Real Seguro Viagem, parceira do blog. Vocês podem contratá-la diretamente no banner ao lado.
Ainda no tema saúde e requisitos de entrada, a imigração do Egito exige a comprovação de que você tomou a febre amarela. Não deixe de considerar este item na sua lista de providências pré-viagem.
Precisando, a Embaixada Brasileira fica na capital Cairo (2005C Corniche El Nil, Nile City Towers – North Tower – 18th Floor Ramlet Beaulac – Telefone celular emergência: (+20) 122 24 44 808 E-mail: consular.cairo@itamaraty.gov.br).
Quando ir e clima
Pelo clima (não aquele de temperatura, ok?) conturbado que o Egito, passou em maior ou menor intensidade nos últimos anos, não se pode dizer que o país esteja lotado de turistas ao ponto de uma alta temporada surtir um efeito mega negativo no orçamento de viagem ou filas nas atrações.
Mas como a tendência de recuperação do turismo no país nos próximos anos, espera-se que volte a valer o conceito de alta temporada de outubro à fevereiro, e baixa entre junho e agosto (exceto para cidades litorâneas, onde é alta temporada). O restante do ano é considerado como média temporada.
Vale a pena ir no Ramadã? Para quem não sabe, o Ramadã é o período sagrado onde os muçulmanos fazem um jejum entre o nascer e o pôr do Sol.
Além de uma considerável dificuldade para comer durante o dia, já que eles esperam que você respeite o ritual não comendo na frente deles, algumas atrações mudam de horário complicando um pouco a vida do turista. Outros dizem que é fantástico porque à noite acontecem algumas celebrações. Avalie.
Ele acontece no nono mês do calendário islâmico, então varia de um ano para o outro, mas normalmente é entre maio e abril (considerando 2019 a 2021).
Mas e o clima?
O clima tende a ser quente o ano todo, mas especialmente nos meses de junho de julho a coisa ferve com temperaturas que podem passar dos 40ºC. O calor forte só dá mesmo trégua no período correspondente ao final/começo do ano.
Nós fomos justamente no verão e posso te garantir, é quente como o inferno. A tal ponto que pelas ruas, entre umas 10hs e 17hs, não se vê quase que ninguém. Já a noite, as lojas estão abertas e parece que todos saem da toca. Bem interessante como as pessoas se adaptaram ao clima.
Só para você ter uma ideia, lugares a céu abertos como o Vale dos Reis, são simplesmente impraticáveis por volta das 12h-14hs quando o sol está mais forte. Até os tours evitam estes períodos. O bom é que o lugar parece só seu.
Confira aí a média para as cidades do Cairo e Luxor:
CAIRO |
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Jan | Feb | Mar | Apr | May | Jun | Jul | Aug | Sep | Oct | Nov | Dec | |
Max | 18 | 18 | 22 | 27 | 32 | 34 | 34 | 33 | 32 | 28 | 23 | 19 |
Min | 9 | 9 | 12 | 15 | 18 | 20 | 22 | 22 | 20 | 18 | 14 | 10 |
LUXOR |
||||||||||||
Jan | Feb | Mar | Apr | May | Jun | Jul | Aug | Sep | Oct | Nov | Dec | |
Max | 22 | 23 | 28 | 33 | 39 | 41 | 41 | 39 | 38 | 33 | 28 | 23 |
Min | 6 | 7 | 11 | 16 | 21 | 23 | 24 | 23 | 21 | 17 | 11 | 7 |
Com um calor destes, uma das suas principais preocupações deverá ser com o sol forte que, sem qualquer exagero, torra o viajante durante o dia e aumenta o risco de desidratação.
Se você optar por viajar nos meses mais quentes como nós, uma dica para fugir do sol forte, é deixar as atrações ao ar livre, ou ao menos aquelas onde não têm sobra, para o começo do dia e final da tarde; e deixar o período de Sol a pino para um museu ou mercado, por exemplo.
Pode parecer bobagem, mas um solão te torrando com temperaturas acima dos 40ºC, para não falar da sensação térmica que é pior ainda, tenho certeza que você irá lembrar de mim!
Hidratar-se é mais do que uma dica, é questão de sobrevivência. Com o calor excessivo da região, casos de desidratação são comuns aos turistas. Então mantenha sempre uma garrafa de água na mochila ou até mesmo aqueles isotônicos e beba água antes mesmo de sentir sede. Quem viaja com crianças ou pessoas com mais idade deve redobrar a atenção a este risco, pois eles desidratam muito mais facilmente.
Ainda por conta do calor, na sua mala para o Egito não podem faltar alguns itens essenciais. A trinca protetor solar, chapéu/boné (tem gente que apela até mesmo para o guarda-chuvas, especialmente os orientais) e óculos escuros irão te ajudar a minimizar o sol forte da região.
Um bom hidratante irá ajudar a tornar as longas horas de exposição ao calor seco da região menos desconfortáveis. Adicione também um bom repelente de mosquitos, já que dependendo do lugar pode haver uma grande quantidade deles.
Tenha em mente que viajar nos meses mais quentes não é de todo ruim não. O fluxo de turistas é menor (e consequentemente o preço das diárias também) e você terá mais horas de Sol por dia. Só para dar uma ideia em junho são 14 horas de Sol contra 8 em dezembro e janeiro, por exemplo.
Isso significa que o seu dia invariavelmente irá render mais.
Outro aspecto a considerar sobre o clima no Egito é que praticamente não chove, exceto nos meses correspondentes ao inverno, e mesmo assim muito pouco.
Quanto tempo?
O Egito tem uma riqueza em termos de cultura e atrações tamanha qualidade que não seria nada difícil planejar uma viagem de 15 dias (ou mais) pelo país sem se entediar.
A história e a singularidade das atrações são tão fortes que até mesmo o viajante mais descolado iria se surpreender com o destino.
Não estou dizendo que você precise de 15 dias para viajar para lá não. Dá para fazer com menos tempo? Uma semana como nós fizemos? Claro!
Mas esteja ciente de que neste caso você terá que abrir mão de algumas coisas.
Se me pedissem para listar tudo o que o Egito tem de interessante, uma viagem completa e perfeita em termos de itinerário, teria que englobar o seguinte: Cairo (e as pirâmides na vizinha Gize); uma viagem de um dia para Alexandria para conhecer a sua famosa biblioteca; Luxor e Assuã no interior; e mais um dos dois (ou os dois!) balneários: Hurghada e Sharm el-Sheikh.
E olha que a descida de Luxor até Assuã recomenda-se que seja feita em um cruzeiro que leva entre 4 e 5 dias, dependendo do barco e sentido escolhido!
Viram como dá para gastar muito bem seus dias de férias no Egito?
Some a tudo isso que o Egito não é nada pequeno, e os deslocamentos em sua maioria precisam ser feitos, por avião como explicarei logo mais.
Na prática, como tinha outros países na região que queríamos conhecer, acabamos ficando com o seguinte itinerário: 4 dias no Cairo e 3 em Luxor. Logo, reconheço que diante da quantidade de atrações do país, fizemos o básico. E já foi muito legal!
Infelizmente tive que abrir mão de um lugar que gostaria muito de ver e especialmente de mergulhar: Sharm el-Sheikh. Por sorte, consegui encaixar um outro destino no Mar Vermelho que foi bem legal neste quesito Aqaba na Jordânia. Mas isso é conversa para outra série…
Aproveitar para visitar outros países na região?
Olha, depende muito do tempo de viagem que você dispõe. No nosso caso, como tínhamos um roteiro mais enxuto pelo Egito e pouco mais de 20 dias de viagem, emendamos nesta viagem Líbano, Jordânia e aquela esticada de dois dias na conexão em Dubai. Mas o Egito também combina bem com Grécia, Turquia e até Israel, neste caso depende apenas de fazer as conexões aéreas adequadas como contei no post anterior.
Como chegar?
Para quem não gosta de viajar de avião, tenho uma má notícia: chegar lá envolve longas horas de voo.
Infelizmente não existem voos diretos do Brasil para o Egito. Aliás ao que eu me lembre, nunca existiu.
Na prática, vejo na data deste post (pode ter mudado, não deixe de conferir no Google Flights) as seguintes opções: Emirates voando via Dubai (foi o que escolhemos); Ethiopian (via Adis Abeba); Turkish Airlines (via Istambul) ou alguma cidade mais ao sul da Europa, como por exemplo Roma. Já vi inclusive gente voando via África do Sul com a South African.
Você pode até eventualmente pensar em voar LATAM até Tel Aviv, já que é o único voo direto para um país mais próximo, mas não sei quais seriam as opções de voos diretos entre Israel e o Egito (confira antes). Quando cogitei ir para lá da primeira vez, não havia e planejei colocar o Egito depois da Turquia e antes da Grécia, nossos outros destinos na região à época.
Ou seja, boas opções não faltam, mas será uma viagem mais longa.
De qualquer forma, a porta de entrada tende a ser o Aeroporto Internacional do Cairo.
Esteja atento ao fato de que se você ler em algum lugar a informação de que existe uma “taxa de saída do país” que você precisa pagar à parte, esqueça. Ela nada mais é do que a taxa aeroportuária que já está no preço da sua passagem.
Deslocamentos internos
Já para os deslocamentos internos, as opções são mais restritas e para piorar o país é grande como já disse.
Se a primeira ideia que veio à sua cabeça foi viajar de trem, saiba que embora a malha viária pareça razoável, uma viagem do Cairo para Luxor leva “só” 9h00. Tanto que a maioria dos trens é noturno.
Fora isso, o histórico de segurança dos trens não é nada bom. Dê um Google ai sobre acidentes trem Egito e tire as suas conclusões… O sistema é bem precário neste quesito.
Caso mesmo assim este seja o seu meio de transporte escolhido, visite o site da Egyptian National Railways onde você pode adquirir os bilhetes. Depois me conta como foi!
Carro? Nem sonhando. A sua carteira não será válida, precisa de PID (permissão internacional para dirigir) e as estradas são ruins até mesmo para os locais bem acostumados.
A alternativa é mesmo fazer voos domésticos.
A companhia aérea local, a EgyptAir tem uma boa malha e além de cobrir todo o país também faz voos internacionais, principalmente para países da região. Em breve publico aqui o review dos voos que fizemos com eles.
Os voos são relativamente curtos. Entre o Cairo e Luxor, não são mais que 1 hora no avião.
Os preços não chegam a ser lá tão baratos quanto as low cost do Sudeste Asiático ou da Europa, mas não chegam nem perto daquilo que nós brasileiros pagamos aqui pelos nossos voos domésticos.
O lado ruim é que nem sempre as conexões são como gostaríamos. Eventualmente de Luxor para Sharm el-Sheikh, por exemplo, você não encontrará voos diretos e terá que fazer conexão no Cairo.
Nas cidades, falando por Cairo e Luxor que foram as que conhecemos, na primeira as opções são metrô e táxi; e táxi ou andar a pé na segunda, já que tudo é muito próximo. Mas quando formos conversar sobre estes destinos, prometo detalhar um pouco mais isso tudo. Ou melhor ainda, vou fazer um post só contando as nossas aventuras de táxi pelo Cairo. Merece!
Metrô? Só no Cairo e mesmo assim não é lá aquelas coisas como relatarei no post próprio sobre o assunto.
Ônibus? Sinceramente é tão complicado e desconfortável que apenas os locais conseguem usar. Os números das rotas estão quase que sempre em numerais árabes e lotados, você continuará preso no trânsito.
Para mais dicas assim veja as nossas dicas de Como Locomover-se nas Viagens.
Onde ficar?
No quesito hospedagem tenho uma ótima notícia para você que quer ir para o Egito: bons hotéis custam muito menos do que custariam em outros destinos. Faça uma busca no Booking.com e comprove por si mesmo.
Se nos EUA, por exemplo, você gasta fácil uns US$ 200 por um bom hotel, no Egito você acha um melhor ainda por coisa de US$ 100. Apenas para dar uma ideia, na época da nossa viagem, um hotel 5 estrelas de frente para as Pirâmides custava R$ 2.000 por 5 dias!!!
Por que disso? Primeiro que a instabilidade do país que derrubou a moeda local. Segundo que a Primavera Árabe levou à uma vertiginosa queda na quantidade de turistas, levando consigo as diárias dos hotéis.
Porém… Preciso fazer uma observação. Um hotel 5 estrelas no Egito nem sempre é um super hotel. A classificação lá tem umas falhas que são históricas. Os hotéis foram assim classificados por lá faz muito tempo e uma atualização seria necessária. Tem muito hotel que às vezes se diz 5 estrelas, mas está mais para um 4 estrelas e olhe lá.
Você vai achar muito hotel luxuoso sim, mas antigo e nem sempre tão bem conservado como deveria.
Na dúvida, utilize o TripAdvisor ou o próprio Booking.com para dar aquela espiada na opinião dos hóspedes que na maioria das vezes é a melhor opção.
Algo que você notará é o fato de que é muito difícil encontrar pequenos e bons hotéis locais. Está praticamente tudo na mão de grandes grupos internacionais. Isto tem seu lado positivo, já que você meio que sabe qual padrão irá encontrar – com a ressalva acima.
Moeda e custo
No Egito a moeda oficial é a libra egípcia. Se só de ouvir o nome libra você já tremeu só de pensar na inglesa, cujo câmbio é assustador, fique tranquilo. Por conta de várias crises relativamente recentes, a libra egípcia (LE) tem um valor bem inferior ao real.
Confira só:
LE 1 = R$ 0,26 e R$ 1 = LE 3,77
LE 1 = US$ 0,06 e US$ 1 = LE 15,80
Para facilitar as consultas ao câmbio atualizado enquanto em viagem, sugiro instalar um dos muitos apps para celular que fazem este tipo de conversão facilmente. Eu particularmente uso o Conversor de moedas XE que está disponível para iOS e Android.
Mas não é por causa do valor baixo da libra egípcia que você deve levar seus reais para o Egito, tampouco tentar comprar libras egípcias aqui.
Trocar reais lá é uma fria porque a nossa moeda, embora mais forte que a deles, é um mico que ninguém quer pegar pela baixa procura no mercado local. Afinal, quantos egípcios você já viu passando férias no Brasil?
O mesmo vale para comprar libras egípcias no Brasil. Muito provavelmente você nem ache tal moeda nas casas de câmbio brasileiras.
O que fazer então? Sigo aquela ideia de que para destinos menos usuais ou com moedas mais fracas, a melhor alternativa é sacar direto do ATM local e ter um tanto de moeda forte (dólar, euro ou libra) para trocar lá em caso de emergência.
Um alerta: mesmo que você fique em hotéis de redes internacionais, não espere que eles aceitem dólares ou euros, já que receber moeda estrangeira em pagamento de produtos ou serviços é ilegal.
Sacar moeda local direto da sua conta corrente usando os cartões de débito no exterior é relativamente fácil, já que ATMs existem em tudo quanto é canto. Fiz alguns saques e não tive problema algum.
A minha sugestão é que você use já os ATMs situados no hall de desembarque do aeroporto do Cairo, já que logo na chegada à cidade irá precisar de dinheiro em espécie e principalmente notas menores.
Como sempre, podem ser cobradas duas taxas, uma pelo seu banco aqui no Brasil e outra, bem menor, pelo banco local. Reforço que é sempre melhor usar os ATMs de grandes bancos internacionais ou redes locais maiores (Banque Misr, Banque du Caire, CIB, Egyptian American Bank e HSBC), já que as taxas tendem a ser menores.
O limite diário de saques é de LE 2000, mas o Banque du Caire costuma liberar valores maiores, o que é bom, assim você saca mais e paga menos taxa ao seu banco brasileiro que sempre cobra por operação e não em percentual da operação.
Os cartões de crédito são muito bem aceitos em lojas e restaurantes maiores (hotéis sempre). Só não se esqueça sempre de conferir se você o desbloqueou para operações no exterior e vale também conferir o limite de crédito.
Os centavos, que vinham em moedas, estão praticamente extintos. O menor valor é LE 1 que vem em moeda. A partir daí as notas são de LE5, LE10, LE20, LE50, LE100 e LE200. Embora a grafia correta seja como a nossa, em dezenas (LE 2,50), alguns estabelecimentos colocam em centavos (250 pt).
A nota de LE 200 é um mico, já que as coisas normalmente são bem baratas. Então ao sacar dinheiro no ATM, tente sempre pedir valores quebrados para ter trocos menores. Se não conseguir isso, vá a um hotel ou loja mais chique para trocar.
Mas por que desta necessidade tão grande em ter trocos menores???
Primeiro que nas pequenas operações, em lugares mais simples, a aceitação de cartão de crédito não é lá aquelas coisas.
Gorjeta
Segundo que gorjeta (ou baksheesh no idioma local) é algo levado a sério no Egito. Espere deixar entre LE 5 e 10 nos cafés, 10% nos restaurantes, táxis 5% do valor da corrida, LE 5 para atendentes de mesquitas (aqueles que tomam conta dos sapatos na entrada) e até guardas em atrações turísticas normalmente recebem entre LE 5 e 20. Sim, acreditem!
Como gorjeta é uma verdadeira praga do (no) Egito, valem algumas observações.
Eu tenho uma opinião muito pessoal sobre gorjeta, cafezinho ou caixinha, seja lá qual nome você queira dar: as pessoas deveriam ganhar salários justos / melhores e pronto.
Ok, mesmo considerando esta minha opinião pessoal, reconheço que para algumas situações ou dentro de uma cultura a gorjeta tenha o seu lugar. Basta notar que nunca dei a minha opinião antes. Mas, este meu respeito depende muito de como, onde e quem pede a gorjeta.
Quanto aos meus comentários daqui para baixo, peço que você considere que não estou discutindo a questão financeira. A questão aqui é o trato ao turista. Combinado?
Feitos os esclarecimentos, o Egito me mostrou que gorjeta obrigatória não é agrado, é quase uma extorsão; que gorjeta pedida por guardas não é agrado, é corrupção.
Se há algo que me desapontou no Egito foi isso, a forma como muitas pessoas exigem gorjetas e as suas reações quando você nega porque simplesmente não tem dinheiro ou simplesmente está de saco cheio de tanta gente te pedindo dinheiro toda hora o dia todo.
Quando brinquei que gorjeta é uma praga do (no) Egito, não estou exagerando não.
Vamos pontuar algumas situações que vivenciamos.
Você pergunta para alguém na rua para que lado fica o museu, ou pior ainda, a pessoa se oferece para ajudar. A pessoa te responde e pede uma “tip” (gorjeta). Fiquei imaginando quanto rico os frentistas brasileiros estariam se ganhassem R$ 1 para cada pessoa que pede direção (tempos em que não havia GPS)…
Você entra numa tumba e o guarda que deveria estar ali apenas para cuidar do lugar (como por exemplo impedir fotos não autorizadas do lugar), resolve por conta própria te explicar um monte de coisas sem que você sequer pergunte nada, ou dá a mão para o seu filho pequeno subir uma escada. O que ele te pede ao final? Uma gorjeta. Pedir gorjeta por ajudar uma criança a subir uma escada???
Você vai no banheiro, mal sai do mictório e adivinha o que o tiozinho que está ali limpando o banheiro te pede? Uma gorjeta. Amigo, eu nem lavei a mão ainda!!!
Você vai jantar no melhor hotel da cidade, sai pela porta e um funcionário do hotel te oferece um táxi. Adivinha o que ele te pede ao abrir a porta do táxi??? Mas pior que isso… Eu disse para ele que não tinha nada (na verdade tinha, uma única nota de 200 libras, uns R$50 no bolso que ia usar para pagar o táxi), e ele olhou bem para a gente e disse: “Quando o Sr. voltar lembrarei de ti e da sua família”. Oi??? Isso foi uma ameaça??? Só não sai do táxi para bater boca com ele porque Alá não deixou…
Fora outros tantos casos onde você dá uns R$ 2 aqui, R$ 5 ali e vê caras feias. Oi?
Juro, foram tantas gorjetas que criei uma categoria no TrabeePocket para tais gastos, e ao final havíamos gastado “só” R$ 200 neste tipo de coisa. Me senti um otário pois na verdade, poucas pessoas de verdade mereceram.
Olha, por mais que uma país esteja em dificuldade financeira, nada justifica extorquir o turista assim. Sim, sei que guardadas as devidas proporções, este tipo de coisa também acontece no Brasil. Mas duvido que neste nível.
Novamente, não é pelos valores, mas sim pela postura insistente e agressiva.
Ainda que seja algo cultural, penso que as autoridades locais deveriam educar a população para não agir desta forma. Isso milita contra a simpatia dos egípcios.
É verdade que também existe um outro lado da moeda que tem a sua parcela de responsabilidade. Se os turistas, principalmente aqueles que ganham em moeda forte, deixassem de dar gorjetas, isso não iria acontecer com tanta frequência. É para se pensar.
Infelizmente toda esta experiência me deixou uma certeza e uma impressão. A certeza é que com o guia, você é muito menos ou nada abordado por estes “caçadores da gorjeta perdida” – quase não nos importunavam quando estávamos com guia. A impressão, esta bem triste, é que no geral não há no Egito espaço para gentileza genuína, pois muitos acabam sendo simpáticos com os turistas apenas à espera de gorjetas (claro, existem sim pessoas super mega amáveis, mas não são a maioria pelas ruas).
Agora falando um pouco dos custos.
Por mais que a passagem ainda custe muito caro se comparado com outros destinos, outros itens essenciais como hospedagem e alimentação são incrivelmente baratos no Egito.
Dou-lhes o exemplo que hotel. Pesquisando no Booking.com, encontrei hotéis top, de frente para as pirâmides, por R$ 2.000 para 4 dias. Vá tentar um hotel na Europa por exemplo… vais gastar isso por dia fácil.
Comida e entradas dos passeios, como você verá nos próximos posts, têm um custo bem atrativo.
Mas qual é o motivo disso? São dois. Os valores caíram depois da Primavera Árabe dada a baixa procura do destino pelos turistas internacionais. E a moeda teve uma enorme desvalorização frente as demais.
Logo, neste ponto, é uma ótima hora para conhecer o Egito.
Internet
Normalmente os hotéis oferecem internet wi-fi gratuita, mas nem sempre a qualidade é lá aquelas coisas ou funciona em todas as áreas do hotel. E nas confusas ruas do Cairo, por exemplo, ter internet móvel para se localizar facilita demais.
Por conta destes dois fatores, penso que em uma viagem ao Egito, ter um chip de celular para usar a internet móvel é essencial. Comprar um chip local me pareceu ser complicado demais, já que o idioma oficial não facilita muito. Roaming do Brasil? Nem pensar, só o custo já assusta.
Para esta viagem, mais uma vez contamos com o chip de celular fornecido pela OMeuChip (adicionando o cupom Cumbicão você ainda ganha um desconto de 15% na sua compra) que funcionou bem durante toda a viagem (a velocidade foi mais lenta que em outros destinos, mas por conta da rede local). Se você quiser comprar o seu, é só clicar no banner ao lado e aproveitar descontos especiais.
Viajando com crianças
Certamente o que mais ouvimos quando dissemos que íamos para o Egito foi coisas do tipo “nossa, vocês vão para lá com uma criança pequena?”; “não é destino para criança”.
Bem, quem já leu nossos posts já deve ter notado que destinos mais assim… diferentões do que se esperaria para uma viagem com crianças fazem parte da nossa lista de desejos. Então encaro com naturalidade os comentários.
No geral viajar para o Egito com crianças é bastante tranquilo em alguns aspectos e mais roots em outros. Logo, existem vantagens e alguns pequenos desafios.
É preciso ser realista. O Egito não é tão kids-friendly quanto por exemplo a maioria dos países da Europa, os EUA ou o Canadá. Não espere encontrar parquinhos pelas cidades, tampouco infraestruturas como por exemplo, trocadores ou banheiros para crianças em tudo quanto é canto. Aliás, na verdade isso é bem raro no Egito.
Por outro lado, os egípcios são super receptivos aos pequenos viajantes e se você souber contextualizar e trabalhar bem o lado lúdico, as crianças irão se encantar com atividades como andar de camelo, passear de barco, conhecer as pirâmides e ouvir histórias incríveis sobre o passado.
Como em casa temos um pequeno que desde longa data e graças ao Scooby-Doo é fissurado em múmias e etc., ficou bem mais fácil este link de interesse. Mas se este não for o seu caso, pode ir preparando o terreno, contando histórias sobre o Egito, o que é muito legal, assim você também aprende coisas interessantes.
Normalmente quando bem inseridas no tema, as crianças adoram museus e ficam muito curiosas. Em Luxor, existe um museu dedicado apenas à mumificação (Mummification Museum) e o Egyptian Museum no Cairo também tem uma área dedicada à explicação do processo. Não subestime a curiosidade dos pequenos!
Ao escolher um hotel, prefira um que tenha piscina. Como o clima é quente praticamente o ano todo, uma boa atividade para algum período do dia é deixar os pequenos brincarem e você relaxar.
Para mais dicas sobre viajar com crianças, confira os posts Viajando com Crianças – O que aprendemos até agora (bebês) e Viajando com Crianças – O que aprendemos dos 2 aos 4 anos.
Outras informações importantes
O fuso horário do Egito é de 5 horas à frente do horário de Brasília.
Lá existe horário de verão, mas durante o Ramadã os relógios são são atrasados 1 hora se tal data cair no verão.
No Egito os plugs de tomada são mais ou menos como os nossos de dois pinos redondos (mas sem o terra central). Nos hotéis mais novos, o padrão é este, mas nos mais antigos, pode ser o inglês. Na dúvida, não esqueça seu adaptador universal. Ah, e a voltagem é 220v.
Eu sempre dou uma passada nos postos de informações turísticas, seja pessoalmente, seja virtualmente. O organismo de turismo do Egito, o Egypt Tourism tem muita informação útil. Mas infelizmente, diferentemente de outros destinos, nas cidades os escritórios de turismo são raros e poucas vezes tão úteis.
Como o Egito é um país predominantemente muçulmano, muitos comércios fecham às sextas-feiras, fazendo com que o horário comercial lá seja bem diferente do que estamos acostumados.
Portanto, esteja preparado para o fato de que, especialmente em cidades menores, o comércio esteja fechado às sextas-feiras.
E não é só, embora no Cairo as lojas funcionem o ano todo das 10h00 às 23h00, em muitos lugares no verão elas fecham durante o horário de almoço, ficando com o seguinte horário: 9h00 às 13h00 e das 17h00 às 22h00. Já o horário dos bancos não se altera: das 8h30 às 14h30.
Ufa, sei que foi bastante coisa, mas para uma viagem complexa destas um post faraônico, sem nenhum trocadilho, era necessário!
Booking.com
9 comentários
Olá,
Estou com uma dúvida em relação à sua viagem mencionada na reportagem: entendi que você viajou do Cairo para Dubai. Gostaria de saber se depois você retornou diretamente de Dubai para o Cairo ou de outro destino internacional. Em caso afirmativo, o valor do visto de entrada é de US$ 25,00, como nas entradas únicas, ou existe um valor diferente devido às múltiplas entradas?
Olá Raimundo,
No caso, quando saí do Cairo, voei para Beirute no Líbano.
Então tive apenas uma entrada ao custo de US$ 25 na época.
Desconheço se existe um valor diferenciado para múltiplas entradas especificamente para o Egito. Normalmente, os países cobram um pouco mais por múltiplas entradas sim.
Amei o texto, bem informativo. Vai me ajudar muito, obrigada.
[…] dicas de viagem ao Egito no blog […]
Olá!
Tenho uma viagem para o Egito, li suas informações e achei muito interessante.
Porém, fico numa duvida: caso eu optasse por viajar por conta, sem guia, e tivesse interesse apenas de contratar o guia em locais específicos- quais vc poderia sugerir?
Obrigado!
Oi Ricardo.
Olha a sua situação é bem parecida com a nossa.
Eu optei por contratar um serviço local apenas para os transfers e para dias que eu sabia que iria para algumas atrações chave, como as Pirâmides no Cairo e o Vale dos Reis + templos de Luxor. Sugiro ter o guia nestes lugares por serem os mais ricos em termos de história e também os mais interessantes.
Ou seja, os operadores locais, especialmente a que indiquei trabalha neste esquema que me pareceu o mais interessante.
Abraço.
[…] dicas de viagem para o Egito no blog […]
Olá, muito bom este post. 3stou planejando viagem combinada Egito/Turquia.
Pergunta: e trocar dinheiro em casa de câmbio? No aeroporto não tem? Ou na cidade?
Obrigada por dividir suas impressões e dicas!
Oi Malu, obrigado!
Olha tem sim muitas casas de câmbio em ambos os países, tanto nas ruas quanto em alguns hotéis e aeroportos.
Eu na Turquia até troquei dinheiro em casa de câmbio e foi ok.
No Egito usei uma estratégia que gosto muito que é sacar direto da minha conta corrente (banco brasileiro comum) nos ATMs. Eu acho isso melhor porque evita aquela coisa de ser enganado pela casa de câmbio, ATM tem em tudo quanto é lugar e tenho um controle mais simples das fianças.
No site aqui tem um link para este post na aba ETC –> dinheiro. Dê uma conferida.
Faço isso desde 2016 e é muito simples e seguro.
Mas se você escolher uma casa de câmbio, escolha e compare bem os preços. Acho que neste caso seria melhor trocar um pouco na chegada, ainda nos aeroportos.
Abraços e excelente viagem!!!