Coron

Coron: um paraíso de praias e lagoas nas Filipinas

Ao norte da ilha de Palawan, onde fica El Nido, situa-se um outro grupo de ilhas que vem recebendo cada vez mais atenção dos turistas, as ilhas Calamianes e principalmente Coron Island

Embora seja um lugar onde o turismo está crescendo a cada ano, é uma área ainda menos cheia do que por exemplo El Nido, e muito menos concorrida que Cebu ou Borocay, para citar os destinos turísticos mais importantes das Filipinas.

É uma região com praias lindas, mergulhos em naufrágios e novamente algumas formações de lagoas e rochedos tão ou ainda mais interessantes do que os que já havíamos visto em El Nido. 

Em linhas bem gerais, dá pra dizer que por ora, Coron é El Nido com menos turistas.

Sem necessariamente entrar na polêmica de qual é o destino mais belo, Coron ou El Nido, é fato que Coron é que um lugar menos explorado e portanto menos cheio, até mesmo na alta temporada.

Olha esse mar!!!

Logo de cara, quando estávamos montando o roteiro esta menor procura ficou bastante clara ao verificar as diárias dos hotéis. Exemplificando, se em El Nido você pega um hotel 4 estrelas por algo equivalente a US$ 80/100, em Coron, pelo mesmo valor você pega um hotel 5 estrelas.

Mas, como tudo tem seus prós e contras, Coron tem uma infraestrutura mais simples. Mesmo na sua cidade principal, tudo é mais rudimentar e menos sofisticado do que em El Nido e mais ainda se você comparar com Cebu que é uma cidade grande, com seus problemas e vantagens.

Então, tenha isso em mente ao reservar hotéis, deslocar-se pela região e tudo mais. Não espere lá grandes coisas neste aspecto. Vá pelas belezas naturais e lembre-se que, muitas vezes, quanto menos desenvolvido o lugar, mais bem preservado ele tende a ser.

Logo na chegada se nota a beleza de Coron.

Bem, voltando ao roteiro e já dando nomes aos bois, as duas ilhas mais importantes são Busuanga e Coron Island.

A primeira é a ilha mais desenvolvida e onde está a grande maioria dos hotéis, restaurantes, bares e o aeroporto local. É lá que muito provavelmente pelo custo e infraestrutura que você estabelecerá a sua base, especialmente em Coron Town.

Sem querer fundir a sua cabeça, mas já fundindo… Vale aqui esclarecer um ponto: na ilha de Busuanga você tem duas cidades: Busuanga que fica mais ao norte e Coron Town que está no extremo sul e onde fica a maior parte dos hotéis.

Já Coron Island, que fica não mais do que 3 km de Busuanga, é a ilha onde estão as atrações naturais e na qual você fará a maioria dos passeios.

Nossa, os filipinos poderiam ter mais criatividade para nomes dos lugares ao invés de ficar repetindo. 😊

Dicas práticas para conhecer Coron

Como costumamos fazer, antes de tratarmos das atrações em si, vamos ver algumas dicas práticas para você curtir ao máximo mais um destino nas Filipinas.

Quanto tempo?

Tempo num destino de viagem é sempre algo relativo.

Depende dos seus interesses, se você é do tipo que topa acordar cedo para passear e colocar várias atividades e atrações em um único dia de viagem, ou se prefere viajar mais devagar, ou ainda se você é do tipo que não abre mão de passar um dia inteiro na praia sem fazer nada, só relaxando.

Independentemente disso, posso te adiantar uma coisa sobre Coron: o destino tem menos atrações que os outros lugares que visitamos nas Filipinas (Cebu e El Nido). Mas isso não faz Coron menos interessante hein!!!

Aproveite Coron com calma, preste atenção à cada detalhe deste paraíso.

Some ainda o fato de que, novamente comparando com os dois destinos que eu mencionei, tudo é mais perto e fora da região central que compreende Coron Town e as ilhas nos arredores, não tem muita coisa para fazer.

Provavelmente você gaste uns 2 dias para fazer os diferentes roteiros de tour pelas ilhas, lagoas e praias da região, então qualquer coisa como 3 dias em Coron são mais que suficientes para você conhecer bem a ilha.

Claro que se você for mergulhar, talvez precise de mais dias, até porque antes de voar você precisa respeitar as regras de tempo mínimo entre o mergulho e o voo (uns falam em 12 horas, outros em 24 horas – eu prefiro ser conservador nestas horas e uso 24 horas).

Nós passamos 3 dias na ilha e deu para curtir muito bem.

Chegando e circulando por Coron

A forma mais fácil de chegar à região de Coron é por meio do Franciso B Reyes Airport (USU) que fica na ilha principal, Busuanga, uns 20km ao norte de Coron Town. Operam lá praticamente todas as empresas aéreas locais como por exemplo a Cebu Pacific, tanto com voos ligando com Manila como também El Nido ou outras ilhas da região.

A Cebu Pacific é uma das muitas empresas que operam na região.

Daria para ir de ferry-boat, mas seria terrivelmente demorado.

Para o trajeto de-para o aeroporto, considerando Coron Town, a viagem de 30 minutos pode ser feita de van ao custo médio de P150.

E para visitar as atrações da cidade, como se locomover?

Diferentemente de El Nido e Cebu, muito provavelmente o único deslocamento grande que você fará será ir de-para o aeroporto. Isso se o seu hotel não oferecer um transfer incluso na diária, como foi o nosso caso.

Para as atrações, como é praticamente tudo praia e ilha mais distante que você precisa ir de barco, como explico mais a diante, você vai precisar de táxi ou tuk-tuk para ir até Coron Town e para o píer de onde partem os passeios de barco.

Pela ilha principal, a alternativa é a versão local de tuk-tuk.

Passeios de barco em Coron

Como dá para notar do mapa que ilustra este post, as atrações de Coron são essencialmente ilhas situadas diante de Coron Town as quais você visita durante os passeios de barco pela região.

Da mesma forma que El Nido, Coron também tem os seus tours com roteiros pré-definidos. Chamados de Island-Hopping, são passeios de um dia todo, 4 para ser mais exato (roteiro A, B, C e D) que te levam aos principais pontos de Coron Island a partir do píer de Coron Town logo cedo.

Coron é um lugar onde você vai andar muito de barco.

Como tínhamos apenas um dia para fazer passeios de barco pela região, escolher um tour específico era bastante complicado.

Pesquisando sobre as opções, a que mais nos atraiu foi o chamado de Super Ultimate Tour (nome irado, né?).

A vantagem é que ele visita os principais pontos turísticos da região: Kayangan Lake; Barracuda Lake; Twin Lagoon; Siete Pecados; Skeleton Wreck; e Coral Garden.

No coletivo, este passeio sai por algo entre P1500 e P 1900.

Se você quiser curtir apenas as praias, sem as lagoas e tal, dá para fazer um focado apenas nas praias, que se chama Island Escape Tour e visita lugares mais distantes, dai custar mais: entre P1600 e P2000 no coletivo.

Inicialmente eu havia considerado pegar um destes tours coletivos, como fizemos em El Nido.

Mas aqui novamente pesou o fato de termos apenas um dia e portanto nenhum espaço para uma experiência que não fosse perfeita. Sabe aquela coisa de: vim até este paraíso, paguei uma grana razoável, agora tenho que fazer tudo ser o mais redondo possível? Foi isso.

Todos os passeios, privados ou coletivos, partem deste “porto” ao lado do mercado de Coron.

Neste contexto, notei que os passeios coletivos tinham uma enorme desvantagem: eles começam apenas às 9h30 e terminam lá pelas 17hs, ou seja, todo mundo sai no mesmo horário.

Ou seja, por mais que você tenha a vantagem é que eles são mais baratos e tudo já está incluso (entradas, comida, barqueiro e tal), têm a desvantagem de que você chega mais tarde nos lugares e invariavelmente já está tudo tomado de gente. Mesmo em Coron que, como eu disse é mais tranquilo.

No contraponto disso, notei que tendo um barco só para a gente, teríamos ao menos uma chance de chegar antes da galera aos pontos mais interessantes, tanto por sair mais cedo (7h30), quanto por permitir a inversão das atrações, e também a comodidade de ficar mais ou menos tempo em um lugar.

Era a chance de dar um drible no tal overtourism!

A desvantagem é o custo que acabou ficando um pouco mais alto. Mas no final, valeu muito a pena.

Como mostro mais abaixo, tivemos o privilégio de ter por umas boas horas, uma das praias mais belas de Coron só para a gente, com direito a cabana de almoço e tudo!

Ele nos levou para almoçar nesta praia deserta!!!

Tudo isso nos foi propiciado pelo Rafael Mangua, um guia-barqueiro super competente e simpático que recomendo de olhos fechados e que você pode chamar pelo Facebook e pelo Tik-Tok.

A experiência com o Rafael foi simplesmente fantástica, a começar pelo fato de que você vai logo cedo com ele para o Coron Public Market escolher os ingredientes para ele cozinhar para você durante o passeio. Você escolhe os peixes e demais ingredientes com ele nas bancas.

Aha, uhu, a praia é nossa!!!

Fora a atenção e cuidado dele e equipe de mais duas pessoas que indicam literalmente tudo o que você precisa saber sobre cada um dos pontos.

Fantástico!!!

Onde se hospedar?

Já indo então para a questão da hospedagem, para Coron escolhemos o Two Seasons Bayside Hotel que fica bem no centro da cidade, mas tem uma grande vantagem, ele é voltado para o mar, o que dá uma sensação de tranquilidade bem maior do que a maioria dos hotéis na região. Em breve publico aqui o review completo deste hotel.

Além dele, uma boa pedida seria ficar em algum resort em uma das ilhas. Mas como o custo nesta época do ano acabou ficando impraticável e eu realmente não estava muito a fim de ficar num lugar assim tão isolado em Coron, queria aproveitar um pouco mais para sentir como é a ilha de verdade, coisa que muitas vezes acaba não acontecendo numa experiência de resort, por melhor que ele seja.

O que tem para fazer em Coron?

Antes de falar das atrações de Coron, é importante fazer aqui uma observação, especialemente se você estiver vindo de El Nido.

Em Coron, diferente desta outra famosa ilha, você não paga uma taxa total de turismo / preservação ambiental que vale para todas as atrações (praias, lagos e lagoas). Cada ponto tem um preço específico que mencionarei individualmente mais a diante.

Coron Town tem apenas 51 mil habitantes. Ok, para um lugar destes parece muito, mas para quem vive em São Paulo ou qualquer outra grande cidade brasileira isto é um estádio de futebol.

É bem verdade que quem chega em Coron Town rapidamente se pergunta: O que mesmo eu vim fazer aqui??? Onde estão os belos locais que a gente vê nas redes sociais???

A cidade parece meio caótica sim.

A cidade de Coron não tem praias e parece uma pequena cidade costeira qualquer sem qualquer atrativo e é um lugar onde a maioria das pessoas leva uma vida super simples.

Mas calma, você não está ali pela cidade, mas sim pelas belezas nos arredores.

Eu, como sou daqueles que curte uma imersão cultural, especialmente se for em um lugar assim tão diferente e distante de casa, acho que vale muito a pena separar ao menos algumas horas, talvez uma tarde para dar um passeio por Coron Town para literalmente ver como as pessoas vivem.

Faz parte de conhecer o lugar.

Para não falar que não existe nada para ver ou fazer em Coron Town, acho que vale visitar o Mt Tapyas. É uma montanha de onde se tem vistas incríveis da baía de Coron. Para chegar lá em cima são nada menos do que 700 degraus, mas o esforço compensa demais.

Mt Tapyas.

Como o ideal é ir lá justamente para ver o pôr do Sol, é essencial levar dois itens: protetor solar para aguentar o fato de que não existem sombras, e repelente de mosquitos porque assim que o Sol desce, eles atacam.

Além disso recomendo visitar o Coron Public Market.

É uma imersão praticamente antropológica.

Não é um dos lugares mais bonitos nem limpos que já vi, longe disso, mas vale a pena para ver o que as pessoas comem, como é a vida na ilha.

Coron Public Market.

Repare na quantidade de peixes frescos (de qualidade, apesar do aspecto do local!) e a variedade de arroz – nem sabia que existiam tantos.

Só tome cuidado para andar por ali porque a Sra. Cumbicona sofreu um acidente ali que quase nos fez ir para casa num esquema medonho. Como Coron naquela época estava com vários picos de energia, o mercado vira e mexe fica sem luz e entre duas bancas de peixe, ela afundou uma das pernas numa vala cheia de dejetos. Resultado: no último dia da viagem quase que ela fratura a canela numa fossa! Fomos salvos por não ter fraturado e pelo excesso de povidine que aplicamos imediatamente. Tenso!!!

Coron Public Market: já aviso aos navegantes logo de cara que o lugar é zoado.

Enfim, não deixe de ir porque apesar do aspecto terrível, as frutas e peixes compensam.

No mais, explore as ruas principais de Coron Town, como a Coron-Busuanga Road e Real St. onde estão a maioria dos restaurantes da cidade.

Onde comer em Coron?

Talvez você tenha se assustado com o quanto Coron Town é simples, e tenha ficado com a impressão de que não existam bons lugares para comer ali.

Mas acredite, por mais que sim, a cidade seja super simples e bem menos desenvolvida sob o ponto de vista de turismo do que El Nido, Coron tem algumas boas opções de lugares para comer ao longo da Real St. e National Hwy.

Eis alguns deles?

– Get Real Café (Real St): serve refeições além de café é claro;

– Winnie’s (National Hwy): comida tailandesa e frutos do mar;

– Blue Moon Restobar (National Hwy) tem de pizza à comida tailandesa;

– Trattoria Altrove (Rosario St): comida italiana é claro.

– Island Brasserie (National Hwy): deliciosas pizzas, lanches e saladas com preços excelentes.

Coron Island

Bem, vamos finalmente ao motivo principal de você cruzar meio mundo para conhecer as Coron nas Filipinas: Coron Island.

A ilha fica a apenas 20 minutos de barco de Coron Town e é lá que você terá a maior quantidade de atrações naturais.

Há quem descreva o lugar como uma espécie de ilha do King-Kong por conta da sua beleza exótica e vegetação. São praias e lagoas super escondidas em meio às rochas.

Chegando em Coron Island.

A Coron Island é habitada apenas por nativos locais, os Tagbanua, que vivem da pesca e venda de ninhos de pássaros – nossa, achei que isso nem existia mais.

O nosso passeio de barco com o Rafael começou por um ponto de snorkel super famoso na região: Siete Pecados.

Diferentemente do que eu imaginava, não é uma praia, mas sim um conjunto de formações rochosas (sete ao todo) onde o leito do mar nos seus arredores é recoberto de corais.

Por fora, apenas algumas formações rochosas…
Mas no fundo do mar, uma linda formação de corais.

Como a variedade de corais e vida marinha ali são riquíssimas todo o entorno foi demarcado como reserva marinha pelo governo filipino.

Tanto que ali não é permitido o uso de âncoras e existem muitas regras quanto a quantidade de barcos que podem parar ali por vez. Ah, e nada de tocar ou pisar nos corais, hein!

Dali seguimos para uma das atrações mais famosas de Coron, o Kayangan Lake e em especial o seu viewpoint.

Mas o que faz do Kayangan Lake uma das atrações turísticas mais famosas e interessantes de Coron?

Primeiro a sua geografia / localização. Embora eu não tenha procurado, não consegui achar nenhuma informação de quanto acima do mar ele está, mas posso te garantir que pela quantidade de degraus que subimos (acho que uns 100 ou mais – já que até o mirante eram mais de 300!!!), ele está bem acima do nível do mar.

Isso leva a outra dúvida: como ele foi formado? Infelizmente não se tem resposta precisa para isso, apenas algumas teorias.

Alguns entendem que foi fruto de fortes correntes marítimas muito antigas que criaram esta depressão que foi preenchida com água das chuvas. Outros acreditam que tenha sido fruto de atividade vulcânica na região, e ele seria a cratera de um vulcão extinto. E por fim a ação da própria chuva erodindo a rocha calcária da ilha.

Kayangan Lake, lugar perfeito para um mergulho.

O mais interessante a respeito do Kayangan Lake é a sua água de cor esverdeada.

Isso porque estamos falando de um lago de água salobra, onde existe o predomínio de água doce (80%) versus 20% salgada, no meio do oceano.

Esta condição tão especial acaba sendo mantida por um processo que se deve à natureza porosa da rocha calcária que cerca o lago, que permite que a água da chuva se infiltre e se acumule em camadas subterrâneas onde é filtrada e volta à tona.

Mas tem algum tipo de peixe lá?

Aparentemente não existe vida perceptível no lago. Justamente por conta da sua composição salobra como dito acima, fica mais complicado alguma espécie de peixe adaptar-se para viver ali.

Ah… Já ia me esquecendo… Talvez você tenha notado uma grande quantidade de pessoas (praticamente todos que estão na água) usando o “belo” colete salva-vidas laranja.

Kayangan Lake, obrigatório usar colete salva-vidas.

Neste e noutros pontos turísticos de Coron existem muitos cartazes com um aviso como: no life-vest, no swimming.

Você pode ser o Michael Phelps da natação ou o Jacques Cousteau do mergulho, mas é obrigatório usar o colete. E não adianta argumentar com guardas que ficam ali tomando conta… Isso passou a ser obrigatório a partir de 2017 quando dois tchecos se afogaram ali. 

Seja antes ou depois de mergulhar no lago, vá ao viewpoint do Kayangan Lake – avalie porque na maioria das vezes forma-se uma pequena fila para tirar fotos no local.

Por mais que todo mundo se refira ao viewpoint como sendo do lago, ele na verdade não dá vista para o lago, mas sim para a belíssima baia de acesso a toda a região.

O viewpoint do Kayangan Lake é uma das imagens mais típicas de Coron

Na minha opinião esta foi a paisagem que melhor definiu as Filipinas!!! Coisa maravilhosa!!!

A entrada para o Kayangan Lake custava na época P300, e como eu disse você precisa encarar uns 10 minutos de subida pelos paredões, mas vale a pena, já que mergulhar ali e apreciar o viewpoint é uma das coisas mais legais para fazer em Coron.

Outra atração que não pode faltar num itinerário, seja num tour privado ou coletivo em Coron é o Barracuda Lake na ilha Coron Island.

Em certa medida ele tem algumas semelhanças com o Kayangan Lake, mas algumas vantagens: é mais vazio e a água ainda mais cristalina.

Trata-se também de um lago de água cristalina cercado por um paredão de calcário com profundidades que podem chegar a 75m em alguns pontos.

Repare como para chegar nele você tem que subir e cruzar um corredor no meio das rochas:

Barracuda Lake.
Parece que você está mergulhando num espelho de tão cristalina que é a água.

Uma coisa muito doida aqui é o fato de que a água tem camadas mais ou menos divididas entre doce, salgada e salobra, e pior, com temperaturas diferentes (pode chegar à 38°C!). Fala se não é um lugar muito doido???

E não, ali não existem barracudas. Mas alguns dizem que o nome deu-se em razão de ali terem achado o esqueleto de uma.

A entrada custa P200.

E por fim, mas não menos importante, aquela que é em termos de tamanho, a maior atração desta região, tanto em tamanho quanto em beleza: a famosa Twin Lagoon.

Twin Lagoon, um dos pontos mais famosos das Filipinas.

Cartão postal não só de Coron mas das Filipinas como um todo, a Twin Lagoon é a parada mais popular e talvez por isso mesmo um dos lugares mais cheios de gente. Por sorte e competência do Rafael, fomos no final do tour e estava relativamente tranquilo. Ufa! 🙂

Como o nome diz, são duas lagoas de água conectadas por um túnel subaquático.

É importante aqui mencionar que por lagoas, quando a gente está falando de mar, não necessariamente são duas lagoas completamente fechadas, pode ser uma formação bem fechada de formato quase circular.

Claro que tinha que fazer um voo com o drone lá!!!

Drone Coron

E antes que você se preocupe com a ideia de acessar uma lagoa por um túnel submerso, é preciso dar uma explicação adicional aqui também…

Durante a maré mais baixa dá para passar super fácil pelo tal túnel até mesmo sentado num caiaque, e se a maré subir tem uma escadinha super tranquila que cruza uma abertura sobre as rochas, exatamente acima do túnel. As fotos aqui mostrarão que não tem perrengue!

Estas tais lagoas têm águas para lá de cristalinas e são rodeadas por paredões de rocha calcária e muita vegetação.

O passeio por ali consiste em pegar um caiaque (aqui depende da maré como eu disse) ou ir nadando mesmo de uma lagoa para a outra. Se você não é um exímio nadador, fique tranquilo que com coletes e boias, num bater suave de pernas você vai tranquilamente de uma lagoa para a outra.

Nada de canseira. Acredite!

Por cima a escada e por baixo o túnel.

Dizem que a lagoa mais externa tem água salgada, enquanto que na interna a água é mais tendendo para doce, recriando aquele cenário que vimos anteriormente nos dois lagos.

Na lagoa externa você encontra uma grande variedade de corais e peixes pequenos. Apenas esteja atento que pode ter ouriços também, então aquele sand-shoe ou algo que o substitua (contei isso no post inicial sobre as Filipinas) é essencial.

Just relax!!!

Nós acabamos ficando com “apenas” estes passeios (como se fosse pouca coisa), mas se você quiser ainda tem outros pontos incríveis como as praias de Banol Beach (P100), uma praia pequena mas linda diante da Twin Lagoon; a Beach 91 que representa bem aquele ideal de praia no paraíso: água azul, areia branca e muita vegetação nativa em uma estreita faixa de areia.

E mesmo em termos de ilhas ainda tem mais como a Banana Island ou Dicalubuan, uma pequena ilha ao sul de Coron que demanda mais ou menos 1h30 de navegação; e Malcapuya, que tem aquele cenário super paradisíaco com água azul, areia branca sendo acessível apenas num pacote de passeio específico.

Ah se eu tivesse um teletransporte…

E aí? Consegui te deixar com vontade de conhecer Coron?

Diogo Avila

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Diogo Avila

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