Deserto do Atacama

Deserto do Atacama: dicas para você montar a sua viagem

Já imaginou visitar um lugar que literalmente parece estar fora da Terra? Esta talvez seja a impressão que a maioria dos viajantes têm numa viagem ao Deserto do Atacama.

Situado numa área no extremo norte do Chile, entre o litoral e a divisa com a Bolívia que fica ali ao lado, o deserto do Atacama é um dos lugares mais fantásticos do nosso planeta.

É um lugar para quem curte natureza e a vida ao ar livre, ou outdoor como falam os gringos.

Quem chega ao Deserto do Atacama logo percebe que o que mais se tem ali é amplitude e natureza, ainda que bem diferente daquela que já apresentamos aqui no Cumbicão, como quando conversamos sobre a Amazônia, por exemplo.

Mesmo em termos de desertos, se compararmos por exemplo ao deserto perto de Dubai e Abu Dhabi ou ainda o de Wadi Rum na Jordânia, o cenário que você encontra no Deserto do Atacama é absolutamente diferente.

Talvez ele esteja mais próximo do deserto de Phoenix / Arizona, no caminho entre Los Angeles e o Gran Canyon – talvez até a geologia seja a mesma (fica para os especialistas!).

Primeiro que ao invés de areia, predominam rochas. Rochas de todos os tipos, cores e formatos.

Segundo que ao contrário do que alguns pensariam, como detalho na sequência, a fauna (para um deserto) até que é bem mais presente do que a maioria de nós imaginaria.

Some ainda que diferentemente dos dois desertos que citei como paradigma, este está situado numa zona elevada, bem acima dos 1.000m do nível do mar, contando inclusive com muitas formações vulcânicas e gêiseres.

A região toda é cheia de vulcões.

E por fim, neste existe água. Quase sempre doce.

Bem, acho que por ai já deu para notar que o Deserto do Atacama reserva belas surpresas ao visitante.

Curiosidades sobre o Deserto do Atacama

Acho que a melhor forma de iniciarmos a conversa sobre o Deserto do Atacama, até mesmo para aguçar a sua vontade de viajar para lá é contar algumas curiosidades bem interessantes sobre o local.

O Deserto do Atacama é o deserto mais seco do mundo, sendo que em algumas oportunidades a umidade do ar pode chegar a 29%. Acho que nem preciso dizer que praticamente não chove lá, pois a média de precipitação é de 1mm/ano.

Analisando o solo, os geólogos concluíram que em algumas áreas do deserto não chove desde 1570!!!

Mesmo assim existem alguns reservatórios de água.

E como ele está situado aos pés da Cordilheira dos Andes, ele é também o mais alto do mundo também, com uma altitude que varia de 2.240 metros acima do nível do mar, chegando a 4.000 metros em alguns pontos.

Não sei, mas eu ariscaria dizer que isso contribui e muito para o clima seco, já que de um lado se tem a Cordilheira dos Andes que impede a chegada de massas de ar do lado da Amazônia, e de outro, uma pequena cadeia de montanhas (se comparada aos Andes!) e a altitude também dificultam a chegada de ares mais húmidos vindos do Atlântico.

Mas não pense você que a temperatura seja sempre quente não.

Como todo deserto, existe uma grande variação entre a temperatura durante o dia e durante a noite. Dê uma espiada no seu app de previsão do tempo e surpreenda-se com o resultado. Mais a diante detalho este ponto do clima.

A condição climática, leia-se falta de chuvas e nuvens baixas, faz com que o Atacama seja um dos melhores lugares do mundo para apreciar o céu durante a noite.

Me lembrou muito a experiência que tivemos em Wadi Rum, na Jordânia. 

Entardecer em San Pedro de Atacama.

Não é à toa que lá estão alguns dos melhores observatórios astronômicos do mundo.

Apesar desta condição climática nada favorável, não pense você que não existe fauna. Muito pelo contrário, a quantidade de lhamas, vicunhas, guanacos e flamingos é considerável.

Cachorros sem pulgas e carrapatos. Essa aprendi com o guia local.

Por conta da altitude, e consequentemente da pressão atmosférica, as pulgas e carrapatos não conseguem sobreviver lá pois explodem ao sugar o sangue – lembrando que estes bichos têm o tal exoesqueleto.

Sorte dos vira-latas de San Pedro de Atacama.

Mas o mais incrível em termos de vida natural é o chamado deserto florido. Só de ler as duas palavras próximas assim já soa estranho, mas é a mais pura verdade.

Numa demonstração de como a natureza é fantástica, a cada 5 ou 10 anos, uma condição climática muito especial faz com que a humidade transponha os obstáculos que mencionamos e chegue ao deserto.

O resultado disso é a germinação de sementes adormecidas, resultando num verdadeiro milagre da natureza.

Dizem que é um dos lugares mais ricos em minerais, especialmente cobre. Tanto que a maior mina do mundo, Chuquicamata fica lá. São nada menos do que 4,3km de extensão a uma profundidade que chega a 850m.

Uma das muitas minas abandonadas no Deserto do Atacama.

Por conta das minas, principalmente de ferro e cobre, a região recebeu um grande afluxo de trabalhadores, e estes, acabavam meio que fundando vilarejos para ali viverem.

Uma vez exaurida a mina, ela era fechada e a cidade acabava abandonada. Hoje, estas cidades fantasmas são atrações turísticas. 

Como o terreno ali é inóspito ao ponto de mimetizar aquilo que se tem em outros planetas como Marte, a NASA corriqueiramente faz do Atacama sua “pista de prova” para veículos como por exemplo a Phoenix Mars Lander, que depois desembarcou no planeta vermelho.

Não duvido que a Lua de pertinho seja mais ou menos assim (Vale da Lua).

Da alta tecnologia para a história. Eu sempre achei que as múmias mais antigas eram as múmias do Egito.

Mas não, as múmias mais antigas do mundo estão no Atacama.

Encontradas a partir de 1917 na região, as múmias da cultura chinchorro datam entre 7.000 a 2.000 a.C..

Este povo que habitava a região conseguiu aliar técnicas avançadas para a época e utilizavam é bem verdade, as vantagens do clima seco, para conservar seus entes queridos.

Engana-se que pensa que a região não era ao menos frequentada nos tempos antigos. Isto porque no meio do deserto há uma espécie de estrada, conhecida como Caminho Inca.

Trata-se de um caminho que é um caminho marcado por pedras que ligava (ainda existem trechos claramente identificáveis) Santiago no Chile e Cusco no Peru, sendo uma verdadeira rota comercial na região.

Lá fica o mais alto vulcão do mundo (considerando-se o nível do mar), o Ojo del Salado que tem 6.893 metros de altitude e é a segunda maior montanha do continente americano.

Ainda falando sobre vulcões, a região tem alguns gêiseres dos quais brota água quente mesmo quando a temperatura na superfície está abaixo de zero.

Gêiseres de Tatio.

Dicas para a sua viagem para o Deserto do Atacama

Como sempre, antes de falarmos das atrações em si, vamos ver algumas dicas práticas para você curtir o Deserto do Atacama e fazer uma super viagem.

Quantos dias de viagem no Deserto do Atacama?

Como sempre vai de cada um. Mas eu diria que uma boa média é de 3 a 4 dias inteiros.

Mas só isso? Sim, em linhas gerais, programando bem, dá para fazer esta viagem em um período assim mais curto.

Nós optamos por viajar para o Deserto do Atacama num Carnaval, por exemplo (aqui considerando a quarta-feira de cinzas, ok?). Foram 4 dias inteiros e intensos, mas deu para ver muita coisa.

Laguna Miscanti.

Optamos por usar o primeiro dia para uma aclimatação e reconhecimento, passeando a tarde por San Pedro de Atacama, e deixar os outros 3 dias para os passeios.

É verdade que quem deseja uma viagem mais relax, do tipo que faz apenas um passeio por dia e descansa o resto do tempo na piscina do hotel ou passeia por San Pedro, vai precisar de mais dias.

Em termos de roteiro, uma dificuldade que eu achei foi conciliar o que com o que em termos de passeios.

Isso porque os passeios tem uma lógica bem peculiar do tipo “o que encaixa com o que”.

Não adianta sair como doido querendo fazer tudo numa sequência qualquer que te ver à mente.

Tanto questões de aclimatação do corpo, como conto logo mais; como também logísticas mesmo irão influir no seu roteiro.

Mas como então montar um roteiro no Deserto do Atacama? Calma, no decorrer deste texto e desta série de posts a gente desenrola este novelo.

Voltando ao geral, como você terá que necessariamente passar por Santiago, sugiro fortemente que você aproveite para conhecer a cidade mais importante do Chile. Não deixe de conferir as nossas dicas de viagem para Santiago.

No nosso caso, por questões de horário de voo, pernoitamos num hotel “dentro” do aeroporto de Santiago.

Como chegar?

Para chegar ao Deserto do Atacama, você precisará pegar um voo doméstico a partir de Santiago, e aqui você tem duas opções com excelentes frequências.

Optamos por voar LATAM: São Paulo-Santiago-Calama.

Apenas um parêntese, ir de carro de Santiago ao Deserto do Atacama é literalmente uma outra viagem, já que a distância é de “apenas” 1.600km, consumindo 18hs de volante.

Mas voltando à alternativa mais razoável… A forma mais comum e prática é a voar de Santiago à Calama / Aeroporto El Loa (coisa de 100km – 1h30), uma cidade que fica 1h30 de carro de San Pedro. Aqui você pode tanto contratar um transfer quanto pegar um táxi.

Outra opção que eu até cogitei por questão de valor foi pegar um voo até a cidade litorânea de Antofagasta (praticamente o mesmo tempo de voo), mas com uma viagem de 3hs de carro. Achei que não compensava.

Para estes voos você pode contar com a LATAM (o que foi o nosso caso) ou com duas empresas chilenas lowcost, a Sky e a JetSMART. Todas têm vários voos ao longo do dia.

O trajeto entre o aeroporto El Loa e San Pedro pode ser feito num transfer pré-contratado (veja se o seu hotel oferece isso) ou contratado lá mesmo num dos vários guichês existentes no hall de desembarque.

Logo no hall do Aeroporto de Calama você se depara com o guichê das empresas de transfer.

O preço médio para o serviço na data da nossa viagem era de CP 15.000 (algo como R$ 180 na data deste post) por pessoa e pernada, e CP 26.000 para ida e volta. Já deu para notar que é melhor contratar ida-e-volta, né?

Táxi é possível, mas mais complicado porque infelizmente no Chile, assim como em alguns outros destinos, os taxistas (clandestinos ou não) dão aquela sobretaxada quando você é turista. Pelos relatos que li, a viagem custaria uns CP 100.000, o que poderia ser interessante se você estiver em um grupo maior.

Uber até daria para a ida, saindo por aproximadamente CP 50.000 o carro. Mas para a volta seria muito complicado achar um motorista em San Pedro de Atacama disposto a fazer a viagem sem a garantia de um passageiro na outra pronta.

Outra alternativa seria alugar um carro no aeroporto e devolver na volta, mas ai para compensar você teria que usar ele para visitar as atrações, coisa que nem todo mundo está acostumado a fazer e como trato na sequência, tem seus prós e contras.

Para locomover-se por lá, eu sugiro que você tente ficar o mais próximo possível do centro da cidade de San Pedro de Atacama, tendo como marco a rua Caracoles da qual falo mais numa próxima oportunidade.

Isso porque, se você estiver a uns poucos minutos de caminhada dali, não precisará de carro para ir aos bares e restaurantes da cidade, e dificilmente terá como usar o carro para as atrações por não serem acessíveis por conta e/ou serem longe demais.

Quando ir?

Normalmente a gente brinca que uma boa época para viajar para um lugar é quando chove pouco lá. Sim, esta é a regra e o graal que todo viajante persegue: uma viagem sem dias de chuva para atrapalhar.

Bem, esta não seria é uma preocupação no Deserto do Atacama, né?

Mas mesmo assim, existe uma distinção de clima ao longo do ano:

A variação de temperatura é enorme.

Como dá para notar acima, a variação de temperatura máxima é bem pequena, ficando apenas uma maior variação, que denota quando é verão/primavera e outono/inverno, para o período noturno.

Então, embora sob o ponto das chuvas seja um local para visitar (quase) a qualquer época do ano, a maioria dos viajantes acaba preferindo os meses de verão (dezembro a fevereiro) justamente por conta da menor amplitude térmica, o que proporciona noites mais agradáveis.

Assim, numa linha geral, a alta temporada (relativa hein), seria entre dezembro e fevereiro.

Mas e as chuvas? Chove nunca? Bem, aqui vale uma enorme ressalva.

Se você olhar qualquer app de previsão do tempo ou o Holiday Weather que eu gosto muito, notará o abaixo:

“Quase” não chove.

Praticamente chove 1mm em abril.

Mas a realidade é um pouco diferente e eu mesmo passei uma bela dose de apreensão nesta viagem. Coisa que realmente quase fez naufragar, em pleno deserto, os meus planos de viagem.

Existe um treco chamado verão altiplano. É basicamente o seguinte: chuvas torrenciais em pleno deserto por conta principalmente do derretimento de neve nos Andes.

E por chuvas torrenciais, quero dizer muita chuva. 

Alguns diriam apenas que as ruas de San Pedro de Atacama ficam enlameadas. Mas em verdade a coisa pode pegar tanto que muitas atrações fecham por conta ou da dificuldade de chegar-se até elas, ou por questões de segurança mesmo.

Este é o tipo de informação que é super difícil de encontrar na internet. Parece que o povo meio que esconde isso.

Eu mesmo só fiquei sabendo deste risco coisa de uma semana antes do embarque e graças à uma publicação honesta de uma das principais agências de tour na cidade. Imagina o meu desespero de ir para o lugar numa das épocas críticas???

Sim, casa de ferreiro, nem tem espeto!!! Kkkkk

Por sorte fui monitorando as chuvas e tivemos tempo bom nos dias em que estávamos lá.

Ah, já ia esquecendo: o tal verão altiplano acontece entre o final de dezembro e o final de fevereiro, com maior intensidade de chuvas justamente no final do mês de fevereiro – exatamente quando estivemos lá.

Fora a questão do clima, outro ponto que muita gente se preocupa é com a adaptação do corpo às condições mais adversas do deserto.

Quando o lugar vende oxigênio é porque a coisa é séria!

Isso por conta da baixa humidade e altitude mais elevada.

Tem gente que reporta náuseas, dor de cabeça, falta de ar e sangramento no nariz. Bem isso vai muito de pessoa para pessoa, mas algumas dicas essenciais como hidratar-se, descansar bem e alimentar-se adequadamente e evitando alimentos mais pesados, são medidas que recomenda-se em geral e em especial no primeiro dia.

Adicionalmente, e sem qualquer preconceito, sugiro que você se entregue às balinhas ou chá de coca. Sim, ajuda e demais!!!

As balinhas salvaram a pele no dia dos gêiseres.

Algumas pouquissimas vezes senti uma leve dor de cabeça. Era pegar uma balinha (sem trocadilho!) e pronto, estava zero bala (sim, cai no trocadilho).

Mas ela não faz milagre se você não descansar, se hidratar e preferir alimentos leves.

Onde se hospedar no Deserto do Atacama?

Eventualmente se você procurar por exemplo no Booking,com, a maioria dos resultados de busca por hospedagem fará referência à cidade de San Pedro de Atacama.

E por mais que eventualmente apareçam outros resultados como Calama (onde fica o principal aeroporto da região) ou até Antofagasta, outra cidade que pode ser usada como hub para voos como dissemos antes, eu não recomendo.

Primeiro porque por mais que San Pedro seja pequena, ela tem um charme especial. Sabe aquela coisa de ponto de encontro de mochileiros? É mais ou menos por ai.

San Pedro de Atacama é o centro de tudo na região.

Segundo e mais relevante é que estas outras duas cidades ficam bem mais distantes das principais atrações que você vai querer visitar numa viagem ao Deserto do Atacama. Anda-se muito no deserto, já que as atrações não ficam exatamente umas ao lado das outras, e tudo o que você não precisa é perder mais tempo ainda no deslocamento entre o hotel e elas por escolher errado onde ficar.

Uma vez definido que o melhor lugar para ficar é San Pedro de Atacama, sugiro escolher um hotel que fique numa distância “caminhável” até o centro da cidade, onde estão as lojinhas, bares e restaurantes.

Eu particularmente escolhi os hotéis dentro de um raio de uns 3km, distância que me pareceu ok para caminhar nas idas e vindas até a cidade.

Olhando as opções de estadia, você encontra de tudo: hotéis boutique, pousadas, hostels, imóveis para alugar, e resorts all inclusive. Ou seja, tem de tudo.

A única coisa que me chamou a atenção e que vale dividir com vocês é que durante as pesquisas, notei que muitos hotéis são mais simples do que normalmente se esperaria numa cidade, considerando o custo.

Traduzindo: você pode pagar um valor relativamente alto por algo que você considere rústico demais.

Mas vá tranquilo, pois tem opções para todos os gostos e bolsos como costumo dizer.

Depois de muito pesquisarmos, a nossa escolha foi o Hotel La Cochera, um hotel com excelente custo-benefício. Detalharei a experiência breve aqui no site.

Hotel La Cochera.

O que colocar na mala para o Deserto do Atacama?

Tudo menos um guarda-chuvas! Brincadeira.

Mas nem por isso você deve deixar de lado alguns itens essenciais pensados justamente por conta do clima local.

Considerando que é um lugar muito seco, tenha sempre à mão um hidratante (mãos e lábios), um daqueles soros para nariz, e principalmente tenha sempre contigo uma garrafa de água pois hidratar-se lá é essencial.

Alguns itens essenciais de vestuário: óculos escuros, boné/chapéu e jaqueta corta vento.

Pensando no sol (tanto para o verão quanto inverno), não esqueça de levar chapéu ou boné, protetor solar.

Dois climas numa só viagem. Quanto às roupas, tenha roupas mais leves para o dia e mais quentes para a noite, pois como dá para ver do quadro acima, as temperaturas variam muito ao longo do dia.

Tenha em mente que as manhãs ainda são bem frias. Não é porque você vai no verão que não precisa levar roupa quente.

Ainda que esteja frio na época da sua viagem, separe uma daquelas toalhas de secagem rápida (adoro as da Decathlon) e roupa de banho para muitos dos dias da sua viagem. Como você verá quando falarmos das atrações em si, existem muitas oportunidades de banhar-se seja nas lagunas salgadas seja nas fontes termais.

Que moeda levar

Quando o tema é dinheiro e Deserto do Atacama, uma coisa que muita gente comenta é a dificuldade de sacar dinheiro nos ATMs situados na rua Caracoles.

Sei que olhando assim pode parecer estranho, mas como faltam caixas eletrônicos – na época da nossa viagem era apenas quatro! – na alta temporada às vezes o dinheiro simplesmente acaba. Sim, é isso mesmo!!!

Um dos poucos bancos interditado para troca de piso. Kkk

Bem, pensando nisso, vejo duas opções: carregar o seu cartão Wise com pesos chilenos para usar ele sem qualquer custo adicional fazendo compras e pagamento de serviços na função débito; ou ainda usar o bom e velho cartão de crédito.

Mas e fazer o câmbio lá? Sim, é possível tanto fazer a troca de dólares e reais, quanto até mesmo pagar alguns serviços como passeios diretamente em dólares.

Minha sugestão: com o seu cartão saque um pouco de pesos chilenos ainda no aeroporto de Santiago ou de Calama (onde existem mais ATMs) para primeiros e gastos menores, e deixe o restante do saldo para pagar na função débito.

Leve também uma reserva de emergência de dólares e reais para eventualmente trocar ou pagar coisas lá. E desbloqueie o seu cartão de débito e crédito para ser usado no Chile.

Quer saber mais sobre meio de pagamento no exterior? Verifique as nossas dicas especiais sobre gastos no exterior.

Viagem para o Deserto do Atacama com crianças

Vale conhecer a região com crianças? 

Hummmm depende…. Depende da idade da criança.

Como a gente já se meteu numas viagens nada kids, acho que a gente sabe quando dá ou não para levar os pequenos. E apesar de termos como mantra que praticamente todo destino pode ser um destino kids, aqui temos duas coisas para serem pensadas.

Deserto do Atacama com crianças? Depende…

Ainda que o Deserto do Atacama tenha uma infraestrutura excelente de hotéis e restaurantes, e ainda seja bem fácil chegar lá como vimos, dois fatores que encorajariam os pais a irem para lá com os pequenos viajantes, tem outros dois fatores que são complicados.

O primeiro deles é o meio ambiente. Neste caso entendido como algo mais macro.

Num lugar onde você tem altitudes elevadas de um lado e de outro um clima seco com uma das maiores amplitudes térmicas (diferença de temperaturas ao longo do dia) do mundo, o cenário de viagem com crianças fica mais complicado para os menores.

Eles podem ter maiores facilidades para desenvolver dores de cabeça e sofrer mais com a amplitude térmica.

O segundo fato são as atrações em si.

Ainda que você tenha uma criança pequena que se diverte bem ao ar livre e seja exploradora, a maior parte das atrações têm também a exigência de uma idade mínima. 

Algumas exigem 5 anos, outras, como os Gêiseres del Tatio, demandam 8 anos.

Os géiseres são um passeio que é quase impraticável para crianças muito pequenas.

No geral, olhando o ambiente e a maioria das atrações, eu sugeriria este destino apenas para crianças acima de uns 5 anos. 

Menos que isso acho complicado. Esta é uma viagem que eu jamais faria com uma criança muito pequena. E olha que a gente já se meteu em cada uma… 

Confira os nossos Top 5 Destinos de Viagem com crianças fora do comum.

Drone no Deserto do Atacama?

Para quem como eu olha um destino e já pensa se pode levar o drone na viagem para fazer umas fotos e vídeos aéreos, o Deserto do Atacama é um dos lugares mais interessantes para isso.

Como detalho no post acima indicado, voar nos parques é terminantemente proibido.

Nos parques drone é absolutamente proibido.

Restou então voar nos arredores dos parques como detalho no texto indicado. Ai fica a seu critério se compensa ou não levar o drone na mala para voar em lugares que que não são a cereja do bolo.

Custo de uma viagem ao Deserto do Atacama

É cara uma viagem para o Deserto do Atacama?

Bem, como sempre caro e barato são conceitos bem elásticos, já que vai muito do seu estilo de vida / viagem. Tem gente que vai achar baratíssimo e outros acharão salgado. Vai muito também com o que você compara.

Tentando trazer um pouco de luz, ainda que num terreno bastante complexo, eu tedo a dizer que proporcionalmente comparado com outras viagens que fizemos, eu (muito particularmente) fiquei surpreso com o custo desta viagem.

As paisagens fazem a viagem valer demais a pena!!!

E por surpreso, quero dizer negativamente (neste aspecto).

Por mais que o aéreo não seja lá o item mais caro (sim, acreditem!), espere gastar um pouco mais do que uma viagem para qualquer uma das capitais da América do Sul, como Montevidéu e Buenos Aires, para ficar nas duas capitais mais visitadas pelos brasileiros nesta região.

Digo isso porque o bilhete aéreo para Santiago já custa um tanto a mais do que os outros dois exemplos citados. E você ainda tem que adicionar o trecho local, o tal voo de umas 2hs de Santiago até Calama.

Aqui é importante mencionar que até dá para dar uma economizada sim, especialmente se você conseguir usar uma das lowcosts chilenas que citei acima.

Então passagem tem um custo que eu diria intermediário neste orçamento de viagem.

Um outro ponto que destaco é uma percepção que tivemos (e que ouvi também de outros viajantes) é que o Chile estava bem caro na época da nossa viagem. Talvez até mesmo por conta de um aumento do custo de vida no Chile, que costumava ser relativamente “barato”, vi até mesmo chilenos reclamando do preço das coisas.

Ou seja, o Chile acabou não sendo tão em conta quanto, por exemplo Argentina ou Uruguai.

Estadia, é algo que se você quiser arrebentar a boca do balão, existem opções que te ajudarão facilmente nesta tarefa. São resorts super exclusivos e que cobram (e bem) pelo que oferecem.

Uma forma de economizar é apostar num dos hostels existentes em San Pedro de Atacama.

Mas se você for mais econômico, notará que existem excelentes hotéis com preços super justos.

E de outro lado existem opções super econômicas, afinal estamos falando de um destino repleto de mochileiros.

Ou seja, no quesito estadia, eu diria para você que o Deserto do Atacama é um destino relativamente barato.

Comida, idem. Existem locais caros e super em conta – apesar de que, como dito, também neste quesito o Chile está mais caro do que seus vizinhos.

Mas então o que encarece tanto esta viagem? 

Bem aqui o custo maior dependendo do seu estilo de viagem será com os passeios. Não necessariamente o custo de entrada de cada um dos parques ou atrações, mas sim dos guias e tours que invariavelmente você irá contratar.

Passo para vocês o seguinte comparativo o valor que gastei de passagens poderia ser facilmente superado pelo valor dos tours caso optasse por uma das agências mais famosas da região.

Dito isso, não estranha se você gastar eventualmente R$ 3.000 a R$ 5.000/pessoa apenas com passeios.

O que se pergunta é: será que estes tours valem tudo isso? Eu, particularmente achei muito caro, com todo o respeito à qualidade dos guias e etc., acho que o valor está inflacionado pela alta demanda.

Em resumo, e comparando com outras viagens que já fizemos, achei o custo desta viagem a Deserto do Atacama relativamente cara, especialmente se comparar o custo benefício (comida; hospedagem; e passeio) – não as belezas locais, as quais valem cada centavo!

Vamos juntos conhecer o Deserto do Atacama?

E aí? Fala se o Deserto do Atacama não é incrível? Você tem alguma outra dica de lá para compartilhar?

Conta para a gente! 

Diogo Avila

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