Genebra. Le français c’est parlé ici, ou algo como “aqui se fala francês” – não, não falo francês!
Chegar em Genebra ou Genève como se diz por lá, é ter a clara impressão que você saiu da Suiça.
Esqueça tudo o que você viu nos posts anteriores e verá nos seguintes, esta é uma outra Suíça. Se não fosse por alguns poucos outros pontos de convergência, eu diria que estamos num outro país. Muito provavelmente na França.
Também, não é para menos. A fronteira com a França está poucos quilômetros dali.
Mesmo que a língua seja um fator determinante, ela não é a única responsável por esta sensação ao mesmo estanha e gostosa de deslocamento. Coisas que só um país tão multicultural quanto a Suíça pode oferecer.
Andando pelas ruas a arquitetura é diferente. Esqueça aquelas igrejas de torres góticas pontudas, tão típicas em Zurique por exemplo; ou até mesmo aqueles chalés que vimos nas cidades menores como Zermatt ou Interlaken. As pessoas são mais agitadas – pela primeira vez em dias ouvíamos os motoristas buzinando quando alguém fazia algo errado no trânsito.
Enfim, esta é a mais importante cidade desta Suíça-francesa.
O viés cosmopolita de Genebra vai além da influência francesa.
Com uma população de pouco mais de 190 mil habitantes, dos quais 45% são de outras nacionalidades que não a suíça, Genebra é a sede de vários órgãos internacionais. Para citar apenas as mais conhecidas, ali estão sedes da Organização Internacional do Trabalho (OIT); Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC); sem falar no escritório da ONU (do qual falaremos num post próprio) e da Cruz Vermelha.
Locomover-se pela cidade é super fácil. Como a maioria das atrações estão às margens do Rio Rhône e do lago Léman, tudo fica à uma distância que pode ser facilmente percorrida a pé. Mas para os trajetos mais longos, a cidade é bem servida de trams que são operados pela TPG. Os bilhetes, para quem não tiver o Swiss Pass, que dá acesso gratuito a todo o sistema de transporte urbano, podem ser adquiridos nas máquinas localizadas nas paradas.
Existem dois postos de informações turísticas em Genebra, o Information de la Ville de Genève fica na Pont de la Machine e funciona de segunda das 12h00 às 18h00, a partir das 9h00 de terça à sexta e sábados das 10h00 às 17h00. E o Tourist Office fica na Rue du Mont-Blanc 18 e funciona de segunda das 12h00 às 18h00, a partir das 9h00 de terça à sábado e domingos das 10h00 às 16h00.
Já o consulado brasileiro fica na Rue de Lausanne 54, 3º andar, 1202 Genebra. O atendimento ao público é de segunda à sexta-feira, das 9h00 às 13h00. Aqui o link para o site do consulado.
Onde ficar em Genebra? Nós optamos pelo Ibis Genève Centre Nations, cujo review completo vocês conferem aqui.
Mas vamos às atrações que é o que interessa.
De tudo que vimos em Genebra, a atração que mais chamou a nossa atenção foi a Old Town. Situada ao sul do Rhône, é a região mais antiga e talvez a mais bela da cidade.
Recortada por vielas irregulares e para lá de charmosas, esta área da cidade respira história. O lugar é lindo e tem uma atmosfera própria, bem diferente do restante da cidade. Deixe-se perder por lá!
Os primeiros indícios de ocupação na região datam de algo por volta de 121 a.C, mas somente no século XIII é que a cidade passou a ser independente. Historicamente a cidade teve um importante papel no século XVI quando foi transformada em reduto protestante pelo então atuante João Calvino, que residiu na cidade entre 1536 e sua morte em 1564 – um de seus legados foi a Universidade de Genebra (1559).
Genebra também é a terra natal de gente importante, como Jean-Jacques Rousseau, que nasceu e viveu ali no nº 40 da Grand Rue. E foi também a residência durante algum tempo de figuras interessantes como Lênin e Freddie Mercury.
O ponto central desta área é a Cathédrale St-Pierre. Com um estilo gótico, esta catedral do século XI é a principal igreja de Genebra. Durante os anos de 1536 e 1564, João Calvino pregou aqui – seu assento pode ser inclusive visto na ala norte.
Durante o verão, são comuns breves concertos gratuitos de órgão.
Quem tiver fôlego, pode subir a torre da catedral (CHF 4), de onde se tem belas vistas do lago. A torre da igreja servia como ponto de observação durante a Segunda Guerra Mundial. Ali também é possível visitar um o sítio arqueológico com mosaicos do século IV.
A igreja fica na praça Cour St-Pierre e está aberta de segunda à sexta das 9h30 às 18h30,
sábado até as 17h30 e domingos do meio dia às 18h30.
Para aqueles que se interessarem por assuntos relacionados à Reforma Protestante, sugiro uma visita ao Musée International de la Réforme (Rue du Cloître 4; Sfr13; terça a domingo das 10h00 às 17h00), que fica ali ao lado e explica os principais fatos relacionados com esta revolução que culminou na criação de uma nova vertente do cristianismo.
Alguns passos dali fica outra atração relacionada ao protestantismo, o Muro dos Reformadores (Mur des Réformateurs), um monumento no Parc des Bastiões (Promenade des Bastiões 1, 1205 Genève). Trata-se de um murro esculpido em 1909 para comemorar o 400º aniversário do nascimento de Calvino. Ali estão retratados Guillaume Farel, João Calvino, Theodore Beza e John Knox.
Já na parte mais baixa, próxima ao lago, está a rua mais chique e exclusiva da cidade, a Rue du Rhône. Repleta de lojas com preços literalmente proibitivos à maioria das pessoas, vale o passeio… nem que seja para babar nas vitrines.
Para quem quiser algo mais factível aos bolsos brasileiros, sugiro as lojas da Rue du Marché e Rue de la Croix d’ Or, onde existem muitas lojas como uma grande H&M, uma Apple Store e uma loja que adorei, a Franz Carl Weber, uma loja de brinquedos enorme e muito bacana.
Voltando para a parte baixa da cidade, vocês encontrarão aquela que é a atração mais conhecida da cidade, o Lago Léman, ali também conhecido como Lago Genebra.
Banhando não só Genebra mas outras cidades do leste da Suíça, como por exemplo Lausane, ele praticamente faz a divisa entre a Suíça ao norte e a França ao sul. São mais de 72km de comprimento e 13km de largura, não sendo à toa considerado o maior lago da Europa.
Um dos passeios mais tradicionais de Genebra é o passeio de barco pelo Lago Léman. Existem vários operadores, mas o mais conhecido é a CGN BOAT que oferece passeios em barcos a vapor no estilo belle époque, alguns deles com 100 anos de idade. Os preços começam em CHF 39, mas existem pacotes para passeios em família.
Embora esteja localizado aproximadamente 1 hora de Genebra, já na divisa entre a Itália e a França, das margens do Lago Léman é possível avistar o Mont Blanc – não estou falando da loja de canetas não, mas sim da montanha que deu origem à marca.
Claro que não dá para falar do lago sem mencionar uma das, senão a mais famosa atração da cidade, o Jet d’Eau um enorme jato de água que é literalmente o símbolo da cidade juntamente com o lago. Eu particularmente como até ir para lá sempre confundi Genebra com Lausane (nem sei o motivo), resolvi guardar que Genebra é a do jato – pronto, problema resolvido!
O Jet d’Eau consegue jogar a água a uma altura de 140m a uma velocidade de incríveis 200km/h, formando em dias de sol, arco-íris na sua névoa. Não é à toa que virou um marco da cidade desde a sua inauguração em 1951.
Para ver de perto, vá ao piér na Quai Gustave-Ador. Só fique atento porque no píer situado nas suas proximidades costuma respingar água. E saiba que se estiver ventando demais, como em alguns dias em que estivemos lá, ele não é ligado. Snif!
Caminhando pelas margens do lago, vocês encontrarão outra atração famosa da cidade – apesar de ser comum à muitas outras (Viña Del Mar e até Poços de Caldas!) … o Horloge Fleurie. Reza a lenda que este situado no Jardin Anglais (Quai du Général-Guisan), fundado em 1955, foi o primeiro deste tipo.
Subindo do lago para a estação central vocês encontrarão a Rua Mont Blanc que é uma das principais ruas de comércio da cidade, na verdade um calçadão.
Por ali vocês encontrarão muitas lojas de souvenires, cafés, e na paralela Rue de Cornavin 6, uma enorme unidade da loja de departamentos Manor. Recomento espiar o subsolo onde ficam os gêneros alimentícios… leia-se: muito chocolate.
Para quem quiser economizar uma grana, sugiro um dos vários restaurantes e lanchonetes existentes na Estação de Trem. Ali também vocês encontram alguns pequenos supermercados. Excelente opção para quem quiser comprar algo para um piquenique às margens do lago.
Uma dica para quem estiver com crianças é visitar o Musée d’Histoire Naturelle (Museu de História Natural) que além de animais da fauna local apresenta outros como tigres e girafas. Ele fica na Rte de Malagnou 1, abre de terça a domingo das 9h30 às 17h00, e o ingresso é gratuito.
Outro passeio bastante comum é a visita ao Musée International de la Croix-Rouge et du Croissant-Rouge (CICA), o museu da Cruz Vermelha.
Como disse anteriormente, Genebra é a sede de vários organismos internacionais, dentre eles a Cruz Vermelha, que nasceu aqui em 1864, a partir da ideia de dois empreendedores locais, Henri Dunant e Henri Dufour. O museu conta o trabalho desta importante organização que atua principalmente em tempos de guerras e catástrofes. Fica na Ave de la Paix 17; abre de quarta à segunda das 10h00 às 17h00 e o ingresso custa CHF 15.
No próximo post, vamos conhecer uma das atrações mais diferentes de Genebra, o Palais des Nations, mais conhecido como a sede da ONU.
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