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Lugano: a Suíça com gostinho de Itália

Lugano, uma Suíça completamente diferente.

Olhando no mapa pode parecer insanidade sair do meio do país para um bate-e-volta numa de suas cidades mais ao sul. Mas como estamos falando de Suíça, onde as distâncias são relativamente pequenas e o sistema de trens eficiente, isto é moleza. Um dos bate-e-voltas altamente recomendáveis a partir de Lucerna é Lugano, na região de Ticino.

Como nome da cidade e da própria região já denotam, iremos visitar uma das principais cidades do sul da Suíça, e experimentar um pouco do lado por assim dizer, mais italiano da Suíça.

Na divisa com a Itália, a porção sul da Suíça tem uma forte influência italiana, seja na arquitetura, na cozinha, ou no idioma (sim, lá se parla italiano!). A região de Ticino é um pedaço da Itália na Suíça.

Lugano.

Em meio a vespas e gelatos, é relativamente fácil esquecer-se que está na Suíça.

Esta região, famosa por seus dois grandes lagos, Lugano e Locarno, foi anexada à Suíça no século XV.

Com pouco mais de 55 mil habitantes, Lugano é a maior cidade do Ticino. Rodeada por montanhas, a vida da cidade está profundamente ligada ao lago homônimo.

Lugano não é uma daquelas cidades que se visita pensando uma grande atração determinada. A breve viagem até lá vale mesmo para curtir o clima e a paisagem local, principalmente caminhar pelas típicas e estreitas ruas da cidade e pelas margens do lago.

A variedade de frutas mostra que estamos perto da Itália.

Lago Lugano.

O passeio pela cidade começa invariavelmente com a descida da parte alta, na qual está situada a estação de trem para as margens do lago. Embora a forma tradicional seja através do charmoso funicular, ele estava fechado para reforma quando da nossa visita à cidade (voltará a funcionar em dezembro de 2016), motivo pelo qual temporariamente a descida é feita por ônibus que partem da própria estação de trem até a região do lago.

É uma ladeira e tanto da estação ao lago.
Mas cheia de coisas interessantes. Pura ilusão de ótica.
Pelas belas ruas estreitas de Lugano.

Piazza Della Riforma com muitos cafés.

Claro que existem sim alguns pontos que merecem serem visitados, como por exemplo a Cattedrale di San Lorenzo (Via San Lorenzo; das 6h30 às 18h00). Construída no século XVI em estilo renascentista, é a principal igreja da cidade.

Nesta mesma linha vale conferir a Chiesa di Santa Maria degli Angioli (Piazza Luini, das 7h00 às 18h00). Construída em 1529, sugiro uma atenção especial às suas pinturas.

Chinesa di Santa Maria deli Angioli por fora até que é simples…
Mas os afrescos no seu interior são de um detalhe
E beleza incríveis.
O principal deles merece ser visto em detalhes.

Mas uma das atividades mais interessantes da cidade, é fazer um passeio de barco pelo Lago de Lugano. A Sociedade de Navegação (Viale Castagnola 12) oferece os mais variados tipos de passeios, desde passeios mais curtos, com 60/75minutos – ideais para quem quer apenas relaxar e apreciar um pouco do lago, até passeios de meio dia com refeições inclusas. A partir de CHF 27,40 e gratuito para quem tem o Swiss Pass.

No píer dos barcos, optamos pelo tour mais curto, o Giro Golfo.
Lugano by the lake.
Em muitas das paradas existe apenas um restaurante e algumas poucas casas.

Itália para lá, Suíça para cá, literalmente!
O barco que pegamos adentrou apenas um pouco na Itália, mas existem roteiros que vão mais a diante.
Carro para que???
Fala se não é um charme?

Quem quiser percorrer as ruas da cidade com um guia, pode utilizar o tour de 2 horas oferecido pelo posto de informações turísticas, com diferentes itinerários para cada dia da semana (segunda-feira, sexta-feira e domingo), é uma excelente forma para conhecer a cidade. Ah, o tour é gratuito! Dizem que o mais interessante dos itinerários é o de sexta-feira, pois oferece a subida ao Monte Brè, uma montanha com 925m a leste de Lugano de onde se tem belas vistas do lago e da cidade 

O Posto de Informações Turísticas tem dois escritórios. Um na estação de trem, que funciona de segunda à sexta das 14h00 às 19h00; e outro na Riva Giocondo Albertolli que abre de segunda à sexta das 9h00 às 19h00, sábados das 9h00 às 18h00 e domingos das 10h00 às 18h00.  

Para quem não vive sem ver algumas “lojinhas”, sugiro um passeio pelo calçadão da Via Nassa, além das lojas de grife, existem interessantes cafés e restaurantes.

Via Nassa.

Ah, por falar em comida além de uma óbvia massa italiana, sugiro a Bottega del Formaggio, na Via Pessina 12, para provar os queijos locais. E não deixe de aproveitar os gelatos italianos!

Para um lanche rápido, a D. Gabbani na Via Pessina é uma excelente opção.
Fomos de pizza é claro!

Pela beleza da região, daria facilmente para passar alguns dias por ali explorando as demais cidades, como Bellinzona e Locarno. Mas para quem quiser ao menos ter uma ideia de como é este lado italiano da Suíça, um bate-e-volta é uma excelente oportunidade.

Embora no passado tenha feito este bate-e-volta a partir de Zurique, acredito que seja demais passar quase 3 horas dentro de um trem para chegar à Lugano (e o mesmo na volta). Daí porque desta vez, dentre as cidades mais conhecidas, escolhi Lucerna como ponto de apoio. Com pouco mais de 2 horas cada pernada, é possível experimentar o lado italiano da Suíça.

Na Suíca, qualquer lugar fica perto de trem!
Obras do túnel encurtarão ainda mais a viagem para Lugano.

É verdade que em alguns poucos anos esta viagem será drasticamente reduzida, com a conclusão daquele que pretende ser o maior túnel do mundo, o Gotthard Base Tunnel, com 57km de extensão.

Então, se você tiver um dia de viagem sobrando em Lucerna, aproveite para tomar um gelato ou comer uma pizza em Lugano!

No próximo post, vamos à nossa última parada na #SwissExperience: Zurique!

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