Singapura

Marina Bay: um dos lugares mais bacanas de Singapura

Marina Bay, uma das atrações mais interessantes de Singapura.

Ao redor do mundo, não são raros os casos de cidades que tiveram sucesso na recuperação de áreas degradadas, como por exemplo áreas que outrora eram portos. Singapura mesmo tem o seu case de sucesso: Marina Bay.

Mas “recuperar” do mar uma porção de terra para fazer uma enorme área de lazer, entretenimento, compras e tudo mais, sem causar grandes impactos ao meio ambiente, e ainda criar uma enorme área verde, é algo que eu só vi lá.

Atualmente, a área da cidade mais famosa e uma das mais interessantes é Marina Bay, onde faz alguns anos pipocam construções que de tão inusitadas, viraram marcos turísticos da cidade.

Até 2010, não existia nada ali a não ser mar. Anteriormente à construção da Marina, o Singapore River desaguava diretamente no mar. Mas a partir das obras realizadas, ele passou a desaguar diretamente na baia formada, criando um enorme reservatório de água doce que passou a ser utilizado pela cidade.

E pensar que poucos anos atrás não existia nada no local.

Ao custo de pouco menos de 6 bilhões de dólares os singapurianos criaram uma área turística muitíssimo interessante, e que vai muito além do mundialmente famoso Marina Bay Sands Hotel como vocês verão abaixo.

Alem das atrações turísticas, existe ali um terminal de cruzeiros, um condomínio de luxo e um centro financeiro. Praticamente criaram um bairro inteiro – e de muito bom gosto diga-se de passagem.

Ali ergueram também um cassino, algo que vem de encontro com o aumento deste tipo de turismo na Ásia. Basta ver o sucesso de Macau que compete diretamente com Las Vegas pelos apostadores asiáticos.

Singapura tem dois cassinos, um situado no Marina Bay Sands e outro no Resorts WorldCasino. Pode parecer pouco dois cassinos, mas dizem que a renda deles, juntos, já supera a somatória da renda de Las Vegas inteira com jogo por conta do alto valor gasto pelos
asiáticos com jogatina.

No cassino do Marina Bay Sands, entradas separadas.

Outro dado interessante é que embora o acesso aos turistas estrangeiros seja gratuito, os locais têm que pagar SGD 100 para entrar. O “bingo” sai caro para os locais!

Se me perguntassem por onde começar o passeio, sugiro iniciar exatamente um pouco mais à diante de onde começou o anterior, nos arredores do Central Business District – CBD.

Digo isto porque ali perto fica o Merlion Park, um parque no qual está situada a estátua do Merlion (meio leão meio peixe) que é o símbolo da cidade. Ele fica entre o Marina Bay Sands Hotel e o The Fullerton Hotel, e é o melhor lugar para apreciar o icônico edifício do Marina Bay Sands Hotel e as demais construções da região – basta notar que quase sempre está cheia de turistas.

Merlion.

O Merlion é talvez depois da bandeira nacional, o símbolo mais representativo desta nação. Vocês o verão em tudo quanto é lugar.

Pode parecer estranho, e é, ter um leão-peixe, ou um peixe-leão como símbolo de uma nação. Mas a explicação por trás disto está no fato de que o corpo de peixe representa as origens de Singapura (uma vila de pescadores); e a cabeça de leão, o real significado do nome do local (cidade leão).

Merlion Park (click para ver os detalhes).

A criação desta criatura que poderia ter saído de qualquer livro de mitologia é atribuída ao artista Alec Fraser-Brunner, a pedido do governo local.

Dali vocês também observam outras construções futuristas que fazem parte do complexo, como o Theatres OnThe Bay, são dois enormes teatros em formato futurista. Embora pareçam ser duas estruturas idênticas por fora, internamente uma delas funciona como Ópera com capacidade para 1600 espectadores, e a outra como teatro (capacidade de 2000 espectadores).

Olhando assim também parecem dois olhos de moscas.

Quem já assistiu ao GP local de Formula 1, certamente já viu esta construção que mais parece um “durian branco/prateado”.

Outra construção que chama muito a atenção é o ArtScience Museum que tem o formato de flor de lótus. Funciona diariamente das 10h00 às 22h00.

ArtScienc Museum e a loja moderninha da LV.

Ali também fica um curioso estádio (pequeno é verdade), mas bem singular, o The Float at Marina Bay. Com capacidade para aproximadamente 25 mil pessoas, o fato curioso é que seu campo está simplesmente boiando nas águas da Marina. Belo lugar para uma “pelada” né? Coitado do gandula que tem que pular na água para pegar a bola. Kkkk.

Gandula? Só se for de colete salva-vidas!

E por fim, cruzando do Marina Bay Sands para o lado do The Float at Marina Bay, vocês encontram a Helix Bridge, uma ponte que parece ultra moderna, mas cuja inspiração está numa das coisas mais antigas do mundo… o nosso DNA.

Durante à noite, ela fica toda iluminada e as junções da ponte, representando as moléculas têm corres diferentes para serem facilmente identificadas.

Das atrações desta região da cidade, certamente nenhuma chama tanto a atenção quanto o Marina Bay Sands Hotel.

Ok, Dubai e Las Vegas podem ter hotéis exclusivos e com designs bem diferentes.

Mas o que dizer de um hotel que tem acima de suas três torres de 55 andares, uma estrutura que claramente lembra um navio? Não dá para passar despercebido. Concordam?

Marina Bay Sands Hotel.

Na minha opinião, vocês podem até ir para Singapura e deixar de ver uma atração ou outra, mas deixar de ver o Marina Bay Sands Hotel eu acredito pouco provável. Primeiro porque ele é visível de vários pontos da cidade; e segundo, porque ele é lindo!

Marina Bay Sands Hotel.
No térreo, vários bares e restaurantes.

Como vocês podem imaginar, trata-se de um hotel de luxo, portanto com preços razoavelmente salgados. Numa pesquisa rápida para o período do verão, no final de semana para um casal as diárias partem de US$649 e podem chegar a “módicos” US$1099. E ai? Vai encarar? Dizem que a qualidade do serviço compensa.

Os quartos têm vista para o Gardens by the Bay ou para o CDB.

Se vocês, como eu, não está podendo se dar um mimo destes, não se desespere, você também pode ao menos visitar aquilo que na minha opinião é a melhor atração do complexo: o Sands SkyPark, um enorme terraço situado a 200m do chão.

Vertigem garantida mesmo para aqueles que não têm lá tanto medo de altura.

Como o mirante, por assim dizer, fica na proa (parte frontal) do “navio” e não existe outro referencial próximo em altura semelhante; e para “piorar” você está a céu aberto. Uma delícia!

A vista de lá de cima, como mostram as fotos deste post é incrível. De lá se tem um panorama completo da região de Marina Bay de um lado, e de outro o movimentado litoral singapuriano.

A “fila” de navios esperando para entrar no porto.

Preciso dizer que a melhor hora para visitar esta atração é no final da tarde? Assim, vocês podem apreciar a cidade em dois momentos absolutamente distintos. Pena que não tivemos como apreciar a vista noturna.

Apenas uma recomendação: confira a previsão do tempo e a visibilidade, pois dependendo das condições climáticas, a fumaça oriunda das queimadas feitas nos países vizinhos (Indonésia e Malásia) podem simplesmente estragar o seu programa.

Dali se vê claramente a Marina Barrage para serve para separar as águas do Singapore River do oceano. Destaque para o prédio da barreira, cujo “telhado” coberto por um belíssimo gramado serve como extensão do parque ali existente.

Marina Barrage.

Mas voltando ao hotel…

Ali, fica a mais alta piscina do mundo, e provavelmente uma das mais interessantes piscinas de borda infinita do mundo, de onde é possível apreciar o moderno skyline de Singapura.

Olhando assim nem dá para imaginar que lá em cima está uma das mais fantásticas piscinas do mundo.

Que vida “dura”!

Deixo desde já um aviso, a piscina é exclusiva aos hóspedes!

Ao menos a partir do SkyPark os visitantes podem apreciá-la (leia-se babar!) mais de perto.

Quer chegar mais perto? O site oficial diz que existe um tour guiado de 15 minutos que possibilita visitar a área da piscina: “Guided Tours. Daily | 10am, 2pm, 9pm. Three free guided tours are offered daily for Observation Deck guests. Guests are advised to register at the SkyPark Box Office (B1, Tower 3). Registration starts at 9.30am daily, on a first-come-first-serve basis. Registration is for that day only. Each tour is limited to 50 guests and lasts approximately 15 minutes.

Outra saída é fazer uma reserva no o Sky on 57 um caríssimo bar ali situado.

Na minha opinião, um dos passeios mais interessantes de Singapura! Talvez nem tanto para quem tem medo de altura. Rsss

Céu aberto e parede de vidro fazem muita gente nem chegar perto da “borda”. Kkkk

Mesmo no zoom o pessoal parece formiga lá em cima.

Gostou? Então anote ai. Fica na 10 Bayfront Avenue, com acesso ao SkyPark pela torre n.º 3. Funciona diariamente das 9h30 às 22h00, exceto de sextas a domingo quando fecha às 23h00. Quanto? SDG 23. Confira aqui o valor atualizado.

Voltando à “terra”, sugiro um passeio pelo shopping The Shoppes, que traz lojas mais chiques e restaurantes descolados como o Guy Savoy entre outros. Destaque para os canais que cortam o shopping, nos quais, como era de se supor, é possível fazer um passeio (mico) no melhor estilo Venetian.

Lojas super exclusivas.

Do lado oposto ao Marina Bay vocês encontrarão outra importante atração de Singapura, a Singapore Flyer.

Sim, parece a de Londres. Mas não é. O sotaque absolutamente diferente que se ouve ali e as dimensões (ainda maiores) demonstram que não estamos na London Eye.

Singapore Flyer.

Ali ao lado, um pedacinho da pista de F-1.

A irmã mais nova e maior da famosa roda gigante londrina está situada em Singapura e é uma das atrações mais famosas da cidade. E não é para menos, com 165m de altura, os visitantes podem avistar de dentro de suas 28 cápsulas envidraçadas praticamente toda a cidade. Um detalhe importante: estamos falando de uma das maiores rodas-gigantes do mundo, superada apenas pela recém inaugurada em Las Vegas.

Para quem não se contentar com um simples passeio, é possível tomar champanhe, chá da tarde, e até mesmo jantar durante o gira-gira.

O passeio que dura aproximadamente 30 minutos é um dos programas mais procurados por quem visita Singapura.

Durante à noite, toda iluminada.

Uma coisa que pouca gente sabe é que existe um simulador de voo incrivelmente detalhista ali ao lado. Só para dar o tom da brincadeira, ele é licenciado Boeing. Para os fãs de aviação, vale conferir.

Fica na 30 Raffles Avenue (estação Promenade). Funciona diariamente das 8h30 às 22h30 (mas a bilheteria fecha 30 minutos antes). O ingresso custa SDG 33, mas se comprado on-line, tem-se 10% de desconto (é preciso chegar 30 minutos antes do horário marcado).

Mesmo que você não seja muito chegado em botânica, não deixe de visitar o Gardens by the Bay, pois ele é muito mais que um simples jardim.

Set de Avatar?

Passarelas interligam algumas das “árvores”.
Na central, um bar no topo.

Este complexo inaugurado em 2012 é uma das principais atrações da cidade, e não é para menos. Trata-se de um ambiente belíssimo onde embora a natureza seja a principal atração, não dá para negar a existência de um ar meio que futurista, principalmente pelas Supertree Grove que existem ali.

Num paralelo meio fantasioso, parece um cenário de Avatar. Aliás, estas Supertree Grove são, na minha opinião, a parte mais interessante do jardim.

Embora não sejam árvores propriamente ditas, mas sim estruturas de aço nas quais foram colocados vários jardins verticais, elas dão a impressão de serem uma espécie geneticamente modificada vinda sabe-se lá de onde!

Com uma altura equivalente a um edifício de 16 andares, estas “árvores” captam tanto a água das chuvas quanto a luz solar que são utilizadas respectivamente na irrigação do sistema como um todo e na iluminação local.

Mais de 162.900 plantas de 200 espécies diferentes, entre elas bromélias, orquídeas, samambaias e trepadeiras floridas tropicais cobrem a estrutura das Supertrees.

Se possível, não deixe de vê-las durante à noite, quando são iluminadas, o que aumenta ainda mais a sua beleza. Diariamente às 19h45 e às 20h45 acontece um show de luzes e músicas ali – como o horário varia conforme a época do ano, confira aqui o horário vigente.

Quem quiser pode andar de uma árvore para a outra por meio das enormes passarelas existentes, fazendo o caminho conhecido como OCBC Skyway.

Duas enormes estufas também podem ser visitadas. A Flower Dome, que cujo nome mesmo diz traz flores de diversas partes do mundo. Detalhe à sua intrincada estrutura, um quebra-cabeça com 3.332 painéis de 42 diferentes formatos e tamanhos de vidro.

Na outra estufa, a Cloud Florest é recriada uma floresta tropical com direito a cascata d’ água e tudo.

As enormes estufas.

Fora isso, existem vários jardins temáticos no complexo. Apenas para citar alguns existe o chinês, o de frutas, flores, e por ai vai.

Dada a quantidade de plantas e a umidade do ambiente, se possível, leve um repelente de mosquitos.

Ah, quem curte plantas pode ainda conferir o Botanic Gardens (1 Cluny Road, diariamente das 5h00 às 0h00), que com mais de 60 hectares é um oásis de tranquilidade no meio da cidade. A entrada ao jardim é gratuita, paga-se apenas para entrar em atrações mais específicas, como o National Orchid Garden (SGD 5 – vide horário próprio aqui)

O Gardens by the Bay fica na 2 Bayfront Avenue (utilizar Estação Bayfront do metrô). O jardim funciona diariamente das 5h00 às 2h00; e as estufas e o OCBC Skyway abre todos os dias das 9h00 às 21h00, devendo a entrada ser realizada no mínimo 30 minutos antes destes horários.

O acesso ao jardim é gratuito. Paga-se apenas para andar nas passarelas (OCBC Skyway) entre as Supertree Grove e as estufas (conservatories).

Enfim, não dá para ir à Singapura e não passear por Marina Bay e conferir ao menos algumas de suas principais atrações.

No próximo post, vamos curtir uma praia em plena cidade. 

 

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Diogo Avila

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