Orlando

Como programar uma viagem para Orlando?

Como diz o Cumbiquinho, fomos ver o “Mic”!

Finalmente a família Cumbicão desembarca no destino mais visitado por brasileiros no exterior: Orlando. Alguns já devem ter procurado este destino no menu do blog e talvez se perguntado se a gente não se interessava pelo destino. Até fui para lá quando adolecente, mas até termos o Cumbiquinho, a gente foi postergando uma viagem à “terra dos parques de diversão” para depois e depois, sempre priorizando outros destinos mais adultos, por assim dizer.Mas numa viagem para o México com escalas em Fort Lauderdale e Orlando,

simplesmente não dava para não esticar alguns dias a mais no roteiro para curtir os parques. Abaixo, uma série de dicas frescas e super úteis para quem está pensando em ir pela primeira vez, ou está para revisitar Orlando e seus parques. 

Você diria que uma grande extensão de terras planas pipocada por lagos por todos os lados tem potencial turístico??? Muito provavelmente não. Mas uma mente visionária que atendia pelo nome Walt Disney viu ali um potencial que ninguém mais viu, e resolveu apostar todas as suas fichas na construção do maior complexo de parques temáticos do mundo.

Visionário e mágico, os dois melhores adjetivos para definir este senhor.

Não é à toa que uma de suas mais célebres frases é: “If you can dream it, you can do it. Always remember that this whole thing started with a dream and a mouse”, algo como: se você consegue sonhar, você pode fazer. Sempre se lembre que tudo começou com um sonho e um ratinho.

Desde então já se passaram mais de 40 anos, e muitos outros parques surgiram por lá depois deste visionário start, transformando Orlando em sinônimo de diversão e viagem em família.

Orlando é um daqueles lugares que, quem curte viagem e diversão inevitavelmente visita mais de uma vez (ou vezes se você tiver crianças!). Digo isto não só pela qualidade das atrações dos parques que já mereceriam uma nova visita, mas principalmente pelo fato de que todo ano novas atrações são inauguradas.

Os parques têm atrações para todas as idades.
E quando você entra no clima, se diverte literalmente com tudo!

Se você foi para Orlando dois anos atrás, verá muita coisa nova agora. Imagina então eu que não ia para lá desde 1995?!?!? Quase que nem o layout dos parques me pareceu familiar. Rsss.

E a quantidade de parques só cresce. So para dar uma ideia, até 2016 eram os seguintes parques: Magic Kingdom, Animal Kingdom, Epcot, Hollywood Studios, os parques aquáticos Typhoon Lagoon e Blizzard Beach – todos da Disney; Universal Studios, Islands of Adventure, e o parque aquático Wet’n’Wild – todos da Universal; SeaWorld Orlando, Discovery Cove e o parque aquático Aquatica – todos do grupo SeaWorld; Legoland Florida e Legoland Water Park da marca Lego. Isto para não contar a NASA (Kennedy Space Center) em Cabo Canaveral e o incrível Busch Gardens, de Tampa. 

Optamos pelo Magic Kingdom da Disney.
Islands of Adventure
E Universal Studios, ambos da Universal.

Percebeu como tem coisa para fazer em Orlando e talvez uma só viagem não baste? Desta vez, com pouco tempo disponível, optamos por revisitar apenas o Magic Kingdom e os parques da Universal (Universal Studios e Islands of Adventure).

Antes de falarmos dos parques e das inúmeras opções de compras em Orlando – que ficarão para outros posts, vamos às questões práticas para vocês programarem uma viagem para a terra do Mickey! 

Onde ficar?

O principal debate neste ponto é ficar ou não num hotel dentro do complexo de parques da Disney. O debate é acalorado, tem gente que só fica dentro de parque e tem aqueles que tem horrores a isto. 

Particularmente não tenho opinião formada a respeito, até porque não tenho a experiência de ficar dentro de um parque da Disney.

Mas mesmo assim consigo ver algumas vantagens e desvantagens.

Vantagens: você  não precisa se preocupar sobre como ir para os parques, já está lá e existem várias opções de transporte que te levam até os portões sem custos adicionais; a decoração dos hotéis é temática e faz muito sucesso entre os pequenos; você pode aproveitar as chamadas Disney World Extra Magic Hours que são dias em que os parques abrem um hora mais cedo e fecham duas horas mais tarde para quem está hospedado nos hotéis do complexo (mas como não são todos os dias que têm este esquema, não sei se compensa); e suas compras feitas no interior do parque podem ir direto para o seu quarto.

No final, o que todo mundo quer é curtir os parques com menos fila possível.

Desvantagens: acho que os parques ficam meio que isolados de outras atrações que não os parques da Disney, além de shoppings, outlets e supermercados; nem sempre os parques funcionam com estas horas extras; e a maior delas… o custo, salvo alguma promoção (que acontece!) é bem maior.

Enfim, se estiver a fim de ficar dentro do complexo, opção é o que não falta, afinal são mais de 30 hotéis em diversas categorias (leia-se preços)!!!

Para quem quer ficar mais perto possível dos parques da Disney, mas não necessariamente dentro do complexo, pode procurar por um hotel nas localidades de Lake Buena Vista ou Kissimee (fizemos isto na nossa primeira viagem e foi bem tranquilo).

CoCo Key Hotel & Water Resort, excelente custo benefício numa região bem central de Orlando.

Como queríamos mais sossego e minimizar os deslocamentos, optamos por nos hospedarmos fora dos parques, mas em um hotel com uma super localização, o CoCo Key Hotel & Water Resort, cujo review vocês conferem aqui.

Fora isso ainda tem a opção de alugar uma casa ou apartamento. Pode ser uma boa, mas apenas em alguns casos como por exemplo para grupos grandes ou estadias bem longas.

Quando ir? Quanto tempo?

Orlando tem uma grande vantagem, é um destino para curtir quase que qualquer época do ano por conta do clima local. 

Por mais que os verões (junho a agosto) sejam fortes, o inverno é ameno se comparado com outros destinos dos Estados Unidos. Logo, nada de neve ou frio intenso – leve apenas um casaco para a noite nos parques. Particularmente sugiro apenas evitar os meses de setembro a outubro, que é o período conhecido pela maior incidência de furações na Flórida – nunca vi relatos de furações em Orlando, mas nas demais cidades da Flórida, especialmente as litorâneas, isto é comum.

Dá para acreditar que o dia começou assim na Universal Studios…
E umas duas horas depois estava assim? O tempo muda muito rápido em Orlando.

A alta temporada local é justamente a época que coincide com as nossas férias escolares de meio de ano (julho). Portanto para quem tem crianças, não tem muito como escapar. Outras épocas mais complicadas são a semana entre Natal e Ano Novo, e Agosto, quando são as férias escolares no hemisfério norte. Num outro post falaremos sobre filas e macetes para evitar ou pelo menos sofrer menos com os períodos mais concorridos.

Deixo aqui um alerta de uma situação vivenciada por uma amiga e sua família e a nossa experiência. Ela foi entre o Natal e Ano Novo com a família, e teve um dia em que eles simplesmente não conseguiram entrar no Magic Kingdom pelo tanto de gente que tinha lá. E não estou dizendo que eles desistiram não… os portões foram fechados pelo parque porque havia muita gente lá (é raro, mas pode acontecer – e como é EUA, eles devolvem o dinheiro sem pestanejar). Nós por outro lado, fomos um mês e meio depois e pegamos os parques bem tranquilos, com filas bem curtas e rápidas.

Se tem uma pergunta que é especialmente difícil de responder quando o assunto é Orlando é aquela clássica “Quanto tempo?”. Isto porque além da quantidade de parques ser enorme, para serem bem aproveitados eles demandam um dia inteiro (salvo se você for o The Flash!).

Não adianta correr demais, senão você vai querer férias das férias, como a Sra. Cumbicona ai!

Some ainda algum tempo para fazer compras e você chegará fácil à conclusão que as duas semanas, tempo médio que a maioria dos turistas gastam numa visita à cidade, não bastam. Uma sugestão para lidar com este dilema é estabelecer prioridades, escolhendo os parques que mais interessam e fazer cortes.

Mas e as compras, quando faço? Tem gente que salva um bom tempo fazendo as compras pela internet e pedindo para entregar no hotel. Só confirme se o hotel aceita receber encomendas e se eles cobram algo por isso – alguns poucos têm recusado, e muitos já estão cobrando uma taxinha por pacote.

Outros preferem deixar as compras para depois dos parques. Ou seja, você passeia o dia inteiro no parque e depois ainda vai para os outlets e shoppings. Já fiz isto na minha primeira viagem para a Flórida e só recomendo se você tiver muito pique e ainda assim se não tiver alternativa.

Separe um tempo para os outlets de Orlando.

Se não der para ver um parque ou outro durante a sua viagem, não se chateie. É sempre um motivo para uma nova viagem. Especialmente para quem tem crianças (ou é uma criança grande!), Orlando sempre está no radar de viagens.

Visto

Como é sabido, brasileiros precisam de visto para viajar aos EUA, portanto, juntamente com a obtenção do passaporte, este deve ser um primeiro passo concreto no seu planejamento. Confira aqui o procedimento para solicitar seu visto de turismo para os EUA.

Não são exigidas vacinas, muito menos contra a febre amarela. Mesmo que você faça uma conexão no Panamá. 

E já que o assunto é passaporte, a gente espera nunca precisar, mas é sempre bom ter anotado. Não existe consulado brasileiro em Orlando, e o mais próximo fica em Miami (3150 SW 38th Avenue – andar térreo, Miami, FL, 33146) e funciona segunda à sexta-feira entre 9h e 13h. Telefones (305) 285-6200 e 305-801-6201 (este apenas para emergências). E-mail: cg.miami@itamaraty.gov.br

Para fins de imigração, não se exige a prova de contratação de seguro viagem, mas como o custo de qualquer tratamento no exterior pode custar mais que a própria viagem e viajar tranquilo não tem preço, recomendo e muito a contratação de um seguro viagem. Confira os benefícios da Real Seguro Viagem, parceira do blog, ou clique no banner ao lado.

Como chegar?

Não consigo imaginar um lugar mais fácil para chegar partindo do Brasil do que Orlando. As três grandes empresas brasileiras, TAM, GOL e Azul voam direto para Orlando regularmente; e praticamente todas as grandes empresas norte-americanas também têm voos regulares – às vezes diários – partindo das principais capitais brasileiras.

Azul, uma excelente opção para Orlando.

Com tantas boas opções voando direto para Orlando, somente faça um voo com conexão, em outras cidades como Miami ou Fort Lauderdale (como foi o nosso caso), se você tiver mesmo interesse em visitar uma destas duas cidades, ou, se o preço da passagem compensar demais. Digo isto porque o trajeto entre Miami e Orlando é de praticamente 4 horas num retão interminavelmente monótono.

Fora isto ainda dá para ir à terra do Mickey pela Avianca com conexão em Bogotá, ou pela Copa, com conexão na Cidade do Panamá. Mas, a exemplo do que disse acima, esta opção somente é interessante se o preço da passagem for mesmo muito bom.

Para quem chega de avião, a porta entrada é o Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) – vejam que existe um segundo aeroporto, menor, chamado Orlando Sanford International Airport, para o qual empresas brasileiras não operam.

O Aeroporto Internacional de Orlando.

O aeroporto fica muito perto da cidade, são apenas 13 milhas até a International Drive que é a rua principal de Orlando. E com mais de 34 milhões de passageiros ao ano, é o maior aeroporto da Flórida em termos de movimento.

O layout é bem diferente. São dois terminais A e B que ficam situados num prédio central ligados a quatro prédios triangulares onde estão localizados os portões de embarque. Falando assim pode parecer estranho, mas vendo o mapa oficial dá para entender melhor.

As principais locadoras de veículos atendem no MCO e neste link vocês encontram todas as informações a respeito de taxis (inclusive com valores médios das corridas) e aqui as opções de transporte público que são oferecidas a partir do aeroporto. Vale lembrar que alguns hotéis oferecem transfer gratuito – confira aqui a lista de hotéis.

Embora eu seja da opinião que aeroporto nos EUA não é um lugar necessariamente mais interessante para compras, o aeroporto de Orlando oferece algumas boas opções de lojas e também de lugares para comer. A lista completa neste link. O legal é que existem algumas lojas dos parques, ótimo para quem esqueceu de comprar algo!

Locomover-se lá

Para locomover-se a melhor opção é mesmo aquele que representa o típico american way of life: carro. O carro só seria dispensável para alguém que vai se hospedar num dos hotéis dentro da Disney, e que ainda assim não vá fazer muitos deslocamentos com compras ou outros parques. Em Orlando, nada é perto o suficiente para ir-se a pé.

Um Corolla deu super bem para a gente.
As vias são super bem sinalizadas e é muito fácil dirigir na Flórida.
Estacionamento pago, só nos parques.

Com diárias de locação super competitivas, gasolina razoavelmente barata (mesmo com o câmbio atual), estradas bem sinalizadas e estacionamento gratuito em todo lugar (exceto parques), alugar um carro é sem dúvidas a melhor opção.

Mas que carro alugar? Olha, vai de gosto e bolso. Tem gente que aproveita a oportunidade para alugar um esportivo conversível, já que os preços são muito atrativos. Tem gente que prefere uma daquelas SUVs enormes. E aqueles que preferem algo mediano e salvar uma grana para gastar em outras coisas. Nos EUA, tem carro de tudo quanto é tipo. 


A única sugestão é para que você alugue algo que atenda realmente às suas necessidades. Família grande e/ou muitas compras/malas, vá de SUV ou van. Casal com menos malas e compras? Algo mais esportivo ou um carro melhor. Ou seja, pense antes. Já vi muita gente chegando lá cheio de malas e querendo um Mustang conversível… Não dá!

Sempre considero importante ter um GPS quando alugo um carro no exterior. Tem gente que leva aquele típico navegador de casa ou aluga lá (muito caro!). Prefiro utilizar o smartphone mesmo. Se eu tiver um chip de celular local, vou de Google Maps, caso contrário uso o Maps ME, um excelente aplicativo gratuito e off-line – não gosto do sistema off-line do Google Maps.

Alugar GPS? Que nada! Lembre-se que o seu celular é a melhor opção.

Custo

Mesmo com o dólar nas alturas, Orlando é um destino que ainda oferece uma boa relação custo-benefício. Justamente por conta da alta da moeda norte-americana, promoções de passagens para os EUA, e em especial para a Flórida pipocam a todo momento em sites como o excelente Melhores Destinos. Assim, se de um lado você gasta um pouco mais lá, economiza no preço da passagem.

Comida tende a ser barata os EUA, principalmente se você souber moderar nas idas aos restaurantes e fizer parte das refeições com itens comprados nos supermercados. Não deixe de conferir neste ponto as nossas dicas como viajar por conta para economizar nas refeições.

Aluguel de carro e combustível também tem um preço bastante competitivo. O mesmo vale para hotéis, já que além da oferta ser grande, existe hotel de tudo quanto é tipo e para todos os bolsos.

O único senão é realmente o valor dos ingressos dos parques, que com a alta do dólar, ficaram bem mais salgados na conversão para reais. Basta notar que uma família de 4 pessoas irá gastar a nada módica quantia de uns US$400 para um dia de parque! Mas não se desespere, como veremos numa outra oportunidade, existem algums meios de economizar um pouco na hora de comprar ingressos para os parques.

O incrível Beco Diagonal do Harry Potter no Universal Studios.

Saiba antes de ir

Se você já leu caixas de comentários de blog de viagem, já deve ter notado que existem muitas perguntas se dá ou não para se virar por lá sem falar o idioma local. Olha, se tem um lugar onde dá para se virar tranquilamente apenas com o good morning e thank you, é Orlando.

Por dois simples motivos. Primeiro porque é um destino super bem preparado para receber turistas de monte e portanto um lugar onde as pessoas tem um maior jogo de cintura maior; e segundo, porque tem tanto brasileiro lá que o segundo idioma local bem que poderia ser português – isto para não falar no espanhol, bem comum por lá.

Conheço um casal super descolado que nunca havia saído do país e não fala absolutamente nada de inglês, mas que diante da vontade de viajar para lá não pensou duas vezes. Fizeram malas e foram dar um passeio por Orlando – não duvido nada que eles tenham se divertido tanto quanto ou mais que muito viajante experimentado. Nas nossas dicas de como viajar por conta eu já mencionei que Orlando é um dos melhores destinos para um primeiro carimbo de passaporte.

Mas se você ficar com receio, praticamente todas as agências de turismo trabalham com bons pacotes para Orlando. 

Orlando tem um fuso horário que pode variar de 1 a 3 horas a menos que Brasília, dependendo da época do ano, afinal ambos os lugares têm horário de verão.

Por mais que os parques tenham internet wi-fi gratuita, e os hotéis idem, não dá para negar que acesso à internet móvel é uma facilidade e tanto. Considero sempre duas opções, ou comprar um chip de celular pré-pago ou já sair de casa com um chip internacional.

Os parques têm uma excelente rede wi-fi gratuita.

DinheiroLevar em espécie, saque da conta corrente ou cartão de crédito? Com o dólar nas alturas e variações enormes de uma semana para a outra, a sugestão é adquirir aos poucos, assim você compra pela média. Nos EUA, gosto sempre de ter uma parte já em espécie para os gastos menores ou já certos, deixando o cartão de crédito e débito apenas para eventualidade. 

Assim como qualquer outra cidade americana, os ATMs estão disponíveis em tudo quanto é canto; e cartões de crédito são muito bem aceitos.

As tomadas são daquelas de pinos chatos e a voltagem é 110v. Portanto se tiver eletrônicos com o (maldito!) padrão brasileiro, leve um adaptador.

O sempre útil posto de informações turísticas de Orlando fica na 8723 International Drive, Suite 101 Orlando, FL 32819 – telefone: (407) 363-5872. Funciona diariamente (exceto 25/dez) das 8h30 às 18h30. Também oferece ingressos com desconto.

Bem, espero ter encorajado aqueles que não conhecem Orlando a viajar para lá, porque nos próximos posts teremos dicas para vocês aproveitarem ao máximo os parques de Orlando.

* O Cumbicão visitou o Magic Kingdom a convite da Walt Disney World mediante uma parceria estabelecida com o operador local para coletar material para este post. Todas as opiniões e relatos aqui descritos refletem fielmente a experiência, atendendo à política do blog.

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Diogo Avila

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