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Cumbicão na Ásia: mais uma vez! O que vem por ai

Tailândia, uma belíssima surpresa.

Depois de 24 dias de viagem;

Percorremos 47.087Km (suficientes para contornar a Terra na linha do Equador);

Enfrentarmos 8 voos, alguns aparentemente intermináveis;

Passarmos pelas imigração de 5 países;

Visitarmos 8 cidades;

Dormirmos em 6 hotéis diferentes.

Mais de 15.000 fotos – quem me conhece sabe que não é piada não!

E um mês de “jejum” para digerir e assimilar tudo, é hora de contar a mais ousada viagem do Cumbicão.

Quem acompanhou o blog nos últimos meses notou certa ausência em agosto passado. Ausência esta mais que justificável (e merecida!). Aqueles que seguem o Cumbicão no Twitter e no Facebook, conferiram ao vivo alguns dos momentos da nossa aventura pela Ásia.

Digo aventura porque os desafios e os números envolvidos nesta viagem me surpreenderam.

Embora guarde saudosas lembranças de todas as viagens que fiz, pois cada uma delas tem os seus desafios e deleites, acho que esta teve um gostinho especial.

Palácios e templos.
Muralhas.
Cidades proibidas.
Pavilhões de ouro.
Skylines famosos.
Prédios exóticos.
E altíssimos.  A Ásia tem um pouco de tudo em termos de arquitetura.

Primeiro porque parte do roteiro consistia em revisitar, pela terceira vez, aquele que foi o meu primeiro destino de “viagem” da vida, e ainda é um dos meus favoritos, o Japão. Digo “viagem” porque na verdade a primeira foi uma mudança temporária da família toda mais de 30 anos atrás.

Matando a saudades do Hachiko.
Shibuya.
Longe de casa e perto ao mesmo tempo.

Mostrar à Sra. Cumbicona um pouco de tudo isso e revivenciar estes momentos foi muito especial.

Revisitar um lugar junto de alguém que você gosta é uma experiência muito interessante. Ainda que não exista mais aquele “Uau!!!” de surpresa da primeira visita; você se diverte muito bancando o guia particular. Fora isto, sempre tem a oportunidade de rever os lugares que mais gostou ou descobrir novas atrações. Segundo porque, como espero conseguir retratar nos posts que irão compor esta série sobre a Ásia, tanto os países revisitados (China e Japão), quanto as novas adições ao mapa de viagem (Tailândia; Singapura e Emirados Árabes) representam muito bem aquilo que mais aprecio numa viagem: o diferente.

Já tive a oportunidade de dizer isto numa das crônicas de viagem, e sigo como um mantra a ideia de que quanto mais diferente for o destino em relação àquilo que compõe o nosso dia-a-dia, mais intensa e marcante será a viagem.

Passamos por terras de reis.
E terra de xeique árabe.
Topamos com tubarões em plena Tóquio.
E templos hindus em Singapura.
Tentamos bancar os locais no metrô de Singapura.
Uma das reluzentes vitrines de Dubai.
Parece Avatar, mas é Singapura mesmo.

Como se não bastasse a Ásia como um todo ser muito diferente daquilo que encontramos vivemos aqui em termos de costumes e cultura; dentro do próprio continente, os contrastes são enormes.

E o choque cultural então? Um dos mais intensos que já tive.

Uma viagem à Ásia é algo que todo mundo que gosta de viajar deveria fazer ao menos uma vez.

Outros dois pontos que gostaria de destacar são o planejamento e as dificuldades inerentes à realização de uma viagem destas por conta própria.

Por incrível que pareça, sou daqueles que já começa a divertir-se com uma viagem a partir da simples ideia de viajar. Aquela olhada no mapa de quem sonha em conhecer algo novo. É isto que me move!

O mero planejamento com a elaboração do roteiro, compra das passagens, bilhetes de trem, aluguel de carro, verificação das atrações, pesquisa da história do lugar já me anima, e muito!

E alivia a ansiedade pré-viagem, é verdade.

Tanto que hoje, às vésperas de uma nova viagem – prometo que a última do ano (Rsss) – sem tempo para grandes planejamento, me sinto simplesmente perdido.

A viagem começa muito antes do embarque.

Night Market em Beijing.
Shopping de itens genuinamente genéricos em Beijing.
Talvez a melhor loja de departamentos do mundo.
Fazendo graça na “disneylândia” de eletrônicos de Tóquio.
E conferindo a qualidade do som no Sony Center.
Rumo ao maior shopping do mundo.
E sua fonte dançante.

O nosso planejamento, como sempre, começou com a definição do roteiro.

Tínhamos disponíveis 24 dias corridos, que descontados o dia de embarque e chegada, resultaram 22 dias de viagem propriamente dita.

Alguns podem até pensar que 22 dias é demais, mas em se tratando de Ásia pode ser pouco. Você sempre tem que levar em conta que só para chegar lá e voltar, dependendo da existência ou não de paradas no meio do caminho, gasta-se no mínimo um dia só de viagem em cada “pernada”. 

Dependendo da pessoa, ainda tem o tempo para superar o jet lag.

Depois de muito quebrar a cabeça, optamos por dividir os nossos dias no seguinte roteiro:

02-08 – 03/08: Embarque e dia de viagem com conexão em Dubai;

04/08 – 06/08: Bangkok;

07/08: Viagem Bangkok – Beijing;

08/08 – 10/08: Beijing;

10/08 – 14-08: Tóquio / Kyoto;

15/08: Viagem Tóquio – Singapura com escala de 12hs em Xangai;

16/08-18/08: Singapura;

18/08: Viagem Singapura – Phuket – Phi Phi;

18/08-22/08: Phi Phi

22/08: Viagem Phi Phi – Phuket – Dubai;

23/08-25/08: Dubai;

25/08: Viagem Dubai – São Paulo.

“Fácil” assim!

Corrido?

Depende muito do ritmo de cada um. Como nós estamos acostumados a este estilo de viagem mais agitado, conseguimos curtir muito bem e visitar praticamente tudo que foi programado. E olha que éramos “três”!

Um detalhe que certamente ajudou bastante, e que eu recomendo, foi fazer um pit-stop na volta.

Que cor de água é essa em Phi-Phi???
Snorkel.
E mergulho são excelentes opções em Phi-Phi.
Outra grande experiência: massagem tailandesa.
Com um visual destes…
Me esquece aqui!

Embora seja bom também fazer isto na ida, penso que na volta ele é quase que essencial, afinal aquela adrenalina de viagem e pique certamente já não serão os mesmos da ida.

Depois encararmos um ritmo mais acelerado em Bangkok; Beijing; Tóquio; e Singapura, tivemos alguns dias de descanso em Phi Phi; e antes de encarar a volta para casa, mais uma parada, agora em Dubai. Foi a nossa salvação, nunca voltei de uma viagem tão descansado – normalmente voltamos “quebrados”.

Olhando o roteiro, alguns podem estar pensando: Poxa, mas só dois dias em Beijing? Ou um dia em Xangai???

Como já havia passado mais tempo em Beijing em 2004, resolvi encurtar a estadia, pois o objetivo principal era fazer um tour pelas principais atrações da cidade e principalmente mostrar a Muralha da China para a Sra. Cumbicona. 

Já Xangai acabou entrando no roteiro por conta da logística de voos.

Como o nosso voo de Tóquio para Singapura envolvia uma conexão de 12 horas no aeroporto de Xangai, resolvi utilizar a mesma estratégia que usamos na viagem para a Austrália. Simplesmente saímos do aeroporto para um passeio pela cidade.

Mais a diante conto em detalhes como foi.

Pachinko em Tóquio.
Uma amostra do maior aquário do mundo em Singapura.
Situado numa ilha absolutamente artificial.
Viking Cave em Phi-Phi, Tailândia.
Literalmente A Praia.

A parte mais complexa de todo este planejamento foi certamente a compra das passagens, pois é preciso encaixar todos os pontos, checar e reconfirmar diversas vezes as datas e horários para que tudo corra da forma mais tranquila possível.

Pode parecer fácil, mas nem sempre você encontra o voo que se quer em determinada data. Quanto menos no preço que se pode pagar!

Assim como fiz em outras oportunidades, fechei primeiramente as pontas, que além de mais custosas, tem menor frequência e opções.

Fechado o trecho São Paulo – Dubai – Bangkok; e Phuket (para ir à Phi-Phi) – Dubai com a Emirates, passei a costurar os trechos internos.

Para pesquisar os voos disponíveis, optei pelos buscadores KayakSkyscanner, muito úteis para buscas de passagens aéreas.

Teve voo de A-380. Wish list do Cumbicão: done!!!
Entra e sai por imigrações. Com alguns pequenos perrengues.
Teve até voos assim… mais exóticos.
Um merecido passeio pelo melhor aeroporto do mundo. Literalmente.
E vistas de tirar o fôlego.

Uma vez montado o quebra-cabeça, passei à compra das passagens.

Uma verdadeira loucura. Para que tudo encaixasse, tive que comprar todas praticamente de uma única vez. E pior, cada uma num site diferente.

A maioria delas foi comprada nos sites das próprias empresas, pois era o melhor custo. Só uma delas, no Last Minute Travel, pois o site da empresa aérea simplesmente não aceitava cartões de crédito made in Brazil.

No final, além dos voos Emirates acima citados, fizemos voos com a SriLankan AirLine (Bangkok-Beijing); Delta (Beijing-Tóquio); China Eastern Airlines (Tóquio-Singapura); e JetStar Asia (Singapura-Phuket).

Haja Flight Review!

Depois da loucura para fechar os voos, procurar hotéis pareceu moleza. Com exceção do hotel de Beijing que foi fechado no Hotel.com, todos os demais foram reservados direto.

Teve hotel hotel tão apertado que quase não dava para entrar.
Mas também teve outros com a melhor “piscina” do mundo.
Fomos dar uma espiada na piscina alheia.
Às vezes o hotel é a atração.
Principalmente se tiver uma piscina destas.
Ai sim!

Dos países visitados, China, Japão e Emirados Árabes, exigem visto de turismo para brasileiros. Nos links a seguir vocês encontram os passos para solicitação dos visto para China e para o Japão. O dos Emirados Árabes Unidos explico no decorrer do post de Dubai.

Fechados os itens principais, faltava apenas a contratação do passe de trem para o Japão (Japan Rail Pass); providenciar um seguro de viagem; e verificar as opções para realizar os gastos no exterior, com maior foco no cartão de débito, como tem sido nas últimas viagens.

Nunca tivemos numa viagem tantas “trocas” de moedas. Um verdadeiro desafio de câmbio.
Andamos de tuk-tuk.
Encaramos o eficiente e incrível sistema público de trens/metrôs de Tóquio.
Nos “perdemos” no ônibus de Kyoto.
Demos uma volta pelo moderníssimo metrô de Dubai.
Teve trem bala.
E trem mais que bala. Reparem nos 301km/h do mostrador.
Não, não andamos nestes!

Tudo pronto! Hora de fazer as malas, mais leves possíveis e encarar a quantidade de deslocamentos.

Não vou falar que uma viagem por conta para a Ásia seja fácil não. Mas o esforço compensa. Já ouviram frases do tipo: “sem esforço, a vitória é sem gosto”? É mais ou menos assim.

Os principais, e evidentes, desafios são a interminável distância; língua ininteligível à maioria de nós; e dependendo do paladar, a comida.

Um dos vários momentos Lost in Translation.
Frutas para lá de diferentes.
Comer ou não comer?!?!?!
Um dos favoritos. Comida japonesa in loco.
Algumas surpresas, como este sanduíche de sorvete de menta.
Sim, vocês leram certo!
Comida tailandesa. Uma excelente surpresa.
Os aromas do souk de Dubai.

Encarar uma viagem assim neste esquema depende não só da experiência do viajante, mas muito mais do jogo de cintura e da capacidade de adaptação de cada um. Já vi sim pessoas que nunca tinham saído do país e resolveram de uma hora para outra encarar uma viagem mais complexa.

Não estou aqui querendo desanimar ninguém não, muito pelo contrário, o nosso objetivo é justamente o contrário. O que não posso é dizer que é fácil. 

Mas vá por mim. Compensa!!!

Se o calor estava assim em Tóquio.
Obrigando os japoneses a improvisar.
O que dizer de Dubai??? Imaginem um forno… é mais ou menos assim.

Como se não bastassem estas dificuldades e receios, meses após a compra das passagens, recebemos uma maravilhosa notícia: a família Cumbicão vai ganhar um novo membro!

Pois é, se uma viagem por conta à Ásia já envolve uma série de preocupações, imaginem vocês para dois “grávidos” de primeira viagem?!?!

Depois de ler tudo quanto era recomendação a respeito e alguma apreensão, veio o ok da médica. Ufa! Lá íamos nós (3) rumo ao outro lado do mundo.

A Ásia é assim. Deixa qualquer um de boca aberta.

Enfim, após um mês de “ressaca”, é hora de contar aqui no blog como foi esta viagem, e principalmente fornecer as dicas para quem quiser se aventurar por aqueles lados.

Deixo então o convite para embarcarmos nessa viagem pela a Ásia.

Vamos?

Booking.com  

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2 comentários

Anônimo 24 de agosto de 2014 at 21:40

Olá Diogo, tudo bem!

Sou leitora assídua do seu blog, onde encontro relatos extremamente ricos dos mais variados destinos. Seu blog foi uma das preciosas fontes de consulta para planejamento de nossa viagem a Turquia. Foi uma viagem fantástica (Maio/14)!.

Adorei a séria de posts sobre a Tailândia, nosso próximo destino. Mas acho que me enrolei um pouco na sequência.
No final do post VII, você faz referencia ao próximo post sobre compras em Bangkok. Não consegui achar o que seria Dicas da Tailândia (VIII), só encontrei o post IX, que trata de Koh Phi Phi. O mesmo aconteceu com o post VI. Você poderia me indicar onde encontro o post sobre compras?

Parabéns pelo blog!

Denise

Responda
Diogo Ávila 25 de agosto de 2014 at 01:07

Denise,
Fico muito feliz de ter ajudado!!! É para isto que um blog de viagens existe. Para que as pessoas possam ali encontrar inspiração e/ou dicas de viagem. Valeu!!!
O post está lá sim (https://www.cumbicao.com.br/2014/01/dicas-da-tailandia-viii-compras-em.html). Acontece que para deixar o leitor mais inteirado da viagem, optei por seguir exatamente a sequência de destinos que visitamos. Depois da Tailândia, veio a China, Japão, Cingapura, e só depois voltamos para Phi-Phi. Kkkk
Obrigado e volte sempre. Se quiser, siga-nos no Instagram, Facebook e Twitter, porque semana que vem estaremos postando diretamente de um destino de viagem!!!

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