Estocolmo

Roteiro de três dias por Estocolmo

Se me pedissem para descrever Estocolmo eu a descreveria como uma cidade de conto de fadas. Não só porque tudo parece funcionar com uma perfeição quase que irritante, mas principalmente porque a cidade é linda mesmo.

Estocolmo é cheia de boas surpresas.

Com pouco mais de 1,3 milhões de habitantes na área urbana e 2 milhões na área metropolitana, concentra mais ou menos 21% da população da Suécia. Entretanto é uma cidade relativamente tranquila e com um charme único.

Fundada no século XIII, é composta por 14 ilhas interligadas por nada menos que 53 pontes que atravessam as águas da junção do lago Mälaren com o mar Báltico, o que lhe rendeu o apelido de “a Veneza do Norte”. Particularmente penso que é nesta profusão de ilha que está o charme da cidade. Aliás Stockholm significa fortificação da ilha.

Algumas das muitas ilhas de Estocolmo.
É tanta água que alguns resolvem morar em barcos.

A geografia do lugar é algo peculiar mesmo. Aproximadamente 30% da cidade está coberta pelos canais e outros 30% por parques e áreas verdes, sobrando apenas 40% para edificações e tudo mais.

Pela sua posição geográfica (lá no topo do globo), no verão, o sol nasce por volta das 3h30 da manhã e se põe lá pelas 22h00. Aja sol!!! Já no inverno… escurece praticamente às 16h00.

A cidade é atendida pelo Aeroporto de Estocolmo-Arlanda, que fica uns 40 km ao norte. A melhor opção para chegar ao centro da cidade é o Arlanda Express que vai do aeroporto à cidade (e vice-versa) em aproximadamente 20 minutos e os trens partem a cada 15 minutos, sendo que o primeiro parte às 5h05 e o último às 1h05.

Aeroporto Internacional de Estocolmo.

Para quem está indo do aeroporto para a cidade, os tickets podem ser comprados no balcão de informações do aeroporto ou nas máquinas localizadas perto das escadas e elevadores de acesso à estação. Já para quem faz a viagem no sentido contrário, os trens partem da Central Station de Estocolmo, onde também é possível comprar os tickets.

Como existem muitas opções de bilhetes, tipo múltiplos, para retorno dentro de até um determinado período, ou ainda para compras antecipadas, vale consultar o site oficial para obter os preços atualizados e escolher o melhor tipo de bilhete de acordo com a sua necessidade. Na data deste post, o melhor preço, para compra antecipada era de 140 SEK para compra antecipada com 90 dias, e 280 SEK para o bilhete comum. Utilizamos este sistema na ida para o aeroporto e foi bastante tranquilo.

O transporte em Estocolmo tem de tudo, de barcos.
A bondes que parecem saídos de um livro de história (mas existem outros super modernos).

Outra opção são os táxis que ficam na saída do aeroporto. Segundo algumas pesquisas é algo em torno de uns SEK 350/450, mas pode ter aquela cobrança extra por mala, o que encarece ainda mais a viagem.

Dá ainda para utilizar um sistema de ônibus que liga o centro da cidade ao aeroporto e vice-versa, o Flygbussarna. O bilhete é bem mais em conta; na data deste post saia por 99 SEK. Na nossa chegada utilizamos este serviço e foi muito bom.

Já na cidade, ao menos que você esteja hospedado em algum hotel mais distante do centro histórico, a melhor forma de conhecê-la é a pé mesmo. Digo isto porque além de ser muito plana e tranquila, caminhar pelas ruas apreciando a arquitetura local é uma delícia.

Caso prefira pegar o transporte público, espere algo de excelente qualidade. A cidade conta com bondes, metrô, barcos para cruzar de uma ilha para a outra, e trens urbanos. Logo, opção é o que não falta. Todo o sistema é administrado pela empresa SL que tem inclusive um route planner no site oficial.

Como na maioria das cidades europeias, é possível utilizar bilhetes que permitem a realização de inúmeras viagens em um determinado período de tempo. São chamados de Travel Cards, e segundo o site oficial, na data deste post tinham o seguinte custo:

Travelcards Full price (SEK) Reduced price (SEK)
24 hours 120 80
72 hours 240 160
7 days 315 210

Nos valores acima não está incluso o valor do cartão em si, que é de 20 SEK.

De-para o aeroporto, o trem é uma excelente opção.

Que ninguém ouça isto, mas Estocolmo tem, desde 2007, um sistema de taxa de congestionamento, ou seja, um pedágio urbano cujo valor máximo por veículo por dia pode ser de até 70 SEK. Pelo custo adicional e pelas ótimas opções de transporte público, já deu para notar que utilizar carro em um
lugar assim é péssima ideia.

Onde ficar em Estocolmo? Nós optamos pelo Scandic Continental, um hotel super bacana que foi recentemente reformulado por completo.

O principal posto de informação turística fica no aeroporto (Stockholm – Arlanda Airport, Terminal 5); mas existem outros postos na Rua Arlanda na Vasagatan 14, perto da estação central; e na Hamngtan 27, perto da NK. Na internet vale a pena visitar o Visit Stockholm.

Mas e aí? O que tem para ver em Estocolmo?

Antes de falarmos das atrações da cidade, vale considerar comprar ou não o Stockholm Pass que tem planos para 1, 2, 3 e 5 dias, podendo incluir transporte público ou não para tais dias. Veja quantas e quais atrações pretende visitar e faça as suas contas porque dependendo da quantidade de atrações x dias, pode ser uma boa vantagem.

Bem, sei que pode parecer estranho, mas muito provavelmente a primeira atração que você verá em Estocolmo também será um útil meio de transporte.

Digo isto porque o metrô de Estocolmo é uma atração em si. Certamente você já deve ter visto na internet algumas destas imagens que mostram o quanto este metrô é diferente dos demais.

Reparem como eles não se preocuparam propositadamente com o acabamento das paredes.
Metrô de Estocolmo.

São ao todo 100 estações (47 subterrâneas, estas mais interessantes e 53 de superfície) em apenas 3 longas linhas. Embora tenha sido inaugurado em 1950, nos últimos anos o metrô da cidade (ou Tunnelbana para os locais), virou literalmente uma enorme galeria de arte e design. Dentre os atrativos estão as rochas aparentes (e devidamente ornamentadas) e muitas manifestações artísticas que dão às estações um visual único.

As estações mais interessantes são Rådhuset Station (uma das em que a pedra ficou mais aparente e em cores mais naturais); T-Centralen (decoração azul); Näckrosen (representação de floresta); Sölna Centrum (pedras aparentes vermelhas e verdes); Friedhemsplan, todas na linha azul.

Sölna.
Radhuset. Fala se não é mais bonito assim???

Assim, mesmo que não seja pelo transporte, vale um passeio de metrô só para ver estas estações tão malucas.

A área mais charmosa da cidade e que consequentemente atrai a maioria dos turistas é a Gamla Stan (Cidade Velha). Trata-se da área mais antiga da cidade (século XIII), com suas ruas estreitas e construções bem características. Para alguns especialistas, seria uma das cidades ou trechos de cidades medievais mais bem preservados que existe.

Foi ali que Estocolmo foi fundada em 1252.

Portanto, uma caminhada pela região é obrigatória, e perder-se por ali é uma delícia.

Muitas lojas interessantes na rua principal de Gamla Stan.
Gamla Stan.
Algumas vielas são minúsculas.

Na rua Österlånggatan, está estabelecido desde 1722 o restaurante “Den gyldene freden”, o qual é considerado pelo livro do Guinness, o restaurante mais antigo do mundo ainda em funcionamento.

Interessante que as ruas medievais, embora estejam atualmente aproximadamente 3 metros abaixo das atuais, eram pavimentadas com três camadas de madeira, e somente após 1300 é que eles passaram a usar pedras.

Uma das ruas mais típicas é a Västerlänggatan, com lojas de souvenires.

Não deixe de conferir a praça Stortorget, que no melhor estilo praça europeia, está cercada de prédios antigos. Nesta praça, aconteceu o chamado “banho de sangue de Estocolmo”, quando os nobres suecos foram massacrados pelo rei Cristiano II da Dinamarca, em novembro de 1520. O fato gerou uma guerra civil que culminou na dissolução da União de Kalmar (entre 1397 e 1521, os reinos da Dinamarca, Noruega e Suécia foram unificados sob um monarca único – da Dinamarca) e na subida de Gustavo I da Suécia ao trono.

Praça Stortorget.

Outro prédio histórico localizado na região é o Bonde Palace ou Bondeska palatset em sueco (fica na Riddarhustorget 8). É um palacete datado de 1611, que inicialmente servia de residência ao tesoureiro Gustaf Bonde. A estrutura atual é fruto de uma reconstrução de 1753 realizada por conta de um grande incêndio. A partir do século XVIII, passou a ser a sede da Suprema Corte.

Merece também ser visitado o Riddarhuset ou Casa dos Cavalheiros (na Riddarhustorget 10), um belo edifício construído entre 1641 e 1672 que serviu como assembleia da nobreza sueca.

Situado na 4 da Slottsbacken, o Tessinska Palatset é um palácio que também merece a visita. Em estilo barroco e datado de 1700, era a residência da família de nobres Tessin. Atualmente serve de residencia oficial ao governador da cidade.

Mas de todos, o mais belo é o Kungliga Slottet (Palácio Real de Estocolmo) que é a residência oficial da família real sueca. Apesar de bem menos conhecida do que a de outros países como a da Inglaterra ou Espanha, tem uma peculiaridade: uma rainha brasileira. Isto porque a Rainha Silvia, é filha de um alemão com uma brasileira.

Kunglinga Slottet.

Na verdade, este palácio serve apenas para fins oficiais e gabinetes, pois a família real mora mesmo no Palácio de Drottningholm (1580), que fica na cidade vizinha de Ekerö, e também está aberto à visitação.

Originalmente, onde hoje está o Kuglinga Slottet, havia uma fortaleza do século XIII, a qual foi gradualmente alterada para o formato de um palácio renascentista a partir do século XVI e seguintes – a estrutura atual é de 1697 até 1754. São ao todo 608 quartos, o que faz dele o maior palácio do mundo ainda usado pelo chefe do estado – o Rei Carl XVI Gustav.

Nas visitas guiadas é possível visitar Apartamentos Reais, o Salão do Estado, os Apartamentos das Ordens de Cavalaria, o Tesouro, o Museu do Palácio Tre Kronor, a armaria e o Museu de Antiguidades de Gustav III.

Aproveite para conhecer a igreja Slottskyrkan, anexa ao palácio.

Algo imperdível é a troca da guarda que acontece de quartas e sábados às 12h00 e aos domingos e feriados públicos às 13h00. Às quartas, sábados e domingos, a troca é acompanhada por música.

Banda.
Acompanhando a troca da guarda.
Só não faça graça com o guarda!

O palácio fica na Slottsbacken 1, Old Town (Gamla Stan). Abre de 15 de maio a 16 de setembro diariamente das 10h00 às 17h00 e de 17 de setembro a 14 de maio de terça a domingo das 12h00 às 16h00. O ingresso custa SEK 160.

Aproveite que você está na região e veja a Storkyrkan que é a igreja mais antiga e icônica de Estocolmo.

Por fora até que ela é bem simples. Mas por dentro é linda.
Salve Jorge!
Storkyrkan.

Os primeiros registros desta igreja datam de 1279, e foi nela que o então príncipe Gustaf se casou com a rainha Silvia. Storkyrkan significa literalmente Grande Igreja – mas a maior igreja do país está em Uppsala.

Um dos pontos mais relevantes desta igreja é a imagem de madeira de São Jorge e do dragão, que aparentemente data do século XV. Dizem que a imagem é na verdade um relicário, por conter supostas relíquias de São Jorge e de outros santos.

Outra importante igreja da região é a Tyska kyrkan. Também conhecida como Igreja Alemã ou St. Gertrude’s Church, esta igreja do século XIV foi construída para que os alemães pudessem ter na cidade um local para seu culto, algo que se mantém aos domingos de manhã (11h00). Pelo seu interior barroco já vale a pena a visita.

No interior, destaques para os belos vitrais.
E o órgão um dos mais lindos que já ví.

Por fim, vale também conhecer a Riddarholmskyrkan (também conhecida como Riddarholmen Church). Esta igreja do século XIII situada na pequena ilha adjacente à Gamla Stan (Riddarholmen) é um dos prédios mais antigos da cidade. Ela era inicialmente uma igreja católica, mas foi alterada com a reforma protestante. Ali estão enterrados os monarcas suecos desde Gustavus Adolphus (1632) até Gustaf V (1950).

Riddarholmskyrkan.

Abre diariamente de 15 de maio a 16 de setembro das 10h00 às 17h00, permanecendo fechada de 17 de setembro à 14 de maio. O ingresso custa SEK 180, mas dá direito a entrar também no palácio real.

De todos os edifícios históricos da cidade, o mais conhecido é o da Stadshuset (Prefeitura).

Stadshuset.

É bem fácil reconhecer este prédio inaugurado em 1923 pela sua enorme torre avermelhada.

Particularmente achei este um dos passeios mais legais de Estocolmo, já que a visitação é feita em um tour guiado onde é explicado não só o funcionamento da prefeitura e câmara dos vereadores que também funciona ali, como do próprio edifício histórico.

Por dentro o edifício é lindo.
Lá é oferecido o jantar de gala do Prêmio Nobel.
Aliás os degraus das escadarias são menores e largos para que os vestidos longos não enrosquem.

Aliás paguei um mico durante o tour. Enquanto a guia explicava como eram feitas as votações dos vereadores, perguntou se alguém tinha alguma dúvida. Foi ai que o gênio aqui levantou a mão e perguntou quanto os vereadores ganhavam… Quase que sem entender o nexo da pergunta, ela gentilmente disse que nada, apenas uma ajuda de custo pois eles têm outras atividades. Foi ai que ela perguntou de onde eu era e se no Brasil os políticos ganhavam salário. Lamentavelmente tive que explicar a nossa realidade… Ela e os demais ficaram me olhando como se eu fosse um alienígena quando disse o valor. Kkkkk

Sala de votações.
Mas o mais legal é o Salão Dourado.
Tudo isso é mosaico.
Mais de 18 milhões de pedaços de ouro e vidro.

O interior do edifício é maravilhoso, com muitos salões para recepções e eventos. Tanto que nas suas dependências é que é servido o banquete do Prêmio Nobel.

O tour em inglês acontece diariamente às 10h00, 11h00, 12h00, 13h00, 14h00 e 15h00; e custa entre abril e outubro 110 SEK e de março a abril 90 SEK.

Ali mesmo, sugiro fortemente que você aproveite para subir na torre da prefeitura que com 106m de altura, rende belas vistas da cidade (SEK40).

Fala se a vista não é fantástica???

Ainda no campo da política, vale visitar o Sveriges Riksdag,o parlamento sueco. Lá não existe a divisão entre senado e câmara dos deputados. Eles têm apenas 349 deputados que são eleitos para mandato de quatro anos. Dentre as suas funções está nomear o Primeiro-Ministro. Fica na ilha de
Helgeandsholmen.

Parlamento Sueco.

Agora se você gosta de história, a cereja do bolo é o Vasamuseet (Vasa museum). O nome pode parecer estranho, mas vá por mim, este é um dos museus mais diferentes da Europa.

Apesar de ter como foco principal o navio Vasa, este museu dedica-se de modo geral à cultura viking.

Com 95% de sua estrutura intacta, especialmente casco, o Vasa é o único navio no mundo datado do século XVII. O seu nome deriva da dinastia então reinante na Suécia.

Tão grande que nem com a GoPro dá para enquadrar inteiro.

Construído em 1628, ele naufragou logo na sua partida do porto de Estocolmo – virando uma espécie de piada e vergonha nacional. Um vento lateral fez com que o navio se inclinasse demais e a água entrasse pelas janelas dos canhões. Com o conhecimento atual da construção e dimensionamento dos navios, sabe-se que o erro foi a quantidade de canhões e de lastro para o tamanho no navio.

Com 69m de comprimento e 1200 toneladas, o Vasa tinha três mastros principais, 64 canhões e uma tripulação de 400 homens – dizem que era, ou melhor, seria, se tivesse navegado, o mais potente navio de guerra do seu tempo.

Acredite ou não, ele foi encontrado apenas em 1956 e içado em 1961, em excelente estado de conservação para o que se poderia esperar. Um pedaço da história ali diante dos seus olhos.

Vasa. Difícil acreditar que ele passou tantos anos no fundo do mar.
O problema foi o erro na quantidade de canhões e lastros.

O museu fica na ilha de Djurgården (é Galärvarvsvägen 14) e abre 2 de Janeiro – 31 de Maio e 1 de Setembro – 30 de Dezembro 10h00 às 17h00, Quartas-feiras 10h00 às 20h00. O ingresso custa SEK 130.

Incrível a riqueza dos detalhes decorativos do navio.
Aqui uma representação de como eles seriam originalmente.
E tome entalhe!

Fora o incrível Museu Vasa, Estocolmo tem uma série de outros museus interessantes e que se você tiver tempo, vale visitar. Só para ficar nos mais conhecidos, sugiro os seguintes: Museu Nacional de Belas-Artes (Nationalmuseum); Museu Medieval de Estocolmo (Medeltidsmuseet); Museu Nacional Marítimo (Sjöhistoriska museet); Museu Nacional de Ciência e Tecnologia (Tekniska museet); e Museu de História Natural

Na ilha de Djurgårdsbron existem várias outras atrações, já que ela funciona mais ou menos como um centro de diversões e cultura local. Além dos jardins e orla para caminhar eis algumas das atrações da ilha:

Skansen: fundado em 1891, é uma mistura de zoológico com museu, onde é mostrado o estilo de vida sueco antigo.

Gröna Lund: é o parque de diversões mais antigo do país (1883);

– Junibacken, um museu de entretenimento infantil dedicado às criações de Astrid Lindgren;

– Vasamuseet;

– Vattenmuseum que é um aquário.

Gröna Lund.

Outra área ao ar livre bem tradicional é o The Royal National City Park. Ele foi um dos primeiros parques reais do mundo e é um ótimo lugar para uma pausa, talvez até um piquenique na cidade.

A cidade conta também com o Kungsträdgården, ou parque do rei (ou ainda Kungsan). É o parque mais central da cidade e o espaço aberto preferido dos locais no verão com crianças se refrescando na enorme fonte (Wolodarski). No inverno, ali é montada uma pista de patinação no gelo. Também costuma ser usado para shows ao ar livre.

Embora existam várias franquias ou até mesmo cópias ao redor do mundo, foi aqui que a moda do Ice Bar começou. Com temperatura de -5ºC (tanto, a permanência máxima é de 45minutos – ah, eles fornecem casaco e luvas), este bar inteiramente feito de gelo é uma das atrações mais visitadas da cidade. Até os copos são feitos de gelo, puro e limpo – aliás recomenda se manter o mesmo copo durante toda a visita, pois se você pedir um drinque, será mais barato usar o seu copo anterior, como um refil.

Em meio a tantas construções antigas, os arredores da Sergels Torg (Sergel’s Square) é uma área mais moderna da cidade. A praça é conhecida por sua rotatória com uma fonte e um obelisco de vidro (37m) que fica iluminado durante a noite. Construída na década de 60, é ali que os locais se encontram não só para protestar, mas também para comemorar as vitórias esportivas.

Sergels Torg.

Por falar em esporte, quem gosta de futebol pode aproveitar para conhecer o Estádio Råsunda (Råsundastadion). Ele foi palco da final da Copa do Mundo de 1958 entre Brasil contra os donos da casa – o nosso primeiro título mundial.

Às margens da baía de Estocolmo está o Elevador de Slussen (ou Katarina elevator), um elevador de onde se tem belas vistas da cidade. Mas não espere algo como o Elevador Laceda, pois não liga dois lugares propriamente ditos, mas sim ao topo de um edifício, o “Slussen”. O elevador que leva a uma altura de 38m foi criado em 1881 e reformado em 1935.

Elevador de Slussen.

Outro bom lugar para ver a cidade de cima é a Kaknästornet, uma torre de TV construída em 1967 e com 155 metros de altura.

Assim como outras cidades europeias, Estocolmo também tem a sua casa de ópera, a Kungliga Operan. O prédio original era de 1782, mas foi demolido em 1892 e substituído pela atual construção.

Fora isso ainda existe a Stockholms Konserthus que tem sede em um prédio de estilo neo-clássico, inaugurado em 1926. Ele é famoso por abrigar a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel.

Stockholms Konserthus.

Na área comercial de Estocolmo está uma praça com uma história interessante, a Norrmalmstorg Square. Apesar da beleza da praça ela ficou conhecida mesmo pelo chamadoAssalto de Norrmalmstorg”, quando em 23 de agosto de 1973, num assalto a um banco, três mulheres e um homem foram feitos reféns. O cativeiro durou 6 dias. Até aí nada de mais para os padrões brasileiros (snif!). O fato curioso é que os reféns desenvolveram uma espécie de simpatia pelos sequestradores, o que mais tarde veio a ser chamado de “Síndrome de Estocolmo”. Reza a lenda que uma das mulheres teria inclusive se casando com um dos sequestradores, mas aí já é fato controverso.

Aqui que começou a chamada Síndrome de Estocolmo.

Também no centro de Estocolmo está a Stureplan, uma praça cheia de lojas de grife e bares descolados. É uma das áreas mais nobres da cidade.

Um dos belos prédios da Stureplan.

Como vocês viram, Estocolmo tem muita coisa interessante para ver e é certamente um excelente destino de viagem na Europa.

No próximo post da série sobre a Escandinávia vamos falar um pouco sobre o que comer na capital da Suécia.


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Diogo Avila

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