Dinheiro

Dólar e Euro mais barato? Conta em dólares e euros C6 Bank

Dólar e euro nas alturas e contas de viagem no vermelho! É galera, olhando a escalada do câmbio está difícil se animar para passar pelo embarque internacional do aeroporto. É tempo de otimizar gastos e cortar custos. E justamente neste cenário deparei com uma proposta irresistível: ter uma conta no exterior em dólares e euro no C6 Bank.

Antes de mais nada gostaria de deixar claro que este não é um publipost ou algo do gênero. Descobri o serviço por conta própria, usei, gostei e quero dividir com vocês .

Talvez você esteja se perguntando para que serve uma conta internacional em dólar e euro? A resposta é simples, para aliar baixa tributação, câmbio mais barato, taxas melhores, e maior segurança. Tudo isso, sempre tendo como foco reduzir os custos das viagens.

Mas tem como juntar tudo isso? Sim, confira só.

Como fazia antes com dinheiro…

Antes de falar da conta no exterior e suas vantagens, acho que vale aqui fazer um pequeno histórico das opções que já usei para pagar contas de viagem no exterior. Prometo que não vou voltar muito atrás nisso, não vamos falar de traveller check! 🤣

Muitos anos atrás, antes mesmo de começar o blog eu resolvi que não iria mais ficar trocando dinheiro no exterior, sofrendo nas mãos nem sempre honestas das casas de câmbio. Sabe aquela coisa de “no comission” que elas adoram estampar nas vitrines para atrair turistas incautos… Então, isso não existe.

Já nem sei quanto tempo faz que não entro numa casa de câmbio.

Nem relógio trabalha de graça já te diria a sua avó.

Para fugir das casas de câmbio, passei a utilizar aqueles cartões de débito pré-pagos, onde você literalmente carrega uma quantia em dólares, ou em euros, no caso de cartões de uma moeda única, e sacava em qualquer ATM ou fazia compras até o limite do cartão – há ainda um multi-moedas que vale para mais de uma moeda.

Era uma super vantagem principalmente em termos de segurança, já que você não precisava mais carregar aquele monte de dinheiro em espécie. E era uma forma de fazer um “colchão” em USD ou EURO. Guardem bem estas duas vantagens…

Acontece que, com a equiparação da tarifa do IOF destes cartões com o cartão de crédito, este esquema passou a ficar muito caro. A coisa chegou ao ponto de não fazer mais sentido gastar o mesmo e ainda não ter as milhas do cartão de crédito.

Foi ai que resolvi utilizar então o cartão de débito nacional, aquele comum, de bancos de varejo brasileiros. Bastava que ele ter opção saque no exterior (hoje todos têm), ter saldo na conta, e avisar o banco para ele ficar desbloqueado. Dá tanto para fazer compras como também sacar direto no ATM em moeda local.

Este esquema foi uma maravilha por muitos anos, até que o governo teve a (in)feliz ideia de também aumentar o IOF para a mesma alíquota que já era aplicada ao cartão de crédito.

Repararam como é sempre o governo ferra com a gente?

Mesmo assim, ainda uso bastante este esquema por uma simples razão: quando preciso de uma quantia em uma moeda que não é comum e, para fugir das casas de câmbio. Você já deve ter notado que sempre defendo, nos posts de praticamente todos os destinos, que esta seja a sua fonte de dinheiro rápido para pequenas despesas que têm que ser pagas em dinheiro, como por exemplo táxi, atrações menores e etc.

Só não uso este esquema se for viajar para a zona do euro, EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália, ou algum país da América do Sul, casos onde acho que ainda compensa sair do Brasil com algum dinheiro “local” já no bolso. Para destinos outros, a dobradinha cartão de débito + ATMs tem sido a minha estratégia.

Esta foi a minha estratégia até conhecer esta nova fonte de câmbio rápido, seguro e com um custo que bate fácil qualquer das opções anteriores.

Em qualquer lugar do mundo que use moedas pouco usuais, passei a usar os caixas eletrônicos.

Literalmente, isso é uma mudança de paradigma.

Estou falando de uma conta no exterior.

Conta no exterior C6: como fazer e vantagens

Depois de muito procurar um esquema viável para ter uma conta no exterior e fazer gastos em dólar,  sem ter que fazer malabarismos ou mutretas que seriam contra o que preconiza o FISCO, encontrei o C6 Bank, um banco digital que oferece este serviço, e o melhor, sem custo.

C6 Bank é uma opção para este tipo de transação.

Sendo direto e reto, o C6 Bank é um banco digital como muitos outros por ai (XP Investimentos, Sofisa e outros tantos) onde você não tem tarifas bancárias nem agências. Se isso será o futuro dos bancos só o tempo dirá.

O que diferencia ele dos demais é justamente a possibilidade de você ter uma conta bancária em USD lá fora. Tudo certinho, com declaração à Receita Federal e etc.

Esta tal conta internacional em dólares é uma faculdade que o C6Bank dá a todos os seus clientes, podendo ser algo gratuito ou pago, dependendo do seu volume de investimentos como detalho abaixo.

Como abrir a conta no exterior

O primeiro passo que você tem que dar é abrir a conta corrente comum no C6 Bank.

O processo é bem diferente daquilo que estamos acostumados. Nada de agência ou gente te ligando.

Você faz tudo pelo app do C6 Bank que está disponível para iOS e Android nas lojas de apps. É só baixar e instalar o app, e a partir dai ir respondendo ao questionário e apresentar a documentação que eles solicitam, especialmente para comprovar renda e etc.

Eles vão analisar seu crédito e não mais que 1 ou 2 dias depois a sua conta corrente estará ativa.

No meu caso, a conta internacional veio só alguns dias depois, já que conforme o banco me informou, eles precisavam confirmar uma série de dados para liberar tal funcionalidade.

O único ponto negativo que achei é que só fiquei sabendo da ativação da conta quando acessei o app. Poderiam ter enviado um e-mail ou algum outro tipo de aviso.

Vantagens da conta no exterior do C6

Bom se até agora você não se convenceu a ter uma conta internacional para usar nas suas viagens vou pontuar a funcionalidade e os benefícios.

O que dá para fazer com um cartão destes?

Com esta conta, você pode tanto fazer compras em qualquer estabelecimento comercial que aceite cartão de débito (rede Cyrus/MasterCard) ou seja, coisa super comum em qualquer canto do mundo; ou ainda sacar diretamente em moeda local em qualquer ATM.

O C6 Bank envia um cartão de débito e um da conta internacional (com a bandeira dos EUA). Você pode escolher a cor dos cartões.

Aqui vale destacar que para as compras não existe qualquer taxa adicional, mas para os saques existe além de eventuais taxas locais (que tendem a ser baixas), uma taxa fixa de US$ 5 que o C6Bank cobra a cada saque. Apenas para você comparar, os bancos com os quais eu trabalho e que uso para saques, cobram entre R$ 20/30 por saque. Ou seja, aqui o C6Bank cobra valores bem dentro da prática de mercado.

O limite diário de saques no ATM é de 4 saques de US$ 500. É grana, hein?

Como trata-se de uma conta em dólar, você pode realizar operações tanto em dólares quanto na moeda local. Se você está por exemplo na Europa, dá para fazer compras ou sacar euros nos ATMs sem qualquer dificuldade.

Note aqui que há apenas uma conversão de moedas, de dólares para a moeda local. De outro lado, se você usar o seu cartão de débito nacional, irá ter a conversão da moeda local para dólar e deste para reais, ou seja, perde-se duas vezes.

O grande lance está na vantagem financeira. Acompanha ai:

O C6 Bank usa o dólar comercial para as operações e acresce um spread de 2%, mais IOF de 1,1% (o mesmo que você usaria para comprar dólar numa casa de câmbio).

De outro lado, as casas de câmbio e o cartão de crédito usam dólar turismo, e no primeiro caso uma alíquota de 1,1% de IOF e no segundo este imposto é de 6,38% *. As mesmas regras do cartão de crédito valem nestes pontos para o de débito, sendo a única diferença o fato de que no débito você não acumula milhas aéreas.

* Aqui um update sobre o IOF. Foi colocada como meta para o Brasil ingressar na OCDE zerar o imposto. Logo, sua alíquota vem caindo 1% ao ano e até 2028 espera-se que ela seja zero. Logo para todas as contas apresentadas neste post, você precisa considerar a alíquota vigente do IOF. 

Montado este cenário, certo dia resolvi fazer uma simulação usando a cotação exata passada tanto pelo C6 Bank quanto por uma casa de câmbio com quem compro às vezes, e o resultado para uma operação de US$ 3.000 foi o seguinte:

Fala ai se não compensa???

* exemplo de taxa de câmbio, para a data da sua viagem atualize as cotações.

Veja que só de diferença entre o dólar comercial e o turismo há um percentual de 5% e mesmo que se colocarmos o spread de 2% do C6 Bank, você ainda está economizando 3%, e olha que ainda nem chegamos  no IOF…

No final das contas, comparando os custos do C6 Bank com o cartão de crédito, para a operação acima, estamos falando uma diferença efetiva de R$ 1.152,22!!! Ou seja, quase que 10% do valor total.

É bem verdade que para dinheiro em espécie, esta diferença é menor, mas você há de convir que existem conveniências como por exemplo a segurança e a mobilidade, acabou o dinheiro na conta corrente do C6 Bank, você não precisa lavar pratos, dá para transferir fundos para ela.

No quesito segurança, se roubam ou você perde o cartão, é só bloquear que a sua grana que estava lá fica segura. Então é muito melhor do que andar com dinheiro em espécie.

Uma coisa que infelizmente o C6Bank não permite no momento é a abertura de contas conjuntas.

Depositando na conta

Para depositar fundos nesta conta basta que você pelo próprio app do banco transfira da sua conta corrente do C6 Bank para a conta internacional que fica em uma aba lateral. Já os depósitos na conta corrente em reais no C6Bank é como qualquer outra, via TED ou DOC, e até mesmo por emissão de boletos.

Só precisa atentar ao fato de que o valor mínimo para transações é de US$ 100.

Há um limite máximo de US$ 10mil/ano para depósitos aplicados como padrão para todos os clientes, mas dependendo de análises de crédito e perfil, o C6Bank pode conceder um limite maior.

Se a grana acaba no meio da viagem, há sempre a possibilidade de você fazer uma carga da sua conta corrente em reais no próprio C6 Bank para a conta internacional, ou até mesmo de algum outro banco para a conta em reais e depois para a internacional. Não tem como passar direto para a conta internacional fundos vindos de outra instituição financeira.

É possível reverter os valores da conta em dólares para a conta em reais, mas há um custo de 0,38% a título de IOF.

Tá fácil não a desvalorização do real.

Custos da conta no exterior

Mas quanto isso custa?

Se você tem mais de R$ 20mil investidos em qualquer aplicação no C6 Bank (tem várias opções no portfólio deles) ou tem o cartão de crédito Carbon (que tem uma anuidade à parte), você não paga nada pela conta internacional.

Caso contrário, há uma taxa de US$ 30 que você paga uma única vez no momento da abertura da conta.

Nada mais.

Há uma taxa de inatividade de US$ 10 se você não usar a conta por mais que 12 meses.

Conta em Euros C6

Conta em euros no C6 é exatamente como a em dólares acima explicada e foi introduzida pelo C6 em dezembro de 2020.

A contratação, operação e custos são os mesmos acima explicados, porém terá como moeda base não o dólar, mas sim euros.

Na prática as duas únicas diferenças são que você terá uma aba a mais no app para a conta em euros e um cartão próprio para operações na moeda europeia.

Um detalhe super importante é que o saldo entre as contas em dólares e euros são independentes e você operará as contas separadamente. Ok?

Claro que seria perfeito se tivéssemos um saldo único intercambiável entre as moedas. Mas tanto os custos quanto operacionalização disso seriam bem complicados e certamente nos custaria mais o serviço.

E aí? O que você achou? Que outras dicas tem para economizar na hora do câmbio?

Diogo Avila

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Diogo Avila
Tags: dinheiro

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