Você pode até nunca ter pensado nas Filipinas como um destino de viagem, mas aposto que as suas paisagens paradisíacas já pipocaram ao menos algumas vezes na timeline do seu Instagram.
Imagine um país com paisagens incríveis, clima quente o ano todo, e relativamente barato?
Parece muito bom para ser verdade, né?
As Filipinas são isso tudo e muito mais.
Se me pedissem para definir uma viagem às Filipinas em poucas palavras, diria que é um destino formado por uma trinca fantástica de cachoeiras majestosas, lagos e lagunas que brotam em meio a rochedos no meio do mar, e praias simplesmente paradisíacas.
Logo, é um destino de viagem para quem curte a vida ao ar livre, especialmente a vida a beira mar.
Afinal, com mais de 7 mil ilhas, estamos falando do segundo maior arquipélago do mundo.
Portanto, se você não gosta de areia e natureza é melhor pensar em um outro destino de viagem.
Mas se areia branca, mar azul ou esverdeado, e muita paisagem bonita são itens essenciais no seu check-list de viagem, coloque as Filipinas na sua lista de viagem imediatamente.
Fora as praias ainda existem as cachoeiras em meio à mata nativa cujas águas mais parecem obra de Photoshop.
E para completar ainda existem as lagunas lindas de água salgada e curiosos lagos de água doce que você não encontrará em outros lugares do mundo.
Ah, mas e as cidades?
Olha, sendo bastante franco e detalharei isso no próximo post ao falarmos sobre roteiro de viagem nas Filipinas, acho que é um é grande desperdício gastar tempo nas cidades. As Filipinas de verdade estão longe de lá.
Vai por mim!
No próximo post da série sobre as Filipinas eu conto em detalhes o nosso roteiro.
Outro ponto importante que você precisa saber é que é um destino de viagem mais simples.
Ok, até existem alguns hotéis de luxo e etc., mas no geral é um local com uma infraestrutura geral mais humilde.
Pelas ruas se vê um modo de vida mais humilde e pobreza em alguns locais isolados. Alguns podem até achar que tudo é bastante bagunçado. Mas não deixe em hipótese alguma isso te afastar deste paraíso onde vivem pessoas incríveis:
Uma constatação nossa foi de que nas Filipinas o custo de vida, logo de viagem também, mais baixo. Em tempos de dólar alto, isso é uma benção ao bolso do turista.
É bem verdade que por não ser nada perto do Brasil, as Filipinas são um destino de viagem bem fora do comum para o público brasileiro.
Porém eu espero aguçar o seu espírito viajante e te incentivar a fazer as malas rumo às Filipinas.
As Filipinas podem até ser um destino de viagem incomum por aqui, mas mesmo estando mais distante não só do Brasil quanto dos EUA e Europa, o turismo lá é super forte.
Só para você ter uma ideia, as Filipinas é o 27º. país mais visitado do mundo, ficando entre Holanda e África do Sul. O Brasil aparece neste ranking entre as posições 48 e 50 dependendo do ano.
Há é verdade um lado negativo neste sucesso todo…
As Filipinas estão passando pelo mesmo processo de desenvolvimento do turismo de massa pelo qual, por exemplo, a Tailândia passou anos atrás. Vivendo as vantagens e as desvantagens deste processo.
O lado bom disso é que uma viagem para lá ficou mais fácil, com uma maior oferta de voos, novos hotéis, e é claro, uma quantidade absurda de informações para que você consiga por conta montar o seu roteiro de viagem.
Digo por conta, porque (felizmente) você não verá nas grandes agências brasileiras roteiros de viagem para lá.
Fiz esta brincadeira com as agências porque embora não exista um grande afluxo de turistas brasileiros para lá, o turismo de massa de outros países, especialmente da (quase) vizinha China, está trazendo graves problemas ambientais.
Isso nos leva ao lado ruim desta super exposição das Filipinas nas redes sociais que se soma à uma ainda incipiente política de desenvolvimento sustentável do turismo, fazendo do país a mais nova vítima do tal over tourism.
Por over tourism, entenda por favor o turismo desenfreado onde você recebe um número maior de visitantes do que a infraestrutura comporta, causando como um de seus primeiros impactos a degradação do meio ambiente.
Durante a nossa viagem fiquei com a impressão que os filipinos meio que se prepararam um tanto melhor que outros países, optando inclusive por fazer alguns esforços bem consideráveis.
Prova disso foi que uma de suas principais ilhas turísticas, Boracay, ficou fechada por nada menos do que 6 meses entre 2018 e 2019.
Imagina só o tamanho da gravidade da situação?
Bem, já vou aqui adiantando que ao menos nas ilhas que visitamos: Cebu, El Nido e Coron – Palawan, ao menos nas praias não vi nada de mais em termos de sujeira. Ufa!
Se você já visitou outros países do Sudeste Asiático como Camboja, Vietnã, Tailândia e etc., as Filipinas são uma excelente continuação na exploração pela região.
E com um bônus bem interessante: as Filipinas são um destino de viagem completamente diferente dos seus vizinhos.
O primeiro motivo é sem dúvida a sua geografia, pois diferentemente da maioria dos países desta região, o seu território é formado por ilhas. E uma mais linda que a outra:
Outro diferencial para com seus vizinhos asiáticos é justamente aquele que nos aproxima das Filipinas mesmo estando do outro lado do mundo.
Andando pelas ruas das Filipinas, você terá uma estranha sensação de familiaridade com algumas coisas, já que existem algumas semelhanças com o Brasil ou com alguns de nossos vizinhos da América do Sul.
O motivo desta proximidade cultural é que como as Filipinas foram por mais de 350 anos domínio espanhol, e tais referências culturais ainda são bem presentes.
A mais marcante delas é a religião
As Filipinas são um dos países mais fervorosamente católicos do mundo, 83% da população é composta por católicos (a terceira maior população católica do mundo). E quando digo católicos, não é aquela coisa de apenas se declarar não. O povo lá é praticamente mesmo.
As outras semelhanças estão nas ruas.
A arquitetura traz uma bela influência do estilo colonial espanhol e em muitas cidades aqueles casarões restaurados são parte do layout que nas grandes cidades mistura-se com edifícios mais modernos.
E para ficar ainda mais interessante, não obstante o idioma oficinal não seja o espanhol, muitas cidades, ruas, ou atrações têm nomes claramente espanhóis.
Uma curiosidade sobre o turismo nas Filipinas. Já faz alguns anos que o país é conhecido por ser um destino não só de viagem a turismo, mas também para tratamentos médicos e odontológicos, principalmente.
O custo dos tratamentos nas Filipinas é tão melhor que principalmente norte-americanos viajam para lá para fazer desde cirurgias complexas até tratamentos dentários.
Mas onde afinal fica este paraíso?
Assim de bate-pronto, eu diria: longe pacas! 🙂
As Filipinas ficam literalmente do outro lado do mundo, acima da Indonésia e abaixo do Japão, logo, suas lindas praias são banhadas pelo Oceano Pacífico.
São basicamente 3 regiões ou grupo de ilhas: Luzon, Visayas e Mindanao, que são o equivalente a norte, centro e sul do país.
Ocupadas originariamente por povos indígenas vindos de vários outros lugares da região, a históriadas Filipinas fica mais próxima do ocidente quando no século XVI o português Fernando Magalães, a mando dos espanhóis (sim, isso mesmo!), desembarcou na região.
Para quem não se lembra, ele partiu de Sevilha (Espanha) em 10 de agosto de 1519, na busca de uma rota para as Índias pelo Oeste e assim evitar o Cabo da Boa Esperança na África, rota que era a “normal”.
Desprovido de Waze mas com muito espírito aventureiro, e uma dose considerável de loucura, ele chegou às Filipinas em 16 de março de 1521. Mais precisamente na ilha de Samar.
Para Magalhães, as Filipinas foram seu ponto final, por assim dizer.
Isso porque, pouco mais de um mês depois, em 27 de abril de 1521, ele foi morto pelos nativos na ilha da Mactan, onde fica o aeroporto de Cebu.
Reza a lenda que ele teria meio que se sacrificado para salvar o restante da tripulação, o que possibilitou a conclusão da primeira circunavegação da Terra (1519-1522) já que um membro da sua equipe, Juan Sebastián Elcano assumiu o comando da expedição.
A título de curiosidade, um ponto importante desta viagem ao redor do mundo foi a ilha de Palawan, onde fica El Nido. Imagina a cara dos europeus ao ver um lugar destes???
Sobre esta aventura de Magalhães, recomendo a série Sem Limites (na época deste post no Prime Video da Amazon). É uma obra bem interessante e impactante sobre a jornada dos 237 homens que depois de três anos de motins, traições, fome e morte (apenas 18 sobreviveram) concluíram um dos maiores feitos da humanidade.
Esta “descoberta” das Filipinas por Magalhães deu início a um sangrento processo de catequização dos nativos e dominação das ilhas.
Quando digo sangrento, não estou apenas falando das batalhas entre espanhóis e nativos, mas entre nativos também. Durante o processo de colonização, os espanhóis costuraram uma verdadeira colcha de retalhos colocando, em muitas oportunidades, num mesmo território tribos que eram inimigas.
Findo o domínio espanhol em 1898, vieram os norte-americanos. Como assim? Os caras estão do outro lado do mundo e nunca tiveram “colônias”!
O motivo para a chegada dos yankees lá veio de uma ilha do Caribe, mais precisamente Cuba. Por conta do açúcar, instalou-se uma disputa entre EUA e Espanha que culminou em uma declaração de guerra dos espanhóis e a invasão dos americanos em Manila por volta de 1898.
Ao final deste conflito foi assinado um acordo no qual os EUA compraram Guam, Porto Rico e as Filipinas por módicos US$20 milhões.
Claro que os filipinos não aceitaram e uma série de pequenos conflitos geraram até a vira do século XIX para o XX a morte de mais de 200 mil civis, 20 mil combatentes filipinos e 4 mil soldados americanos.
A independência dos EUA veio em 1935, mas com a Segunda Guerra Mundial logo as Filipinas caíram em um outro pesadelo. O país foi palco para algumas das principais e mais terríveis batalhas desta guerra.
Manila, junto com Varsóvia, Hiroshima e Hamburgo foi uma das que mais danos sofreu durante o conflito.
A independência de verdade apenas ao final da Segunda Guerra Mundial.
Finda a guerra, o país foi governado por Ferdinando Marcos que embora tenha sido inicialmente eleito legitimamente em 1965, resolveu dar um golpe e manter-se no poder em um regime completamente ditatorial e cheio de escândalos de corrupção até 1989 quando exilou-se no Havaí com a ajuda dos EUA. Sua esposa, Imelda, ainda ocupa uma vaga no senado.
A população das Filipinas é de pouco mais de 100 milhões de pessoas.
Ainda que eu tente me abster de generalizações, sempre fico com uma impressão geral de um povo durante uma viagem.
Dito isso, a minha percepção foi a de que os filipinos são extremamente amáveis e receptivos.
Eles até se gabam disso ao brincarem que de tão hospitaleiros, os primeiros visitantes (os espanhóis) ficaram ali nada menos do que 350 anos.
Também são bem tranquilos, e existe uma expressão local (bahala na) que expressa bem isso. É mais ou menos assim: tudo vai passar e neste meio tempo a vida é para ser vivida. Legal, né?
Algo que talvez você note pelas ruas das Filipinas é o quanto eles são supersticiosos.
De gente que lê a sorte à curandeiros, eles acreditam em algumas coisas também bem diferentes como por exemplo em figuras chamadas aswang que seriam responsáveis por supostas maldades.
Como já dito acima, sob o ponto de vista da religião, a grande maioria da população é católica fervorosa. Mas ao sul, na região de Mindanao, existe uma considerável comunidade muçulmana.
O idioma oficial nas Filipinas é o tagalog ou simplesmente filipino.
Não é um idioma fácil como dá para notar de algumas frases abaixo. Mas como sempre digo aqui no Cumbicão, não custa nada aprender um pouco do idioma para fazer uma graça e ser cordial com os locais:
Português | Filipino |
Bom dia | Magandáng araw |
Tchau | Paalam na pô / Babay |
Sim | Opò / Oo |
Não | Hindí |
Obrigado | Salamat / Salamat pô |
Benvindo | Waláng anumám |
Você fala inglês? | Marunong ka ba ng English? |
Eu não entendo | Hindí ko náiintindihán (nem eu!!!) |
O lado bom é que por conta de um longo periodo de dominação norte-americana, muitos falam inglês fluentemente, especialmente nas áreas mais turísticas.
Tanto que os filipinos estão entre os Top 5 English Speakers por assim dizer do mundo, atrás apenas dos EUA, Índia, Paquistão e Reino Unido.
O interessante é que existem algumas expressões bem diferentes. Banheiro, por exemplo, eles chamam de confort room. 😊
Além de muitas belezas naturais, as Filipinas é um país cheio de curiosidades.
Embora o idioma oficial seja o filipino, existem mais de 175 dialetos locais. Imagina a confusão???
Por falarem muito bem inglês e terem um modo de tratar as crianças de forma absolutamente carinhosa, as filipinas são extremamente requisitadas como babás e enfermeiras.
Elas, junto com outros trabalhadores filipinos são assim super bem vindos para trabalharem no exterior, especialmente Hong-Kong e outros vizinhos.
Isso gerou um exército de 11 milhão de imigrantes que consegue enviar de volta para as Filipinas nada menos do que 8 bilhões de dólares ao ano.
Digo de volta porque muitos trabalham fora, mas sem deixar de retornar algumas muitas vezes ao ano para as Filipinas. Tanto que existem passagens aéreas mais baratas para estas pessoas.
A capital Manila e as 16 cidades da zona metropolitana formam uma das áreas mais densamente populosas do mundo. São quase 13 milhões de pessoas vivendo numa área bastante reduzida.
Os filipinos adoram um shopping e lá eles são mais do que lugares cheios de lojas. São hubs de serviços com academias, baladas e até igrejas. Só para dar uma ideia, dos 10 maiores shoppings do mundo, 3 estão em Manila.
Uma coisa que você notará nas Filipinas é que eles vivem grudados no celular, tanto que são considerados o povo que mais digita nos celulares no mundo, preferindo isso a simplesmente ligar para o colequinha…
O trânsito das cidades filipinas é uma loucura, mas também um festival de cores.
Especialmente nas grandes cidades, você vai topar com algo que mais parece um Frankenstein sob quatro rodas, os tais Jeepneys.
São jeeps da Segunda Guerra Mundial que foram convertidos em ônibus. Coloridos, fumacentos, barulhentos e não raras vezes caindo os pedaços fazem parte da cultura local.
Em cidades como Manila, eles são nada menos do que 50.000 rodando pelas ruas.
Olhando a bandeira das Filipinas pode dizer se eles estão em guerra ou não. A posição normal da bandeira filipina é com a listra azul para cima e a vermelha para baixo. Mas quando eles a invertem, colocando a vermelha para cima e a azul para baixo, significa que eles estão em estado de guerra.
Bem, aqui é só um aperitivo sobre as Filipinas, já a série completa de posts sobre este paraíso asiático está só começando.
No próximo post, trago as dicas práticas essenciais para você programar a sua viagem para as Filipinas. Bóra conhecer mais um país?
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