Depois de conferirmos as principais dicas para você montar a sua viagem para Foz do Iguaçu, é a vez de apresentarmos algumas das principais atrações turísticas de Foz do Iguaçu.
A maioria das pessoas viaja para Foz do Iguaçu para conhecer as Cataratas. Motivo mais do que justo.
Mas é preciso ter em mente que a cidade inovou tanto em turismo que hoje existem muitas outras atrações em Foz do Iguaçu além das naturais.
E mais, como se não bastassem as atrações turísticas na cidade de Foz do Iguaçu, ainda existe a possibilidade de cruzar a fronteira para os lados argentino e paraguaio, ampliando ainda mais o leque de atrações para a sua viagem.
O fato é, você terá muita coisa para fazer numa viagem para Foz do Iguaçu.
A lista de atrações não só é grande como vem aumentando nos últimos anos.
Ao montar o seu roteiro de viagem para Foz do Iguaçu, assim como em qualquer outro destino, é preciso que você verifique quais atrações realmente te interessam, quais são do seu gosto, e priorize elas deixando as outras para visitar se der tempo e realmente quiser.
Digo isso por dois motivos.
Primeiro que a cidade está num excelente momento, assim como Gramado, e existem muita gente tentando literalmente emplacar novas atrações em Foz do Iguaçu. Neste quesito dou como exemplo uma roda gigante recentemente inaugurada perto do Marco das Três Fronteiras.
Segundo que nem todas as atrações de Foz do Iguaçu são assim tão essenciais (novamente no meu ponto de vista). Eu por exemplo não gastaria o meu tempo para visitar um museu de cera em Foz do Iguaçu. Já vi em outros lugares e pronto, me bastou.
Portanto, como esta foi a nossa primeira viagem, e tínhamos apenas 4 dias, foquei apenas nas atrações de Foz do Iguaçu que considero como essenciais à maioria dos viajantes (embora cite aqui mais algumas de passagem).
Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu
Vamos então começar por aquela que é a principal atração turística de Foz do Iguaçu e que atrai a maior parte dos turistas, inclusive estrangeiros: as Cataratas do Iguaçu.
Antes de falarmos sobre o que você pode conhecer numa visita às Cataratas do Iguaçu, e como fazer esta visita, vamos conhecer um pouco mais sobre as suas características e porque elas são tão singulares.
O que chamamos de Cataratas do Iguaçu é na verdade um conjunto de nada menos do que 275 quedas de água no Rio Iguaçu justamente na divisa entre Brasil e Argentina, formando de um lado o Parque Nacional do Iguaçu, no Brasil, e o Parque Nacional Iguazú em Misiones, do lado argentino.
A título de comparação, o parque brasileiro é quase três vezes maior em tamanho, mas 80% das quedas d`água estão do lado Argentino. E não pense que isso seja ruim para o lado brasileiro porque é justamente por estar do lado contrário que podemos ver melhor as belezas do vizinho.
Ou seja o chafariz do quintal do vizinho pode ser mais bonito, mas é por isso que temos um vista melhor que a dele!!!
Lo siento hermanos!!!
E ao contrário do que alguns pensam ela não fica exatamente em Foz do Iguaçu nem na tríplice fronteira, mas sim uns 25km ao sul da cidade de Foz do Iguaçu.
Elas ficam dentro de um complexo chamado Parque Nacional do Iguaçu, logo um parque (muito bem) administrado pelo poder público.
Por isso, além das evidentes Cataratas do Iguaçu, o parque possui uma enorme e vistosa área verde de mata Atlântica que você pode inclusive apreciar do alto na janela do avião porque como, o aeroporto fica adjacente ao parque, o pouso e decolagem permitem um voo em baixa altitude pela região.
Consideradas uma Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e integrando a lista das Sete Maravilhas da Natureza, a beleza e o volume de água (dependendo da época, é verdade!) impressionam tanto que não é de se estranhar que muitos turistas estrangeiros tenham Foz do Iguaçu como um dos pontos altos do seu itinerário pelo Brasil juntamente com a Amazônia.
Só para dará uma ideia da importância turística das Cataratas do Iguaçu no cenário turístico brasileiro, estamos falando do segundo destino turístico mais visitado por estrangeiros quando em viagem pelo Brasil.
Apenas depois de conhece-las é que pude entender porque todos os gringos com os quais eu conversava sobre o Brasil, e que já haviam nos visitado, falavam tanto das Cataratas do Iguaçu.
E por sinal, já ia me esquecendo… O nome Iguaçu vem do tupi/guarani e significa… adivinha… água grande!
E esta água grande toda percorre mais de 2,7km do rio Iguaçu e desagua nas 275 cachoeiras ali existentes. A altura média delas é de 64m, mas as maiores podem chegar a 82m de altura.
A mais bela e famosa de todas é a Garganta do Diabo, uma queda em formato de U que tem 82m de altura, 150m de largura e nada menos do que 700m de comprimento, sendo também a de maior fluxo de água. Não é à toa que o mirante homônimo é o mais concorrido.
Mas como as Cataratas do Iguaçu se compraram com as demais quedas de água do mundo, e em especial em relação à Niágara Falls? Ela é simplesmente a maior de todas, ficando à frente das Cataratas de Vitória (entre Zimbábue e Zâmbia) e sim, à frente de Niágara Falls – que ocupa a terceira colocação neste ranking.
Quem já teve a oportunidade de conhecer Niágara Falls e chega às Cataratas do Iguaçu imediatamente as compara. Aliás, dizem que a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, teria exclamado “Pobre Niágara!” ao conhecer as nossas quedas de água.
Particularmente acho que são belezas distintas. Enquanto que Niágara Falls tem águas mais claras, as Cataratas do Iguaçu têm águas mais barrentas em decorrência da coloração do rio Iguaçu. Mas de outro lado, a vegetação ao redor das Cataratas do Iguaçu faz uma enorme diferença já que os arredores de Niágara Falls nem de longe é tão bonito.
Na dúvida, em termos de beleza, visite ambas!
Acreditem, apesar de Niágara Falls ser super famosa, a queda de água que divide parte do Canadá e EUA não faz frente à Cataratas do Iguaçu.
E não é bairrismo não! A grande diferença entre elas é a altura das quedas e também a quantidade. Se de um lado Niágara Falls tem uma vazão média maior, as Cataratas do Iguaçu têm um número de quedas e alturas maiores.
Na do hemisfério norte são apenas 3 quedas Cataratas Canadenses, as Cataratas Americanas e as Cataratas Bridal Veil (Véu da Noiva) que não passam dos 51m, mas têm um volume médio de 4,5 milhões de litros por segundo.
A visitação ao parque começa a bordo do ônibus do parque que você pega logo na entrada. Exceto se quiser caminhar os 11km de estrada que ligam o Centro de Visitantes às quedas d`água propriamente.
É um ônibus confortável e com ar-condicionado (essencial no verão local) que percorre todo o parque e que você vai usar na volta.
São várias paradas ao longo desta estrada e é importante você programar bem o que irá fazer e a sequência para não perder tempo em deslocamentos e fila do ônibus.
A minha sugestão é que você pare na Trilha das Cataratas e volte para o ônibus apenas na parada Estação Espaço Porto Canoas, que é a última, fazendo o trajeto entre elas a pé, curtindo o visual. Pessoas que tiverem dificuldade de locomoção, prefira a parada final que tem um elevador panorâmico.
Uma das coisas mais interessantes para fazer no parque é caminhar pelas passarelas que circundam as quedas , especialmente a que leva ao mirante da Garganta do Diabo, a principal queda de água.
Como eu adiantei acima, nem só as quedas de água fazem a fama local. A Mata Atlântica que cobre todo o Parque Nacional do Iguaçu proporciona uma série de trilhas que você pode percorrer a pé ou até mesmo de bicicleta (neste caso traga a sua ou alugue na cidade).
Destas trilhas, a mais interessante do lado brasileiro é a Trilha das Cataratas. Trata-se de um percurso de 1200m de extensão pavimentado, e com alguns degraus. Parece muito, mas fique tranquilo porque você vai parando em vários pontos para apreciar a paisagem e se molhar – aliás esteja preparado com uma capa de chuva!
Certamente você fará esta trilha parando, e muito, para tirar fotos e apreciar as Cataratas do Iguaçu. Não tenha pressa.
Ao final você encontra o mirante da Garganta do Diabo.
Diferentemente daquele existente no lado argentino, que é na beirada, neste você aprecia as quedas da garganta a partir de um nível mais baixo. Prepare-se para molhar-se! E muito dependo de como estiver o volume e o spray de água.
Ao final, pegue o elevador panorâmico que dá acesso ao Espaço Porto Canoas, assim você economiza as pernas!
Nas trilhas, cuja acessibilidade é muito boa, você pode topar com quatis e uma infinidade de aves e borboletas.
Aliás sobre os quatis. Eles são lindos e fofos, mas lembre-se que eles são animais selvagens, portanto nada de interações mais próximas tampouco alimentar eles com quitutes. Esteja atento pois eles são bem espertinhos e gostam de roubar comida dos turistas, especialmente frutas.
Dentro do parque você vai de um ponto ao outro utilizando o sistema de ônibus gratuito que está incluso no ingresso do parque.
E lá você encontra muitas opções de lugares para comer, desde simples lanchonetes até o restaurante do Espaço Porto Canoas. Mas nem sempre os preços são atrativos. Quem quiser economizar um pouco pode levar um lanche e fazer um piquenique – apenas tenha cuidado com os quatis!
A visitação às Cataratas do Iguaçu e ao parque são pagas, e o ingresso deve ser adquirido diretamente e exclusivamente no site do Parque Nacional do Iguaçu.
Você compra o ingresso com dia e horário marcado, e a entrada é feita por faixas de horários, portanto chegue na hora certa!
Durante a nossa viagem o ingresso custava R$ 63/R$16 (adultos/2-11anos) e o horário de funcionamento era de terça a sexta, das 9h às 16h e sábado e domingo, das 8h30 às 16h. Não deixe de conferir o site do parque para valores e horários atualizados. O parque fica na Br 469, KM 18 – Foz do Iguaçu – PR.
Se você quer um pouco mais de emoção, sugiro realizar um dos passeios do Macuco Safari, um operador de passeios dentro do parque que tem uma série de passeios como trilhas na mata com guias, rafting, cachoeirismo e o famoso passeio de barco pelas Cataratas do Iguaçu.
Os passeios podem ser montados em combos, assim você combina aqueles que mais lhe agradam.
O mais procurado de todos é justamente o Macuco Safari (Selva + Barco) que combina uma trilha na mata e um passeio de 25 minutos num bote inflável com motores de popa super potentes em alta velocidade pelo cânion formado pelas quedas de água.
O ponto alto é uma espécie de “batismo” nas Cataratas do Iguaçu e tudo! Já vou avisando… molha e muito!!! Sem dó! Tanto que tem gente que recomenda ir descalço ou de chinelo. Ou mais ainda: levar uma muda de roupa seca e toalha pequena na mochila.
Qual a melhor época para visitar as Cataratas do Iguaçu?
Muito se discute qual a melhor época para se visitar as Cataratas do Iguaçu, já que ao longo do ano o volume de água varia bastante por conta do nível das chuvas e consequentemente dos rios da região.
Há sim uma regra geral que explico abaixo. Mas é preciso ter ciência de que por conta das mudanças climáticas e das chuvas não serem mais assim tão sazonais como normalmente seriam, variações de um ano para o outro podem acontecer. Já vi relatos de gente que viu as Cataratas do Iguaçu bem minguadas no quesito volume de água.
Se a ideia é ver uma maior vazão de água, a ideia é ir no verão quando o volume tende a ser maior. Porém há a desvantagem de que as quedas de água não ficam tão bem definidas.
Já no inverno, com a seca, o volume de água é menor (o que pode ser ruim se excessiva), mas há a vantagem de que as quedas de água ficam mais bem delimitadas.
Se você não estiver de carro ou não quiser pegar um táxi, a forma mais barata de ir até o Parque do Iguaçu é com o ônibus 120 sai do Terminal de Transportes Urbanos, passando por outros pontos importantes como a Av. Jorge Schimmelpfeng, até o parque.
Cataratas do Iguaçu lado Argentino
Se você tiver disponibilidade de tempo, não deixe de conhecer também o lado argentino das Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional Iguazú.
Tão ou mais belo (segundo os Hermanos) quanto o brasileiro, ele tem é verdade uma vantagem: a Garganta do Diabo.
Se do lado brasileiro você tem a vantagem de ter uma boa vista da Garganta do Diabo, a maior extensão das Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional Iguazú você caminha sobre ela.
É algo que impressiona passar por sobre aquele monte de água. Sim, você caminha em uma passarela (quase 1km) até próximo da borda. Calma, não precisa ficar com medo!
Se bem que embaixo dos seus pés estão passando nada menos do que 1.800 metros cúbicos por segundo, o que daria para encher uma piscina olímpica em nada menos do que 1 minuto!!!
Algo que é preciso dizer é que o lado argentino não é tão organizado quanto o brasileiro. Dizem que em parte porque é mais cheio, maior. Eu particularmente não tive esta impressão.
Apenas tivemos um pequeno contratempo porque o cartão de crédito simplesmente não passou na bilheteria do parque. Eu até tinha carregado o cartão Wise para testar lá e não deu certo. Mas o motivo é simples: as máquinas ali funcionam apenas no modo banda (fita magnética), coisa que os cartões mais modernos, inclusive do Wise não aceitam mais.
Como eles não aceiram reais (fique atento!), a alternativa foi ir até o caixa eletrônico do Banco Nacional da Argentina ali do lado da bilheteria e sacar no cartão Wise alguns pesos argentinos para pagar tanto o valor dos ingressos quanto as compras que fizemos no interior do parque.
Uma solução teria sido comprar pela internet no site do parque, mas como não tínhamos certeza se faríamos ou não este passeio e acabamos decidindo na hora, nem testei o site deles.
Outra coisa que você precisa estar atento é ao fato de que o trecho da entrada e bilheteria do parque até o início das trilhas é feito em um trenzinho que parte mais ou menos a cada 30 minutos.
E o bilhete deste trem não é o mesmo que da entrada. Mas você não paga nada a mais não. Confuso, né? Estes hermanos… Acontece que você depois de passar pela bilheteria do parque caminha cerca de 500m até a estação do trem (Estacion Central) e no caminho, na banquinha da foto abaixo, você precisa mostrar seu ingresso e pegar o tíquete do trem.
Acho que eles fazem isso para ter um certo controle de demanda x horário do trem. Foi o único sentido que vi para tanto. De qualquer forma, fique atento para não chegar na Estacion Central sem o tal bilhete – para a volta não precisou disso, apenas na ida.
Mas voltando à visita ao Parque Nacional do Iguaçu…. vá com tempo para caminhar com calma pelas trilhas cheias de animais selvagens, especialmente os quatis e aves.
As trilhas se dividem em dois tipos: circuito superior onde você tem uma vista ampla de cima das Cataratas do Iguaçu, e o inferior que como o próprio nome já dá a entender, faz o caminho da parte baixa, dando uma excelente noção de quanto pequeno você é diante daquele mundo de água.
Conseguimos fazer ambos, menos o trecho da superior em amarelo que é o da Garganta do Diabo. A passarela estava fechada para reparos por conta das fortes chuvas que causou graves danos à sua estrutura.
A vantagem da trilha inferior é que você vê de baixo algumas das quedas d’ água menores e caminha pela mata.
Eu achei uma experiência neste sentido mais agradável do que o lado brasileiro. Por mais que a vista não seja tão grandiosa, o contato com a natureza foi mais intenso.
Já nos circuitos superiores, você percorre passarelas na beira das quedas d’ água, vendo aquele turbilhão de água passando sob os seus pés.
Se você quiser fazer um passeio que é praticamente idêntico ao Macuco Safari (eventualmente até mais barato a depender do câmbio), vale conferir o Iguazú Jungle (optamos por não fazer com eles porque não aceitam menores de 12 anos de idade).
Seja para o lado brasileiro ou argentino, uma importante dica para curtir este passeio que talvez seja um dos mais interessantes de Foz do Iguaçu: separe uma manhã ou uma tarde inteira. Nada de ir correndo! Aproveite!!!
Ah, e mais um detalhe: para o lado argentino, como tem imigração, não é tão perto assim (tem que dar a volta inteira pela ponte Tancredo Neves e tal, acorde cedo!
Para chegar lá não adianta pensar em Uber, já que eles não podem cruzar fronteira como tanto – quando aceitam, o fazem como carros particulares comuns o que pode trazer o problema que cito abaixo quanto aos carros particulares.
Li relatos de muita gente que reclama da fila de até 2h para cruzar a fronteira com carros particulares. Teve gente que preferiu pegar um táxi até a fronteira, cruzar a pé, e pegar outro do lado de lá. Sim, existem muitos taxistas esperando os turistas de ambos os lados.
Se quiser ir com o seu carro ou um carro alugado, saiba que no primeiro caso você vai precisar de um seguro obrigatório chamado Carta Verde, e no segundo, além disso informar a locadora que pretende cruzar a fronteira com o carro.
Há um problema em ir com carros particulares (inclusive Uber): a fila para tais é comum, logo você pode estar sujeito à uma fila gigantesca. Já se você for de táxi, há um corredor turístico com uma fila especial e até mesmo faixa especial na estrada de acesso para os táxis.
Então eu recomendo que você contrate um passeio próprio para isso ou veja com o seu hotel se eles recomendam algum taxista para isso. Normalmente custa uns R$ 350 para ida e volta.
Uma coisa que aprendi só lá é que na estrada, na volta, você precisa pagar uma taxa turística municipal de R$ 10 por adulto (eles aceitam reais e dão troco em reais) – crianças grátis. É uma coisa bem diferente, pois tem um fiscal no meio da pista, perto de uma guarita que faz a coleta do valor e te dá um comprovante de pagamento.
Outra coisa legal para fazer do lado argentino é visitar o DutyFree existente na cidade.
Aqui existe uma enorme vantagem: o local é super arrumado e bonito, lembrando muito uma grande loja de departamentos com produtos separados por setores. atrações Foz do Iguaçu
Eu particularmente não achei os preços atrativos não. Exceto pelos perfumes, tudo o mais estava tanto ou mais caro do que no Brasil. Mas, se você está passando por ali, vale a visita.
Ah, e neste caso, diferentemente do Paraguai como explico no post sobre as Compras no Paraguai, vale a pena pagar com seu cartão de crédito ou débito.
Apenas não se esqueça que a cota para viagens terrestres na alfândega é de US$ 500 (eram US$ 300 e subiu em 2022 como indicado no site da Receita Federal), e não US$ 1.000 atuais.
Lembre-se apenas que para este passeio você precisará ter um documento de identidade com menos de 10 anos de emissão ou passaporte válido. Carteira de habilitação, OAB e tal não serve, apenas RG ou passaporte. Não vacile!!!
Parque das Aves
Ainda na linha de atividades ligadas à natureza, temos o Parque das Aves, uma das melhores atrações turísticas de Foz do Iguaçu.
Se você vai à Foz do Iguaçu com crianças então, este parque é essencial no seu roteiro.
Diante da organização e experiência como um todo, eu considero que ao lado das Cataratas do Iguaçu propriamente ditas, este é disparado um das melhores atrações turísticas de Foz do Iguaçu.
Durante a visita que detalho abaixo, impressiona o grau de excelência do Parque das Aves. Já visitamos muitos parques com um genuíno viés preservacionista e ecológico, mas poucos como este.
A começar pelo fato de que não estamos aqui falando de um simples zoológico, como alguns poderiam erroneamente qualificar.
Por mais que alguns achem errado zoológicos e etc, penso que devemos ter um olhar mais detalhista sobre estes locais.
Muitos deles são sérios e têm como missão efetiva (!) a preservação dos animais e a conscientização das pessoas a respeito da vida selvagem. Para isso têm recintos grandes e tratamentos adequados aos animais.
A grande maioria dos animais no Parque das Aves são justamente resgatados de traficantes de animais selvagens. Aqueles que, depois de tratados e readaptados têm condições de retornar à natureza, são soltos no seu habitat natural, inclusive fora de Foz do Iguaçu se necessário.
Fora isso, o Parque das Aves tem um programa de reprodução de aves, cumprindo um papel de perpetuação de espécies. E não pense que estas ficam no parque não… Tem muito vídeo de operação de soltura de aves e outros animais publicado no perfil do Parque das Aves nas redes sociais. Ou seja, eles criam para soltar na natureza!!!
Então, as aves que estão ali estão ou porque já não têm mais condições de serem reintroduzidas na natureza. Ou porque ainda não completaram seu ciclo de treinamento / adaptação para esta jornada de enfim retornarem à natureza.
Andando de um viveiro para o outro, você notará que sempre existe um educador ambiental que não só controla as atividades ali, mas principalmente exerce um papel ativo na educação dos visitantes, trazendo curiosidades e informações sobre as espécies que ali vivem e muito mais. Ou seja, o investimento humano também é grande.
Dito isso, acho que já vale você apoiar o projeto pois é o seu ingresso que financia esta missão. Segundo me foi esclarecido, o Parque das Aves vive das suas próprias receitas. Não aceita, em hipótese alguma doações de empresas ou governos.
Caramba, mas quem foi o samaritano que começou isso?
O Parque das Aves surgiu a partir de um casal (ela alemã e ele salvo engano sul-africano) que vivendo na África por algum tempo, ganhou um filhote de papagaio-do-congo que logo tornou–se parte da família e despertou o encanto deles pelas aves.
Passados alguns anos eles decidiram criar um parque dedicado à preservação de aves e encontraram nas proximidades do Parque de Foz do Iguaçu o local perfeito para tanto.
Foi assim que em 1994 nasceu o Parque das Aves que hoje é considerado o maior parque do tipo na América Latina com mais de 1.000 aves além de alguns répteis e borboletas.
Hoje, a família ainda administra o local que é referência no assunto.
A visita ao Parque das Aves acontece de forma bastante fluída, já que você vai caminhando por uma trilha no meio da mata (bom ter um repelente de mosquitos e garrafinha para água) indo de um viveiro para o outro.
Tudo isso cercado de vegetação nativa da Mata Atlântica.
Em muitos casos, você entra no viveiro das aves. São recintos enormes pelos quais você caminha e aprecia elas de perto. Apenas lembre-se de não tocar nas aves em hipótese alguma, tampouco alimentar elas (exceto no caso que conto abaixo) e sempre desligar o flash do celular para não assustar elas – estas são regrinhas essenciais do parque.
O fato das aves ficarem soltas e você interagir com elas me lembrou bastante o Fetherdale Wildlife Park em Sydney porque também tem animais soltos pelo parque.
Dentre os viveiros nos quais você entra para interagir com as aves, destaco primeiramente o dos papagaios, periquitos e maritacas.
É um viveiro gigante ao ponto de você olhar de uma extremidade e não ver onde ele termina, onde estão soltos mais de 300 aves de 15 espécies diferentes. É tanto passarinho que quando dá uma revoada para comer, parece mais um enxame!!! Lindo de ver.
São aves super acostumadas à presença do visitante, tanto que eles ficam posando para fotos o tempo todo.
Ali, numa área segregada, acontece uma atividade de consiste em alimentar estas aves com uma espécie de pirulito de sementes especialmente preparado pelo Parque das Aves. Desejando participar, basta comprar o tal “pirulito” na entrada deste viveiro e ir para a área demarcada que fica perto da saída.
Especialmente para quem viaja com crianças, esta é uma atividade imperdível.
Outro viveiro super concorrido é o das araras, uma das, senão a mais bela e típica ave do Brasil.
São salvo engano umas 3 espécies de araras diferentes, vermelha, azul e amarela (esta eu nunca tinha visto antes).
Sugiro você escolher um lugar e ficar apreciando os voos rasantes que elas dão sob a cabeça dos visitantes, especialmente no momento da alimentação (confira o horário exato na entrada do parque e programe-se).
Além das aves, há um borboletário, onde você entra num recinto bastante amplo e cheio de plantas nativas onde as borboletas voam soltas ao seu redor. Apenas tome cuidado ao andar porque algumas delas resolvem ou pousar na gente mesmo ou no chão.
Também existe uma área com alguns répteis (cobras e jacarés) e anfíbios (alguns tipos de tartarugas). Se tiver sorte dá até para ver a jiboia que mora lá acordada.
Vá com tempo e se possível no mesmo dia em que for às Cataratas do Iguaçu porque fica bm perto.
Atualmente a melhor forma de comprar o ingresso é no site do Parque das Aves, já que eles controlam a quantidade de visitantes ao dia e horário, justamente para não lotar o local. Portanto, programe-se com antecedência.
O Parque das Aves conta com uma super infraestrutura que vai de loja de souvenires à lanchonetes e até mesmo um restaurante com pratos super bem servidos.
O Parque das Aves fica na Av. das Cataratas, KM 17.1 – Foz do Iguaçu, PR (ao lado do Parque Nacional das Cataratas – antes da bilheteria do parque) e a melhor forma de chegar lá é usando o ônibus linha 120. Funciona de terça à domingo das 8h30 às 16h30. O valor do ingresso na data da nossa viagem era de R$ 70/gratuito/R$35 (adultos/até 8 anos/estudantes e idosos/doadores de sangue nos últimos 12 meses). Confira os horários e valores atualizados para a data da sua viagem.
Itaipu Binacional
Um programa que muita gente aproveita para fazer, mas que para mim particularmente não fazia muito sentido é a visitação à Itaipu Binacional, mais conhecida como hidrelétrica de Itaipu.
Para quem curte engenharia é uma visita bastante interessante afinal não é todo dia que se tem a oportunidade de visitar a maior (em vazão) hidrelétrica do mundo.
Marco das Três Fronteiras
Se você olhou atentamente o mapa de Foz do Iguaçu acima deve ter notado que a cidade está situada exatamente num ponto em que se tem uma fronteira entre três países diferentes: Brasil, Argentina e Paraguai, e suas respectivas cidades, Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Presidente Franco.
E justamente para marcar este lugar tão singular, mais precisamente na junção dos rios Iguaçu (de onde vem as águas das Cataratas) e o Paraná resolveram criar um monumento, o Marco das Três Fronteiras.
Antigamente o espaço se limitava a um obelisco pintado nas cores dos três países. Mas entre 2015 e 2016 resolveram criar ali uma espécie de espaço cultural que tem como objetivo contar um pouco da colonização da região pelos jesuítas e a cultura dos três países.
Para isso construíram algumas edificações que remetem aos tempos dos jesuítas e também são realizados alguns shows típicos das culturas dos três países.
Dizem que a melhor hora para visitar o Marco das Três Fronteiras é no final de tarde, assim você aproveita o pôr do Sol dali e aprecia as estruturas coloniais iluminadas durante a noite.
Não deixe de conferir a exposição sobre o desbravador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, o primeiro europeu a chegar à região em 1542 e a loja de souvenires que é super completa.
Ali perto ainda existe uma roda gigante para você apreciar a vista da região de um ponto privilegiado.
Fica no Espaço das Américas S.A., Av. General Meira, S/N – Jardim Eldorado – Foz do Iguaçu, PR. Funciona de terça a domingo das 14hs às 21hs. E na data da nossa viagem os ingressos custavam R$ 43/23 (adultos/crianças 6-11 anos e idosos).
Atrações religiosas / culturais em Foz do Iguaçu
Nem só de atrações tipicamente sul-americanas vive Foz do Iguaçu. A região da tríplice fronteira sempre foi um polo de atração para povos imigrantes, tais como árabes e chineses.
E é claro que tais povos deixaram boas influências por lá.
Comecemos pelos chineses, já que Foz do Iguaçu tem o segundo maior templo budista da América Latina, o Templo Budista Chen Tien.
O Templo Budista Chen Tien é relativamente novo, pois foi construído em 1996 (para templos religiosos isso é ontem!). Conta com belos jardins para contemplação e meditação, além de mais de 120 estátuas, cada uma com o seu significado, sendo que a mais importante delas, o Buda Mi La Pu-San, tem 7 metros de altura.
Ao visitar o templo, esteja ciente de duas coisas: manter silêncio e não fotografar o interior do templo pois é proibido.
Fica na Rua Josivalter Vila Nova, 99, Foz do Iguaçu/PR e se você não estiver de carro, a forma mais fácil de chegar lá é usando o ônibus 103 para ir e voltar a partir do centro da cidade. A entrada é gratuita e está aberto de terça a domingo, das 9h30 às 16h30.
Do Budismo para o Islã.
Quem acompanha o site sabe que eu tenho um grande fascínio por ambas as religiões e já deve ter visto um monte de foto de mesquitas aqui no site. Então é claro que em Foz do Iguaçu não iria deixar de dar uma espiada na mesquita da cidade.
Para quem nunca esteve numa mesquita a Mesquita Omar Ibn Al-Khattab é uma excelente porta de entrada para um primeiro contato com esta religião.
Construída em 1980 ela está situada na região central de Foz do Iguaçu e cercada de vários e deliciosos restaurantes árabes para você se esbaldar.
A mesquita tem mais de 600m2 e seus minaretes de 15m de altura podem ser vistos de longe – e é claro que de lá ouvem-se os chamados para as orações.
Para visitar a mesquita existem algumas regras básicas: mulheres devem cobrir os ombros e cabelos; homens devem estar e calça ou bermudas abaixo dos joelhos; mulheres de saia longa ou calça comprida; fazer silêncio e aguardar o fim das orações, e tem que deixar os calçados na porta.
Fica na Rua Meca, 599 – Foz do Iguaçu/PR. Funciona de segunda a sexta, das 9h às 11h30 e das 14h às 16h30. Sábados, das 9h às 11h30. E a entrada era gratuita até pouco tempo atrás, mas hoje em dia paga-se (acho complicado e questionável…) o valor de R$ 30 por pessoa para visitar.
E por falar em árabe, vamos à algumas dicas de restaurantes árabes na região.
Um dos melhores lugares da cidade para comer os maravilhosos doces árabes é a Albayan Doceria Árabe e a Líbano Lanches Yassine Forn ambas em frente a mesquita.
Três verdades sobre os doces da Albayan: a variedade é absurda e é dificílimo escolher; não é tão barato como gostaríamos (talvez a qualidade dos ingredientes e primor no preparo justifiquem) – mas vale cada centavo; e duvido que você ache doces assim em algum outro lugar no Brasil. Talvez no Líbano?
E umas três quadras dali fica o Castelo Libanês, que serve aquelas deliciosas mezes; charutos com folha de uva; kibe frito; kafta; e shawarma, por exemplo. Fica na rua Vinícius de Morais, 520 – Jardim Central. Funciona de terça a domingo, 12h às 22h.
E aí? Fala se Foz do Iguaçu não é incrível? Que outras atrações de Foz do Iguaçu você tem para compartilhar? Conta para a gente!
* O Cumbicão viajou à Foz do Iguaçu a convite do Parque Cataratas do Iguaçu e do Parque das Aves para coletar material para este post. Todas as opiniões e relatos aqui descritos refletem fielmente a experiência, atendendo à política do blog.
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