Como deu para notar no nosso post inicial sobre a Jordânia, o país tem muito a oferecer ao turista em termos de atrações, e por isso mesmo merece um roteiro mais amplo se possível. E para te ajudar a programar a sua viagem para a Jordânia, vamos às principais dicas e questões práticas.
Antes de detalharmos as providências necessárias, há uma coisa importante a saber sobre uma viagem à Jordânia: será muito mais fácil programar uma viagem para lá do que para outros países da região.
Lembram que eu contei que a viagem ao Egito foi mais trabalhosa? Que cancelamos os planos uma vez e que é uma viagem mais complicada para fazer por conta?
Então, na Jordânia, uma viagem por conta é muito mais fácil.
Isso se deve a dois motivos. Situação político-econômica e infraestrutura de turismo.
Dificilmente você irá vai ouvir alguém falar que cancelou uma viagem à Jordânia por conta de uma instabilidade política (coisa mais comum por exemplo no Egito e até no Líbano tempos atrás).
O outro ponto diz respeito à infraestrutura. Mais desenvolvido e ocidentalizado que alguns outros países da região e muito bem preparado para receber o turista estrangeiro, dificilmente você encontrará grandes complicações, ainda que decida fazer uma viagem por conta à Jordânia.
Vamos então programar a sua viagem para a Jordânia!
Qual a melhor forma de fazer uma viagem para a Jordânia? Por conta ou numa excursão?
Por mais que vá muito de cada um, sempre gosto de dar uma espécie de termômetro para as pessoas terem alguns referenciais.
Se de um lado, na terra das Pirâmides viajar com algum suporte local é uma ótima ideia, eu acho que na Jordânia a coisa é bastante diferente.
Novamente, aqui as condições do país ajudam muito quem quer viajar por conta.
A estabilidade política e a infraestrutura trazem um nível de tranquilidade e previsibilidade tamanha que viajar por conta é bastante fácil para quem já tem alguma experiência anterior.
Só compensa contratar uma excursão se realmente você não se sentir confortável com coisas como por exemplo falar inglês (já que todo mundo lá fala razoavelmente bem) ou não quiser se preocupar em montar a viagem (parte que eu particularmente amo!).
Sim, para entrar na Jordânia você vai precisar de um visto de turismo.
O aspecto positivo é que atualmente o Brasil consta em uma lista que permite a obtenção do visto na chegada. Como estas informações estão sempre sujeitas à aletarações, não deixe de consultar as informações oficiais antes da sua viagem.
Na data da nossa viagem, o visto para uma entrada e válido por 2 meses custava JOD 40 (uns US$56); o de dupla entrada e validade de 3 meses custava JOD 60 (uns US$85) e o de múltiplas entradas em 6 meses saia por JOD 120 (US$ 170). O pagamento deve ser feito na moeda local e não precisa preencher nenhum formulário.
Na época da nossa viagem, quem chegava por Aqaba (porto, aeroporto ou terrestre) tinha isenção da taxa, mas teria que deixar o país pelo mesmo local.
Outra forma de escapar deste custo é comprar o Jordan Pass que funciona mais ou menos assim: você paga um valor entre JOR 70-80 (dependendo do pacote escolhido) e tem direito ao visto gratuito se for ficar lá mais de 4 dias além de acesso gratuito a vários museus e sítios arqueológicos como por exemplo Petra (detalho isso mais abaixo, ok?).
Para a saída do país, exige-se o pagamento de uma taxa de JOD 10 por pessoa, mas ela já está inclusa no seu bilhete aéreo.
Como de praxe, é possível que lhe seja exigida a apresentação da passagem de volta, prova de meios de subsistência durante a viagem, e comprovante de hospedagem.
Mas e o passaporte? Qual a validade mínima exigida? Ele precisa ter pelo menos 8 meses de validade a contar do início da sua viagem pela Jordânia.
Diversamente de algums países do Oriente Médio, como por exemplo, o Líbano, o governo jordaniano não cria qualquer problema com aqueles turistas que eventualmente tenham em seus passaportes carimbos de entrada em Israel. Mesmo os países não sendo lá super “amigos”.
A imigração da Jordânia não exige a comprovação de que você tenha contratado um seguro viagem. Porém mesmo assim você deve contratar um, já que qualquer tratamento no exterior, por mais simples que seja, pode custar mais que a viagem.
Nós aqui em casa utilizamos a Real Seguro Viagem, parceira do blog. Vocês podem contratá-la diretamente no banner ao lado.
Ainda no tema saúde e requisitos de entrada, a imigração da Jordânia exige a comprovação de que você tomou a febre amarela. Não deixe de considerar este item na sua lista de providências pré-viagem.
Se você tem drone e costuma levar ele nas viagens, saiba que drones são praticamente ilegais na Jordânia, tamanha a burocracia para entrar no país e usar o equipamento lá. Para maiores detalhes, sugiro a leitura do post sobre drones nas viagens.
Precisando, a Embaixada Brasileira fica na capital Amã (17, Suleiman Yousif Sukkar St. P.O.BOX 5497 Amman 11183 Jordan – Telefone: +962 6 592 3941 http://ama.itamaraty.gov.br/ / brasemb.ama@itamaraty.gov.br).
A alta e baixa temporadas na Jordânia são definidas basicamente de acordo com o clima local, ou melhor, conforme a temperatura, já que chove muito pouco ao longo do ano.
A alta temporada ocorre entre os meses de março e maio, porque são aqueles em que o clima é mais ameno. Já a baixa temporada corresponde aos meses de junho a agosto quando a temperatura está mais alta. E há uma zona intermediária que é o final/começo do ano quando o clima é mais frio.
Mas como é o clima na Jordânia?
Por mais que a tendência das pessoas seja de considerar que só porque estamos falando de uma região mais desértica vai ser quente o ano todo, a realidade é bem diversa. No meio do ano faz muito, mas muito calor, e no final/começo do ano as temperaturas caem bastante.
Pela proximidade geográfica, a temperatura em Petra é semelhante à verificada em Wadi Rum.
Como deu para notar, se chuva é algo com que você não precisa se preocupar, o mesmo não podemos falar do calor.
Vai por mim: a Jordânia no verão é um forno!!! A temperatura bate os 40°C, mas a sensação térmica vai muito além!!!
Neste cenário escaldante, a sua maior preocupação deverá ser com o sol forte que castiga o viajante durante o dia e o risco de desidratação.
Viajando nos meses mais quentes, como nós, uma dica para fugir do sol forte, é deixar as atrações ao ar livre, ou ao menos aquelas que não têm sobra nenhuma, para o começo do dia e final da tarde. Deixe o período de Sol forte para as refeições ou outras atividades em local abrigado.
Mantenha-se o mais hidratado possivel. É sério! Este é o maior risco que os turistas enfrentam na Jordânia. Tenha sempre a mão uma garrafa de água. Viajando com crianças ou pessoas com mais idade? Redobre ainda mais a atenção porque a tendência deles em desidratar é maior.
Tenha também na sua mala de viagem um kit de sobrevivência: protetor solar, chapéu/boné (tem gente que apela até mesmo para o guarda-chuvas, especialmente os orientais) e óculos escuros. Ah, e some também um hidratante para aliviar a sensação causada pelo clima seco do deserto e um bom repelente de mosquitos especialmente em Aqaba.
Ao programar a sua viagem, veja se não está escolhendo o período do Ramadã, o período sagrado onde os muçulmanos fazem um jejum entre o nascer e o pôr do Sol.
Pode até ser interessante pelas festividades que acontecem à noite, mas de outro lado pode ser dificil encontrar um lugar para comer durante o dia, já que eles esperam que você respeite o ritual não comendo na frente deles. Avalie.
O ramadã acontece no nono mês do calendário islâmico, então varia de um ano para o outro, mas normalmente é entre maio e abril.
Muitos anos atrás quando pela primeira vez considerei ir à Jordânia, confesso que não estava sequer considerando fazer todo este giro que acabamos fazendo pelo país. Estava pensando em visitar apenas Petra e quando muito a capital Amã.
Ainda bem que os planos de viagem mudaram!
O fato é que se você tiver 10 dias na Jordânia, irá gastar todos estes dias muito bem com a quantidade de coisas que tem para fazer lá.
Apenas para você ter ideia do que fizemos, passamos ao todo 9 dias lá e ainda faltou muita coisa para ver.
No final, o nosso roteiro de viagem pela Jordânia ficou assim: 2 dias em Aqaba; 2 dias no deserto de Wadi Rum; 3 dias em Petra; 2 dias entre o Mar Morto e o local de Batismo de Jesus.
Mas e Amã? Sabe aquela coisa de que nem sempre uma capital reflete aquilo que um país tem de mais típico? Na minha opinião, a Jordânia tem tanta coisa interessante que Amã acaba ficando meio que como uma porta de entrada/saída da viagem mesmo.
Dá para fazer em menos tempo? Claro, mas ai você vai ter que cortar algumas atrações…
Se você tem mais que 15 dias de férias, não tenho dúvidas que juntar a Jordânia com outros destinos como por exemplo Egito e Líbano como fizemos pode ser uma excelente ideia. Faço esta sugestão porque a quantidade e o custo dos voos entre estes países é excelente.
Dá para juntar com Israel? Sim, há inclusive voos diretos de Tel Aviv à Amã.
A Jordânia não só é longe, como também não existem voos diretos a partir do Brasil, então você vai precisar escolher um outro país para usar como escala ou simplesmente adicionar à sua viagem, como disse acima.
Hoje, para chegar lá, as opções mais recomendadas são: Emirates voando via Dubai (a nossa escolha); Etiopian (via Adis Abeba); Turkish Airlines (via Istambul) ou alguma cidade européia.
Você pode até eventualmente pensar em voar LATAM até Tel Aviv, já que é o único voo direto para um país mais próximo, e de lá pegar um voo regional até a capital Amã.
Logo, boas opções não faltam, mas será uma viagem com um voo longo.
A porta de entrada da maioria dos turistas que chegam à Jordânia é o aeroporto internacional de Amã, ou Queen Alia International Airport, que fica 35km ao sul da cidade.
O aeroporto tem dois terminais, no Terminal 1 funcionam basicamente apenas os voos da Royal Jordanian, que é a empresa aérea do país, e no Terminal 2 as demais companhias – andar de um terminal ao outro é bastante fácil, já que ele não é tão grande assim.
O lado ruim fica por conta do atendimento no aeroporto, já que o pessoal da segurança além de bastante rude, não fala inglês. Inadmissível!
Como nós entramos na Jordânia por Aqaba ao sul e partirmos por Amã vindos direto da região do Mar Morto de carro, não usei o sistema de transporte que liga a cidade ao aeroporto. Mesmo sem ter como opinar a respeito disso, deixo aqui a opção que existe para o famoso de-para o aeroporto-cidade.
Em Amã não existe sistema de metrô ligando o aeroporto à cidade, então a opção são táxis com corridas por volta de JOR 18-22 ou utilizar os ônibus da Sariyah Airport Express Bus (JOR 3,25) que ligam o aeroporto à estaão central de ônibus em 45 minutos a cada 30 minutos.
A Jordânia não é um país grande não, mas para os deslocamentos internos você só tem duas opções: aderir a um tour ou alugar um carro. Transporte público de longa distância é confuso e pouco acessível ao turista.
Particularmente no nosso caso, onde precisávamos de liberdade de itinerário/horários e tínhamos uma lista grande de destinos, alugar um carro foi a melhor opção.
Some a isso o fato de que as estradas são boas, a maioria das indicações estão em árabe e em inglês, e para facilitar ainda mais as mais conhecidas empresas de locação tem filiais lá.
Se for alugar um carro, não deixe de cotar com a RentalCars no banner ao lado. Assim você ajuda o Cumbicão sem pagar nem um centavo a mais, e ainda consegue fugir do IOF e comparar diversas locadoras. Clica lá!
O lado ruim é que você precisará da tal carteira internacional ou PID (Permissão Internacional para Dirigir), já que as autoridades locais lá não aceitam a nossa CNH.
E como se tira este documento? Te dou um passo a passo considerando no post como obter a Permissão Internacional para Dirigir?
De resto, como adiantei, dirigir lá é bem tranquilo. Muitas vezes na estrada é Deus, você e paisagens incríveis!
Alguns cuidados são necessários: fique atento à rebanhos de animais, principalmente cabras, que podem aparecer na estrada e tenha o seu tanque sempre cheio pois encontrar um pode ser mais difícil do que você imagina.
Durante a viagem você pode encontrar alguns check points de segurança e ser obrigado a parar neles para uma rápida vistoria. Nada de mais: vão pedir seu passaporte, habilitação e documentos do carro. Tenha tudo à mão.
Caso como eu, você seja parado por um guarda na estrada, fique tranquilo. Apenas se atente que além do documento do carro e sua PID, ele vai pedir o ticket. Quando o guarda me pediu, juro que gelei porque não entendi o que era porque ninguém na AVIS me contou disso.
Por sorte o guarda me disse que talvez estivesse no porta-luvas. Ufa, estava lá mesmo. Trata-se de uma espécie de cartela onde as infrações de trânsito são anotadas pelos guardas. Então eles pedem para ver se você usando aquele carro teve alguma ocorrência anterior.
Uma preocupação que você precisa ter ao dirigir pela Jordânia é com as lombadas. Elas estão em tudo quanto é canto (inclusive em estradas!) e raramente são sinalizadas.
O lado bom é que o combustível é relativamente barato, e puro, mesmo a Jordânia não tendo poços de petróleo.
Mas esta é a única forma de viajar pelo país?
Com praticidade e no seu ritmo sim. Até existem linhas de ônibus que passam pelos principais destinos turísticos, mas achei o sistema muito confuso e acabariamos ficando presos ao itinerário das linhas.
Já de carro, tivemos ampla liberdade para sair a qualquer hora e parar em qualquer lugar. Só lembrando: na rota entre Aqaba e Amã, por exemplo, existe uma infinidade de coisas interessantes para conhecer, sejam elas cidades que demandam dormir algumas noites, sejam atrações que você conhece de passagem.
Se você não gosta de dirigir ou tem receio, ai acho que é mais recomendado contratar um tour local para alguns trechos.
Mas e fazer voos domésticos, não vale a pena? Como disse, as principais atrações estão entre Aqaba ao sul e Amã ao norte, e estas são as cidades que têm aeroportos. Petra, por exemplo não tem aeroporto.
Então fazer voos domésticos é interessante se você resolver utilizar ele apenas em um sentido como nós: pega um voo de Amã para Aqaba e sobe de volta de carro parando nas atrações. Tem a vantagem de percorrer apenas uma vez os cerca de 330km que separam as duas cidades. O ruim é que você terá que pagar a tal da one-way fee ou taxa de devolução do veículo em outro lugar.
Para mais dicas assim veja as nossas dicas de Como Locomover-se nas Viagens.
Uma coisa muito legal para quem vai à Jordânia é a questão da hospedagem.
Os custos são bem variados e você encontrará um pouco de tudo: de redes internacionais com hotéis magníficos e a pequenos estabelecimentos locais de excelente qualidade. Faça uma busca no Booking.com e comprove por si mesmo.
E o mais legal é que cada região tem um tipo específico de hotel que eu sugiro que você experimente: em Aqaba predominam os resorts à beira mar; no deserto de Wadi Rum, os acampamentos beduínos ou as tendas ultra modernas que parecem saídas de um filme de ficção; no Mar Morto resorts descolados e cheios de opções de para você relaxar.
Nos próximos posts detalharemos todas estas experiências incríveis que tivemos nesta viagem.
A morda oficial da Jordânia é o dinar jordaniano (JOD). Se você logo se lembrou do dinar dos Emirados Árabes que tem valor semelhante ao nosso real, tenho uma má notícia: o câmbio dele para a nossa moeda é super negativo para o nosso lado. Confira só:
JOD 1 à R$ 7,95 e R$ 1 à JOD 0,13
JOD 1 à US$ 1,41 e US$ 1 à JOD 0,71
Gente, estamos falando de uma moeda que vale mais que o dólar, euro, e até a temida libra esterlina!!!
Se você ainda não tem nenhum app no celular para consultar o câmbio atualizado, sugiro instalar o Conversor de moedas XE que está disponível para iOS e Android e é super fácil de usar.
As moedas vêm nos valores de 1, 5, 10, 25 e 50 piastres, o equivalente deles aos centavos. Mas é meio comum encontrar moedas que tem escrito ½, 2 ½ e ¼ dinares. Confuso né? E as notas são de 1, 5, 10, 20, 50 dinares jordanianos. Pensa comigo: esta última vale R$ 500!!!
Seguindo aquela regrinha que costumo comentar aqui no site, para moedas menos comuns assim, eu não cogitaria sequer procurar dinares jordanianos em uma casa de câmbio no Brasil, quanto menos levar reais para trocar lá porque a nossa moeda é mico para eles.
O que fazer então? Sigo aquela ideia de que para destinos menos usuais ou com moedas mais diferentonas assim, a melhor alternativa é sacar direto do ATM local e ter um tanto de moeda forte (dólar, euro ou libra) para trocar lá em caso de emergência.
Sacar moeda local direto da sua conta corrente usando os cartões de débito no exterior é relativamente fácil, já que ATMs existem em tudo quanto é canto.
A minha sugestão é que você use já os ATMs situados no hall de desembarque do aeroporto de Amã ou Aqaba, já que logo na chegada à cidade irá precisar de dinheiro em espécie e principalmente notas menores porque as maiores são micos.
Usar cartão de débito para sacar dinheiro lá é bem tranquilo. Só tenha ciência de que além do seu banco eventualmente te cobrar alguma taxa, localmente te cobracão uns JOD 2 por cada transação – logo, otimize as suas operações. Os bancos mais conhecidos são Arab Bank, Cairo Amman Bank, Jordan Gulf Bank e Bank Al Etihad.
Os cartões de crédito são amplamente aceitos em lojas e restaurantes maiores (hotéis sempre). Só não se esqueça sempre de conferir se você o desbloqueou para operações no exterior e vale também conferir o limite de crédito.
Embora não tão disseminado quanto em outros destinos como no Egito, por exemplo, gorgetas são comuns apenas em algumas situações: restaurantes adicionam 10% na conta; guias idem; e carregadores de malas JOD1 por mala.
Como você viu acima, o valor do dinar jordaniano é um chute na canela do turista, mas as coisas lá não são assim tão caras.
Claro que o custo geral da viagem acaba sendo superior ao do Egito, por exemplo, mas nem de longe se compara ao custo de uma viagem à Europa.
Hotéis têm um preço acessível se você souber pesquisar bem e escolher a melhor época para viajar como disse acima. Itens como aluguel de carro e refeições também são excelentes se compararmos com outros lugares.
Assim como em outros destinos árabes, na Jordânia também se barganha. Mas lá o efeito é um pouco menos efetivo do que em destinos como Turquia ou Egito, onde o valor final é muito mas muito melhor do que aquele inicial.
Na dúvida, vale o choro.
E por falar em custos e etc. na Jordânia você pode pedir o reembolso do imposto incidente nas compras feitas nas lojas indicadas com o logo Premier Tax Free, bastando gastar mais de JOD 350, preencher o formulário, apresentar este e os recibos ao sair do país. O reembolso é de aproximadamente 16%.
Se você se assustou com o câmbio, dê uma olhada nesta dica.
Uma forma de economizar um pouco na sua viagem à Jordânia é comprar o Jordan Pass que é um cartão que dá uma série de vantagens ao turista.
Comprando ele online antes de chegar à Jordânia você ganha a isenção da taxa de visto e mais garante entrada gratuita em mais de 40 atrações.
O tipo / valor varia conforme a quantidade de dias em Petra, a maior atração do país: Jordan Wanderer (JOD 70; 1 dia em Petra); Jordan Explorer (JOD 75; 2 dias em Petra) e Jordan Expert (JOD 80; 3 dias em Petra).
Você pode tanto comprar antecipadamente ele pela internet (ai só imprime em casa ou app no celular), ou compra num quiche na chegada que fica antes da imigração, assim você usa para a isenção da taxa de visto.
Os bons hotéis contam com internet wi-fi gratuita e de qualidade. Mas penso que a maior necessidade de internet seja mesmo nos deslocamentos internos, especialmente se você for viajar pelo deserto de carro. Ai internet móvel de qualidade é mais do que um luxo, é necessidade.
Para esta viagem, mais uma vez contamos com o chip de celular fornecido pela OMeuChip (e adicionando o cupom Cumbicão você ainda ganha um desconto de 15% na sua compra) que funcionou super bem durante toda a viagem. Se você quiser comprar o seu, é só clicar no banner ao lado e aproveitar descontos especiais.
A Jordânia tem uma população de pouco mais de 10 milhões de pessoas que residem majoritariamente dos centros urbanos. Também pudera, o país que é o 10 mais desértico do mundo tem boa parte do seu território no meio do nada além de areia e pedra. Ok, isto nos deu paisagens que parecem ter saído de Marte, mas que para morar é impossível é!
Generalizações são complicadas, mas se tivesse que definir os jordanianos, diria que eles são bem cordiais, embora mais fechados que os animados egípcios, para ter um referencial local.
Mas o legal é que mesmo assim eles são bem receptivos e curiosos sobre os visitantes como nós, vindos de longe.
O jordaniano no geral é super discreto e tranquilo. Andando pelas ruas você quase não ouve buzinas. Lembro um dia de rua lotada em Aqaba, cheia de gente curtindo a noite nos restaurantes e nada de música alta ou buzinas.
Por mais que ainda estivéssemos sob o choque do caos do Cairo, a discrição dos jordanianos é realmente nítida.
Durante a sua viagem à Jordânia é muito importante seguir algumas regras de etiqueta, já que os jordanianos levam isso muito a sério.
Homens ao se cumprimentarem podem dar as mãos ou dar beijos na bochecha, mulheres jamais tocam outros homens. Se você estiver na dúvida como cumprimentar uma pessoa, simplesmente coloque a sua mão direita no seu coração.
Em um destino de viagem assim incrível é mais que esperado que você queira tirar fotos de tudo quanto vê pela frente, e na Jordânia isso não é diferente.
Mas não só lá, mas também em qualquer outro lugar, mas especialmente na Jordânia, onde as pessoas são mais reservadas, é recomendável que você peça autorização antes. Fotos de mulheres, sem a prévia autorização delas, nem sonhe.
A Jordânia é uma nação onde a grande maioria professa o islamismo (92%). Mas o interessante é que mesmo havendo um predomínio desta religião eles não só respeitam a minoria cristã (6%), como também preservam os locais sagrados que são relevantes e que estão citados na Bíblia.
Muitas das regras de etiqueta advém justamente da religião, dai porque eu disse que é muito importante você seguir elas durante a sua viagem pela Jordânia.
Dentro do possível, vista-se de forma mais discreta. Tanto homens quanto mulheres. Leitoras, evitem peças demasiadamente curtas e justas ou decotes muito grandes, e roupas justas.
Mas áreas mais turísticas as coisas tendem a ser mais flexíveis, mas não abuse.
Como já disse para outros destinos do tipo, evite demonstrações de afeto mais calorosas como abraços e beijos em público.
Se for visitar mesquitas siga aquelas regrinhas básicas se aplicam: remova os sapatos; cubra os braços e pernas (homens: nada de bermuda nas mesquitas – aliás nestas horas é que uma daquelas calças que viram bermuda são a salvação); e mulheres são orientadas a cobrir os cabelos.
Lá todo mundo entra em casa descalço (o mesmo vale para as mesquitas). Então se for entrar na casa de alguém ou em uma tenda beduína, por exemplo, veja se não é o caso de remover o sapato.
O idioma oficial lá é o árabe, mas exceto nas áreas mais remotas ou menos turísticas, você sempre encontrará alguém que fala um bom inglês. Logo, o idioma não é barreira ou desculpa para você não conhecer a Jordânia.
Embora saber árabe nem de longe seja necessário para uma viagem à Jordânia, seja para aumentar a sua cultura geral 😊 seja para fazer uma graça com os locais, não custa nada aprender um pouco de árabe:
English | Árabe |
Yes | naʿam |
No | lā |
Hello | marhaban |
Peace (Usually Islamic) | ʾassalāmu ʿalaykum |
How are you? | kayfa l-ḥāl |
Welcome | ʾahlan |
Goodbye | maʿa s-salāma |
Please | min faḍlik |
Thanks | šukran |
Excuse me | ʿafwan |
I’m sorry | ʾāsif |
What’s your name? | mā ʾismuk(a/i)? |
How much? | kam? |
I don’t understand. | lā ʾafham |
I don’t speak Arabic. | lā ʾatakallamu l-ʿarabiyyah |
A saudação local mais usada é o as’salâmu a’alaykum (a paz esteja com você), a qual deve ser respondida com wa’alaykum as’salâm (a paz esteja contigo também). Não é fácil não, mas vale aprender.
Se você conhece algum país na região irá notar que economicamente a Jordânia é diferente dos demais, especialmente em termos de desenvolvimento.
Claro que você não pode comparar a Jordânia com por exemplo os Emirados Árabes, Qatar ou outros países super ricos da região. Mas se você olhar outros mais próximos, dá para notar que a Jordânia é sensivelmente mais rica e desenvolvida.
Há que se ter em conta que trata-se de um país formalmente com menos de 100 anos, já que até 25 de Maio de 1946, era dependente do Reino Unido. Mas mesmo assim, a infraestrutura geral, nível de educação e outros tantos indicadores são mais altos.
O IDH deles é bem alto: 0,681, então exceto em algumas áreas mais humildes ou rurais, a pobreza não parece ser tão presente.
O setor de serviços responde por 68% do PIB de US$ 20 bilhões, seguido por indústria com 29% e agropecuária 3%. A renda per capita é de US$ 15.724 – só para você comparar, a do Brasil é US$ 9.821,14.
A situação lá só não é melhor porque em razão da guerra civil na Síria, eles se viram na obrigação de receber uma grande quantidade de refugiados. Só para dar uma ideia, os quase 800mil refugiados vindos da Síria custaram nada menos que US$2,5 bilhões ao ano aos jordanianos.
Formalmente Reino da Jordânia, o país é uma monarquia constitucional sob o ponto de vista da política. E é bastante liberal se comparado com seus vizinhos: há eleições parlamentares e mulheres votam / são eleitas.
O poder mesmo é exercido pelo rei Abdullah II e pela rainha Raina que é uma espécie de Diana do Oriente Médio, já que se envolve em uma série de ações sociais, ambientais e etc.
Como sempre brinco neste ponto, toda vez que a gente anuncia que vai viajar para um lugar menos usual com o Cumbiquinho, todo mundo olha a gente com aquela cara de espanto. Mas já estamos acostumados! 😊
Para os pequenos, a Jordânia tem excelentes atrações e muitas coisas pelas quais eles podem facilmente se interessar: praias ao sul, desertos com camelos no meio, Petra que para eles pode ser uma cidade perdida/fantasma (tem que inventar umas histórias…) e um mar onde nada afunda.
Ou seja, com uma pequena dose de criatividade você já consegue cativar os pequenos.
Adicionalmente, ao escolher um hotel, dê prioridade àqueles que tem piscina. Como o clima é quente a maior parte do ano. Além de refrescar, é uma oportunidade a mais para as crianças brincarem e você relaxar.
Em termos de receptividade, os jordanianos são mega receptivos aos pequenos viajantes. Onde você vai com uma criança, todos acabam brincando. É um quebra gelo que adiciona um pouco mais de simpatia à já excelente receptividade dos jordanianos.
Apenas para adequar as expectativas, não espere ter a mesma infraestrutura que você encontraria na maioria dos países da Europa, os EUA ou o Canadá. Parquinhos pelas cidades são raros. Nos principais pontos turísticos você até encontra banheiros limpos, mas dificilmente um daqueles banheiros próprios para crianças.
Um super cuidado que você precisa ter caso viaje para lá é com o calor absurdo que faz, como mostramos acima, em algumas épocas do ano. As crianças, assim como os idosos, tendem a desidratar com maior facilidade; então redobre os cuidados e ofereça água constantemente para elas.
Para mais dicas sobre viajar com crianças, confira os posts Viajando com Crianças – O que aprendemos até agora (bebês) e Viajando com Crianças – O que aprendemos dos 2 aos 4 anos.
Se você procura por um destino de viagem tipicamente muçulmano, mas ainda tem algum tipo de preconceito ou receio (não deveria!), a Jordânia é um excelente exemplo de primeiro destino de viagem a um país com esta orientação religiosa / cultural.
Digo isso porque é um país bastante tolerante e super acostumado com turistas estrangeiros. Não que isso signifique que você não tenha que respeitar algumas regras básicas de ética que antes de mais nada e final são uma forma de respeitar o modo de vida deles.
Então, esqueça qualquer radicalismo e abra os seus braços para um povo receptivo e super simpático.
Mas e ai? É seguro enquanto destino de viagem? Esta é uma pergunta que todo mundo faz (com cara já de assustado) quando a gente diz que vai para um país muçulmano. Ainda mais viajando com criança.
Por mais que isso represente um certo preconceito e dependendo do caso até falta de conhecimento, infelizmente poucas notícias da Jordânia são vistas no noticiário. Na prática, tudo o que a gente sabia antes de ir para lá é que eles têm monumentos lindos, desertos fantásticos e um casal real super fotogênico.
De resto, só se ouve (infelizmente) notícias ruins de alguns de seus vizinhos, como por exemplo a Síria, com quem a Jordânia tem a sua maior fronteira. E isso acaba meio que contaminando toda a região.
Olhando Jordânia isoladamente, ela faz jus àquele conceito que muitos criaram no passado de que ela seria (guardadas as devidas proporções) uma Suíça do Oriente Médio por conta da sua estabilidade. Por mais que a Jordânia esteja bem longe do país europeu em alguns aspectos, no quesito estabilidade a comparação é válida sim.
Basta ver que nem a Primavera Árabe e outras instabilidades políticas tão típicas da região, tiveram o mesmo impacto lá que se viu (e se vê ainda) nos seus vizinhos.
Por mais que a gente sempre saia de viagem evitando pensar no assunto, infelizmente, em uns destinos mais e em outros menos, o terrorismo passou a ser uma preocupação.
Na Jordânia, o gorverno vem se esforçando bastante para evitar situações lamentáveis deste tipo e felizmente tem tido sucesso. As fronteiras são super mega blaster vigiadas para que terroristas não consigam adentrar e justamente por isso nas estradas você vai notar e eventualmente ser parado em algumas blitz e check-points.
Claro que isso demanda uma série de medidas. Algumas você nem nota, outras, como por exemplo detectores de metais em pontos turísticos e alguns hotéis; e até mesmo agentes fardados em atrações são relativamente comuns. Depois de um tempo, você passa a encarar isso com naturalidade e como algo para o seu próprio bem.
Olhando para a violência diária e à qual nós brasileiros estamos (infelizmente) tão acostumados, a Jordânia é o paraíso e merece o título de Suíça do Oriente Médio.
As leis são respeitadas e aplicadas à risca e as chances de você ser furtado são mínimas, roubado então nem se fala.
Até mesmo aqueles golpes ou scams em inglês são mais raros.
O motivo disso é que não só o povo respeita as regras como também reconhece a importância do turismo como atividade econômica. Lá o turista é rei!
Para não falar que nada pode acontecer neste aspecto, dizem que entre o Mar Morto e Madaba, garotos pedem JOD 1 para não jogar pedras no farol do seu carro. E em Little Petra vimos uns pseudo guias extorquindo turistas para entrar em um sítio arqueológico que é gratuito.
Evidente que você não deve deixar de ser vigilante e tomar algumas precauções, mas nada diferente do que você faria na porta da sua casa.
É seguro mulher viajar para a Jordânia? Esta é uma preocupação recorrente e justificável das leitoras quando se fala em destinos nesta região.
Não dá para dizer que não existem olhares mais indecorosos e eventual assédio, mas se comparado com outros países como por exemplo o Egito e a Turquia, a coisa é muito mais tranquila.
Uma dica importante é tentar dentro do possível ser o mais discreta possível nas roupas, como em qualquer outro destino muçulmano. Nada de shorts muito curto, barriga de fora ou tops. É uma moeda de dois lados: você respeita eles e passa mais desapercebida.
O fuso horário da Jordânia está 6 horas à frente do horário de Brasília.
Apesar de muitos considerarem como seguro tomar água da torneira na Jordânia, acho melhor não arriscar. Prefira água mineral.
Na Jordânia, da mesma forma como falamos para o Egito, é bom evitar frutas descascadas e saladas, já que a água utilizada para a sua lavagem nem sempre é confiável. Pela mesma razão, evite gelo. Futas com casca: Ok!
Eventualmente você pode sofrer um pouco com os condimentos da comida local ou alguma outra intercorrência de ordem intestinal (nome chique este hein?).
Mas às vezes estes problemas intestinais vem da comida que têm condimentos diferentes. Como deixar de experimentar as coisas locais não é uma opção, sugiro pegar leve no começo da viagem para o organismo se acostumar e ter sempre uma farmácia de viagem para eventual necessidade.
As tomadas na Jordânia seguem em sua maioria o padrão europeu de dois pinos redondos, mas eventualmente você pode encontrar algum plug no modelo inglês. Então tenha em mãos um bom adaptador internacional. A voltagem é 220v.
De todos os países que conhecemos nesta viagem (Egito, Jordânia e Líbano), a Jordânia me pareceu o mais bem preparado em termos de infraestrutura para receber os turistas. Tanto no atendimento, quanto qualidade dos hotéis e também na disponibildiade de informações.
Boa parte disso se deve aos excelentes postos de informações turísticas, seja pessoalmente seja online. Pela internet, o Jordan Tourism Board tem muitas informações bacanas.
Na Jordânia o final de semana é de sexta e domingo por conta da tradição muçulmana de que o dia sagrado é sexta e não domingo como para os cristãos. Esta é uma tradição que pode ser mais ou menos rígida dependendo do país.
No restante dos dias, o horário padrão para lojas é das 9h00 às 18h00 e nos finais de semana, algumas, notadamente em souks, abrem até 14h00 ou 16h00.
Então esteja preparado para menos coisas abrirem segundo este horário comercial.
Banheiros públicos não são comuns, mas você pode utilizar tranquilamente os de hotéis ou restaurantes ao longo do caminho. Lembre apenas de ter algum papel higiênico contigo porque nem sempre este é fornecido.
Ufa! Sei que foi um post longo, mas para uma viagem cheia de aventura, um misto de Indiana Jones em Petra, Jacques Cousteau no Mar Vermelho; Laurence da Arábia; e umas pitadas bíblicas, nem poderia ser diferente.
Bora embarcar numa viagem cruzando a Jordânia e conhecer suas atrações?
Booking.comDesde a sua inauguração, ainda com o antigo nome de Walt Disney Studio Park, o…
Você já imaginou ter em mãos uma ferramenta que literalmente te dá todos os voos…
Ao norte da ilha de Palawan, onde fica El Nido, situa-se um outro grupo de…
Porque não aproveitar uma viagem à Paris para curtir o Disneyland Park? Se não bastasse…
Viajando para Paris com crianças? Então você precisa colocar no seu roteiro de atrações da…
Pensa em um paraíso literalmente cercado de água por todos os lados? Assim é El Nido.…
This website uses cookies.