Você monta uma viagem para dois destinos e nota que no caminho entre eles existe um país que você ainda não conhece. O que você faz? Aqui, a gente faz um pitstop no meio do caminho e aproveita para conhecer mais um destino! É, foi assim que resolvemos viajar para Luxemburgo.
Longe de mim querer incentivar você de ser aquele “Viajante WAR”, mas sempre que olho o mapa-múndi que tenho aqui em casa fico imaginando o que mais podemos conhecer, o que podemos ver de diferente neste mundão.
E por mais que viajar não seja uma espécie de corrida maluca, tenho sim vontade de conhecer o máximo possível de lugares, aproveitando as oportunidades.
Some-se ainda uma dica que eu sempre dou no planejamento de viagem que é dividir regiões por blocos de destinos. É mais ou menos assim, visite lugares próximos e tente, dentro do possível, não deixar para trás um destino que você gostaria de conhecer para trás.
Exemplificando: você quer conhecer vários destinos na Europa, tente por exemplo agrupar em uma mesma viagem aqueles que são próximos, tipo numa viagem Portugal e Espanha; noutra, Alemanha e Áustria; e assim por diante.
Acontece que mesmo fazendo assim, eu acabo deixando para trás alguns lugares. Foi assim na primeira vez em que estive na Holanda e Bélgica, deixei de lado o principado de Luxemburgo.
O fato é que desta vez, já que estávamos indo da Bélgica para Paris de trem, Luxemburgo não escaparia do meu radar de viagem!!!
Beleza, mas onde diachos fica este país que eu nunca ouvi falar?!?!
Luxemburgo está literalmente encravado entre a França ao sul, Bélgica a oeste e Alemanha ao leste. E o fato da maioria das pessoas jamais ter ouvido falar dele decorre justamente do seu tamanho e de que provavelmente a vida lá seja mais pacata do que qualquer outra coisa. 😂
Talvez seja esta localização que dê à sua capital, homônima, Luxemburgo, o charme que eu tanto buscava ver de perto.
Luxemburgo, oficialmente Grão-Ducado do Luxemburgo em seu nome oficial, é um dos menores Estados soberanos do mundo, com apenas 2.586 km² e pouco mais de 600mil habitantes.
Trata-se de uma monarquia parlamentar onde um grão-duque tem as prerrogativas de um rei local.
E embora politicamente possa ser uma coisa meio retrograda, Luxemburgo tem uma das economias mais desenvolvidas do mundo, com um dos melhores PIBs per capita do mundo (US$ 110.870) e ocupa a 23ª. colocação no índice de desenvolvimento humano. Nada mal, hein???
Luxemburgo, cujas origens remontam à uma fortaleza romana, passou pelo domínio de alguns de seus vizinhos como alemães e franceses, até tornar-se independente em 1815.
Oficialmente o idioma é o luxemburguês, mas outras três línguas são faladas praticamente por todos: inglês, francês e alemão. Então falando inglês dá para virar-se facilmente por lá.
Mas não estranhe se ouvir português de Portugal pelas ruas, já que mais de 90 mil portugueses vivem lá – lembrando que estamos falando de um país com apenas 600mil pessoas. É como se de cada 6 pessoas 1 fosse português!!!
Outro ponto que facilita demais a vida dos turistas é a moeda local, que no caso é o Euro. Então você não precisa trocar nada pois muito provavelmente estará já vindo de algum país vizinho que a usa.
A capital, que tem o mesmo nome do país (uma beleza para fazer-se confusões!), é onde tudo acontece e o que a maioria das pessoas opta por conhecer.
É nela que focamos a nossa experiencia e sobre ela que falaremos aqui neste post.
Como parte integrante da Comunidade Europeia (aliás um dos Estados fundadores), Luxemburgo é a sede do Tribunal de Justiça da União Europeia e de outros importantes organismos da comunidade.
Aliás, sabe aquele tal tratado de Schengen, aquele que é referenciado sempre que você compra um seguro-viagem obrigatório para a Europa? Aquele que definiu em 1985 a liberdade de trânsito entre as fronteiras da Europa? Então, Schengen é uma cidade ao norte de Luxemburgo.
É conhecido também por ser um paraíso fiscal.
Tanto que hoje a atividade bancária representa quase que ¼ da economia local.
E já que falamos de União Europeia, ele foi um dos pioneiros numa iniciativa que foi talvez o embrião para a junção dos países europeus, o tal BENELUX, que era a união comercial / alfandegária de Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Depois de uma breve apresentação, é hora de trazer as dicas práticas mais importantes para você curtir ao máximo a sua viagem.
Portadores de passaporte brasileiro não precisam de visto de turismo para visitar Luxemburgo, bastando portar um passaporte válido na data da viagem.
Mas e o passaporte? Infelizmente o site do Ministério das Relações Exteriores de Luxemburgo não dá detalhes, especialmente sobre a validade do passaporte. Então segue-se a regra comum da Europa por precaução.
Precisando, o Brasil tem um cônsul lá que fica na Rue Prince Jean L-4463 Soleuvre Tél. : 661 191 877 luxconsul.honorario@gmail.com
Luxemburgo não é um lugar que eu diria ter uma temporada. Até mesmo porque não é um destino turístico comum.
Então a escolha da data da sua viagem para Luxemburgo passa por uma consideração: você prefere um calor ameno ou frio intenso?
No geral, o clima em Luxemburgo é de um verão (meio do ano) ameno, com temperaturas que dificilmente vão acima dos 20ºC e um inverno (final/começo do ano) bastante rigoroso, onde as temperaturas facilmente beliscam os 0ºC.
Já as chuvas, são quase que constantes, havendo um volume levemente maior no inverno.
Confira aí a média de temperaturas e chuvas para Luxemburgo:
Bem, desta vez esta pergunta tem uma resposta bem fácil: dá para curtir Luxemburgo em um dia, ou dois se você tiver mais disponibilidade. Mais que isso, só se você tiver algum interesse muito específico lá.
Como é um “micropaís” a exemplo de outros que conhecemos como Andorra e Liechtenstein, se você programar bem o que deseja ver, dá para ter uma boa noção do que é Luxemburgo em apenas um dia.
Foi o que fizemos, já que na prática tivemos um pernoite com dois dias períodos líquidos aproveitados (pouco mais de uma tarde e pouco mais de uma manhã).
Isso nos leva ao nosso segundo ponto que é como chegar lá.
Dependendo de onde você está, a facilidade de chegar em Luxemburgo é tamanha que será quase que um pecado não o conhecer.
Luxemburgo está apenas 2hs de trem de alta velocidade (TGV) de Paris, fazendo possível um passeio no melhor estilo bate-e-volta. Para quem já fez um bate-e-volta de avião no Vietnã, não seria algumas horinhas de trem que nos impediriam de conhecer mais um país!!!
Pensando em Paris como ponto de partida, outra opção seria ir de carro, mas aí são 4hs ou 380km de estrada, o que, na minha opinião, já inviabiliza um bate-e-volta.
Outro ponto de partida comum é Bruxelas, a capital Belga. Neste caso, eu já não recomendaria ir de trem porque é uma viagem de quase 5hs. Já de carro são apenas 2h30 ou 220km. Moleza!
Nós, como venhamos de Bruxelas rumo à Paris, o trem de Bruxelas fez todo o sentido. Mas vejam que é uma situação bem específica.
Para o lado alemão, se você estiver em Frankfurt, terá umas 3hs ou 250km de carro. Trem seria impraticável pelas inúmeras conexões.
Fora isso ainda há a possibilidade de você chegar a Luxemburgo a partir da maioria das capitais europeias por meio do Aeroporto Internacional de Luxemburgo-Findel que fica apenas 17min. do centro da cidade.
O custo do trem para Luxemburgo pode até não ser uma pechincha, mas quando você chega ao grão-ducado, uma surpresa como nenhuma outra espera o turista… vou até escrever em letras garrafais…: TRANSPORTE GRATUITO!!!!
Sim, você leu certo!!! Luxemburgo é o único lugar do mundo onde o transporte público, e de qualidade, é gratuito para todos. Sim cidadãos e turistas viajam gratuitamente quantas vezes quiserem e para onde quiserem dentro do território do país sem pagar um centavo sequer.
Aposto que o seu orçamento de viagem vai agradecer esta dica.
São viagens de trem, bondes ou ônibus, tudo free.
Para mais informações a respeito desta mamata luxemburguesa, visite o site da empresa local de transportes públicos. Apenas esteja atento que o sistema de transporte gratuito em Luxemburgo não vale para a primeira classe ou para trens que cruzem fronteiras.
Então, para andar por lá conte com um sistema de qualidade e gratuito.
Para mais dicas assim veja as nossas dicas de Como Locomover-se nas Viagens.
Eu sempre dou uma passada nos postos de informações turísticas, seja pessoalmente, seja virtualmente. O organismo de turismo de Luxemburgo, o Visit Luxembourg tem muita informação útil. O escritório deles fica na 6, rue Antoine de Saint-Exupéry, L-1432 Luxembourg.
A coisa é tão organizada que eles têm até mesmo um app oficial para iOS e Android.
Se você como nós optar por ao menos pernoitar em Luxemburgo, saiba que a cidade tem excelentes opções de hotéis, inclusive de redes internacionais, especialmente européias.
O lado ruim é que o custo nem sempre é lá muito amigo do nosso bolso, mas pesquisando bem dá para salvar alguns bons euros.
Uma grande vantagem é que no caso de Luxemburgo você não precisa se preocupar tanto com o ponto de distância, pois ao menos o custo do transporte você não terá como mostrei acima. Claro que neste caso sobra o desconforto de passar um longo tempo nos bondes da cidade.
Pensando no custo e conforto, sem abrir mão de estar perto das atrações, a nossa escolha para esta viagem foi o hotel Novotel Luxembourg Centre que atendeu super bem às nossas expectativas. A experiência que detalharei em breve aqui no site.
Até porque optamos por conhecer Luxemburgo num período mais curto, optamos por concentrar os nossos passeios na região central da capital Luxemburgo. Se você for num bate-e-volta, ai não tenho dúvida alguma de que é nesta região que você tem que se concentrar, dado o pouco tempo.
E não pense que isso seja ruim não, pois todas as atrações mais interessantes estão justamente nesta região central.
Chegando cedo e programando para sair tarde de lá dá para conhecer muita coisa em apenas um dia.
A caminhada da estação central de trens até o centro velho onde estão as principais atrações não demora mais que 15 minutos e você pode aproveitar para já ir curtindo a vista e o clima tranquilo da cidade. Ou, pegar o transporte público que como dito é gratuito!!!
Confira aí no mapa:
Veja que eu já deixei até uma sugestão de trajeto a pé.
Assim que você chega em Luxemburgo, a primeira coisa que você nota é o Vallé de La Pétrusse. Todo arborizado e circundado por construções, de um lado as mais novas e de outro mais antigas. É uma das marcas de Luxemburgo.
E justamente cruzando uma parte dele você encontra um dos símbolos mais conhecidos de Luxemburgo, a ponte Adolphe.
Com 153m de comprimento e construída em pedra ela é tida como a maior do mundo no seu estilo e divide as duas partes de Luxemburgo, Cidade Alta e Plateau Bourbon.
Uma das melhores vistas da ponte você tem justamente de outro ponto turístico bastante conhecido, a Place de la Constituition, que no período perto do Natal abriga uma daquelas típicas e deliciosas feirinhas de Natal.
Ela foi construída onde era antigamente uma fortaleza do século XV e no meio dela um obelisco em homenagem aos luxemburgueses que morreram durante a Primeira Guerra Mundial. No topo dele, tem uma estátua da deusa Nike, sim aquela mesma de Atenas que representa o triunfo e a glória (não a marca esportiva!).
Ali ao lado você tem as Casamatas de La Pétrusse que são antigas fortificações que protegiam a cidade. Na época da nossa viagem, a visitação estava suspensa para renovação, mas dizem que o interior é uma excelente viagem no passado de Luxemburgo.
Seguindo mais alguns passos você chega à Catedral de Notre Dame de Luxemburgo.
Construída entre 1613 e 1621 pelos jesuítas, ela tem um estilo que mistura o gótico e o renascentista. Nela estão sepultados os condes e duques de Luxemburgo.
Fica na Rue Notre Dame, 2240. Funciona diariamente das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h30. Entrada gratuita.
Aproveite para admirar a Place Clarefountane diante da catedral. Ali no centro dela há uma bela estátua em homenagem à grã-duquesa Charlotte, uma importante figura política de Luxemburgo.
Caminhe até a Place de Armes, uma das principais praças do centro antigo de Luxemburgo. No caminho, você irá cruzar com várias lojas charmosas, muitas delas de grifes, e padarias e lojas de doces.
No inverno, aqui você encontra mais um daqueles deliciosos mercados de Natal – perdição!!!
Ali está o Cerle Municipal que é um dos edifícios administrativos mais belos de Luxemburgo.
Algumas poucas quadras desta praça, mais precisamente na Praça William (também chamada Guillaume II), fica o Hôtel de Ville, que é a sede da prefeitura.
Ainda na linha de prédios administrativos admiráveis (desculpe pelo trocadilho!), não deixe de conhecer o Palácio do Grão Ducado, ou Grand Ducal Palace, que é sede do governo local.
Mais do que uma sede administrativa ele é de fato a residência do Duque de Luxemburgo e da sua família desde o século XVI.
Visitas são possíveis durante o verão apenas, provavelmente porque ele deve sair de férias!?!? Dá para agendar no site oficial acima.
Ali diante do Palácio do Grão Ducado está uma das ruas mais charmosas de Luxemburgo, a Rue du Marché-aux-Herbes. Com vários restaurantes, cafés e lojas, vale a caminhar por ela.
Vizinho do palácio está a Chamber of Deputies of Luxembourg, que é o equivalente ao parlamento local.
Ali perto, faça uma pausa para um docinho bem especial na Chocolate House of Luxembourg. Aqui a graça é a seguinte: você compra um leite quente e escolhe uma das muitas colheres de chocolate para literalmente derreter no leite. Perdição!!!
Embora a Notre Dame seja a única basílica de Luxemburgo, o posto de igreja mais antiga da cidade cabe à Igreja Saint Michel.
Construída em 987 para servir como capela para o Conde de Luxemburgo. A estrutura atual é de 1688 e mistura vários estilos, com predominância do gótico.
Fica na Rue Sigefroi e o acesso é gratuito.
Lembram que eu disse que a cidade está num vale?
Então, é justamente este vale coberto de vegetação e ao fundo os Rios Pétrusse ao su e Alzette ao norte, que dão o charme extra à cidade.
Literalmente ao lado da Igreja de Saint Michel está o que há de mais característico de Luxemburgo, a chamada Chemin de la Corniche, ou a “varanda mais bonita do mundo” nas palavras do escritor luxemburguês Batty Weber.
Isto porque esta é a vista mais bela e típica de Luxemburgo. Com o paredão do vale, o rio ao fundo e as construções e árvores circundando toda esta área, como que acompanhando a geografia local.
Hoje o que é um lugar lindo para ser admirado era no passado justamente o ponto de vantagem na defesa da cidade, pois existem ainda resquícios de muitas das casamatas que fortificavam a cidade, como a Bock Casemates (Kasematten der Stadt Luxemburg).
Estas casamatas se estendiam por mais de 23km de tuneis que junto com torres penduradas no penhasco faziam a defesa da cidade e eram o terror para os invasores.
Não deixe em hipótese alguma de dar uma boa caminhada pela região.
Nem que seja dali da Corniche, aproveite para admirar a Igreja de St Jean du Grund & Abadia de Neumüster que ficam do outro lado do rio Alzette.
Tanto a igreja católica quanto a abadia foram construídas em 1606. Hoje a abadia funciona como um centro de eventos, mas a igreja mantém seu papel religioso. Quem já esteve por exemplo na Suíça deve reconhecer rapidamente o estilo pontudo da torre da igreja.
Embora seja uma área mais administrativa do que turística propriamente dita, a Cité Judiciare vale a visita por seus belos edifícios.
Recentemente renovada, esta área conta com vário e lindos edifícios do poder judiciário local.
Se as suas pernas ainda aguentarem a caminhada, vale descer o vale e conferir a zona baixa da cidade, chamada de Grund. Às margens dos rios você apreciará belas construções num clima super bucólico.
A forma mais tranquila de chegar lá é ir a pé pela ladeira existente depois das casamatas e voltar pelo elevador existente na altura da Cité Judiciaire (na parte superior) – ele é gratuito.
E se você está pensando em fazer compras em Luxemburgo, ou simplesmente quer ver vitrines diferentes, entre a Grand Rue e a Rue Notre Dame, existe um conjunto de ruas exclusivas para pedestres com lojas super legais.
Bom, depois deste passeio para (quase) conhecer um país em um dia, é hora de pegar o trem rumo à Paris e preparar as pernas para mais um dia de viagem!
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