Se você é daqueles que ao considerar uma viagem ao Egito pensou apenas nas Pirâmides e nas incríveis atrações do Cairo, Luxor vaí está para te provar que há muito mais para conhecer no país que a sua capital.
Morada final de Tutankamon, Ramsés II e outros tantos faraós famosos, a cidade é conhecida como a que tem a maior quantidade de monumentos do Egito Antigo.
Você que ama história não precisa de outros motivos para colocar Luxor no seu roteiro de viagem pelo Egito.
Conhecida como “museu a céu aberto” pela quantidade de museus e templos que a cidade tem, ela é relativamente pequena para os padrões aos quais estamos acostumados, mas mesmo assim é a casa de aproximadamente 1 milhão de pessoas.
Mas de onde vem toda esta fama se as Pirâmides, que são o maior ícone do Egito, estão no Cairo? Qual o motivo para tantos monumentos tão grandiosos e tumbas de tantos faraós?
A resposta está no nome Tebas que nada mais é que o antigo nome de Luxor. Tebas, ou a atual Luxor, foi a capital do Egito entre 1550 a.C. e 1070 a.C.
É por isso que a cidade tem em uma das margens do Nilo tantos templos e na outra o chamado Vale dos Reis, onde os faraós, membros da família real e nobres foram sepultados depois dos tempos das Pirâmides.
A importância de Tebas, atual Luxor, começa em 2055 a.C. quando o faraó Montuhotep II reúne os reinos e fundou o templo em homenagem ao deus Amón-Rá (o deus supremo no Antigo Egito), gerando um grande fluxo de fiéis para a região. O declínio da região veio primeiramente com a invasão persa e depois com a tomada pelos árabes nos anos 600.
Hoje, como cidade, Luxor é bem mais agradável do que o Cairo. Diferentemente da capital que parece não diminuir o seu ritmo nunca, Luxor que é bem mais tranquila. Parte disso porque ela é hoje uma cidade essencialmente turística, ante a ausência de indústrias ou atividades econômicas mais pujantes.
Todavia esse “essencialmente turística” na realidade foi algo bastante triste e até certo ponto contraditório porque logo nas primeiras horas em que andamos pela cidade notamos uma quantidade literalmente pífia de turistas andando por ali.
Em que pese o fato do nosso voo do Cairo para Luxor estar cheio de turistas, em sua maioria norte-americanos, andando pela cidade não víamos nenhum turista.
Como já disse antes, por conta das questões políticas e econômicas, o país passa desde a Primavera Árabe por uma série de turbulências que acabou afugentando muitos turistas. E mesmo aqueles que decidiram como nós curtir uma aventura no Egito, acabam ou ficando apenas no Cairo, ou migram para os cruzeiros pelo Nilo.
Se de um lado isso nos pareceu absolutamente estranho, garantiu atrações literalmente vazias. Quando fomos por exemplo no Templo de Hatshepsut, éramos nós três e o nosso guia!
Algo que é literalmente um alívio, especialmente para quem vem do caos do Cairo, é notar que Luxor praticamente não tem trânsito nem poluição. Ufa, enfim alguns dias de tranquilidade no Egito!
Como costumamos fazer, antes de tratarmos das atrações em si, vamos ver algumas dicas práticas para você curtir a cidade ao máximo e otimizar seu tempo lá.
Luxor é relativamente pequena, e se você se organizar bem, uns 2 ou 3 dias inteiros na cidade bastarão para conhecer tudo. Tanto que tem gente que a conhece durante a parada pelo cruzeiro no Nilo.
Mas para ver tudo em um tempo assim enxuto, você precisa se organizar e também ter a ciência de que não haverá tempo para ficar com as pernas para o ar.
Embora exista sim um trem que parte do Cairo para Luxor, equação custo x complicação para comprar a passagem x tempo de viagem (mais de 9 horas), nem considerei outra alternativa que não voar.
O voo do Cairo para Luxor é super rápido, algo como uma ponte aérea (40min). A quantidade de voos diários e o custo também contribuem para que você opte por voar entre as cidades. Só para exemplificar, um voo ida-e-volta sai por uns R$ 500,00.
Desembarcando no aeroporto de Luxor que fica a apenas 7km da cidade, a melhor alternativa é, se você não tiver um serviço de guia local, já alinhar com o seu hotel um transfer. Senão você terá que ficar ali negociando com os taxistas que certamente irão te abordar de forma insistente. Lembram do que eu disse sobre os táxis no Egito? O preço médio de uma corrida de taxi é de uns LE 100.
Como dá para ver do mapa abaixo, a cidade não é grande, e exceto pelo Vale dos Reis, as demais atrações são bem próximas do centro. Basicamente as atrações estão divididas entre west bank (margem oeste) e east bank (margem leste), sendo que os templos de Luxor e Karnak estão na margem leste, juntamente com a maioria dos hotéis, e o Vale dos Reis na margem oeste.
Esta divisão, e principalmente o fato do Vale dos Reis estar no lado oeste, leva os locais a chamá-lo de “lado dos mortos”.
Logo, na teoria você só vai precisar de táxi para ir aos pontos mais distantes. O restante você fará a pé com facilidade.
Aqui eu reitero o que já disse no post sobre o planejamento da viagem ao Egito: aqui em casa a gente evita ao máximo viajar naquele esquema muito engessado. Mas no Egito…
Ter um guia te poupa de dores de cabeça e garante que você não perderá nenhum detalhe importante da rica história local. Não é luxo, é necessidade.
Em Luxor, mais uma vez contamos com o apoio da Dunas Travel, nossa parceira durante toda essa jornada pelo Egito.
Acabamos optando por usar os serviços da Dunas para os transfers e também para as visitas aos principais pontos turísticos do west bank e os templos de Karnak e Luxor. No resto do tempo, optamos por passear pela cidade sem guia, o que possibilitou notar como seria (impossível) difícil visitar coisas mais complexas como o west bank, por exemplo (os templos da cidade até daria sim para fazer por conta).
Fomos atendidos pelo guia Mahamud que falando muito bem inglês e espanhol nos atendeu muito gentilmente ao lado de um motorista impecavelmente gentil. Aliás, ter um guia com motorista é essencial, já que os deslocamentos até o Vale dos Reis e outras atrações no west bank são consideráveis, e mesmo dentro da cidade com um sol escaldante não há nada como um carro limpo, com ar-condicionado e água gelada te esperando é uma bênção.
Em Luxor basicamente existem duas opções: na margem oeste ou na leste, exatamente como as atrações acima. Particularmente eu achei mais interessante hospedar me na margem leste onde está a maioria das atrações que você consegue visitar caminhando e o centro da cidade, justamente para ter mais opções de lugares para comer e comprar algo.
Se você ficar na margem oeste, mesmo assim terá que pegar transporte para ir ao Vale dos Reis, e sempre que quiser visitar algo na margem leste, terá que atravessar o Nilo. Me parece ser ruim uma hospedagem no west bank.
Em Luxor você notará o mesmo que falamos a respeito do Cairo, ou você pega um hotel de alguma rede conhecida para ter uma certa garantia de qualidade, ou … terá que ver algum hotel local nem sempre lá muito legal.
A nossa escolha para esta viagem foi o Sonesta St. George Hotel Luxor, que atendeu muito bem às nossas expectativas e cujo review compartilho aqui em breve.
Algo que me incomodou mesmo em Luxor foi a baixa oferta de lugares (bons) para comer. Fiquei realmente decepcionado.
Andando pelas ruas você vê poucos restaurantes e em sua maioria péssimos. Seria então a solução comer no hotel? Hummm, até pela experiência que tivemos no Novotel do Cairo, literalmente descartei a ideia no Egito.
Muita gente fala de um restaurante típico de comida egípcia dentro do Al Gezira Hotel e uma lanchonete para kebabs, pizzas e outros pratos rápidos chamada Abu Ashraf Egyptian (na Sharia Al Mahatta). Mas nós acabamos nem indo atrás destes lugares porque topamos com algo muito legal: uma deliciosa pizzaria e um simpático restaurante italiano.
Para quem tiver receio da comida local ou como nós precisar a certa altura levar a criança (e nós mesmos) para uma zona de conforto, a “embaixada norte-americana”, vulgo McDonald’s (quem nunca?) fica diante do templo de Luxor.
Estou falando do Pizza Roma. It e do Mamma Mia! (ambos na El-Mahdi). Trata-se um restaurante que, como o nome deixa claro, é uma pizzaria e o segundo um italiano propriamente dito.
O grande trunfo dos restaurantes está no fato de que ele se diferencia dos demais pelo fato de que é incrivelmente limpo (os demais da região…) e as receitas são bem originais, mesmo estando no meio do Egito.
O motivo disso é que ele é gerido de perto por um simpático egípcio com um viés bastante empreendedor que é casado com uma italiana. Os preços? Literalmente fantásticos.
Nas ruas do Egito, foi a melhor refeição que tive, embora, nada tipicamente egípcia.
Mais uma fica local é tomar um sorvete super diferente na Wenkie’s German Ice Cream & Iced Coffee Parlour Ice Cream (Sharia Al Gawazat) que é considerada a melhor sorveteria de Luxor. O segredo? Eles usam leite de búfalo e frutas frescas, servem também cafés gelados. Imperdível.
No próximo post, as atrações desta cidade incrível do Egito.
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