Quem acompanha o Cumbicão sabe que a gente tem uma paixão enorme por aviação, e viagens, é claro! E numa escala em Washington eu não poderia deixar de espiar um museu que faz todo o sentido com a temática do site: o National Air & Space Museum e seu anexo Steven F. Udvar-Hazy Center, um museu focado na aviação e exploração espacial.
Bora lá embarcar num passeio pela história da aviação e da viagem espacial?
Com muitas opções de museus e poucas horas durante a nossa visita à Washington, confesso que fiquei bem perdido sobre qual museu visitar.
Mas depois de olhar atentamente um dos museus do complexo Smithsonian, a resposta ficou fácil e óbvia para o Cumbicão: National Air & Space Museum e o Steven F. Udvar-Hazy Center.
O nome é pomposo, mas justifica-se já que ali há praticamente tudo e mais um pouco daquilo que voa. Entenderam agora a escolha???
Vou tentar conter o meu sentimento de criança na Disneylandia.
Prometo!
Prometo nada: o lugar é legal pra c@$%#***….
Quem ama aviação simplesmente não pode deixar de conhecer.
A primeira coisa que preciso te falar sobre este museu é que ele na verdade é dois em um.
Explico. Existem dois edifícios, uma “sede” situada no National Mall, praticamente diante da Refleting Pool, ou seja, com uma localização super conveniente e de fácil acesso, e outro mais distante da cidade, perto do aeroporto.
O National Air & Space Museum é o edifício sede do complexo, e onde você encontra as peças menores do acervo distribuídas nos dois andares de um grande edifício.
E que acervo!!!
Quando digo menores, estou falando de tamanho, ok?
Porque se você for considerar a importância histórica das peças que estão ali, eu diria que não tem preço que pague o valor das peças em exposição.
Sabe aquela coisa de já começar arregaçando? Entao, o National Air & Space Museum é assim.
Logo na entrada do museu você já se depara com um hall maravilho cheio de coisas fantásticas, o Boeing Milestones of Flight Hall que tem uma série fantástica de itens expostos com itens voadores que literalmente revolucionaram o mundo.
Só para dar uma ideia do que tem ali, olha só.
Pendurado no alto do hall está o Ryan NYP “Spirit Of St. Louis“, um mono motor de 1927 que pilotado por Charles Lindberg fez uma viagem de dois dias (mais exatamente 33 horas e 30 minutos) sem escalas entre Long Island (EUA) e Paris, sendo a primeira travessia cruzando o Oceano Atlântico.
“A águia pousou”. Se esta frase não te lembrou nada, talvez a foto abaixo te ajude a lembrar.
Uma das peças mais fantásticas expostas ali é o Lunar Module LM-2, mas pode chamar de módulo lunar.
Mas infelizmente este não não é o que foi usado na missão lunar que ficou conhecida como Apolol 11 – lá era o Eagle, ou LM-5. Este é um modelo anterior que serviu para testes de pouso e outros aprimoramentos.
Porém nem por isso a a Lua está longe dali, literalmente.
Ali está uma pequena pedra lunar, com mais de 3,8 bilhões de anos, que você pode ver e tocar.
Trata-se de um dos poucos fragmentos da Lua que podemos interagir assim.
Ela foi coletada em 1972 na missão Apollo 17 e está em exposição desde 1976. Tá meio gasta, é verdade mas é muito legal estar pertinho de algo assim.
Mais uma peça super importante na história da corrida espacial, o Mercury Friendship 7, uma capsula espacial (praticamente um sino) usado por John Glenn para ser o primeiro norte-americano a orbitar a terra em 1962.
Que tal ir ainda mais longe? Marte?
Outra peça interessantíssima lá é o módulo Viking Lander.
Este módulo é um de três que foram construídos para pousar em Marte. Os outros 2 estão lá no planeta vermelho e este ficou aqui para estudos.
O projeto Viking resultou em dois pousos em Marte nos anos 70 e este módulo representa justamente a parte da sonda que pousou lá – havia também um módulo de órbita.
E para finalizar o tema exploração espacial, o museu guarda o traje espacial utilizado por Neil Armstrong na missão Apollo 11. Quando estivemos lá o em exibição era o do Aldrin, mais conhecido como Buzz.
Bem, chega de viajar pelo espaço e bóra voltar para a Terra.
Uma das exibições mais bonitas e interessantes, é a de Amelia Earhart, com o Lockheed Vega 5b.
Como se não bastasse ter trabalhado como enfermeira durante a pandemia da Gripe Espanhola de 1918, esta autora era uma defensora dos direitos das mulheres e foi a pioneira na aviação.
Preciso dizer o quanto ela influenciou positivamente muitas outras mulheres?
Corajosa, ela ficou famosa ao ser a primeira mulher a voar cruzando o Oceano Atlântico apenas 1 ano depois de Lindberg que falamos acima. Anos depois ela foi a primeira pessoa a cruzar sozinha de Los Angeles à Honolulu, um super feito!
Ela desapareceu fazendo justamente o que mais gostava: voar. O seu avião sumiu do mapa em 1937 perto da Ilha de Howland no Oceano Pacífico quando ela tentava fazer um voo ao redor do mundo.
Hora da polêmica!
Os norte-americanos acreditam mesmo que criaram o avião… Bom se tem gente que acha que a Terra é plana ou que ninguém nunca foi para Lua, porque não achar que os irmãos Wright criaram o avião???
O fato é que eles gastam uma enorme parte do museu com uma exibição do Wright Flyer que sob o ponto de vista yankee seria o primeiro avião da história. #SQN!!! Dá-le Santos Dumont!!!
Eu não poderia deixar de dar uma provocada neles, né??? Aqui é GRU, é 14-BIS mano!!! Kkkk
Não deixe também de dar uma boa espiada na mostra de aviões de guerra, especialmente da Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Ah e também a super atual sobre drones, tanto militares quanto de observação (leia-se espionagem…)
Fora tudo isso ainda existe um IMAX Theater e um planetário.
E não se esqueça de dar aquela espiada básica na lojinha de souvenires. É de secar o bolso de qualquer amante da aviação.
Fica na Independence Ave at 6th Street, SW e abre diariamente (exceto 25/dez.) das 10h00 às 17h30 (para algumas datas há horário extendido até às 19h30, confira aqui) e a entrada é gratuita. A estação de metrô mais próxima é a mL’Enfant Plaza.
Como se não bastasse o ediífio principal do National Air & Space Museum, há ainda a unidade conhecida como Steven F. Udvar-Hazy Center que fica ao lado do Aeroporto Internacional de Dulles. Se você está pensando “ah, mas já vi o edifício principal, vou dispensar este”, pense duas vezes.
Eu gostei muito do National Air & Space Museum sim, mas foi a visita ao Steven F. Udvar-Hazy Center que fez o meu coração bater forte de verdade.
Sabe aquela coisa de criança deslumbrada? Era eu ali no enorme hangar do Steven F. Udvar-Hazy Center. A máquina ficou quente de tantas fotos.
Para tanto te dou apenas um argumento: lá está um dos poucos exemplares de ônibus espacial que você verá, o Discovery.
Vai por mim, com este já vi dois (aqui sobre a Endevour) e olhar uma nave (literalmente!) destas ao vivo não tem preço.
É não tem preço mesmo, porque mais uma vez, graças ao Sr. Smithsonian, é tudo free!
São dois hangares conectados.
No Boeing Aviation Hangar você encontra algumas das mais importantes peças da aviação.
Logo que você entra no hangar já depara-se com um dos aviões de guerra mais interessantes que existem o Lockheed SR-71 Blackbird.
Para quem não conhece o Lockheed SR-71 Blackbird, foi um dos aviões de guerra mais importantes dos EUA. Em seus 24 anos de operação (aposentado em 1990) ele teve um papel importante durante a Guerra Fria, já que era capaz de operar em nível mundial.
Como se não bastasse seu visual único, já que mais parece o avião do Batman (apesar de ter de verdade inspirado o avião dos X-Men), seus números impressionam.
Sendo um avião supersônico era capaz de voar a mais de 3.000km/h, o suficiente para cobrir a viagem de Los Angeles à Washington em apenas 1 hora – imagina o jet-lag depois???
No seu interior super compacto, voavam piloto e co-piloto.
A maior parte da sua estrutura é composta de nada menos que titânio, para ser leve e resistente. Imagina o custo??? Um avião de titânio. Coisa para o Batman mesmo!
Ao lado dele, uma série incrível de aviões de guerra atuais e do passado, e alguns helicópteros icônicos.
Resista à vontade, ao menos por ora, de olhar atrás do Blackbird e veja o outro lado do hangar.
Ali há uma série de aviões históricos.
De aviões comerciais que mudaram a aviação civil à militares que mudaram a história da humanidade, literalmente como vocês verão mais abaixo.
O Concorde, que praticamente dispenssa apresentações, foi o primeiro e até agora único, avião comercial supersônico.
Com velocidade máxima de 1.300 km/h ele era capaz de cruzar o Atlântico em pouquíssimas horas, o que era super conveniente para os seus 100 pasasageiros.
Mas isso tinha um custo muito alto e o preço das passagens dele eram quase que proibitivos, o que levou a aeronave à aposentadoria em 2003. Um detalhe, a que está lá em exposição fez justamente a rota Rio de Janeiro / Washington e NY.
Se você acompanha o blog sabe que o meu interesse por história é enorme, e mesmo diante de fatos tristes, não perco a oportunidade de ver de perto lugares e itens que para o bem ou para o mal, fizeram parte da história.
Justamente este é o caso de uma das aeronaves em exposição, o Enola Gay.
Se pelo nome você não o reconheceu, este é o bombardeiro B-29 que em 6 de agosto de 1945, durante últimos dias da Segunda Guerra Mundial, lançou a primeira bomba atômica de fato usada em combateo Enola Gay tornou-se o primeiro avião a lançar uma bomba atômica.
A bomba, chamada de Little Boy, devastou a cidade de Hiroshima no Japão e impôs ao mundo um novo temor: a guerra nuclear, pondo fim ao conflito mundial e marcando o começo da Guerra Fria.
Entre as aeronaves mais modernas, há um exemplar do Lockheed Martin X-35B STOVL, um caça de guerra capaz de levantar voo na vertical que deu origem aos atuais F-35 usados pela Força Aérea Norte-Americana.
Não deixe também de conferir alguns clássicos como o P-51 da Segunda Guerra Mundial e o seu rival japonês, o Zero Fighter da Mitsubishi. Tem até um MIG da Guerra do Vietnã.
E por fim, a cereja do bolo no James S. McDonnell Space Hangar: a Space Shuttle Discovery – fica ainda mais bonito chamando pelo nome oficial.
Pensa comigo: isto foi para o espaço!!!
A Discovery começou a operar em 1984 e somente deixou de voar quanto a NASA deu uma pausa no Programa Espacial para que este fosse remodelado em 2011.
Apenas lembrando que o programa teve 5 ônibus deste tipo: Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour.
Este foi o ônibus espacial que mais voou na história, com 39 missões que percorreram mais de 240 milhões de km em 365 dias, acoplou 1 vez na MIR e 13 na ISS. Já pensou 365 dias voando? E no espaço?
Aqui uma curiosidade que a liga à história da exploração espacial: em 1998 ela levou John Glenn, então aos 77 anos, de volta ao espaço – lembrando o que foi dito acima, ele foi o primeiro norte-americano a orbitar a Terra em 1962. Imagina a emoção???
Hoje ela está praticamente no mesmo estado em que estava quando completada a sua última missão em 2011, mais precisamente a 133º do Programa Espacial.
Outro importante item da exploração espacial em exposição é a Mars Pathfinder que “só” foi para Marte (claro que a que foi mesmo para o planeta vermelho ficou lá, né?
O Steven F. Udvar-Hazy Center também abre diariamente das 10h00 às 17h30, mas sem horário extendido e fica na 14390 Air and Space Museum Parkway, Chantilly, Virginia. Estacionamento custa US$15 até as 16hs, depois é gratuito.
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