Confesso que li a notícia com certa surpresa e muito, mas muito ceticismo. Será que teremos mesmo melhorias no processo de entrega de bagagem?
Recentemente recebemos na empresa que trabalho uma advogada americana que estava inconformada com o tempo gasto para pegar a sua mala nas esteiras de Cumbica. É muito difícil e embaraçoso explicar tal situação para um estrangeiro acostumado com eficiência.
Fico imaginando como será durante os grandes eventos esportivos que virão pela frente, Copa do Mundo e Olimpíadas. Aquelas micro esteiras de bagagem atolada de malas…
Mas não se preocupe, pois no mundo fictício das leis e regulamentos brasileiros, a questão está solucionada.
Como noticiado na Folha de São Paulo, as empresas aéreas terão metas de tempo para entrega das malas aos passageiros. Serão 12 minutos para vôos domésticos e 18 minutos para vôos internacionais, tempo este que se iniciará com a parada da aeronave no portão de desembarque.
Claro que a ANAC e a INFRAERO pretendem fixar multas no caso de descumprimento a partir de 2012.
No eterno jogo de empurra-empurra, as empresas culpam a infra-estrutura dos aeroportos, e a INFRAERO culpa as empresas aéreas. E os passageiros…
O fato é que atualmente espera-se até 1hora e 30 minutos pela mala em um vôo internacional.
Em que pese o acerto da medida, devemos considerar que a atual infra-estrutura dos aeroportos (vide que as esteiras do aeroporto de Cumbica são as mesmas desde a sua inauguração) não comportam tal meta de agilidade.
Para tanto basta atentar que pouquíssimas vezes consegue-se desembarcar do avião, quanto menos passar pela imigração no prazo de 18 minutos.
Ademais, existem várias questões mais urgentes a tratar, tais como segurança nos vôos; atraso de vôos; extravio de bagagens; nossa sofrível infra-estrutura de serviços na área de embarque e por ai vai…
A certeza que fica é que a curto prazo poderemos esperar sim uma maior agilidade, mas ao custo de um maior índice de bagagens avariadas por conta do despreparo e pouco cuidado daqueles que as manejam – falo aqui por experiência própria.
É esperar para ver.