Paris

Paris num roteiro para todos os gostos

Se tem uma cidade que podemos dizer que, por si, já vale uma viagem é Paris. Não tenho dúvidas de que é possível montar um roteiro de uns 15 dias na capital francesa e ainda assim faltar tempo para curtir tudo que ela oferece.

Sim, por mais que a França tenha sim muito mais a oferecer, a importância turística de Paris é tamanha que dá para viajar exclusivamente a cidade e voltar com uma gostosa sensação de satisfação por ter conhecido um novo destino, ou revisitá-lo.

E não pensem que apenas uma viagem baste para conhecer tudo.

Falo aqui por nós, já que mesmo depois desta terceira viagem para Paris ainda acho que conheço só o básico da Cidade Luz.

Particularmente penso que os grandes trunfos de Paris que justificam isso são três. De um lado a sua autenticidade; e de outro o binômio qualidade – variedade de atrações.

É bem verdade que neste mundo globalizado, como eu já disse várias vezes aqui no site, alguns destinos de viagem deixaram de ser tão autênticos quanto na época de nossos pais, por exemplo. Bom ou ruim, isso é outra história.

Mais do que um destino para casais, Paris é um destino para todos.

Um fator que pode ter ajudado Paris a se manter autêntica é o apego dos franceses pelas suas tradições, arquitetura e etc.

Especialmente em alguns bairros mais típicos ainda dá para sentir aquele ar, aquele charme francês que quem atravessa o Atlântico tanto procura.

No binômio qualidade – variedade de atrações Paris é inigualável. São poucas as cidades no mundo que tem a tantas atrações de tamanha qualidade como a capital francesa.

Não é à toa que Paris é um destino de viagem completo e que atende aos mais variados estilos de viajantes, de casais enamorados em lua de mel à famílias com crianças, passando por viajantes que querem apreciar os vários museus ou simplesmente curtir o clima local. Todo mundo se encontra em Paris.

É justamente por isso que estamos falando de uma cidade que recebendo nada menos do que 35 milhões de visitantes ao ano (só para você comparar, o Brasil recebe uma média de 6 milhões no mesmo período), é a 2a. cidade mais visitada do mundo.

Foi tudo isso que nos atraiu para a nossa terceira viagem à Paris.

Desta vez, acompanhados pelo Cumbiquinho!

A primeira, quase três décadas atrás num daqueles giros pela Europa com um grupo, guia e tudo mais… Ou seria tudo menos??? Foi uma daquelas viagens feitas dentro do que era possível naquela época de poucas informações e onde a maioria absoluta viajava assim em pacotes. Graças a Deus aprendi a viajar por conta.

Já a segunda em Lua de Mel, já por conta, mas com alguns detalhes pelos quais até hoje recebo “chibatadas” da Sra. Cumbicona… Kkkkk. Foram apenas dois dias super corridos enfiados num roteiro (este sim) delicioso e tranquilo pelo Leste Europeu.

Por isso mesmo ela vivia sugerindo (leia-se demandando) que fizéssemos uma nova viagem para Paris. Espero que desta eu tenha pago a minha dívida!!! 😂

Mas desta vez ao invés de uma viagem de casal tivemos a oportunidade de levar o Cumbiquinho para se empanturrar de croissant e queijos, mostrar e curtir um novo destino com ele.

Portanto, tentei montar um roteiro para algo como 3 a 5 dias que pudesse agradar tanto a adultos quanto famílias com crianças.

Como costumamos fazer, antes de tratarmos das atrações em si, vamos ver algumas dicas práticas para você curtir a cidade ao máximo e otimizar seu tempo lá.

Quanto tempo?

O roteiro de atrações aqui sugerido foi montado para ser feito com 3 a 5 dias inteiros em Paris. Nós, como tínhamos já separado 2 dias para curtir a Disney de Paris, acabamos fazendo este roteiro todo de Paris em 3 dias.

Conforme adiantei acima, Paris vale mais do que uma viagem. Você pode ir várias vezes e ver coisas diferentes em cada uma delas.

Paris é um destino que se você tiver 20 dias, dá para ainda ver coisas novas todos os dias.

Veja o mapa abaixo onde eu listei algumas atrações. Como são centenas, garanto que não listei todas, especialmente aquelas nos arredores como Versailles.

Salvo se você for daqueles que tem uma viagem de 10 dias apenas em Paris, sugiro que você priorize as atrações conforme seu gosto e interesse

Há ainda aquela coisa de que quem visita Paris pela primeira vez tem alguns programas que alguns chamariam de “obrigatórios”, já que são típicos e por isso eu os chamo de imperdíveis. Cito aqui por exemplo subir na Torre Eiffel; Arco do Triunfo; e tal.

Já quem faz uma nova viagem para Paris, provavelmente pode dispensar estes programas e focar noutros que talvez não sejam tão de “turista de primeira viagem” – sem nenhum demérito hein!!!

Eu por exemplo, dispensaria uma nova visita aos dois pontos que citei. Fui até eles sim, para mostrar para o Cumbiquinho que não conhecia e tirar umas fotos novas para o post! Kkkkk

Dito isso, se você é daqueles que como nós tem uma quantidade de dias limitados em Paris, você terá que fazer uma escolha de Sofia: conhecer mais coisas num curto tempo ou priorizar apenas aquelas que mais lhe agradam e garantir um ritmo de viagem mais tranquilo.

Vai de cada um. Como aqui em casa a gente em viagem acorda literalmente com as galinhas, o dia rende mais. Mas tem gente que prefere viajar ao estilo Luis XV… acordar mais tarde, tomar um banho de horas; tomar café por duas horas…

Enfim, tudo isso para te dizer que roteiro de viagem à Paris perfeito é aquele que atende às suas expectativas e necessidades. 

Por isso eu não dito roteiros, mas espero te inspirar com dicas e ideias.

Quando ir? Como é o clima em Paris?

Paris é um daqueles destinos de viagem dá para arriscar dizer que não tem época ruim.

Em termos de temporada alta ou baixa, é certo que as férias de meio de ano, por serem verão europeu, e o final de ano, tendem a ter preços um pouco mais altos do que outras épocas do ano.

Viajamos no inverno e tivemos dias lindos assim e outros bem chuvosos.

Desta forma, a escolha da melhor época para a sua viagem para Paris fica a cargo do clima e do seu gosto pessoal.

Confesso que fui uma vez no verão e só peguei dias de chuva, e da vez anterior a esta, indo no inverno, tivemos algumas boas aberturas de sol. Vai da sorte também.

No geral, dá para dizer que o clima segue o esquema abaixo em termos de temperatura e chuvas:

MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDez
Temp. max. (°C)7,28,312,215,619,622,725,22521,116,310,87,5
Temp. med. (°C)55,68,811,515,318,320,520,416,9138,35,5
Temp. mín. (°C)2,72,85,37,310,913,815,815,712,79,65,83,4
Chuva (mm)5141,247,651,863,249,662,352,747,661,551,157,8
Dias com chuva9,9910,69,39,88,48,17,77,89,61010,9

Escolher a melhor época para uma viagem à Paris passa pela sua preferência: calor moderado no meio do ano ou frio moderado no final do ano.

A desvantagem mesmo entre verão e inverno é que no inverno, os dias parecem mais curtos pois anoitece mais cedo. Mas Paris à noite ainda é mais interessante que a maioria das cidades pelo mundo!

Onde se hospedar em Paris?

Onde se hospedar em Paris é uma daquelas questões que dá um debate acalorado.

Tem aqueles que acham que é preciso ficar em uma zona mais central, como se fosse possível “ficar perto de tudo” em uma cidade tão grande quanto Paris. 

Estes justificam que assim evita-se usar demais o metrô para visitar as atrações. Não acredito que isso seja possível porque as atrações turísticas de Paris estão razoavelmente espalhadas como dá para notar no mapa que ilustra este post.

Fora que não é porque um hotel está na zona com algumas das principais atrações turísticas que ele seja bom não…

Quartier Latin é um bairro que eu acho interessante para ficar, por ser perto de quase tudo.

Se você olhar bem, verá que tem muito hotel realmente ruim que se vangloria de estar numa área talvez mais turística de Paris mas que está longe de ser “aquelas maravilhas”.

Por outro lado, tem muito hotel que às vezes não é tão central, mas que tem um nível de serviço e conforto incrível.

O fato é que localização custa, e muitas vezes bastante em Paris e nem sempre entrega uma experiência que realmente justifique o preço.

Mas não se assuste, dá sim para fazer uma viagem econômica à Paris e curtir muito ficando bem hospedado.

A alternativa é talvez, como fizemos, buscar hotéis menos centrais, mas com excelente acesso ao metrô.

Acreditem, um hotel mais central custava quase que o dobro de um mais distante. Isso numa viagem mais econômica mata qualquer orçamento!

Mas esta busca tem método! Sim, tentei não só hotéis com estações de metrô na porta como também que tivessem o mínimo possível de baldeações ou mudanças de linhas para algumas das atrações que considerava mais importantes.

Com isso deu para enxugar o tempo de deslocamento e também a nem sempre fácil navegação (como explico no post sobre como se locomover em Paris) no metrô da cidade.

Então não existe lugar certo ou errado para ficar em Paris? Mais ou menos…

Nos últimos anos Paris passou por um processo de degradação de algumas áreas, como é o caso do que passaram a chamar de “Cracolândia de Paris”. Sim, lá também tem isso e ela fica numa área mais ao norte da Gare de l`Est.. Acreditem, um dia à noite andei por ali e o clima era bem ruim! Ao sul dela, beleza.

Adicionalmente eu jamais consideraria um hotel fora do perímetro do anel viário que circunda Paris (no mapa deste post ele é bastante nítido). Isso porque se você ficar fora dele, tenha a certeza que qualquer viagem para uma das atrações te custará mais do que 30 minutos de viagem de metrô.

Hotel ibis Styles Paris Gare de l’Est Magenta

Ao final, a nossa escolha para esta viagem foi o hotel ibis Styles Paris Gare de l’Est Magenta que atendeu razoavelmente às nossas expectativas. A experiência que detalharei em breve aqui no site. 

Paris é uma cidade segura?

Eu sempre costumo brincar (mas era para chorar!) que se comparado ao Brasil, quase que qualquer lugar no mundo é mais seguro.

Lembro da primeira vez que fomos para Paris e a Sra Cumbicona ficou chocada com a possibilidade de podermos à noite perambular pela cidade com a máquina fotográfica pendurada no pescoço e relógio caro no pulso.

Ainda dá para andar pelas ruas mais turísticas tranquilamente à noite.

Bem, de lá para hoje já se passaram mais de 12 anos e, embora Paris ainda seja sim segura, já não é tanto assim. 

Mas calma, não precisa se preocupar tanto.

Digo isso porque roubos à mão armada seguem sendo raros, mas os furtos e pequenos golpes não. Na dúvida, evite zonas mais remotas à noite e não ande por lá ostentando demais!

Você precisa ficar atento a lugares com grandes concentrações por conta dos batedores de carteira (cuidado com o passaporte!) e eventuais itens de valor como relógios e celulares por exemplo.

Um lugar especialmente perigoso neste ponto é o metrô, especialmente se estiver lotado. É comum ouvir anúncios em vário idiomas a respeito dos pickpockets (batedores de carteiras).

Tenha sempre sua mochila à frente do corpo e com zíperes fechados. Eu normalmente deixo em lugares assim, quando preciso colocar nas costas, um daqueles cadeados de segredo.

Fora isso, pequenos golpes são frequentes nas proximidades das atrações turísticas.

É gente tentando te “dar” algo quando na verdade quer te vender. Gente tentando “ler a sorte” e por ai vai. Não se distraia com esta gente porque enquanto você presta atenção em um dos meliantes, outro vem e pega sua carteira, por exemplo.

Em determinas áreas, por conta de moradores de rua e confusões, a venda de bebida alcoólica teve horário restrito.

Adicionalmente cito alguns golpes como: falso taxista nos aeroportos (use apenas táxis oficiais); não aceite ingressos de atrações fora das bilheterias oficiais (tem malandro vendendo ingresso falso); num restaurante com mesas na calçada, não deixe celulares, máquinas ou bolsas soltas em cadeiras ou em cima da mesa; não aceite pulseirinhas de estranhos (especialmente em Montmatre); cardápios em inglês com preços diferentes do praticado em francês (sim, isso acontece embora não seja tão comum); falso turista perdido.  

São coisas “pequenas” se comparado àquilo que temos no Brasil, né?

No geral, ficando atento e tomando as mesmas precauções que você toma aqui, não deve ter problema.

Pode beber água da torneira? Sim e não! Nos EUA e alguns outros destinos eu até tomo água direto da torneira, mas em Paris eu não faria isso.

Não que sejam super comuns lá, mas eventualmente você pode ter algum problema com a comida local, então é sempre bom ter uma farmácia de viagem para eventual necessidade.

Em Paris, uma coisa muito comum eram os banheiros públicos situados nas ruas. Hoje eles são bem mais raros, dai porque se você não encontrar um, procure um restaurante e tome um café (porque são exclusivos para clientes) ou vá a uma das lojas de departamentos / shoppings.

Antigamente os banheiros públicos eram mais comuns.

Chip de internet móvel em Paris

Ter internet para usar durante o dia, seja para locomover-se, reservar atrações, conferir os posts aqui do Cumbicão (!!!), comprar preços, e tantas outras coisas é mais do que uma facilidade, é uma necessidade de viagem!!!

Comprar um chip local me pareceu ser complicado demais, já que o idioma oficial não facilita muito. Roaming do Brasil? Nem pensar, só o custo já assusta.

Fora que já sair do Brasil isso resolvido é uma tranquilidade adicional.

Para esta viagem, mais uma vez contamos com o chip de celular fornecido pelo OMeuChip que funcionou super bem durante toda a viagem. Se você quiser comprar o seu, é só clicar no link acima ou banner ao lado e aproveitar descontos especiais.

O que tem para fazer no Paris?

A resposta a tal pergunta demandaria um livro, não, uma enciclopédia inteira de tanta coisa que a cidade tem para oferecer.

Não é à toa que vira e mexe até mesmo quem já foi algumas vezes para lá se surpreende ou com uma nova atração ou com algo “escondido” dos turistas.

Em Paris, até sentar num café é um programa e tanto.

Aqui em casa discutimos muito o que queríamos ver nesta viagem. Tínhamos desde a ideia de explorar coisas que nunca havíamos visto, passando por um plano de ver só coisas fora do normal; indo também para um pacote que seria apenas Paris para crianças.

Mas como o tempo não era lá muito amigável para muitas atividades ao ar livre com crianças (fomos no inverno), e tínhamos sim muita saudades de alguns pontos, somamos duas necessidades: mostrar para o Cumbiquinho uma cidade que ele não conhecia, passando por pontos clássicos e também dedicar dois outros dias do itinerário para a Disneyland Paris.

Assim, chegamos a um roteiro que une o tradicional-básico com algumas coisas mais no meio do caminho, e que atende a uma grande variedade de pessoas, estejam elas viajando com ou sem crianças.

Mas retomando o que disse antes sobre a quantidade de atrações de Paris, antes de falar delas em si, vou deixar uma dica que se em muitas cidades que visitarmos é importante, numa viagem para Paris é algo essencial: PLANEJE-SE!!!

Sim, assim em letras garrafais para você não esquecer. Kkkkk

Sério! Por conta da quantidade absurda de atrações que não raras vezes é inversamente proporcional ao seu tempo na cidade, planejar seu itinerário na cidade é essencial.

Neste aspecto não estou sugerindo que você seja super inflexível não… Apenas tente montar um roteiro separando as atrações e/ou bairros de interesse por proximidade para você otimizar seu tempo e os deslocamentos.

Lembre-se que é importante aprender a usar o metrô de Paris.

Senão você vai ficar perambulando o dia inteiro no metrô como um tatu!!!

Neste aspecto, usar o Google Maps como eu fiz abaixo, marcando as atrações é primordial. Dá sim um trabalho para montar, mas fazendo isso antes ainda em casa e com calma, o resultado final durante a viagem fará você se orgulhar das suas habilidades de viajante e curtir mais e melhor Paris (e outros destinos).

Veja que desta vez eu literalmente tracei uma sequência de atrações para cada um dos 3 dias, para evitar idas e vindas desnecessárias.

Bora lá então.

Hôtel de Ville

O nome engana e ele parece tudo, menos um mero hotel. Este belíssimo edifício renascentista datado de 1357 é desde então a sede da prefeitura de Paris.

Hôtel de Ville.

Tão antigo assim, não é de se admirar que ele tenha sido palco de vários eventos na história de Paris, indo de palco para os dias agitados da Revolução Francesa à retomada de Paris na Segunda Guerra Mundial, ele chegou até mesmo a servir de prisão para Robespierre.

Acesso pela Estação Hôtel de Ville.

Île de la Cité, o berço de Paris

Situada no meio do Rio Sena fica a île de la Cité, que além de guardar algumas das principais atrações de Paris é considerada como sendo o local de fundação de Paris.

As torres da Sainte-Chapelle à direita e do Conciergerie à esquerda na Île de la Cité.

A história de Paris é tão complexa que não se pode dizer que ela tenha uma data de fundação específica, mas acredita-se que seus primeiros habitantes, os celtas, já viviam nesta ilha desde o século VII a.C. e que ela de fato foi crescendo a partir deste povoado.

É nela que você encontra por exemplo a igreja mais famosa de Paris, a Notre Dame de Paris.

Embora não se tenha ainda notícias de quando o seu interior será restaurado completamente e, portanto, liberada para visitação, ainda vale a pena dar uma passada ao menos para apreciar a sua fachada que que ficou completamente preservada mesmo depois do devastador incêndio de 2019.

Notre Dame de Paris que em breve deve ser reaberta.

Ela teve a sua construção iniciada em 1163 e levou nada menos do que mais de dois séculos para ser concluída.

Alguns poucos metros dali você encontra um dos edifícios mais importantes e bonitos de Paris, o Conciergerie.

Este belíssimo palácio gótico que já teve várias funções. Hoje é hoje o Palácio da Justiça, mas lá pelo século VI foi um palácio para os reis franceses. Depois, serviu como sede do parlamento por um tempo.

Palácio da Justiça de Paris.
Conciergerie, quem vê a bela arquitetura mal imagina os horrores que aconteceram ali.
Para enriquecer ainda mais a experiência, eles fornecem tablet com recurso de realidade aumentada.

Mas a sua fama maior deu-se pela sua função mais conhecida: de prisão.

Ele era conhecido na época da Revolução Francesa como a “sala da espera da morte”. Isto porque era aqui que os condenados esperavam julgamento pelo Tribunal Revolucionário onde praticamente todos eram condenados, saindo dali direto para a guilhotina.

Foi o caso, por exemplo de Maria Antonieta. Aliás os aposentos dela, a capela e uma coleção de itens pertencentes à mais famosa rainha francesa são itens obrigatórios da visita ao Conciergerie.

Capela em homenagem à Maria Antonieta
Ali você encontra alguns objetos que pertenceram a ela.

Outra importante atração da região é a Sainte-Chapelle, uma igreja por muitos considerada a mais bela de Paris.

No passado, quando a Notre Dame ali ao lado chamava todas as atenções, ela ficava praticamente esquecida dentro do Conciergerie – Palácio da Justiça da França, mas nos últimos tempos, com a famosa catedral fechada para restauro, a quantidade de turistas que visita a capela aumentou bastante.

Sainte-Chapelle.

Ela tem enormes vitrais que retratam nada menos do que mais de 1.000 cenas da Bíblia, indo do Gênesis ao Apocalipse em 15 conjuntos de vitrais que medem até 15m de altura.

O acesso é pago e tanto o valor do bilhete que recomenda-se comprar online antecipadamente, quanto os horários você confere aqui. Na época da nossa viagem funciona diariamente das 9h00 às 17h00

Para todas estas atrações, a melhor estação de metrô é a Cité que fica bem no meio da ilha e serve bem a todas elas.

Museu do Louvre

Muito mais do que um dos melhores e mais famosos museus do mundo, o Museu do Louvre é uma das atrações mais interessantes de Paris. Seja para aqueles que fazem a sua primeira visita a Paris, seja para os que estão mais habituados à cidade, é um daqueles lugares que eu colocaria como imperdíveis.

Museu do Louvre.

É bem verdade que muitos dos seus visitantes acaba mesmo ficando em algumas obras mais famosas como a Monalisa de Leonardo da Vinci e a Vênus de Milo que data da Grécia Antiga.

Isso é literalmente uma pena, já que o acervo do Louvre engloba ainda itens como uma das mais interessantes coleções de relíquias do Egito Antigo e pinturas fantásticas do século XIII ao século XX.

Lembro do meu encanto ao ver pela primeira vez lá múmias egípcias ao vivo, quando uma viagem ao Egito era apenas um sonho antigo.

Como se não bastasse a riqueza do seu acervo, o prédio do Louvre em si já é uma atração.

Isto porque o edifício tem um estilo renascentista inconfundível que é contraposto pelo conjunto de pirâmides de vidro instaladas ali em 1989. Você pode imaginar o tamanho da confusão que foi conseguir instalar algo assim tão disruptivo… Uma polêmica só!

Não pense você que dá para visitar o Louvre de forma tão breve quanto alguns imaginam.

Seja pelas extensas galerias ou pelo tempo que se fica nas filas, prepare as pernas. Anda-se muito. E isso demanda tempo.

Prepare as pernas para caminhar no Louvre.

Para dar uma noção aqui vão alguns números: é considerado o maior museu do mundo com 73.000 m², mais de 403 salas, mais de 14 km de corredores. O seu acervo tem mais de 380.000 itens, mas “só” 35.000 deles estão em exibição. reza a lenda que se você parar 10 segundos na frente de cada dos itens, precisaria de quatro dias e quatro noites para poder ver tudo.

Claro que as obras de arte mais concorridas são as mais famosas, como as acima citadas. Então se você for cedo ao museu, priorize vê-las primeiro.

Por isso para ajudar cito aqui alguns itens mais importantes na minha opinião:

1- A jangada de Méduse, de Théodore Géricault, de 1819, é a reconstituição de um naufrágio tão realista que chega a ser perturbador. Localização: Depto. de Pinturas, Sala Mollien 700

A jangada de Méduse.

2- Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, de 1503, é certamente a pintura mais famosa do mundo. Acredita-se que este pequeno e enigmático quadro seja o retrato da esposa de Francesco del Giocondo. Localização: Ala Denon, Sala 711.

Provavelmente o quadro mais famoso do mundo.

3- O Casamento em Caná, de Paolo Veronese, de 1563, retrata justamente aquela passagem bíblica onde Jesus teria transformado água em vinho num casamento. Localização: Depto. de Pinturas, diante da Mona Lisa.

Casamento em Caná

4- A Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis David, de 1807 retrata a coroação de um dos mais famosos franceses. O tamanho da tela e a riqueza de detalhes impressiona. Localização: Depto. de Pinturas, Sala Daru 702.

A Coroação de Napoleão

5- A Liberdade Guiando O Povo, de Eugène Delacroix, de 1831 é uma das pinturas mais famosas e que melhor representa a França. Localização: Sala 700, Ala Denon, Nível 1

Liberdade Guiando O Povo

6- Morte da Virgem, de Michelangelo Merisi da Caravaggio, de 1601-1606 representa a morte da Virgem Maria, que aqui foi retratada como uma mulher comum, o que explica o motivo do artista ter sido duramente criticado pela igreja. Localização: Ala Denon, Sala 710

7- A Vitória de Samotrácia. Localização: Térreo, escadaria, Ala Denon.

A Vitória de Samotrácia

8- A Vênus de Milo (Afrodite para os gregos). Localização: Térreo, sala 7, Ala Sully.

Vênus de Milo.

9- O Código de Hamurabi, provavelmente um dos códigos legais mais antigos do mundo, datado de 1754 a.C. segue a linha da lei de Talião: olho por olho, dente por dente. As penalidades ali são para lá de severas!!! Localização: Térreo, sala 3, Ala Richelieu.

Código de Hamurabi.

10- Virgem das Rochas, de Leonardo da Vinci, quem leu o Código da Vinci vai lembrar desta obra. Localização: Primeiro andar, sala 5, Ala Denon.

Virgem das Rochas.

Uma curiosidade sobre o Louvre é que nem sempre ele foi um museu. Originalmente ele era uma fortaleza muralhada, e apenas em 1793, ou seja, praticamente ainda no burburinho da Revolução Francesa é que ele virou museu.

Além das obras de arte, não deixe de visitar a belíssima Galerrie D’Apollon que guarda muitas joias e outros pertences incríveis da monarquia francesa. Só a decoração da galeria já vale a visita:

É um daquela lugares que você não sabe para onde olha primeiro.

O Louvre abre às segundas, quartas, quintas, sábados e domingos das 9h00 às 18h00, e sextas das 9h00 às 21h45, ou seja, fecha as portas nas terças. E na época da nossa viagem, o ingresso custava €17 e era gratuito para menores de 18 anos. Os horários e valores atualizados você confere no site do Louvre.

Um detalhe importantíssimo é que diante da alta procura, o Louve instituiu um sistema de time slot, onde você compra o ingresso com hora marcada. Este procedimento de compra você realiza pela bilheteria online do Louvre.

Num museu enorme como o Louvre é relativamente comum que eventualmente uma ou outra galeria não esteja disponível na data de sua visitação. Restauro, manutenção e etc. são constantes num lugar tão impecável como o Louvre. Cientes disso, o museu tem um site que indica quais galerias estão abertas em que datas. Maravilhoso!!!

Ah, prometo que é a última coisa essencial que vou comentar sobre o Louvre… Sendo enorme, baixe o mapa do museu no seu celular. Você vai lembrar de mim ao se perder menos nos infinitos corredores!

A famosa pirâmide invertida do Louvre.

A forma mais fácil de chegar lá é usando o metrô e descendo na estação de metrô, na verdade pode ser pela Palais-Royal / Musée du Louvre (linhas 1 e 7) ou pela Pyramides (linha 14). E a entrada principal (e que certamente você vai querer ver é a The Pyramids, apenas fique atento que existem várias filas, uma para quem tem ingresso e marcou com antecedência (altamente recomendável), outra para quem não tem ingresso, uma prioritária e outra ainda para quem tem passes próprios do Louvre.

Atentar que embora a entrada principal, e mais legal seja a The Pyramid se tiver uma fila muito brande, dá para entrar pelas entradas Carrousel ou Porte des Lions.

Jardim das Tulherias

Algo que você não pode deixar de fazer numa viagem à Paris é visitar ao menos um dos belos jardins que a cidade tem. Seja para uma breve caminhada no inverno ou, melhor ainda, um pique nique na primavera-verão, é um programa que enche os olhos.

Jardins das Tulherias.

Um dos mais famosos e belos é o Jardim das Tulherias, que fica próximo ao Louvre, mais precisamente entre o museu e a Praça da Concórdia.

Além das árvores, flores e arbustos, a partir dele se tem belas vistas do Rio Sena e da Torre Eiffel. Fora isso nele existe um belo carrossel e estátuas de artistas famosos como por exemplo Rodin. 

Ópera Garnier

Talvez um dos edifícios mais belos de Paris é a Ópera Garnier, ou Palais Garnier. Não confundir com o Ópera Bastille.

Inaugurada em 1875, é uma das mais importantes casas de ópera do mundo.

Infelizmente quando da nossa viagem ela estava fechada para reformas.

Além da beleza externa do seu estilo neobarroco, seu interior é simplesmente fantástico, a começar pela escadaria e hall de entrada.

O teatro, com capacidade para quase 2 mil pessoas é simplesmente majestoso. O lustre tem nada menos do que 8 toneladas de bronze e cristal e 340 luzes.

O ingresso varia conforme o que você adiciona, mas os valores iniciam (na época da nossa viagem) em €12 (menores de 12 anos não pagam) e funciona todos os dias das 10h00 às 17h00. Assim como outras tantas atrações de Paris, deve-se fazer a reserva online mas com a vantagem que você reserva o dia e não necessariamente o horário pois segundo o site oficial você pode entrar a qualquer hora entre 10h00 e 16h00.

Metrô: Opéra (linhas 3, 7 e 8), Chaussée d’Antin (linhas 7 and 9) ou Madeleine (linhas 8 and 14), Auber (RER A).

Galeria Lafayette

Aproveite que você está na região da Ópera e vá ao menos visitar a maior e mais famosa loja de departamentos de Paris, a Galeria Lafayette.

Galeries Lafayette

Paris tem muitas lojas, mas nenhuma como a Galeria Lafayette. Não sei vocês, mas eu sou do tempo em que ainda existiam no Brasil lojas assim que costumamos chamar de lojas de departamentos. Hoje, elas existem ainda fortes em muitos países, como Japão com suas “depatos” e na Espanha com o El Corte Inglês.

A versão francesa delas é justamente a chiquérrima Galeria Lafayette.

Se você tiver tempo para visitar apenas uma loja durante a sua viagem à Paris, que seja esta.

Na verdade, ela é uma superloja, já que se divide em três enormes lojas, no Boulevard Haussmann. A primeira e principal é Galeria Lafayette Coupole, a mais bela delas e onde você encontra moda feminina e infantil, além de perfumes, maquiagem, cremes, joias, e relógios etc. A segunda, Galeria Lafayette Homme, o nome já dá a entender o que tem: artigos masculinos. E a terceira, Galeria Lafayette Gourmet et Maison, tem gastronomia e produtos para casa.

Detalhe da cúpula.
No último andar tem um terraço de onde se tem boas vistas da Torre Eiffel.

Difícil escolher uma? Se puder veja as três. Mas se tiver tempo para apenas uma, escolha a Galeria Lafayette Coupole no n. 40 da Boulevard Haussmann pois é lá que está a belíssima cúpula com vitrais e a belíssima árvore de Natal que é montada todo final de ano.

Só tome cuidado para não se perder nos seus 6 andares e mais de 45.000 m²!!!

Não deixe de subir no 3º. Andar e ver a famosa passarela de vidro, Glasswalk de onde você terá uma vista incrível da cúpula. E também sugiro que você vá ao último andar para apreciar a vista que se tem do terraço.

Aliás uma curiosidade sobre esta joia da arquitetura Art Nouveau: ela foi parcialmente desmontada durante a Segunda Guerra Mundial para que não fosse destruída com os bombardeios alemães.

Normalmente ela abre de segunda a sábado, das 10h às 20h30, e aos domingos e feriados, das 11h às 20h. E a forma mais fácil de chegar lá é com as linhas 7 e 9 do metrô descendo na estação Chaussée d’Antin Lafayette. Mas também dá para descer na estação Ópera e caminhar uma quadra até lá.

Aproveitando que o tema é compras, lembre-se que se você gastar mais de €175 em uma mesma loja você tem direito de receber o reembolso do imposto único local, o tal VAT. É um dinheiro razoável, já que pode representar o reembolso de até uns 20% do valor da sua compra.

Aliás Paris tem excelentes opções para compras.

Para pedir, basta preencher o formulário de tax free na loja, e antes de fazer o check-in, vá ao posto de alfândega e apresente os formulários. Por que antes do check-in? Porque eventualmente eles podem querer ver os bens adquiridos.

A restituição pode ser em dinheiro mesmo ou no seu cartão de crédito.

Para mais informações veja o site do sistema Global Blue que administra os reembolsos.

E já que o tema é compras, Paris tem ao todo três unidades de uma loja que eu particularmente adoro por conta do seu estilo simples e sem estampas: UNICLO. Uma delas é pertinho do Ópera, na 17 Rue Scribe. Excelente lugar para comprar casacos, especialmente no inverno.

Place de la Concorde

Dizem que quanto mais você viaja mais quer viajar. Neste caso, eu diria também que quanto mais você viaja e aprende, mais quer rever alguns lugares.

Explico. Na nossa primeira viagem, lembro de ter visto que havia um obelisco na praça da Concórdia. Ok, era um obelisco egípcio, e daí?

Dai que depois de ver de perto a presepada dos franceses que trocaram (quase que um estelionato) com os egípcios um dos obeliscos do templo de Luxor por um relógio pifado, fiquei ainda mais interessado em rever este obelisco que deveria estar no Egito.

Isso deveria estar em Luxor 😠

Mas se você pensa que de interessante há apenas o obelisco egípcio e a bela roda gigante, saibam que nem sempre este lugar foi assim animado. Ou foi…

Depende do lado da história em que você está. Desculpa o humor negro!

Isto porque a Praça da Concórdia foi um enorme “guilhotinódromo”.

Ali mais de 1.000 pessoas foram executadas na guilhotina, dentre elas Robespierre, o Rei Luís XVI e da rainha Maria Antonieta rolaram.

Noutros tempos a guilhotina “comia” solta aqui.

Sim, Paris como outras metrópoles europeias têm estes landmarks estranhos.

Ponte Alexandre III

Daria literalmente para fazer um tour só pelas pontes do Rio Sena que corta Paris, de tantas e lindas que elas são.

Mas se eu tivesse que escolher a mais bela delas, seria a Ponte Alexandre III.

Ela foi construída em 1900 e foi um presente do czar da Rússia Alexandre III aos franceses. Presentão hein!!!

Nela você observa não só a Torre Eiffel ao fundo como também esculturas de cavalos alados e anjos revestidas com delicadas folhas de ouro.

Grand Palais

Antes de mergulhar na avenida mais famosa de Paris e talvez de toda a Europa, faça uma pausa no Grand Palais.

Esta enorme estrutura em estilo neoclássico e construída usando aço e vidro tem 240m. Sua construção deu-se para celebrar justamente a Exposição Mundial de 1900.

Grand Palais.

Uma curiosidade interessante sobre o Grand Palais é que a estrutura do teto, pesa mais do que a Torre Eiffel inteira!!!

Atualmente recebe os mais diversos eventos, como por exemplo desfiles de moda.

Para horários e preços durante a época da sua viagem, sugiro conferir o site acima. Para chegar lá o melhor esquema é usando o metrô Champs-Élysées.

Champs-Élysées

Champs-Élysées

Mais do que um shopping a céu aberto com várias marcas chiques e também outras mais acessíveis, a Champs-Élysées é uma das ruas mais belas do mundo e merece ser percorrida.

Difícil é não parar nas várias lojas ali existentes.

Em linhas gerais, como se vê do mapa que ilustra este post ela faz a ligação entre o Arco do Triunfo e a Praça da Concórdia, ou ainda mais para baixo, o Louvre. Baixo? Sim, há um leve declive no sentido do Arco para o museu.

Arco do Triunfo

Rivalizando com a Torre Eiffel, está um outro ícone parisiense, o Arco do Triunfo.

Arco do Triunfo.

Construído no início do século XIX por Napoleão Bonaparte para homenagear as forças armadas francesas, este é um dos meus monumentos parisienses favoritos.

Localizado na base do Arco do Triunfo, o Túmulo do Soldado Desconhecido presta homenagem aos 1,3 milhões de soldados franceses que morreram na Primeira Guerra Mundial.

Para além de passear pelos arredores do Arco, sugiro você subir nele.

Sim, isso é possível. Subir ao terraço existente no topo do arco vale bem o esforço (apesar dos 284 degraus). Dali, do alto dos seus 50 metros, a vista sobre as principais avenidas parisienses é avassaladora. Mais um local a ver em Paris!

Neste passeio é possível visitar o interior do Arco do Triunfo, no caso o seu topo/terraço, ter uma vista magnifica da Champs-Élysées. Para isso, reserve antecipadamente na bilheteria oficial.

Uma coisa super importante: jamais, em hipótese alguma, tente atravessar a rua para chegar até ele pois o risco de você ser atropelado ou causar um grave acidente é enorme pois nesta mega rotatória nada menos do que 12 avenidas convergem. Use as várias passarelas subterrâneas que existem ali.

Para chegar lá use a estação do metrô Charles de Gaulle – Étoile

Passemos então à outra margem do Rio Sena.

Torre Eiffel

Quem olha hoje o mais famoso monumento do mundo não imagina que ele foi construído para ser logo na sequência desmontado. Sim, a Torre Eiffel, símbolo maior não só de Paris como da França foi construída para ser temporária.

À noite ela fica ainda mais linda!

O ano era 1889 e justamente para marcar a Exposição Universal daquele ano, os franceses encomendaram ao engenheiro Gustave Eiffel uma bela torre de ferro com 314m de altura (equivalente a uns 100 andares) e nada menos que 10mil toneladas.

Os números desta estrutura, mesmo depois de tantos anos ainda impressionam: ela recebe sozinha 7 milhões de visitantes, sendo 75% deles estrangeiros; levou mais de 2 anos para ser construída; a cada 2 anos ela é pintada por nada menos do que 25 pintores ao custo de €4 milhões; e em situações especiais ela é iluminada com cores variadas.

E pensar que quando ela foi terminada, muita gente simplesmente detestou o monumento… Mal sabiam que seria mais tarde o monumento mais famoso do mundo.

Basta você olhar ao redor para notar que a Torre Eiffel é a construção mais alta da cidade, e seguiu sendo a mais alta estrutura do mundo feita pelo homem até 1930 com a construção do Empire State em NY.

É por isso que do seu topo se tem a melhor vista de Paris em todas as direções.

Ela tem na verdade 3 pisos.

O primeiro andar, por assim dizer, é o menos interessante e muita gente acaba dispensando, está 57m de altura. Aliás, embora existam 3 elevadores que te levam lá, é possível subir de escada – haja folego para encarar os 674 degraus!

Eu particularmente nunca visitei este andar.

O segundo, é o mais famoso, está 116m do solo e conta com o mirante e o restaurante Jules Verne. É servido por 2 elevadores.

Já no último (276m) e o mais espetacular, há uma maquete do escritório do seu construtor Gustave Eiffel e um bar de champanhe.

Aliás uma curiosidade sobre o engenheiro Gustave Eiffel é que ele projetou outras importantes estruturas, como por exemplo a Ponte Dom Luís, na cidade do Porto em Portugal. A semelhança da estrutura aliás entrega!

O que pouca gente sabe também é que ele projetou a estrutura interna que dá sustentação à Estátua da Liberdade.

Algumas curiosidades sobre a Torre Eiffel: Santos Dumont (O PAI DA AVIAÇÃO, SIM!!!) circundou ela em 1901 com o dirigível N-5. E em 1923, o estelionatário Victor Lusting usou documentos falsos para vender ela como ferro velho – imagina a ignorância de quem acreditou?!?!

Vale subir na Torre? Claro se for a sua primeira vez em Paris. Talvez não se for a sua segunda viagem pela cidade.

Digo isso porque o custo não é barato e a concorrência é grande.

A forma mais tranquila e mais cara é ter uma reserva no restaurante do segundo andar porque aí você tem prioridade na fila. Outra forma é comprar antecipadamente no site da Torre Eiffel que assim como outras tantas atrações de Paris está funcionando com bilhetes com hora marcada – dá para ir sem hora marcada, mas aí haja tempo na fila…

Torre Eiffel abre todos os dias, e no geral o horário é das 9h30 às 23h45 – última entrada 1h antes de fechar (consulte o site oficial para exceções).

O ingresso varia conforme a tabela abaixo (consulte e o site oficial na data da sua viagem):

Um detalhe importante é que você só consegue comprar os ingressos com no máximo 90 dias de antecedência caso opte por comprar antecipadamente, o que eu recomendo.

Como chegar? 

Existem basicamente três boas opções usando o metrô (para variar!!!)

Pelo Trocadéro (de onde se tem aquela vista clássica) pegando a linha 6 ou a linha 9 e descendo na estação Trocadéro – serão apenas 15 min. de uma agradável caminhada até a Torre. 

Outra opção é pelo Champ de Mars (o gramado diante dela), pegando a linha 8 do metrô e descendo na estação École Militaire – também 15 min. de caminhada até ela.

E por fim, a menos conhecida e comum que é pela estação Bir Hakeim (linha 6) andando apenas 10 min. 

Quais os melhores pontos para fotografar a Torre Eiffel?

Para esta viagem estudei o tema com muito afinco e te dou aqui alguns:

Normalmente todo mundo tira aquela foto clássica da Torre Eiffel a partir de dois pontos tradicionais: o Trocadéro e o Champ de Mars. Mas existem outros pontos fantásticos para fotos menos tradicionais e muito mais criativas do ícone mais famoso da França.

Vista a partir do Trocadéro.

O primeiro deles é a Pont de Bir Hakeim sobre o Rio Sena. A partir dela tem se uma das vistas mais interessantes da torre.

Uma das mais incríveis é a partir da Ponte de Bir-Hakeim

Aliás, se você não quiser ir até lá (vai perder a ponte em si que é linda), dá para pegar a linha 6 do metrô e ficar olhando pela janela entre as estações Passi e Bir Hakeim e fazer um vídeo ou fotos igualmente interessantes porque neste trecho ele fica na superfície.

A vista da linha do metrô vale a viagem!

Um ponto que passou a chamar a atenção nos últimos tempos pelo seu belo enquadramento é a Rue de I`Université, mais especificamente na sua última quadra antes de chegar à Torre.

A famosa vista da Rue de l’Université.

Aqui precisa chegar cedo ou dar muita sorte porque ela fica lotada de gente tentando a melhor pose. Ai tem aquele povo chato que ao invés de tirar uma foto e “vazar” fica fazendo hora…😠

Para uma vista compondo com o Rio Sena, sugiro a passarela de pedestre Pasarelle Debilly.

Um que eu não conhecia e fui visitar nesta viagem foi o Montparnasse Tower Observation Deck.

Trata-se de um edifício comercial com 210m de altura e que tem no seu 56º andar um observatório de onde se pode ver não só a Torre Eiffel como todos os outros pontos de Paris.

Do Montparnasse Tower Observation Deck tem se uma vista fantástica da Torre Eiffel.

Olhando os números, pode parecer pouco, mas se você considerar que Paris tem regras urbanas que não permitem a construção de edifícios com mais de 37 metros, o equivalente a 6 andares, na zona central, dá para imaginar o quanto a vista do seu topo é boa.

Em dias claros dizem que dá para avistar pontos a uma distância de até 40km, o que é incrível especialmente se considerarmos que não existem outros pontos de observação assim tão bons na cidade e que drones são banidos de Paris.

A visitação tem duas etapas, a primeira dá-se no observatório que você acessa no elevador mais rápido da Europa (38 segundos para ir até o 56º andar), e a segunda no rooftop (2 andares acima pelas escadas) que tem uma vista 360º da cidade inteira.

Fica na 33, Avenue du Maine (Montparnasse-Bienvenüe, linhas 4, 6, 12 e 13). Funciona de abril à setembro das 9h30 às 23h30 e de outubro a março de domingo a quinta das 9h30 às 22h30 e sextas, sábados e vésperas feriados das 9h30 às 23h00. O ingresso na época da nossa viagem custava €19/9,50 adulto/criança até 11 anos.

Outro ponto, porém mais distante é de Montmartre nos arredores da Basílica de Sacré-Cœur.

Bom, não será por falta de dicas que você voltará da sua viagem para Paris sem boas fotos da Torre Eiffel.

Museu dos Inválidos

Estando no Champ de Mars não tem como deixar passar batida o enorme domo dourado do Hôtel des Invalides / Museu dos Inválidos.

Museu dos Inválidos.

Como o nome dá a entender, ele foi um hospital, construído no século 17 para tratar dos soldados que lutaram nas várias guerras que a França se envolveu. Daí o nome: Inválidos.

Atualmente ele guarda o museu das Forças Armadas Francesas e o túmulo e do cavalo branco de Napoleão.

Panteão de Paris

Mas se tem algum lugar onde a frase “ser sepultado em grande estilo” fez sentido foi em Paris, mais precisamente no Panteão de Paris.

Panteão de Paris.

Situado nos arredores da Universidade de Sorbonne, provavelmente a mais importante da França, o Panteão de Paris abriga os restos mortais de nada menos do que Saint Exupéry, Jean-Jacques Rousseau, Victor Hugo, Voltaire e outros.

Como se não bastasse estes ilustres “convidados”, o edifício é um dos mais belos que já vi. Com clara inspiração no Pantheon de Agrippa em Roma, dizem que foi construído para rivalizar com as igrejas de São Pedro em Roma e Saint Paul em Londres.

Olha, acho que, fizeram um belo serviço!

Ele foi construído em 1874 e tem várias pinturas que retratam o nascimento do cristianismo e a monarquia francesa.

Quer mais? No seu interior está instalado o Pêndulo de Foucault que foi posto ali em 1851 para demonstrar a rotação da Terra.

Pêndulo de Foucault.

Para conferir o preço do ingresso e horários na época da sua viagem, veja o site oficial o Panteão de Paris. Na época da nossa viagem será das 10h00 às 18h00.

A forma mais fácil de chegar lá é usando a estação do metrô Cardinal Lemoine.

Jardins de Luxemburgo

Ali perto do Panteão, fica um lindo jardim de Paris que vale a visita, especialmente num dia de sol para fazer um piquenique.

Estou falando dos Jardins de Luxemburgo.

Em 1612, a viúva de Henrique IV, Maria de Médicis, ordenou a construção de um palácio e jardins inspirados em sua terra natal, Florença. 

Jardins de Luxemburgo

A Rainha desejava um espaço verde grandioso e elegante, digno da realeza, e o resultado foi um parque que se tornou um dos mais belos e queridos de Paris.

Com mais de 23 hectares, é o segundo maior parque público de Paris, depois do Bois de Boulogne. 

O parque é adornado por mais de 100 estátuas que retratam figuras mitológicas, escritores e artistas franceses. Fontes ornamentadas jorram água cristalina, enquanto gramados floridos e árvores centenárias criam um ambiente tranquilo e relaxante. 

Ali um dos edifícios mais belos é justamente o Palácio de Luxemburgo, sede do Senado francês.

Montmartre

Beleza, se você já conheceu as atrações do eixo do Rio Sena e arredores, acho que vale explorar um dos bairros mais típicos de Paris: Montmartre.

Como o nome já dá a entender, ele está situado numa colina e é uma das poucas áreas não planas de Paris.

Por que visitar Montmartre?

Montmartre, o bairro mais charmoso de Paris.

Trata-se um dos, senão o mais charmoso e típico bairro de Paris que fica no 18o. distrito, ao norte do Rio Sena.

Particularmente eu acho que é um dos bairros mais originais e gostosos de Paris. É bem arborizado, cheio de edifícios históricos, cafés, restaurantes, lojas descoladas, e é claro artistas de rua (especialmente pintores).

E foram justamente estes artistas que fizeram a fama de Montmartre, mais precisamente na chamada Belle Époque.

Foi uma época de grande efervescência cultural de Paris, onde os cabarés e a cena cultural da região atraíram nada menos do que expoentes como Salvador Dali, Picasso, Van Gogh, Monet e outros que se juntavam ali para trocar figurinhas.

Ainda na parte baixa de Montmartre, fica uma de suas atrações mais famosas, o Molin Rouge, o cabaré mais conhecido do mundo.

Eu particularmente não curto muito este tipo de espetáculo, mas se você quiser assistir, o valor varia entre €87 e €420 dependendo se você deseja ou não adicionar o jantar ao show. 

O centro do burburinho e dos artistas de rua, especialmente pintores que fazem incríveis retratos, é a Place du Tertre, onde os ícones da pintura acima citados e outros se reuniam.

As praças sempre cheias de artistas.

Ali perto, mais precisamente na Rue Lepic, 15, está o Café des Deux Moulins. Se pelo nome você não reconheceu, é o café em que a personagem Amélie trabalhava no filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Vale pelo menos parar ali para uma foto ou um café.

Outro lugar famoso de MontMartre é o Le mur des je t’aime, um mural com a frase “eu te amo” escrita em 200 idiomas diferentes. É um lugar bastante concorrido e rende belas fotos. Fica na Rue des Abbesses. 

A região de Montmartre rende belas fotos e um dos pontos mais fotografados é a esquina em que está o restaurante La Maison Rose. Difícil é pegar o lugar sem tanta gente! É aquela coisa de expectativa vs. realidade!

La Maison Rose.

Ainda na linha de restaurantes típicos e “instagramáveis” o Le Consulat não pode ficar fora da sua lista. Ao lado dele fica outro restaurante lindo, o La Bonne Franquette.

Cabaret Au Lapin Agile.

Antes de seguir a diante, vale andar uma quadra para conferir ao menos a entrada do Cabaret Au Lapin Agile, o mais antigo da região, datado de 1860. A sua fachada é algo incrivelmente belo e contrasta com tudo o que há na região.

Outro ponto conhecido é a escultura La Passe-Muraille, onde um homem parece estar saindo de dentro do muro.

La Passe-Muraille.

Algo que provavelmente ninguém imaginaria ver em Montmartre é um moinho.

Moulin de la Galette é um moinho de vento de verdade construído em 1622 que durante anos serviu na moagem de grãos e atualmente abriga um restaurante. Ele foi representado na famosa pintura “O baile no moulin de la Galette” de Renoir. Fica na Rue Lepic, 83.

Moulin de la Galette.

Mas na minha opinião uma das paisagens mais típicas de Montmartre é a Rue de L’Abrevoir, uma rua de paralelepípedos bastante sinuosa e cheia de casas típicas com uma vista da Basílica de Sacré-Coeur ao fundo.

E coroando tudo isso ainda tem a Basílica de Sacré-Coeur, uma das igrejas mais famosas de Paris, ao lado da Notre Dame.

Basílica de Sacré-Coeur.

Por fora, a sua estrutura branca em estilo romano-bizantino pode ser vista de vários pontos de Paris justamente por estar no ponto mais alto da cidade. 

Se você tiver sorte de visitar a região num dia de sol e céu limpo, dá para ver muito longe, inclusive a Torre Eiffel já que a colina está 130m acima de Paris. Se você estiver lá no final de tarde, aproveite para assistir ao mais belo pôr do Sol de Paris.

O ponto mais tradicional para apreciar a vista incrível de Paris é a partir da escadaria da Basílica, mas se você tiver fôlego, dá para subir na cúpula dela, basta encarar os 300 degraus. Kkkkk

Mas voltando a falar da Basílica em si…

A Basílica de Sacré-Coeur, ou do Sagrado Coração (de Jesus), foi construída entre 1875 e 1914 é uma das principais atrações turísticas de Paris.

O seu interior é lindo e cheio de belos mosaicos.

A Basílica abre todos os dias das 6h00 às 22h30.

Para voltar, sugiro que você aproveite o funicular que fica diante aos pés da escadaria e te leva à parte baixa de Paris.

Aos pés da colina onde está a Basílica, você encontra a Pharmacie Monge Sacré-Coeur, que é tida como uma das melhores e mais baratas de Paris, especialmente para itens de beleza. Leitoras, aproveitem!!!

Como Montmartre fica essencialmente numa colina, uma dica importante para poupar as pernas é ir de metrô até o ponto mais alto e vir descendo, justamente no sentido contrário ao que apresentei as atrações acima, ou seja, vá da Basílica até o Moulin Rouge a pé.

Sugestão de estação do metrô: Abbesses. Aliás, não passe correndo pela entrada da estação não… pare e repare no estilo vintage da sua entrada. Uma das mais belas de Paris.

Outra dica interessante, especialmente para poder curtir o bairro mais tranquilo é visitá-lo pela manhã pois no período da tarde, e em especial nos finais de semana as ruas lotam.

A vantagem de ir no final de tarde dá para explicar numa foto! 😍

Paris com Crianças

Paris é também uma cidade cheia de boas atrações para os pequenos viajantes.

A primeira coisa a saber é que as crianças, ao contrário do que muitos pensam se interessam bastante por atrações que muitas vezes os adultos nem imaginam.

O Museu do Louvre tem uma série de múmias egípcias que são super interessantes para os pequenos.

A cidade tem vários parques onde dá para brincar ao ar livre.

A Disneyland Paris é uma das excelentes opções para quem viaja com crianças.

Isso sem falar na Disneyland de Paris, que será objeto de uma sequência de posts em breve. O que posso te adiantar é que dá para separar fácil dois dias do seu itinerário para curtir os dois parques da Disney nos arredores de Paris.

Uma atração que não conhecíamos e que adoramos foi o Museu Nacional de História Natural (Muséum national d’histoire naturelle).

Na verdade, não se trata de um simples museu, mas sim de um complexo que contempla um jardim botânico, um museu de paleontologia, um museu de geologia e finalmente um museu de história natural.

Museu Nacional de História Natural

Se você logo lembrou do Museu de História Natural de Nova York, saiba que este não fica devendo nada não.

Ele fica no que se chama de a Grande Galeria da Evolução, um edifício em estilo art nouveau que por si só já vale a visita. Toda a iluminação e sonorização imitam o clima de diferentes biomas da Terra.

O grande destaque sem dúvidas é a Grande Galeria da Evolução, onde os animais estão dispostos num layout que lembra uma migração na savana africana.

Simplesmente imperdível!!!

E aí? Que tal agora programar a sua viagem para Paris? 

* O Cumbicão visitou Paris a convite do Centre des Manuments Nationaux de France e do Paris Montparnasse Observatory para coletar material para este post. Todas as opiniões e relatos aqui descritos refletem fielmente a experiência, atendendo à política do blog.

Diogo Avila

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