Parafraseando Napoleão Bonaparte, eu lhes diria: Viajantes, pensem que do alto dessas pirâmides, cinquenta séculos vos contemplam! Se tem algo que todo viajante deveria fazer ao menos uma vez na vida é contemplar por alguns instantes este monumento que já viu quase que tudo o que já passou pela face da Terra e é um dos pontos turísticos mais famosos do mundo.
Pois um século atrás foi mais ou menos esta a frase que o imperador francês disse aos seus soldados ao chegar lá em julho de 1798 para uma batalha contra os turcos (a Batalha das Pirâmides).
Pensadas para conservar o corpo dos faraós, as pirâmides conservaram a história de uma das mais (senão a mais) incrível civilização que já existiu e que ainda guarda muitos mistérios.
A importância dos antigos egípcios na história é tão grande que dias destes ouvi algo mais ou menos assim: primeiro vieram os antigos egípcios, e depois a história. Ou seja, o marco deles é tão relevante que daria até mesmo para brincar que a história da humanidade começou com o Antigo Egito.
Quando o assunto é marcos de viagem, as Pirâmides do Egito são tão constantes nas listas de desejos dos viajantes que só encontram competidores à altura na Muralha da China. Isto se justifica, pois é uma das poucas Maravilhas do Mundo Antigo que ainda resiste.
Depois de me refazer do impacto de olhar de perto as Pirâmides e pensando sobre o avanço tecnológico para a construção delas e outros tantos conhecimentos que os egípcios já tinham (lembrando apenas que estamos falando de coisas de mais de 3.000 anos!), uma questão existencial não saiu da minha cabeça: onde estaríamos hoje, em termos de conhecimento e tecnologia se todos estes avanços não tivessem sido “apagados” pela ignorância das civilizações subsequentes?
Só para vocês refletirem, no Egito Antigo já existiam avanços que só depois do fim da Idade Média, praticamente 2.000 anos depois, o homem conseguiu parcialmente resgatar.
Não teria a humanidade perdido 2.000 anos de evolução?
Quando se fala em pirâmides, todo mundo lembra-se das de Gizé, mas existem no Egito (pelo que sabe hoje), mais de 132 pirâmides. Outra coisa interessante é que o trio de Gizé não foram as primeiras, na verdade foram umas das últimas. As primeiras foram aquelas erguidas pelo arquiteto Imhotep por volta de 2667 a.C. na 3ª. Dinastia em Saqqara.
Quero inclusive fazer um parêntese para falar sobre ele Imhotep (sim, você já ouviu este nome!). Apesar de Hollywood ter aproveitado o seu nome para contar a história de um sacerdote que fugiu com a esposa do faraó, este fato não está sequer mencionado na história.
Mas o que o se tem é que de fato ele foi um super primeiro ministro do faraó Djoser na Terceira Dinastia. Foi médico, diplomata, e como dito, arquiteto. O prestígio dele era tamanho que foi enterrado em lugar ainda desconhecido, mas segundo os relatos históricos, recebeu todas as honras de rei.
Mas de onde veio esta ideia revolucionária de construir estruturas assim tão únicas e avançadas para a época?
A ideia da pirâmide veio a partir do conceito de que utilizando-se dos degraus (a primeira era assim como dito acima), o faraó poderia ascender aos céus. Outra ideia revolucionária de Imhotep foi criar o conceito de colunas, algo até então inexistente.
Mas qual era o seu papel a final. Apesar de haver algumas controvérsias a respeito de como elas foram construídas, uma coisa é consenso: seu objetivo era servir como câmara mortuária. E que câmara hein???
Um fato interessante é que nem sempre os egípcios se utilizaram deste tipo de construção para seus faraós. Senão, haja espaço para tantas construções gigantescas.
Construindo as pirâmides
Falando a respeito da sua construção, diversamente do que a cultura pop insiste, elas não foram construídas por escravos. Tampouco por alienígenas, apesar de ser difícil aceitar tamanha complexidade da construção versus os recursos da época.
A sua construção está intimamente associada ao alto grau de organização do Egito enquanto Estado, pois conseguiu reunir sob um complexo regime de trabalho um número incontável de trabalhadores que eram remunerados à base de pão e cerveja (tem vaga?).
Tempos atrás escavações mostraram que nos arredores delas haviam alojamentos, refeitórios e até mesmo hospitais para servirem a este enorme site de construção.
O mais legal disso é que os trabalhadores eram divididos em grupos conforme as suas aptidões e a necessidade do momento.
Diferentemente do que muitos pensam, ali não ficavam apenas as pirâmides.
Toda esta região, que era considerada sagrada e portanto cercada por um muro, era uma espécie de ponto de encontro entre mundo dos vivos e dos mortos.
E não pense que são apenas as três Pirâmides e a Esfinge, pois embaixo de tanta areia, encontraram de pirâmides menores à templos e outras construções, bem menos conservadas é verdade.
Encontraram inclusive mastabas, que eram câmaras mortuárias mais simples que possivelmente foram utilizadas para enterrar nobres.
Talvez você tenha alguma vez se perguntado porque os egípcios não fizeram outras pirâmides depois destas. O fato é bastante simples e racional. Além do evidente alto custo de tempo e mão de obra, é fato que elas eram um alvo fácil para os saqueadores. Nem entradas falsas ou o medo de crendices populares afastaram os saqueadores.
No período histórico posterior a elas, os faraós, diante de tantos saques, resolveram mudar as tumbas para o Vale dos Reis em Luxor, um lugar mais remoto e relativamente melhor escondido dos saqueadores. Você há de convir que uma tumba cavada no solo é muito mais discreta do que um monumento que literalmente cunhou o temo “monumento faraônico”.
Um mito que muita gente tem é que as Pirâmides são isoladas no meio do deserto. Ok, é verdade que elas, e toda a cidade do Cairo está no que se chama deserto do Saara. Mas dai para elas estarem majestosamente isoladas no deserto vão se alguns caminhões de arreia.
Elas não deveriam estar tão próximas à cidade (20km do centro do Cairo), ou melhor, ao subúrbio. Acontece que a expansão populacional foi tamanha que alguns bairros, na sua maioria bem humildes, literalmente colaram nelas nas décadas de 60/70.
Tanto que o único ponto de fotos que sobrou sem “poluição” visual no fundo foi aquela a partir do platô.
As pirâmides do Egito
Bem, vamos então falar das três pirâmides que compõem o complexo de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos; e a Esfinge, é claro!
Para você ter uma visão geral do complexo e do tamanho das coisas, e principalmente das distâncias, dá só uma olhada no mapa abaixo:
Uma primeira coisa interessante que não sabia até chegar lá é que elas pertenciam a três gerações: filho, pai e avo. Praticamente uma família de empreiteiros!
Além das três famosas pirâmides, o complexo todo tem alguns templos e outras pirâmides menores que são dedicadas às rainhas.
Pirâmide de Quéops
Também chamada simplesmente de Grande Pirâmide, olhando seus adjetivos, fica clara a origem da expressão “construção faraônica” que tanto utilizamos: ela tem 52.000m² de base; 230m de um lado ao outro; 146m de altura original e 138m hoje (a areia cobriu uma parte); são 2,5 milhões de blocos; e (ufa!) peso total de 6,5 milhões de toneladas.
Tudo isso já seria demais, né? Então agora adicione mais 4.700 anos de idade e a coisa ganha proporções ainda maiores.
Só para dar uma noção do tamanho do feito dos antigos egípcios, apenas em 1311, já na Idade Média, foi que os europeus conseguiram levantar uma construção mais alta que ela, a Catedral de Lincoln, na Inglaterra.
A precisão dos egípcios na construção dela foi tamanha que os vãos entre os blocos são tão certinhos que a diferença entre os lados dela não supera 5cm!!! Pensa, hoje fazer isso com um GPS e um monte de maquinário já é complicado. Imagina sem nada disso…
E por falar em coordenadas, a pirâmide está alinhada com os pontos cardeais, apontado uma de suas arestas para o norte verdadeiro. O conjunto todo está alinhado com a constelação de Orion.
Uma curiosidade que já contei aqui no site, mas que fale repetir: tanto Angkor Wat, quanto Chichén Itzá e as Pirâmides, tem algo em comum: todos estes famosos monumentos estão alinhados em um círculo que circunda a Terra, ou seja, numa mesma latitude!!!
Teorias à parte, isso não tem nada de místico, mas mesmo assim há uma explicação extraordinária. A explicação para tal alinhamento é que todos estes povos tinham um excelente conhecimento de astronomia e geolocalização, o que possibilitou a construção de seus templos e cidades segundo um alinhamento perfeito, mesmo sem sequer imaginar a existência uns dos outros.
Os blocos vieram de diferentes lugares, alguns de Assuã, mais de 800km de distância de Gizé e eram cortados com cunhas de madeira com muita martelada. A grande sacada era que as cunhas uma vez posicionadas eram molhadas para que absorvendo água, expandiam e talhavam a rocha.
Como as pedras foram levadas? Isso ainda está pouco explicado, mas acredita-se que elas foram arrastadas de uma pedreira até a base.
Hoje, as pedras que você vê são na verdade parte da estrutura. Originalmente ela era toda coberta por pedras lisas / polidas que davam um brilho sob a luz do Sol. Imagina como deveria ser lindo??? Algumas destas pedras ainda existem na base.
As rochas que faziam o revestimento eram de calcário branco e depois de um forte terremoto, muitas se desprenderam. Foi ai que um sultão teve a “brilante” ideia de pegar as que soltaram (e depois todas as demais) para construir mesquitas e fortes na cidade do Cairo.
Então se você olhar a cúpula da Mesquita de Muhammad Ali, saiba que as pedras dali vieram das pirâmides.
A sua construção iniciou-se aproximadamente em 2570 a.C. e estima-se que ela tenha sido erguida em um período que varia entre 10 e 20 anos. Estudos apontam que até 40mil pessoas tenham trabalhado no projeto.
Olhando a pirâmide de perto você notará um buraco no meio de uma das faces, é uma das portas. Ela está assim no alto porque era onde estava a areia muitos séculos atrás. A porta original é mais para baixo.
Uma pergunta que muita gente se faz é se dá para entrar nela. Sim! (LE 300/150 diariamente das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h00).
Mas o que tem dentro da Pirâmide de Quéops?
Na verdade, não tem muita coisa para ver dentro, afinal, tudo foi saqueado e não existiam decorações muito elaboradas (especialmente se você comparar com as tumbas de Luxor).
Vale entrar mais para matar a curiosidade e pela sensação de estar dentro de algo assim tão grandioso.
No seu interior são quatro câmaras conhecidas: Grande Galeria, Câmara da Rainha, Câmara Real e uma sala vazia no subsolo. Dizem que outras podem ser descobertas.
A câmara no subsolo não chegou a ser terminada e estava vazia, não se sabe se desde sempre ou se foi saqueada em algum momento.
As outras duas, mais superiores são a câmara da Rainha e a do Rei.
Na Câmara do Rei, há apenas o sarcófago de granito. O interessante é que ele não passa pelas passagens existentes, o que leva a crer que ele tenha sido ali colocado durante o processo de construção.
Algumas pessoas que não curtem muito lugares apertados podem sentir desconforto. E as escadas para chegar lá não são fáceis para quem tiver maior dificuldade.
Duvida? Olha só o caminho:
Primeiro você desce uns 40m de altura por um caminho de 100m de distância, passando por uma abertura de 1,3m de altura por 1m de largura até chegar à Grande Galeria que tem 47m de comprimento por 8,5m de altura. É a partir dela que você tem acesso à Câmara da Rainha e à Câmara Real.
Mas vamos combinar que você simplesmente não terá outra oportunidade na vida (ao menos nesta!) de entrar em uma construção assim tão antiga.
E o ar lá dentro? Tem cheiro ruim? Mofo? Que nada!
Eu sou alérgico a quase tudo 🤣 E saí de lá sem nenhum espirro sequer. Não tem nenhum cheiro específico, apenas uma sensação de ar nem tão fresco quanto o exterior e levemente mais úmido que o deserto, mas não demais.
O incrível é como diante de uma estrutura tão apertada assim o ar consegue fluir incrivelmente bem. Os canais de ventilação existentes são super bem pensados para que você não se sinta sufocado.
Quer mais? O sistema de ventilação consegue garantir que a temperatura seja constante de 20°C.
Pirâmide de Quéfren
Quéfren, filho de Quéops, reinou de 2520 a 2494 a.C (4ª Dinastia) e deixou para o mundo a segunda maior pirâmide do Egito com 143m de altura originalmente.
Hoje ela tem 136m de altura e uma base de 215m de comprimento. Se você olhar atentamente, irá pensar que ela é mais alta que a de Quéops, mas na verdade tem-se esta impressão porque ela está em um platô 10m mais alto.
Acreditam que ela tenha sido saqueada ainda no período do Antigo Egito, quando Ramsés II mandou retirar pedras dela para construir um templo.
No seu interior, quando abriram ela em 1818, já não havia nada na sala mortuária. Nada de tesouro ou múmia. Alguém já teria levado tudo.
Dá para entrar? Talvez sim, porque ela alterna com a de Miquerinos, uma abre, fecham a outra. O custo para isso é LE60/30 adulto/criança; diariamente das 8h00 às 16h0).
Lembram que falei daquela questão do acabamento mais liso das pirâmides? Olha ai como a de Quéfren ainda tem o topo praticamente original:
Pirâmide de Miquerinos
A pirâmide do faraó Miquerinos (também da 4ª. Dinastia) é a menor das três que formam o complexo de Gizé.
Ela tem 62m de altura.
Como já disse antes, ele era filho de Quéfren, portanto neto de Quéops. Parece até que a sequência de tamanhos foi combinada entre os familiares, ou então, em um tom respeitoso, o descendente não quis superar o ascendente.
Mas na realidade, ele faleceu antes do que se imaginava, e não tiveram tempo de terminar sua pirâmide, na qual por este motivo, foram empregados materiais de menor qualidade segundo os estudiosos.
Para entrar paga-se LE60/30 adulto/criança e abre diariamente das 8h00 às 16h00.
Curiosidades sobre as pirâmides
O Egito e as Pirâmides são um prato cheio para curiosidades:
Não existe nenhum hieróglifo dentro delas.
No seu interior, a temperatura de 20° e umidade relativa do ar são praticamente constantes.
Dizem que algumas figuras históricas e não menos egocêntricas já dormiram no interior da Pirâmide de Queóps, mais precisamente na Câmara do Rei como forma de “retiro espiritual”. Dizem que os dois primeiros foram Alexandre, o Grande e o Imperador Romano Júlio César. O último a fazer esta “extravagância” foi Napoleão Bonaparte que em 14 de abril de 1799 durante a batalha das Pirâmides passou umas horas sozinho no interior da dita câmara.
Na manhã seguinte, depois de 7 horas dentro do cubículo de 10x5m tomado apenas por um sarcófago vazio e muitos ratos, escorpiões e morcegos, ele saiu de lá pálido. Historiadores dizem que ele nunca mais foi o mesmo depois desta experiência. Acho que nem Indiana Jones sairia o mesmo depois de uma noitada dessas!!!
Aliás aqui um parênteses, foi nesta época, onde Napoleão focou as suas missões lá que muitos daqueles artefatos que você vê no Louvre (sarcófagos, múmias e muito mais) “migrou” para Paris. Sacou?
Já no outro lado, mais como lenda urbana do que história comprovada, dizem que se colocar um copo de leite nela por 3 dias o leite ainda estará bom. Vais arriscar? Depois, se você tiver um piriri… não adianta culpar a maldição da múmia, hein?
Cheops Boat Museum
Ao lado da pirâmide foi localizado uma série de buracos de grandes proporções e em um deles havia uma barca que foi reconstruída e está exposta no Cheops Boat Museum (LE 80/40 adulto criança + LE50 pela câmera, diariamente das 9h00 às 16h00).
Acredita-se que este barco, reconstruído a partir de mais de 1.200 peças de cedro libanês seja o mais antigo da história. Qual a sua utilidade? Trazer o corpo do faraó para ser guardado nas pirâmides e depois para ele usar na segunda vida. O curioso é que eles acharam vários outros barcos, mas resolveram interrar eles novamente. Para que? Para o faraó não perder seu “Uber-boat”)
Para visitar esta atração você precisa cobrir os sapatos com um saco de pano (tipo aqueles pro pés de centro cirúrgico) para proteger o chão do museu da areia de fora.
Esfinge
Cabeça de faraó e corpo de leão, inteligência humana e força do leão. Esta era a representação da guardiã das Pirâmides e de toda a necrópole que havia na região. Dai vem a frase “decifra-me ou te devoro”.
A esfinge tem 74m de comprimento por 22m de altura e antigamente estava enterrada até o pescoço. Fico imaginando a surpresa quando encontraram um corpo que não confere com a cabeça.
Aqui confesso para vocês, se de um lado eu fiquei impressionado com o tamanho das pirâmides que na verdade são maiores do que você pensa antes de chegar lá, eu fiquei com a impressão oposta sobre a esfinge. Ela parecia menor do que eu imaginava. 🤣
Não há certeza, mas acredita-se que o seu rosto seja do faraó Quéfren.
E o seu nariz? Dizem que entre os séculos XI e XV, ele foi vandalisado pelos árabes, embora muitos coloquem a culpa em Napoleão.
A barba que caiu no século XIX está hoje no Museu Britânico. Caramba, os caras levaram até a barba!?!?
Hoje ela sofre, assim como as pirâmides, com a poluição e infiltração de água.
Se você, como nós quer uma foto super clichê como as abaixo, não sofrendo para enquadrar certinho não. Tem uns rapazes ali, super simpáticos que pelo equivalente a uns R$ 5 tiram uma dúzia de fotos super bem enquadradas em segundo. Prática, né?
Show noturno e passeio de camelo
O show noturno, conhecido como Sphinx, diariamente das 19h30 às 20h30 acontece um show de luzes e música que iluminam as pirâmides durante a noite. O custo é de LE 150/175 adulto/criança.
Uma coisa que muita gente aproveita para fazer é andar de camelo. Sugiro combinar muito bem a duração e extensão do passeio antes de mais nada. Li relato de muita gente que acabou enganada pelos locais.
Combine muito bem se será apenas uma foto e se for um passeio, a extensão deste. Seja claro e pague apenas ao final. Já ouvi relatos de gente que quis subir no camelo para uma foto e cobraram um valor para subir e outro para descer. Como se fosse possível pular lá de cima. Kkkkkk.
Lembre-se que o combinado não sai caro!
Programe a sua visita às Pirâmides
A forma mais conveniente de chegar lá seria utilizando um táxi, mas por conta do trânsito que é super complicado, uma alternativa que muita gente utiliza é o metrô. Basta descer na estação Gizé e pegar um táxi para uma curta corrida até o portão ou um ônibus que parte dali e para na porta – os motoristas gritam “Haram” ou procure pelos ônibus 355 e 357 e desça diante da Mena House que fica 250m da entrada.
Eu particularmente achei melhor ir com um guia privado, tanto pela questão das informações quanto pelo fato de que isso pode incluir o transfer, como foi o nosso caso.
Horário: diariamente das 9h00 às 17h00 (mas já vi relatos de gente que conseguiu chegar muito antes).
Sugiro que você separe pelo menos meio período para poder fazer a visita sem correria.
Custo: entrada LE 60 / 30 adulto / criança; entrada na pirâmide de Quéops LE 100 / 50 adulto / criança; entrada na pirâmide de Quéfren 30 / 15 adulto / criança; e entrada na de Miquerinos 25 / 15 adulto / criança.
Ingressos, inclusive para entrar em alguma pirâmide em especial devem ser comprados logo na entrada. E como são limitados à uns 300 ao dia, é bom ficar esperto. Os dias mais concorridos são às quartas e quintas quando tours vindos do litoral chegam à cidade.
Tenha o seu ticket à mão o tempo todo, pois os guardas podem querer ver. Você não precisa entregar ele para ninguém não!
Comida e banheiros. Dentro do complexo você encontra banheiros perto da entrada, da Esfinge, e do Cheops Boat Museum. Tenha sempre em mão uns LE2 para gorjetas aos atendentes.
Para comer lá dentro, apenas café e sanduíches simples em um café perto da Esfinge.
Se você está procurando por um lugar para comer na região, vale conferir o restaurante de comida típica Khan Al Khalili que fica dentro do Mena House Hotel, praticamente na porta da entrada. Ou para uma opção menos típica, tem ali também uma Pizza Hut.
Uma coisa deve-se dizer, por mais que as Pirâmides sejam algo muito legal, o clima geral pode ser de bastante muvuca. Turistas de monte, vendedores ambulantes te cercando, guias se oferecendo, tem até gente dizendo que a entrada mudou-se para outro lugar e que você precisa pegar um transporte com ele.
Olha, só faltou gente vender areia no deserto!
Ignore todos eles acenando e sorrindo e você não terá problemas. Só não se pilhe, às vezes é o único “ganha-pão” deles.
Agora a mais importante dica que posso te dar: sente-se (ainda que sob o forte Sol), deixe de lado o telefone ou a máquina fotográfica, e simplesmente contemple por alguns instantes aquilo que há mais de 50 séculos testemunha a história da humanidade. Garanta que a sua memória registre este seu momento faraônico!
4 comentários
Muitos bem explicado , obrigado por compartilhar
Obrigado Edson!
Show o relato, parabéns!
Obrigado! 🙂