Não tem como, Angkor Wat irá consumir (e com toda a justiça) a maior parte do tempo da sua viagem pelo Camboja. Mas nem por isso você deve deixar de lado as atrações de Siem Reap. Vamos então conferir o que tem para ver e fazer na mais importante cidade da região?
Em termos gerais, Siem Reap é a segunda mais importante cidade do Camboja, perdendo apenas para a capital Phnom Penh. Já no aspecto turístico, não tem para ninguém.
Siem Reap não só é a cidade mais importante do país como também um dos destinos turísticos mais cobiçados do Sudeste Asiático.
O motivo disso são evidentemente as ruínas de Angkor Wat.
Conquanto a cidade literalmente orbite ao redor desta importante atração, basta olhar com mais atenção, e você verá que existem sim algumas outras atrações interessantes que você deve conhecer, nem que seja entre uma ida e outra ao complexo de templos.
Com aproximadamente 200 mil habitantes, Siem Reap (pronuncia-se algo como “simm-rip”), tem aquele clima típico de aventura de mochileiro no Sudeste Asiático que busca conhecer algo exótico em termos de cultura e história mas que não dispensa bares e baladas para varar a noite. Some a tudo isto a arquitetura francesa (e os templos, é claro!), e você terá Siem Reap em sua essência.
E não é de hoje que a cidade recebe uma grande quantidade de turistas. O turismo de fato começou lá bem cedo, por volta dos anos 30 com a abertura de um hotel que recebeu de Charlie Chaplin à Jacqueline Kennedy. Entretanto, com a ascensão do Khmer Vermelho, o país fechou-se completamente até 1990 quando reabriu-se ao turismo como uma “novidade”.
Inegavelmente, por conta deste boom, alguns criticam o fato de que a cidade perdeu um pouco da sua originalidade. Como não conhecia a cidade antes, não tenho como fazer o comparativo. Não sei vocês, mas particularmente me incomoda um pouco ver McDonald´s e Starbucks me meio a templos milenares, mas por outro lado pode representar uma facilidade ao turista, é verdade.
A maioria dos turistas que chegam em Siem Reap o fazem por meio do Siem Reap International Airport. O aeroporto é bem perto do centro da cidade (7km) e portanto a viagem de táxi, ao custo de uns US$9, não demora mais que 15 minutos. Mas antes de sair correndo atrás de um táxi, veja se o seu hotel não fornece transfer gratuito, coisa muito comum.
Agora que você já sabe como ir de-para o aeroporto, resta saber como locomover-se pela cidade. Dependendo da localização do seu hotel, tudo pode ser bem próximo, especialmente se você estiver no centro da cidade, então até dá para conhecer muita coisa a pé mesmo.
Mas se você precisar de um transporte público, esquece. Só pelas fotos aqui publicadas você já deve ter imaginado que metrô nem em sonho.
Ônibus? Só se for de excursão. Alugar um carro? Jamais, as estradas são horríveis e eles só alugam carros com motorista junto.
Sobram os táxis, tuk-tuks e os remork-motos (motos com algo que se assemelha à uma carruagem atrás – falando assim parece até chique!). Ambos funcionam muito bem, mas é bom sempre confirmar o valor da “corrida” para não ter surpresas depois, e se possível, pechinche.
Outra opção bastante comum é alugar uma bicicleta. Uma empresa legal para contratar é a White Bicycles, uma ONG que utiliza a renda das locações para projetos sociais. O custo gira em torno de US$10 para 24hs de locação.
No post inicial sobre o Camboja contamos que o país foi duramente bombardeado pelos americanos durante a Guerra do Vietnã. Uma boa oportunidade para aprender um pouco mais sobre este triste período da história do país, sugiro visitar o War Museum (Kaksekam Village, US$5 que inclui guia).
Mesmo que você tenha visto outro museu do tipo, como o de Ho Chi Minh, sugiro visitar este também, pois há a possibilidade de manusear alguns itens como a temida AK-47. Ali também existem tanques de guerra e até mesmo um caça MiG-19.
Ainda sobre este conflito, vale visitar o Cambodia Landmine Museum que mostra os horrores das sequelas deixadas pelas minas terrestres que foram plantadas durante os anos de conflito e o trabalho voluntário de rastreá-las e desativá-las. Fica perto do Angkor National Park.
Siem Reap não tem a mesma quantidade de templos que Luang Prabang, por exemplo. Também com Angkor ali nem precisa! Mas segundo contam, parte disso é culpa do Khmer Vermelho que destruiu muitos deles.
Mas fora do complexo existem alguns templos que merecem a visita:
– Wat Bo (Tep Vong St; das 6h00 às 18h00) é o templo mais antigo da cidade, com suas paredes pintadas do século XIX;
– Wat Preah Inkosei (das 6h00 às 18h00) fica mais ao norte e foi construído sobre as fundações de um antigo templo da mesma época que Angkor;
– Wat Preah Prom Rath: acho que se você tiver tempo de ver apenas um templo, talvez seja interessante priorizar este complexo que data de 1300 e fica ao lado do Psar Chaa (Old Market) e tem belíssimas construções. Confira só:
– Wat Athvea (das 6h00 às 18h00) em estilo de pagoda é um dos mais bem preservados da cidade;
– Wat Thmei (das 6h00 às 18h00) mostra algumas marcas do genocídio praticado pelo Khmer Vermelho com um memorial com uma stupa que contém os crânios e ossos das vítimas. Uma lembrança do que não fazer mais.
Um destino no Sudeste Asiático não está completo sem uma massagem. A mais comum é a massagem nos pés, que inclusive é oferecida em barracas pelas ruas – uma delícia depois de um dia de andanças pela cidade. Já para a massagem propriamente dita, sugiro ir à um SPA. Existem vários e bons lugares para curtir isto na cidade como os Bodia Spa; Lemongrass Garden Spa e Frangipani Spa.
Um programa que aparentemente parece fora do esperado em Siem Reap é curtir um circo. O Phare the Cambodian Circus segue a linha do Cirque du Solei, nada de animais e muito talento dos artistas. Não é muito barato não, se comparando com o padrão local, mas pode ser uma boa opção especialmente para quem tem crianças.
Procurando por um lugar para brincar com as crianças? Vá ao Royal Gardens, um parque ao norte da cidade, mas bem perto do centro.
Siem Reap tem dois mercados bem interessantes. O Psar Chaa (Old Market) e o Psar Leu (Main Market).
O Psar Chaa (Old Market) tem tanta coisa que poderia ser definido como um daqueles lugares onde você encontra o que precisa e também o que não precisa. Como outros mercados no Sudeste Asiático tem muita coisa interessante em termos de artesanato genuíno, mas também muita bugiganga made in China como aqueles street markets de Hong-Kong, por exemplo.
Pechinchar aqui é essencial. Nunca aceite o primeiro preço que lhe for dado e barganhe com muita educação e o dobro de paciência.
Quem gosta de artesanato vai encontrar muita coisa legal em Siem Reap.
Gostei bastante dos itens do Siem Reap Art Center (perto do Siem Reap River das 16h00 às 23h00) que é praticamente uma continuação do Psar Chaa, mas um pouco mais focado em artesanato mesmo.
Outra opção é o Psar Leu, mas fica distante, na NR6, Krong Siem Reap.
Se você quiser algo mais refinado, vá à Artisans Angkor – Les Chantiers Écoles, uma escola de arte que tem um projeto social bem interessante ao ensinar aos jovens como trabalhar com itens regionais como madeira e seda. As coisas não são baratas, mas a vantagem é que você pode ter certeza que a riqueza ali gerada é muito bem investida.
Se você estiver procurando por itens de laca, recomendo o Cambolac que funciona no mesmo esquema. E para itens de cerâmica vá à Khmer Ceramics Centre.
Se você quer ver o lado mochileiro de Siem Reap, não deixe de conferir a região ao redor do Old Market durante a noite. A quantidade de bares é tão grande que ela ficou conhecida como Pub St. Se você já foi para Bangkok, é algo como a KaoSan Road. É o lugar para curtir uma cerveja boa e barata enquanto gente do mundo inteiro curte a noite no Camboja.
Mesmo que você não curta uma balada ou queira sentar-se em um dos bares, não deixe de ir para ver o movimento e sentir o clima local.
Siem Reap tem uma enorme veia comercial. Muito por conta da grande quantidade de gente vendendo literalmente de tudo pelas ruas. Seja em bancas estabelecidas ou de ambulantes, sendo muitos deles crianças, toda hora alguém irá tentar de vender algo.
Se você realmente quiser comprar, ótimo. Basta pechinchar bastante. Agora se você não quiser comprar nada, não se irrite; as pessoas precisam daquilo para sobreviver 🙂
Como sempre digo, um destino no Sudeste Asiático não está completo sem um Night Market. O de Siem Reap vai das 16h00 às 0h00 todos os dias perto da Sivatha St. e é o principal local de compras da cidade. Mesmo tendo muita bigiganga, não deixe de conferir ao menos para curtir o clima local.
Uma coisa que você pode aproveitar para comprar são produtos da North Face, principalmente mochilas com preços bem baixos. Algumas pessoas alegam que seria itens falsificados, mas eu particularmente discordo. Pesquisei e olhei muito antes de comprar para não ser enganado e acabei adquirindo uma mochila top por um preço bem competitivo na loja abaixo e que recomendo.
Viram só quanta coisa interessante para fazer em Siem Reap além de Angkor Wat? E você, que dicas têm de Siem Reap?
Desde a sua inauguração, ainda com o antigo nome de Walt Disney Studio Park, o…
Você já imaginou ter em mãos uma ferramenta que literalmente te dá todos os voos…
Ao norte da ilha de Palawan, onde fica El Nido, situa-se um outro grupo de…
Porque não aproveitar uma viagem à Paris para curtir o Disneyland Park? Se não bastasse…
Viajando para Paris com crianças? Então você precisa colocar no seu roteiro de atrações da…
Pensa em um paraíso literalmente cercado de água por todos os lados? Assim é El Nido.…
This website uses cookies.
Veja os comentários
Boa noite, blz?
Qual a loja que comprou a mochila da north face? Valeu
Oi Rafael,
O nome da loja é Duty Free %Outlet.
Tá na foto acima.
Abraço.