Atire o primeiro cartão de crédito quem consegue resistir às compras numa viagem. Sejam itens mais caros ou os sempre irresistíveis souvenires, compras e viagem são praticamente indissociáveis. Neste post vamos conferir TOP 5 destinos de viagem para compras para você esvaziar a carteira.
Se tem uma coisa que, especialmente nós brasileiros, adoramos além de viajar é juntar esta atividade com compras. A alfândega que o diga! É só pousar um avião vindo dos EUA que os agentes da alfândega já começam a esfregar as mãos. 😂
Pode reparar, em qualquer aeroporto do mundo dá para identificar os brasileiros pelo tamanho das malas e sacolas. Nunca vi um norte-americano sendo parado na alfândega dos EUA por exceder cota de compras…
E aqui não é uma crítica não, até porque me enquadro nesta turma, embora me considere mais comedido que a maioria quando o assunto são as compras em viagem. Só perco a linha quando o tema são os eletrônicos. É a minha kryptonita.
É bem verdade que este gosto do brasileiro pelas compras decorre em muito do fato de que, não raras vezes, itens como vestuário, eletrônicos, perfumes, relógios e muitos outros são muito mais baratos no exterior do que no Brasil. Mesmo em tempos de câmbio não muito favorável, o preço lá fora ainda pode compensar dependendo do item.
Comecemos a nossa lista de destinos de viagem para compras com aquele que é também o destino de viagem mais conhecido e desejado da maioria dos brasileiros: os EUA.
Não é de hoje que a terra do Tio Sam é sinônimo de compras em viagem para os brasileiros.
É bem verdade que antigamente, dependendo do item pretendido, era mais barato comprar uma passagem, pagar hotel, carro e etc, mais o item ao invés de comprar o produto aqui no Brasil.
Eram os tempos áureos das viagens de compras. Cheguei a pegar o US$ a R$ 0,95. Será que um dia voltaremos a este patamar? Oremos!
Mesmo num cenário de câmbio desfavorável, se você já vai fazer uma viagem aos EUA ainda compensa sim comprar a maior parte dos itens lá.
Acontece que se o câmbio está desfavorável faz-se cada vez mais necessário procurar boas ofertas. E a vantagem é que os EUA, com seus outlets (de verdade!) e black-friday (não black-fraude!) são o lugar perfeito para isso.
Uma coisa que me agrada muito em relação às compras de viagem nos EUA é a possibilidade de comprar nas lojas virtuais e entregar no hotel. Apenas confirme antes se o hotel aceita, e se existe alguma taxa, porque muitos hotéis diante de um certo abuso, passaram a cobrar uma taxa por caixa entregue.
Fora isso, algo que gosto muito em termos de compras numa viagem aos EUA é o fato de que os supermercados, principalmente Walmart; Target e K-Mart, têm muita variedade de produtos para a casa, eletrônicos e muito mais com preços excelentes.
Tenha a atenção a um ponto ao fazer compras durante uma viagem aos EUA: o preço final das coisas não é exatamente aquele que está indicado.
Isto porque, o tax sales, o imposto sobre a venda deles é adicionado ao final, ou seja, no caixa.
E mais, o valor deste imposto varia de um estado para o outro, mas sempre fica entre uns 6,5% e 9,5% sobre o valor de etiqueta.
Neste ponto, embora a maioria dos brasileiros façam compras em viagem para os destinos mais tradicionais dos EUA, como Nova York ou Flórida (Orlando e Miami), um dos destinos de compras mais interessante sob a ótica da tributação (mais baixa) e variedade de outlets é Las Vegas.
Por mais que o Japão seja uma viagem essencialmente cara, logo, não seria um destino de compras por excelência, existem algumas vantagens em fazer compras numa viagem à terra do Sol nascente.
Sim, uma das minhas maiores paixões de viagem, o Japão pode ser um lugar incrível para compras.
O primeiro motivo que eu destacaria para esta afirmação é parte de uma brincadeira que sempre faço com os queridos japoneses: você já viu algo mal feito no Japão?
Não, né! Sinônimo de perfeição e inovação, quando algo é made in Japan as pessoas claramente associam a algo de qualidade.
Falo isso por experiência própria, já que temos itens comprados na nossa primeira experiência no Japão, no começo da década de 80, que ainda funcionam perfeitamente. É impressionante.
E isso vale não só para itens eletrônicos, os mais evidentes e desejados de lá. Vale também para artesanato. Quando eles dizem que é feito a mão, você deve considerar que é praticamente uma obra de arte. O esmero e perfeccionismo japonês são visíveis.
Outro ponto de vantagem de uma viagem de compras ao Japão é a inovação tecnológica.
Tudo o que você possa imaginar que liga na tomada ou usa baterias eles têm, e mais: do melhor e mais moderno.
Há itens que são lançados primeiro no Japão e até aqueles que nunca chegam a ser comercializados em outros países. Ficando exclusivos ao mercado japonês.
Para os eletrônicos, o melhor lugar de todos sem dúvidas é o bairro de Akihabara, praticamente um paraíso para quem curte eletrônicos (bom para mangás também!).
Fora isso ainda existem lojas de departamento exclusivas para eletrônicos como por exemplo a Yodobashi e BIC Camera – nem preciso dizer que são excelentes lugares para comprar máquinas fotográficas e acessórios, né?
Para quem gosta de itens de luxo, o Japão também não decepciona.
Com uma população com poder aquisitivo alto e uma boa quantidade de pessoas que se interessam por moda, é muito comum encontrar nas grandes cidades, lojas de rua gigantescas de marcas famosas.
Um fato interessante é que no Japão, diferentemente dos EUA, por exemplo, você não encontra shoppings centers. Predominam lojas de ruas e também algo que sinto muita falta no Brasil: as lojas de departamentos.
Quem nasceu antes de 1980 deve ter conhecido as que tínhamos no Brasil. Nas lojas de departamento japonesas, conhecidas lá como depâtos, você encontra de tudo. Literalmente!
Para quem conhece os El Corte Inglés da Espanha, é mais ou menos assim. Não comparo com a Macy’s dos EUA porque é muito melhor a versão japonesa.
A maior, mais famosa e interessante delas é a Takashimaya, que tem unidades espalhadas por várias cidades. A maior unidade que eu conheço é a de Shinjuku, Tóquio. Vale passar uma tarde andando por ela!
O lado muito ruim disso tudo: as coisas lá são absurdamente caras, embora durem anos como dito.
De destinos de viagem onde praticamente tudo é industrializado para um onde as compras de viagem são quase que exclusivamente artesanais, a Turquia.
Se tem algo que aprendemos nestes anos todos visitando mercados típicos ou simples bancas de artesanato nas ruas foi admirar a originalidade e o verdadeiro trabalho artesanal.
A gente curte sim compras de coisas industrializadas, mas como lembranças de viagem nada supera o trabalho manual e típico do destino.
Justamente neste quesito a Turquia com seus bazares é imbatível.
A qualidade dos itens é fantástica e ali você tem de verdade itens super típicos que você não encontra em nenhum outro lugar. São peças de couro, porcelanas e é claro tapetes, muitos tapetes. O melhor lugar é sem dúvidas o Grande Bazar que é uma das muitas atrações imperdíveis de Istambul – vá com tempo e disposição porque ele é enorme.
Rivalizando com estes itens há ainda os temperos, chás e doces que são compras perfeitas para você lembrar da sua viagem à Turquia. Tem chá fresco e tempero para praticamente tudo no Bazar de Especiarias.
Ah, só não se esqueça que lá pechinchar também é regra!
Vai por mim, você voltará de uma viagem à Turquia cheio de boas compras.
Tudo “balato“, mas de baixa qualidade diriam alguns.
Esta é a pecha que a maioria das pessoas coloca ao imaginar uma vigem de compras à China.
Comecemos pela segunda idea, a da qualidade que eu considero ser meia verdade, ou algo literalmente fora da realidade atual da China para muitos produtos.
Digo isso porque a China já não é a mesma de alguns anos atrás, tampouco seus produtos.
Consideremos também que praticamente tudo hoje em dia é made in China. Isso por si só já é capaz de retirar qualquer imagem de que coisas feitas na China sejam necessariamente de baixa qualidade. Pegue seu smartphone moderno ai e olhe onde ele foi fabricado…
Nos últimos anos os chineses fizeram exatamente aquilo que os japoneses fizeram nos anos 60 e os suíços na virada para o século XX: aprender a fazer as coisas com os outros e melhorar em alguns pontos como por exemplo custo.
Sim, hoje a China produz não só artigos de marcas famosas estrangeiras como já tem suas próprias marcas de alta qualidade. Vide Xaomi, Huwaei e DJI para ficar apenas em algumas mais conhecidas.
Há coisas de baixa qualidade, sim; mas atualmente isso é para bugigangas mais simples mesmo.
O segundo ponto é o barato. Aqui acho que há mais verdade do que mito.
Por mais que itens de grifes sejam caros (como em qualquer outro lugar), ainda tem muita coisa barata de verdade, especialmente se você considerar o hábito da pechincha que é praticamente obrigatória nas compras na China.
Lá você encontra boas opções de compras tanto em centros comerciais que mais parecem camelódromos (excelentes para itens de menor valor e souvenires), como também nos muitos shoppings que se espalham pelas cidades alimentados pela aparente infinita pujança econômica dos últimos anos.
Quer mais uma vantagem? O yuan, moeda local não varia tanto frente ao real como outras como dólar e euro, o que nos dá a sensação de que as coisas não são caras. Ufa!
Não só de suas incríveis atrações vive o turismo de Dubai, a cidade mais turística do Oriente Médio merece o trocadilho “do-buy”.
Além de edifícios gigantescos, Dubai tem também shoppings nos quais perder-se é praticamente uma regra de tão grandes que são. Exemplos disso são o Dubai Mall e o Mall of Emirates – para ficar apenas nos dois mais conhecidos e maiores.
As tentações de compras em Dubai começam no próprio aeroporto, já que é um dos melhores dutyfree do mundo.
Se me perguntarem qual o melhor lugar do mundo para shoppings, sem dúvidas eu te diria que é Dubai.
Por mais que tamanho não seja documento, o fato de Dubai ter alguns dos maiores shoppings do mundo faz com que lá você encontre naturalmente uma maior quantidade de lojas.
Praticamente todas as marcas mais famosas do mundo têm lojas próprias ao menos num deles, senão nos dois shoppings. E não pense que são lojas pequenas não, algumas como por exemplo a da Apple rivalizam facilmente em termos de tamanho com as lojas de rua da marca.
Outro ponto interessantíssimo destes shoppings, especialmente do Dubai Mall (o meu favorito com 1.200 lojas), é a segmentação dentro do próprio shopping, em alas. A ala de marcas de luxo é simplesmente fantástica.
Mas as oportunidades de compras em Dubai não se limitam aos shoppings, há ainda os souks. Especialmente o de ouro e de especiarias, na zona central (Dubai Creek) e mais antiga da cidade merece uma visita.
Ok, mas e os preços?
Aqui é que o trunfo de Dubai aparece.
O primeiro ponto de vantagem é que o dirham, a moeda local dos Emirados Árabes, tem um valor muito próximo ao nosso real. Isso facilita a conversão e nos deixa menos exposto às variações do câmbio (notadamente as desvalorizações do real).
O segundo fator diz respeito aos preços mesmo. Fruto de uma baixa tributação, os preços são muito, mas muito mais em conta que os praticados no Brasil, Europa e outros destinos na Ásia. Podem até não ser aqueles tão vantajosos quanto nos EUA, especialmente se considerarmos os outlets norte-americanos.
Acredite, entre uma atração e outra, e até mesmo para fugir do calor escaldante de Dubai, separe um tempo para fazer compras durante a sua viagem para Dubai.
E você? Que destino de compras recomenda? Conte para nós as suas experiências com compras em viagem.
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