Etc.

Vacilos e perrengues de viagem: como evitá-los

Atire o primeiro passaporte quem nunca cometeu um vacilo de viagem, um equívoco daqueles que fazem a gente passar altos perrengues que, não raras vezes, colocam em risco uma viagem inteira. Neste post, vamos comentar alguns deles, e ver o que podemos fazer para evitá-los.

Hoje em dia é cada vez mais comum as pessoas viajarem por conta. Ferramentas online; não querer ficar preso a um tour; maior acesso à informação; e uma busca cada vez maior por cortar gastos são apenas alguns dos fatores que têm levado os viajantes a desbravar o mundo de forma independente.

Lembro da primeira vez em que estive na Europa. Era 1997.

Olhando assim, 20 e poucos anos nem são tanta coisa. Mas basta olhar o que mudou no mundo para notar que as coisas evoluíram rapidamente.

Naquele tempo, celular era um tijolo “paleozoico” que servia para duas coisas: fazer ligações a preço de ouro e para (infelizmente) as pessoas ostentarem ele preso à cintura (ai que coisa ridícula!).

Comprar passagens só nas agências ou lojas das empresas aéreas. Traveller check era o padrão para pagamento de despesas de viagem. Quando você precisava de informações sobre o destino, tinha que perguntar para aquele tio que viajou décadas atrás ou comprar um guia desatualizado em outro idioma e caríssimo, já que o termo blog (quanto menos de viagem) ainda nem havia sido cunhado.

Londres 1997, mal dava tempo para tirar fotos e a guia já vinha gritando para chamar o grupo.☹️

Foi neste cenário que fiz a minha última viagem com uma agência de viagem.

Não critico quem faz esta escolha, já que existem vários fatores a serem considerados: se a pessoa se comunica em outro idioma; o desprendimento e jogo de cintura de cada um; se a pessoa quer ter trabalho de procurar informações e comprar passagens, reservar hotéis e etc. Enfim, existem vantagens e desvantagens neste mundo.

Fiz este relato histórico apenas para que você lembre-se que se hoje viajamos por conta, é graças a uma série de facilidades que o tempo e a tecnologia nos trouxeram mas também de termos aprendido a viajar sem uma agência.

Mas talvez mais importante do que isso, aprendemos errando e também observando os erros dos outros.

Como se diz por ai, é mais fácil aprender com os erros dos outros do que com o nosso. Ou pelo menos custa menos e dá menos dor de cabeça!

Bóra então ver alguns vacilos de viagem e como evitá-los:

Documentação para a sua viagem

Acho que o primeiro vacilo que você precisa evitar a qualquer custo é aquele que diz respeito à documentação de viagem. Isto porque é algo que pode arruinar a sua viagem, então atente-se a isso tão logo decida viajar para um determinado lugar.

Aqui não estou falando apenas de passaporte, o qual é certamente o documento mais importante, mas também de outros como vistos de entrada, certificado de vacinação, ou ainda o seguro viagem.

Embora hoje para adultos a validade do passaporte seja de 10 anos (menores de idade menos), este tempo passa voando e muita gente só se dá conta de que o documento venceu às vésperas da viagem. E mais, o passaporte não se tira de um dia para o outro. Resumindo, isso pode te trazer um problemão capaz de arruinar a sua viagem.

Não negligencie os cuidados com a validade do passaporte.

A minha sugestão? Assim que você renovar o seu passaporte, agente o vencimento dele na agenda do celular ou de algum outro serviço de agenda online para você ser informado com um bom tempo de antecedência.

E não é só, mesmo que o passaporte esteja válido, isso não significa que ele será aceito pela imigração do país-destino. Isso porque a grande maioria dos países exige que o seu passaporte seja válido por um tempo X maior do que aquela data que corresponde à sua chegada. Tem país que exige 3 meses, outros 6 meses. Consulte antes quais as regras de validade do passaporte antes de mais nada.

Por mais que brasileiros possam viajar para vários destinos sem a exigência de um visto de turismo, é sempre preciso confirmar esta informação muito antes da viagem. Normalmente aqui no site eu sempre conto as regras, mas sugiro que você dê uma pesquisada direto na embaixada e/ou ministério das relações exteriores do seu destino (não curto pesquisar no Itamaraty porque já peguei informação desatualizada lá).

Mais do que ver isso antes, é sempre bom dar aquela conferida tempos antes da viagem, já vi estas regras mudando quase que do dia para a noite e pegando viajantes de surpresa.

Se for necessária a emissão de um visto, providencie tudo com uma super antecedência, já que isso toma tempo – exceto no caso dos (bem vindos) vistos eletrônicos que têm sido cada vez mais utilizados.

Não negligencie também a questão do certificado de vacinação contra a febre amarela. Já explicamos anteriormente como requerer ele, e tenho constantemente alertado que muitos países, especialmente aqueles mais próximos às zonas tropicais / quentes, têm exigido este documento como condição para a sua entrada no país, ou em alguns casos até mesmo embarque na aeronave.

Farmácia em Coron, Filipinas. 😱

Ainda neste assunto saúde, não deixe de ver se o seu destino exige a contratação de seguro saúde. Na Europa, por exemplo você pode ser barrado se não provar ter isso.

E mesmo para os países que não exigem, vale a pena contratar um seguro viagem. Nós aqui em casa utilizamos a Real Seguro Viagem, parceira do blog. Vocês podem contratá-la diretamente no banner ao lado.

E já que falamos de saúde, não deixe de levar uma farmácia de viagem. Tem muita coisa que você pode evitar com isso. Apenas não esqueça de duas coisas: não se automedique e nem esqueça as prescrições/receitas médicas.

E, por fim (prometo!) se você for dirigir na viagem, veja antes se a sua carteira de habilitação nacional é aceita lá ou se você vai precisar de uma Permissão Internacional para Dirigir (PID). A ausência da documentação adequada pode arruinar a sua road trip.

Montando o roteiro de viagem

Não tem coisa mais gostosa do que montar um roteiro e planejar uma viagem. É  um exercício delicioso e ao mesmo tempo desafiador. Digo isso porque nem sempre é fácil como parece e é algo que ninguém deveria negligenciar.

Digo isso porque é nesta fase da viagem que já dá para identificar e principalmente eliminar muitos perrengues e também oportunidades que às vezes a gente não pensa até ver tudo no papel, literalmente.

Aqui em casa o mantra é planejamento.

Eu não estou pregando que você seja um robô, com horários para tudo não. Mas quem melhor planeja as coisas, invariavelmente está menos suscetível, ou ao menos, estará melhor preparado para eventuais perrengues e imprevistos.

Filipinas, um dos destinos mais desafiadores para se montar um roteiro.

Aqui em casa eu faço uma tabela em Excel com os dias e horários e ali vou anotando as coisas, como uma grande agenda. Não, eu não anoto tudo o que vamos ver naquele dia, anoto apenas onde estaremos (cidade) e alguma atividade que realmente tenha reserva ou horário específico.

Mas qual a vantagem de fazer uma tabela? Eu não sei usar Excel! Calma, dá até para fazer à mão. A grande vantagem é que separando os dias x locais, além das distâncias e tempos de deslocamento você consegue ver o plano como um todo, avaliar o que ficará corrido demais, ou com muito tempo sobrando. Já me livrei de altas frias por causa disso!!!

Um outro ponto que envolve este planejamento inicial é conferir dias e horários das atrações antes (museus, normalmente fecham às 2ªs). Nada pior do que chegar naquele super museu e ver que ele está fechado justamente no dia da sua visita à cidade.

Querer ver muito em pouco tempo

Este vacilo tem tudo a ver com o item anterior.

Bom um erro muito comum, que assola muitos viajantes é a síndrome do “querer ver tudo ao mesmo tempo”.

E não é um negócio que depende tanto de experiência não. Embora seja mais comum nos nem tanto experientes, pega também os mais viajados.

Como viajar custa dinheiro e tempo, duas coisas que não queremos perder, é comum querermos otimizar o tempo para ver mais do que é possível, como quem quer congelar o tempo para poder viajar mais e fazer as férias renderem.

Infelizmente não funciona assim. Não adianta achar que dá para ir para a Europa com 15 dias e ver 10 países. No máximo, você vai passar por 10 países, já conhecer…

Viajantes à Europa tendem a querer ver tudo de uma vez só.

Não existem fórmulas certeiras para fugir deste vacilo, mas algumas dicas podem ajudar.

Priorize aquilo que você mais gosta, deixe de lado aquelas atrações que lhe seriam apenas “obrigações”. Não vá a um lugar só porque “é uma atração imperdível”. Só nisso ai você elimina um monte de coisas que não te interessariam.

Sobre isso, sugiro a leitura de dois posts que tratam disso: A próxima viagem será sempre a melhor e Viagem: expectativa x realidade. Como lidar e não se frustrar? Acho que vão te ajudar a refletir sobre o tema.

Aproveite para revisitar as aulas de geografia e separe os destinos. Sabe aquele “dividir para conquistar”? Às vezes viajar demanda isso.

Parece estranho, mas tente dentro do possível visitar países que são vizinhos, assim você evita perder muito tempo com deslocamentos. Aliás também é uma forma de economizar uma tremenda grana, já que um dos custos mais significativos de uma viagem são os deslocamentos aéreos.

Salvo se você tiver um motivo super forte, ou uma mega promoção de passagem, não dá para ir para a Europa e conhecer ao mesmo tempo a Espanha e a Finlândia, dois países que ficam no extremo do continente.

Vai fazer deslocamentos internos? Não subestime as distâncias. Não é porque o (santo) Google Maps disse que o trecho entre a cidade tal e qual é de 2 horas que você fará a viagem neste tempo.

Nas viagens de carro, não subestime as distâncias. (Arizona)

Com muita antecedência assim, não dá para prever como será o trânsito na data-horário da sua viagem. Fora isso ainda tem fatores pessoais (tempo de parada para refeições, tirar foto ou simplesmente passear). Ou seja, deixe uma boa folga.

Nos deslocamentos aéreos conte também com o tempo morto. Sim, aquele tempo que você precisa além do voo, por exemplo. O tempo até ir ao aeroporto, fazer check-in, imigração, segurança, desembarcar, imigração novamente, pegar mala. Ou seja, o tempo é mais do que aquilo entre decolagem e pouso.

Viajando na época errada do ano

Uma das perguntas mais frequentes que todo blogueiro de viagem responde é: Qual a melhor época para viajar para tal lugar?

Ok, nem sempre a gente escolhe quando vai tirar férias. Filhos, trabalho, custo são alguns dos fatores que mais frequentemente influenciam nesta “escolha”. Mas todo mundo quer viajar quando chove pouco, tem pouca gente, custa menos, e o dólar tá barato. Quer mais alguma coisa? Acompanha fritas?

É, o mundo não é perfeito.

Veneza.

O importante é tentar escolher uma época que atenda às suas necessidades da melhor forma possível.

Considere que tudo tem prós e contras. Por exemplo, no final/começo do ano, ir para Portugal é mais em conta, mas tem frio e chuva. No verão, você curte as praias e o calor local, mas paga uma pequena fortuna.

No geral, para achar a melhor época para viajar para um lugar você precisa considerar um punhado de fatores:

Alta-baixa temporada: normalmente isso confere com a época onde o clima é melhor, segundo as características do lugar, mas principalmente considerando chuvas. Dentro do possível, eu sempre indico nos posts dos destinos quando é alta-baixa temporada.

Chover ou não chover, calor ou frio, eis as questões. Todo mundo quer férias com clima perfeito. Duro é saber quando isso acontece ao longo do ano.

Clima tem previsão e não certeza, lembre-se disso. E as mudanças climáticas estão ficando cada vez mais frequentes e malucas. Eu mesmo já fui 3 vezes para o Sudeste Asiático em plena época das monções (quando chove muito) e não peguei praticamente nada de chuvas. O mesmo para a nossa viagem para Portugal no inverno, quando também chove bastante, e tivemos céu azul todos os dias.

Mas o que fazer então? Eu tento ter uma ideia geral de como será o clima acessando o site Holiday Weather que dá uma média histórica de temperaturas e chuvas ao longo do ano inteiro.

Considere também eventos pontuais que podem arruinar financeiramente a sua viagem. Imagina ir para Los Angeles em pleno Oscar, ou para uma determinada cidade da Europa (porque cada ano é em uma) durante a final da UEFA Champions League sem nem gostar de futebol.

Los Angeles na época do Oscar pode ser uma tremenda fria.

Ok, saber quando são estes eventos pode ser até fácil. Difícil é saber quando por exemplo é uma convenção XYZ na cidade. Sim, congressos e feiras internacionais podem inflacionar diárias de hotéis em níveis de dor no bolso bem acentuados.

Comprando a passagem

Vou começar este ponto com dois “causos”. Um que saiu na imprensa e outro que vi com os meus olhos.

Tempos atrás um casal comprou uma passagem de Londres para Sydney, na Austrália. Poucas horas de voo de pois o avião pousou no destino. Sydney, uma pequena cidade ali perto, e não no outro lado do mundo. Pois é, às vezes as cidades têm o mesmo nome. Nápolis, por exemplo, que em inglês é Naples, tem tanto a famosa na Itália quanto na Flórida…

Já pensou comprar uma passagem para esta cidade maravilhosa e ir parar em uma cidadezinha qualquer? 🤣

Noutro caso, estávamos em um daqueles estacionamentos em Guarulhos e vimos uma família literalmente desesperada ao notar que estavam em Guarulhos e deveriam estar em Congonhas, do outro lado de uma cidade que tem um trânsito quase nada zoado. Juro que rezei bastante para eles não perderem o voo.

Ah, mais um caso, este super recorrente. Marcou um voo às 0h25h do sábado? Típico horário de voos longos como os da Emirates? Que horas você precisa ir para o aeroporto??? De que dia? Noite de sábado? Sim? Você teria perdido o voo.

E isso é uma coisa que pega até gente experiente. Os pais de uma colega, que viajam todo ano para a Itália perderam um voo em Guarulhos por conta disso.

Vale ainda considerar neste tipo de planejamento os diferentes fusos horários. Principalmente ao marcar voos com conexões entre destinos com diferentes fusos.

Lembra daquela tabela de planejamento? Então, ela ajuda a ver estes riscos…

E sobre o aeroporto, veja exatamente onde ele é, como chegar antes, tempo de viagem e etc.

O mesmo vale para conexões entre voos.

Aqui em casa raramente aceito conexões com menos de 2-3 horas. Prefiro esperar um tempo no aeroporto do que perder o voo.

Aeroportos podem ser lugares bem confusos (Changi Airport).

Menos que 2-3 horas? Só se for uma conexão onde não precise pegar as malas, logo com a mesma empresa/grupo, e se tiver outras opções do segundo voo para caso de perda dele por conta de um atraso no primeiro.

Aliás sobre conexões e bagagens, há uma recomendação básica: veja se a bagagem vai direto para o destino final nas conexões. Nos EUA não vai, mesmo que assim esteja etiquetada – então você precisa pegar a mala e redespachar. Na Europa, vai. Confirme sempre com a empresa aérea o que vai acontecer com a sua mala no meio do caminho (normalmente vai).

Outra coisa que sempre faço é ver antes o layout do aeroporto de conexão e se possível já ver o portão de chegada e saída para não ficar lá perdido.

Hospedagem

Onde se hospedar é outro item que pode causar tanto excelentes quanto terríveis lembranças e perrengues, e por mais relativo que seja o conceito de uma boa hospedagem, já que cada um tem o seu conceito, existem algumas coisas que são verdadeiros vacilos.

Um dos mais comuns é hospedar longe demais das atrações turísticas.

Não tem como, hospedagem perto de atrações turísticas tende a ser mais cara.

Então às vezes as pessoas resolvem ficar longe demais para economizar uma grana. Isso pode ser uma vantagem como um pesadelo.

Digo isso porque se estivermos falando de um destino turístico que demande demais o uso de carro ou onde o sistema de transporte público não seja eficiente, você invariavelmente irá gastar muito tempo e dinheiro com locomoção.

Ficar mais longe do centro em Nova York até que é um bom negócio, já que o metrô funciona bem. Já em São Paulo, onde o mesmo meio de transporte é lotado e não atende a todas as regiões, isso já vira um problema.

Com bom transporte público, Tóquio é um lugar onde qualquer região parece perto.

O segundo ponto que vale a pena destacar é a qualidade da hospedagem. Seja um hotel ou um imóvel no Booking ou Airbnb, nunca confie 100% nas fotos e demais descrições fornecidas exclusivamente pelo estabelecimento.

Vale sempre ler reviews em blogs ou no TripAdvisor. E mesmo neste famoso site de hotéis, vale a pena dar aquela filtrada nos reviews. Existem diferenças culturais, pontos que uma pessoa considera relevante e outros não, comentários exagerados para ambos os lados e por ai vai. Eu particularmente olho a média.

Tenha certeza do endereço do hotel e principalmente da sua localização.

Eu mesmo já paguei um mico por conta disso. Estávamos em Bali, na região litorânea de Nusa Dua. Saímos de Ubud com um táxi e quando o taxista me perguntou para onde eu ia dizer o nome e endereço completo do hotel, mas ele logo que eu disse o primeiro nome do hotel já me avisou que sabia onde ficava, e lá fomos nós.

Chegamos ao hotel, o pessoal já descarregou as nossas malas e nos mandaram para o check-in. Serviram drinques de boas vindas e até deram um bichinho de pelúcia para o Cumbiquinho. Mas… ao olhar a lista de reservas, a simpática atendente viu que o nosso nome não estava na lista.

Instantes de desespero até que ela viu que o nosso nome estava na lista de outro hotel da mesma rede que ficava a poucos km dali. Veja a confusão: o nosso hotel chamava-se Novotel Bali Nusa Dua e estávamos no Hotel Novotel Bali Benoa, mas ambos ficam na região de Nusa Dua…

Transporte local

Conheça as opções de transporte no seu destino.

Nem sempre carro é a melhor opção. Carro em Orlando? Essencial. Carro na Europa? Pode ser um estorvo dependendo do destino.

E mesmo dentro de um destino isso pode ser relativo. Vejam só.

Na nossa viagem para Portugal, o carro seria essencial para irmos de uma cidade para a outra, mas uma vez em Lisboa ou Porto, não usaríamos ele e ainda teríamos que gastar com as diárias e estacionamento.

Quer mais um exemplo? Existem países que são literalmente feitos para uma viagem de trem. Suíça e Japão são dois exemplos super típicos disso, e onde carro são absolutamente desnecessários.

No Japão por exemplo, trem é algo essencial.

Confira antes as regras de direção aplicáveis. Saiba por exemplo que em alguns países como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, dirige-se na mão inglesa, ou seja, contrária da nossa.

Vai usar transporte público? Dê uma olhada no mapa do metrô, por exemplo, e vá se familiarizando com o layout. Cidades como Londres, Paris e Tóquio têm sistemas super eficientes mas que podem parecer confusos num primeiro momento.

Metrô de Londres, excelente, mas confuso para os que usam pelas primeiras vezes.

Atente-se ainda ao fato de que em muitos destinos você pode precisar de um bilhete específico e a ser previamente adquirido. E em muitos casos, existem bilhetes múltiplos / por dias, ou específicos para turistas que garantem descontos consideráveis.

Sobre este tema, recomendo a leitura do post como locomover-se nas viagens onde detalho mais dias como esta.

Dinheiro nas viagens

Duas premissas: dinheiro não dá em árvore e você estará longe de casa, onde nem sempre se tem acesso ao seu banco.

Muita gente negligencia isso, mas aqui em casa eu sou meio rígido com isso e gosto sempre de seguir a regra de sempre mais do que uma opção para pagamento.

Trabalho isso da seguinte forma: cartão de crédito (sempre dois bancos e duas bandeiras diferentes, totalizando 4 cartões); cartão de débito para saques internacionais direto no ATM; e dinheiro em espécie para gastos iniciais ou emergências (preferindo sempre moedas fortes como dólar, euro ou libra – reais apenas para destinos na América do Sul).

O mantra é: tenha sempre um plano B sobre dinheiro.

Não se esqueça de conferir duas providências essenciais antes do embarque: limite e se está liberado para uso no exterior.

Conheça a moeda local.

Mais uma coisa sobre dinheiro é conferir antes o custo geral da viagem. Não tem nada mais chato do que voltar de viagem e bater aquela depressão master quando a fatura do cartão de crédito chega.

E quando digo custos, não estou falando apenas de passagem e hospedagem, que são sim os itens mais caros. Estou falando de todo o resto.

Em alguns destinos por exemplo, alguns custos como alimentação ou transporte podem até mesmo superar o custo de hospedagem dependendo do seu estilo de viagem.

Tem um site que eu gosto muito para ver isso que é o Nubeo que tem uma área chamada cost of living, onde você vê o preço atualizado de vários itens diários, inclusive comparando entre destinos. Site essencial. 

Outros vacilos de viagem

Não tem nada pior do que pagar excesso de bagagem ou ficar brincando de Tetris no porta mala do carro.

Pegue leve na bagagem, já que no final você é que vai carregar!

A tendência natural da gente é colocar a casa na mala. Mas nos dias de hoje, especialmente por conta das tarifas adicionais para bagagem, a trabalheira em carregar aquele monte de malas passou a fazer ainda menos sentido, já que dói no bolso.

Um perrengue que pega muito turista desavisado é cair nos pequenos golpes ou scams que alguns locais aplicam aos turistas.

Com maior ou menor frequência dependendo do destino, golpes aos turistas são algo que podem pegar qualquer um. A gente tem a tendência em achar que enganar brasileiro é impossível, que a gente é mais esperto, mas se você vacilar…

Tailândia, um destino maravilhoso, mas onde você tem que ficar esperto com os pequenos golpes.

Os golpes são variados e vão desde taxistas espertinhos, comerciantes que erram propositadamente no troco, mercadorias de baixa qualidade, um tour furado com aquelas paradas em lojinhas onde o guia recebe comissões, e outros.

O mais importante de tudo isso é aprender com os erros e viajar cada vez melhor e mais tranquilo, já que errar é humano (turista) persistir é vacilo. 🤣

E você? Que vacilo de viagem já teve? Quais os seus piores, ou melhores perrengues? Conta ai para a gente!

Diogo Avila

Veja os comentários

  • Perrengues, acho que fazem parte de qualquer viagem. O jeito é ter calma e pensar: No final tudo dá certo e se ainda não deu é porque não chegou o final (filosofia de avózinha de um amigo). Já ouvi falar de americano que confundiu nos States a chamada de voo para Oakland (USA) com Aukland (Nova Zelandia). Hoteis nos States às vezes tem o mesmo nome mudando apenas o final de North para South da mesma cidade. Já fiz essa confusão também. E outra vez chegando em Madri de trem foi dificil achar o metro que iria até a Puerta del Sol. Lá eles indicam simplesmente Sol, aí eu e uma americana procuravámos por ordem alfabética num tabelão da estação. kkkk

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