Luang Prabang

O que fazer na incrível Luang Prabang?

Normalmente, conhecer apenas uma cidade não nos autoriza a dizer que conhece o país inteiro. Mas no caso de Luang Prabang, a cidade é tão fantástica e representativa, que é quase que possível dizer-se que uma vez conhecida, você conheceu o Laos, ou ao menos, o que o país tem de melhor.

Situada às margens de um dos rios mais famosos da Ásia, o Mekong (por ali também passa o rio Khan), Luang Prabang tem tudo o que de típico se espera do Laos: monges caminhando tranquilamente com suas vestes laranja; belíssimos templos; natureza intacta com direito a passeios de elefante; e ainda a persistente influência francesa na arquitetura e culinária.

Luang Prabang é um daqueles lugares que só o clima de tranquilidade já faz a viagem até o outro lado do mundo valer cada hora de voo. Diferentemente de alguns outros destinos do Sudeste Asiático, não existem grandes resorts ou baladas até altas horas – ok, tudo isso é legal sim, mas às vezes um clima mais original é tudo o que você quer.

Luang Prabang é um dos lugares que mais tenho saudades.
As ruas são super tranquilas em Luang Prabang
Tão sossegado que nem parece a cidade mais turística do país.

Luang Prabang é um daqueles lugares onde você tem vontade de simplesmente sentar-se à mesa de um café, ou diante de uma paisagem e relaxar.

É verdade que não se sabe até quando esta tranquilidade existirá. Lá está em curso um trecho de uma obra que promete interligar via trem a China até a Tailândia. Nos trechos rurais pelos quais passamos vimos enormes obras desta ferrovia que certamente terá um ponto de parada na cidade. Então, se você quiser conhecer ainda o Laos e Luang Prabang em sua essência, vá logo!

Luang Prabang
Para você ter uma ideia da tranquilidade local, as crianças vão assim para a escola.

Relativamente pequena para os nossos padrões, são apenas 70 mil habitantes. Com isso, as atrações são bem próximas umas das outras.

Ao final, a parte mais interessante da cidade resume-se à duas ruas, uma que vai e outra que vem, e suas transversais. Então se você ficar hospedado na área mais central, é portanto dispensável qualquer meio de transporte. Só para dar uma ideia, se você percorrer o centro da cidade inteiro pela rua principal, andará pouco mais de 1,5km.

Nos hospedamos no The Sanctuary Hotel Luang Prabang que ficava bem no centro da cidade, o que nos possibilitou um rápido deslocamento entre as atrações e também uma boa infraestrutura. O review completo desta estadia você confere aqui em breve.

Sanctuary Hotel Luang Prabang

Se você realmente precisar de algum meio de transporte em Luang Prabang, esqueça qualquer tipo de transporte público tipo ônibus ou metrô (nem consigo imaginar como seria um metrô em um lugar tão pacato). A alternativa é utilizar-se de táxis que têm um preço justo; alugar uma bicicleta que é um dos principais meios de transporte na cidade (alguns hotéis disponibilizam gratuitamente aos seus hóspedes); ou utilizar os típicos tuk-tuk (negocie o preço antes).

Os locais andam praticamente todos de moto, ou “quase motos”.
Para trajetos curtos, o equivalente local do tuk-tuk resolve bem.
Mas para ir às cachoeiras, que são mais distantes, prefira a versão local das lotações. Vi gente usando elas até para ir ao aeroporto.

Mas e ai? O que tem para fazer em Luang Prabang?

A primeira coisa a considerar é que a coisa mais legal da cidade é simplesmente curtir o seu clima e charme. Então apesar dela oferecer muitos templos, mercados, e uma série de excelentes atrações nos arredores, aproveite parte do seu tempo para simplesmente contemplar a paisagem e curtir o clima de tranquilidade que o local oferece – até porque provavelmente você estará vindo de outros destinos muito mais agitados e um pouco de tranquilidade faz muito bem!!!

Aprecie a tranquilidade local. Sente-se às margens do Rio Mekong. Admire os templos e os edifícios com influência francesa que lhe dão a certeza de estar na Indochina. Enfim, dê uma pausa na correria de viagem para curtir o clima local.

A cidade é praticamente esta avenida que vai, a Sisavangvong Road.
E a Khem Khong que volta. 🙂

As origens de Luang Prabang datam de 698, tendo desde então passado pelas mãos dos chineses, do Khmer e até mesmo dos mongóis, até chegar mais recentemente no domínio dos franceses que deixaram na arquitetura local a sua marca.

E mesmo sem ser a capital atual do Laos, a cidade era até 1975 a capital do reino do Laos, o que lhe trouxe belas e imponentes construções. Durante o domínio francês, embora o país como um todo estivesse sob a administração francesa, Luang Prabang gozava de certa autonomia e funcionava meio que como um protetorado com administração própria.

Dentre os diversos edifícios históricos de Luang Prabang, um dos mais importantes é o Royal Palace. Construído em 1904 em um estilo que mistura o oriental com o ocidental, foi a principal residência do rei King Sisavang Vong entre os anos de 1905 e 1959.

Royal Palace de Luang Prabang. Pena que não pode fotografar nada ali.

Hoje o local funciona como um grande museu com vários edifícios históricos super bem preservados.

O prédio principal, um grande edifício branco, que servia de residência real propriamente dita ainda tem uma excelente representação de como era viver ali, com aposentos mantidos exatamente como eram.

Se você gosta de carros antigos, vale conferir o Royal Palace Car Collection que tem alguns exemplares que eram utilizados pelo rei.

Ainda que tudo ali pareça antigo, um dos edifícios mais belos é o Wat Ho Pha Bang, um templo concluído em 2006 para abrigar o Pha Bang que é uma imagem de Buda recoberta de ouro e com 83cm – aliás esta imagem é que deu o nome da cidade e não o contrário. Dizem que ela data do século I e que passou por vários países durante a sua história até chegar ao Laos em 1512. Há entretanto uma lenda segundo a qual a estátua que está ali é uma cópia e que a original estaria guarda na capital Vientiane.

Wat Ho Pha Bang, certamente a mais bela construção de Luang Prabang
Em um dia de Sol forte, o dourado reluz ainda mais.
Detalhes no telhado do Wat Ho Pha Bang
A típica serpente de 5 cabeças no Wat Ho Pha Bang

Se você lembrou daquele Buda de Esmeralda o Pha Kaew que existe em Bangkok, saiba que existe uma certa rivalidade entre eles quanto a qual é mais sagrado e tem mais poderes.

Sapatos são proibidos, assim como fotos. E malas devem ser deixadas nos armários existentes na entrada.

Fica na Ho Kham; Th Sisavangvong; entrada 30,000K; abre de quarta à segunda (fechado às terças) das 8h-11h30 e das 13h30-16h00 com última entrada 1 hora. Ah, um detalhe importante: nada de camisetas sem manga ou short curto.

Luang Prabang está situada às margens do rio Mekong, um dos rios mais importantes da Ásia e talvez o mais importante do Sudeste Asiático. Ele nasce no Tibete percorre 5.000km até desembocar no mar. Ainda que em Luang Prabang a sua largura seja menor, já que em alguns trechos ele chega a ter 14km de uma margem à outra, é ainda um mar de rio.

Durante a temporada de seca, de outubro a abril, é montada sob o rio uma ponte de madeira para que as pessoas cruzem de uma margem à outra. Na temporada úmida a ponte é substituída por barcos nesta tarefa.

Encontro do Rio Mekong ao fundo com o Rio Nam Khan
Com um calor infernal, a vontade de nadar ali é grande, mas acho que a correnteza é muito forte para arriscar. Mas não deixe de pelo menos molhar os pés em um dos maiores rios do mundo!
Dá para fazer passeios de barco pelo Rio Mekong

A sua importância não só para o Laos, mas também para os demais países pelos quais ele passa é enorme. Desde irrigar as terras para o plantio de arroz ou fornecer peixes à população, ou então como via de transporte, já que ele é navegável em sua maior parte; dá para dizer que a população local vive em função do Mekong.

O melhor lugar para apreciar o rio e um pôr do Sol fantástico é em um dos muitos restaurantes e cafés situados às margens dele.

Precisando entreter as crianças em uma área ao ar livre? Que tal um parque? Vá ao Riverview Park e aproveite para tomar um café no Viewpoint Café de onde se tem boas vistas do Mekong.

O parque é bem pequeno, mas para as crianças já é um lugar para correr. Pena que não tem um playground.

Algo que você notará é que Luang Prabang tem uma quantidade absurda de templos, ou wats, no idioma local. Visitar os templos é uma experiência imperdível, mas você precisa sempre seguir algumas regras: cubra os ombros e joelhos; retire bonés e chapéus; não podem entrar de sapato na área interna; e evite abraços e beijos durante a visita.

Lembre-se de tirar os sapatos sempre! O Cumbiquinho já chegava tirando os sapatos quase que na rua 🙂

Algo que você vai notar é que praticamente todos os templos cobram uma entrada. Embora eu ache isto meio complicado, afinal Deus não cobra pedágio de ninguém, reconheço que o valor é bem pequeno, algo em torno de R$ 3/6. Já que é assim, não seria melhor pedir doações?

Embora você possa sim fazer um tour de peregrinação, sugiro fazer uma lista dos mais importantes templos budistas:

Um dos, senão o templo mais bonito da cidade é o Wat Xiengthong. Na verdade não é um simples templo, mas sim um complexo de templos e santuários. Construído em 1560, ele tem aquele estilo típico dos templos do Sudeste Asiático, com seu telhado cheio de pontas.

Confira só a beleza do complexo:

Templo principal do Wat Xiengthong.
Ornamentos na entrada
E lá dentro uma grande estátua de Buda.

E do lado de fora do templo principal existem outros templos menores que igualmente belos.

Wat Xiengthong
A riqueza dos detalhes é enorme
Às vezes são pinturas detalhistas em outras espelhos como abaixo.

Preste atenção na quantidade de espelhos coloridos que eles usam para decorar os templos:

Nas stupas.
Em mosaicos que contam histórias.
E até nos telhados.

Fica na avenida principal, Th Sisavangvong; a entrada custa 20.000K; e está aberto diariamente das 8h00 às 17h00.

Na mesma região fica o Wat Mai Souwannaphummaham (nome fácil hein!) que se destaca pelo seu telhado de quatro níveis e é de 1796 com uma restauração feita em 1821. Não deixe de conferir o seu interior ricamente decorado.

Wat Mai Souwannaphummaham por fora até que é simples. Mas lá dentro… Olha só:
Paredes ricamente decordas.
Interior do Wat Mai Souwannaphummaham
Estátuas de Buda no Wat Mai Souwannaphummaham

Fica na Sisavangvong Road, abre diariamente das 8h00 às 17h00 e entrada custa 20.000K.

De todos os templos de Luang Prabang, o mais antigo é o Wat Manorom que data de algo por volta de 1372. Ele fica na Th Pha Mahapatsaman.

Se tiver tempo, veja também o

Wat Sensoukaram

 que tem uma linda fachada vermelha e dourada. O templo que é de 1718 fica na Th Sakkarin.

Embora um pouco mais distante, está o Wat Phraphonphao, um templo que em nada se parece com os típicos templos de telhados curvados que se vê pela cidade. Ele tem um formato de um sino ou stupa octagonal dourada. Lindo! Embora pareça antigo, ele é bem mais novo que os demais templos da cidade, pois foi construído entre 1959 e 1988.

Aberto diariamente das 8h00 às 17h00 e com ingresso a 20.000k, a melhor forma de chegar lá é de tuk-tuk, pois são 3km do centro da cidade. No caminho aproveite para conhecer a Phanom (handicraft village).

Também um pouco mais longe, só que agora do outro lado do rio Mekong, no distrito de Chomphet, está o Wat Xieng Maen. Construído em 1592, foi renovado algumas vezes ao longo da história. O ingresso custa 10.000k e para chegar lá basta pegar um ferry que cruza o Mekong.

Esqueça os típicos telhados, o That Makmo / Vat Visounnarath cujo nome traduzido é algo como “Stupa da Melancia” por conta do seu formato, é um templo construído em 1503 e que servia para guardar algumas relíquias no passado.

Se você como eu não perde a oportunidade de ver um pôr do Sol, vá ao Phousi Stupa, um monte com 100m de altura que além de belas vistas da cidade tem uma linda stupa de 24m, a That Chomsi.

Subida para o Phousi Stupa não é fácil (ah e compre o ingresso antes de subir!)
Lá em cima, tem uma Stupa dourada.
E um templo muito simples...
Você terá uma vista 360 graus de Luang Prabang.
Rio Mekong visto do monte.

A subida com 329 degraus não é fácil, mas compensa. Lá em cima há também um templo bem simples, um dos poucos que não é cheio de detalhes e pinturas douradas, o Wat Pa Huak.

Quer uma sugestão? Separe um final da tarde para ver o pôr do Sol lá de cima. Só não se esqueça de levar aquele repelente de mosquitos que falei no primeiro post!

Não sei vocês, mas aqui em casa a gente não dispensa um mercado em viagem. Quanto mais típico melhor.

Preferencialmente pela manhã, visite o Morning Market (Talad Sao) que é mais focado em vender comida mesmo. Frutas, peixes, vegetais e ingredientes locais. Ele funciona em um horário bem restrito das 6h00 às 10h30 e fica atrás do centro de informações turísticas.

Morning Market (Talad Sao)
O legal é que aparentemente são os próprios produtores locais que trazem seus itens para vender.
Os vegetais são lindos!
Oferendas no Luang Prabang Morning Market
Carne na refrigeração para que???
Peixe seco

Se andando pela cidade você se deparar com indicações para o Dara Market, não se engane. Não é propriamente um mercado típico, mas sim um conjunto de lojas, como se fosse um shopping rudimentar. Nada de mais além de quinquilharias made in china. Vai por mim, Luang Prabang em termos de compras tem muito mais que isso.

Deixando um pouco de lado os templos, sugiro que você visite o UXO Laos Information Centre, um pequeno museu que mostra o impacto da Guerra do Vietnã no Laos. Vale conhecer! A entrada é mediante uma simples doação e ele funciona de segunda à sexta das 8h00 às 11h45 e das 14h00 às 16h00.

Como já disse anteriormente, é comum e até mesmo esperado que em alguma fase da vida – normalmente por volta dos 20 anos – que os homens e mulheres sirvam um período como monges e monjas, o que explica o grande número deles.

Neste contexto, é bem muito típica em Luang Prabang é a chamada ronda das almas ou Sai Bat no idioma local. Algo para não esquecer nunca mais.

Na Ronda das Almas, cada monge vai às ruas receber as oferendas.
Alguns monges eram literalmente crianças.

Reparem no silêncio:

Diariamente ao amanhecer, utilizando as suas vestes laranja e na maioria dos casos descalços, os monges saem às ruas para coletar doações de comida – principalmente arroz. É um ritual absolutamente silencioso e que mostra o nível de simplicidade e privação que a vida de monge tem. Trata-se de um ritual de duas mãos, enquanto os monges agradecem as doações e abençoam quem doa, a população contribui com os religiosos e praticam caridade. Lei do karma e ação-reação ao extremo!

Olhando as cumbucas dos monges, talvez você note que os primeiros estão com elas cheias e os últimos não. Mas não se penalize, pois lá no templo, tudo é misturado e dividido igualmente. Nem poderia ser diferente. E se você ver eles jogando a comida de volta em um cesto, não é desperdício não; acontece que eles também aproveitam para doar parte do que recebem para os mais carentes. Top né?

Se quiser participar ativamente, vista-se cobrindo ombros e joelhos. Quanto às oferendas, muita gente questiona se devemos ou não comprar dos vendedores locais. Uns dizem que eles se aproveitam do ritual para ganhar dinheiro e que a qualidade da comida não seria adequada. Outros defendem que é a única forma do turista ter algum item alimentar para doar. Difícil, né? No mais, olhe atentamente o que os locais fazem e siga como eles. Não tem melhor coisa a fazer diante de uma cultura tão diferente.

Para apreciar o ritual é preciso acordar cedo: 5h30 às 6h30 de março a outubro e das 6h00 às 7h00 de novembro a fevereiro. E os melhores lugares para assistir são próximos aos seguintes pontos da cidade: Xiengthong temple, Luang Prabang Primary School e Natonal Museum.

Se quiser ver, precisa acordar na madrugada.
Se quiser participar doando alimentos, pergunte ao hotel onde comprar arroz (principalmente), e evite os vendedores nas ruas que só querem lucrar com os monges.

Eu sei que vocês como eu não irão resistir à tentação de fotografar o ritual. É natural mas faça-o de forma absolutamente discreta e sem apontar as lentes e celulares para os rostos dos monges. Mantenha discrição e distância, e o mais importante de tudo, fique em silêncio. Não fique encarando os monges e em hipótese alguma toque neles (parece absurdo, mas tenho que dizer isso!). Lembre-se, é um ritual religioso, não um desfile de escola de samba. Não seja um viajante mala. Desculpe a sinceridade, mas é que tem muita gente que ou não sabe destas regrinhas ou faz que não sabe!

Pode fotografar sim, mas não fique no caminho, não use flash e não atrapalhe.
Faça silêncio e use preferencialmente o zoom para não atrapalhar.

Mas e o que tem para fazer à noite em Luang Prabang? Se você procura por baladas, desculpe mas escolheu a cidade errada. Mas isso não quer dizer que não exista o que fazer à noite ali. Na rua principal você encontra uma enorme quantidade de restaurantes e bares para curitr a noite. só não existe aquele agito e barulheira de lugares como Bangkok, por exemplo.

Em um próximo post prometo contar o que comer e beber no Laos e dicas de restaurantes na cidade!

Não deixe de sai para dar uma volta a pé pelas ruas do centro de Luang Prabang.
Você encontrará muitos restaurantes e bares legais.
E muitos são frequentados por locais. Reparem no povo sentado nos banquinhos.

Algo legal para fazer à noite em Luang Prabang é visitar o Night Market. Diariamente entre 17h00 e 22h00 na esquina da Th Sisavangvong e Th Kitsarat, bem no centro acontece um daqueles típicos street markets.

Mal escureceu as bancas já estão lá na avenida principal. O incrível era o silêncio, nada parecido com outros mercados.

Mas se você está ainda com aquela imagem de street market que mostramos em Hong-Kong, esqueça. Aqui praticamente inexistem bugigangas made in China, pois o grande diferencial é a quantidade de itens locais e artesanato de qualidade: cerâmica, produtos têxteis, pinturas e etc. Tem até artesanato feito a partir de itens antigos de guerra. Logo, é algo genuíno no melhor estilo Luang Prabang.

Nos típicos bordados do Laos, os elefantes são sempre representados.
Nem as camisetas são comuns 😉
Belos itens de madeira.
Artigos supostamente feitos com restos de bombas.

Claro que dentre tantas barracas, tem sempre aquelas interessantíssimas com comida local (e umas esquisitices é verdade) e bebida. Duas verdades sobre as barracas de comida: a primeira é que tem sim muita comida boa e barata – pode parecer difícil, mas supere o medo. A segunda é que as esquisitices vão bem além de grilos e larvas, vi relatos (e fotos) de bancas que vendem até morcegos para comer (santo Batman!!!) – mas não achei.

Claro que tem street food.
E muitas barracas de sucos.
Rola umas esquisitices como este vinho de cobra.

Deu para notar que este é um programa imperdível para as suas noites em Luang Prabang.

Não diria que Luang Prabang é um destino de compras naquele estilo de compras em outlet e etc. Muito pelo contrário. O lance aqui é comprar artesanato típico feito aqui mesmo para ajudar a população local; especialmente nas pequenas lojas situadas na Th Sisavangvong e na margem do rio Mekong.

Compras no Laos? Há muito além do óbvio chapéu oriental.

Tenha ciência que o preço das coisas nas lojas, especialmente as de produtos hand made de verdade são beeeem superiores àqueles que vocês encontrarão nas barracas do Night Market, por exemplo. Da mesma forma, a pechincha é mais restrita.

Até os brinquedos seguem o bordado típico.
Muitos itens de seda.

Os artigos mais típicos são artesanato em prata e roupas de seda.

Um bom lugar para ver e principalmente comprar itens de seda é o OckPopTok Living Crafts Centre, um centro de artes locais com muitos trabalhos em seda e outros materiais de alta qualidade e preços que podem ser astronômicos. Há inclusive um tour gratuito pelo local que mostra como a seda é feita. Bem interessante! Localizado perto do Talat Market, abre diariamente das 9h00 às 17h00.

OckPopTok Living Crafts Centre
E do outro lado da rua fica a loja deles.

Outro item bem típico da região é o handmade paper ou sa paper, um papel feito em um processo completamente manual a partir da casca de uma árvore local, o sa ou mulbery.

Quanto à Luang Prabang, só me arrependo de uma coisa: não ter de fato conseguido sentar às margens do Mekong e, escrever e publicar este post enquanto estava lá para conseguir ainda melhor transmitir a energia do lugar! 😊

No próximo post, vamos contar como é o passeio com elefantes no Laos.

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Diogo Avila

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