Já se passaram quase 5 anos que embarcamos na mais especial (e louca) viagem de todos os tempos: ter um filho. Mas o que aprendemos nestes anos viajando com crianças?
Como já fizemos um post contando a nossa experiência de viajar com um bebê, quando o Cumbiquinho nem sequer pagava passagem (até 2 anos de idade), não vou repetir aqui as mesmas dicas; e como este post meio que é uma sequência daquele, sugiro a leitura de ambos. Ok?
Dias destes estava lembrando para onde já fomos com o pequeno. Segura ai que a lista é boa: Caldas Novas; Suíça; Liechtenstein; Chile; Havaí; Hong-Kong; Indonésia (Bali); Malásia; Emirados Árabes (2x); Cancun; Orlando; Holanda; Eslovênia; Croácia; Montenegro; Bósnia; Uruguai; Cuba; Maldivas; Vietnã; Laos; Camboja; e Canadá.
Vejam que na lista acima estão lugares até que tradicionais; mas também destinos que alguns classificariam, ainda que para adultos, como exóticos.
Antes de seguir para as dicas, deixo aqui alguns alertas que já fiz no primeiro post sobre o assunto.
O primeiro é que adaptação é uma ideia que você deve sempre ter em mente, já que muito provavelmente a sua rotina durante a viagem será alterada com o pequeno viajante. Mas é pelo melhor motivo do mundo.
O segundo é que o que estou sugerindo não é regra e existem mil formas de fazer uma mesma coisa. O que funcionou para nós talvez não funcione exatamente da mesma forma para ti. Cada família tem as suas características e necessidades.
Ah, e como já disse antes lembre-se que se viajar em si já é um aprendizado, viajar com crianças mais ainda. Cada viagem agrega novas ideias, um aprendizado constante onde sempre há espaço para melhorar na próxima viagem.
Vamos então compartilhar algumas ideias e dicas diante do que vivenciamos.
Passaporte
Se você for viajar para fora do país (exceto alguns países da América do Sul), o passaporte será um dos primeiros itens que você precisa providenciar. E se já tiver, deve ficar muito atento à validade.
A questão da validade aqui tem uma importância maior ainda, já que a validade do passaporte para menores tem regras próprias:
IDADE | VALIDADE |
0 a 1 ano incompleto | 1 ano |
1 ano completo a 2 anos incompletos | 2 anos |
2 anos completos a 3 anos incompletos | 3 anos |
3 anos completos a 4 anos incompletos | 4 anos |
4 anos completos a 18 anos incompletos | 5 anos |
18 anos completos ou mais | 10 anos |
Não deixe de conferir os detalhes a respeito do procedimento para solicitação de passaporte para menor de idade.
Escolha do destino e atividades
Aqui em casa vigora uma regra “qualquer destino que o casal possa ir, criança também pode”. Quando decidirmos sermos pais, optamos por até quando for possível, que o Cumbiquinho iria nos acompanhar nas viagens.
Respeito e muito opiniões em contrário e não digo “desta água não bebo”, mas hoje, não nos vemos viajando sem ele.
Os motivos para isso são vários e pretendo em breve escrever sobre o assunto. Prometo!
Mas sem perder o foco na questão da escolha do destino, de todas as viagens que fizemos até hoje com ele, você deve ter notado que a única que foi tipicamente infantil foi para Orlando.
Veja que estamos falando de 1 em 24 destinos de viagem.
Ah, mas você não fica com dó de levar ele para estes lugares que não são “para crianças”? Olha, vou aqui colocar a minha opinião: se você acostumar uma criança que férias é só para Disney (ou algo do gênero), sabe o que ela vai te responder quando você disser que vai para a Espanha, por exemplo? Que não vai e fará uma enorme birra.
Eventualmente você e sua família serão viajantes de um destino só, o que eu, particularmente acho um pouco triste diante deste mundão por ai.
Já deu para notar que costumamos escolher o destino sem qualquer ao viés infantil. Mas isto não significa que não pensamos nele não no planejamento, muito pelo contrário.
Uma vez escolhido o destino, buscamos atividades que são de interesse dele. Vai por mim, todo e qualquer destino sempre terá atrações que são adequadas ou melhor ainda, voltadas para crianças.
Pode ser desde um aquário gigante que custou milhões de dólares para ser construído, até uma simples praça ou praia para brincar. Às vezes, tudo o que os pequenos precisam é brincar e estar em família. Guardem esta ideia como um guia geral.
Sabendo que o pequeno viajante de hoje será o turista de amanhã e que viajar é um vício do bem que pode ser cultivado desde pequeno, os destinos estão cada vez mais investindo em atividades para os pequenos.
Todo lugar tem um ou mais programas que são voltados para crianças.
Duvida? O que teria para fazer com uma criança no Laos, por exemplo? Quer experiência mais marcante do que andar (de forma natural!) em um elefante? Ai, levar uma criança para Washington para que? Para ver um ônibus espacial ao vivo. E por ai vai…
Ah, mas uma viagem cheia de museus pode ser chata, pode alguém dizer. Olha, de fato, o Louvre pode ser pouco interessante para as crianças à primeira vista. Mas espere elas saberem que existe uma área cheia de múmias.
Um castelo na Europa pode parecer chato. Mas basta você criar uma história maluca, assustadora ou divertida para que a criança passe a se interessar pelo lugar. Faça links com histórias e desenhos que elas gostam, por exemplo.
Exige uma certa criatividade e dedicação, mas você é pai ou mãe para que?
Outra dica: por mais sério que você seja ou pareça no dia-a-dia (falo aqui por mim!), aproveite a viagem para se soltar. Faça bagunça, molecagem mesmo!!! Você é pai e mãe para educar sim, mas para divertir-se com os pequenos mais ainda. Às vezes eles lembram mais das brincadeiras do que do lugar, faz parte. O importante é divertir-se e colecionar boas lembranças.
Confie, sua viagem será mais tranquila, sem birras e todos irão se divertir muito. Aqui em casa o pequeno fala de coisas que viu com 3 anos e não se cansa!
Resumindo: paute os destinos pelo gosto da família e não pelo da criança para não ficar escravo de uma meia dúzia de destinos de viagem. Ou pior, criar um pequeno imperador ou uma rainha… A criança é parte da família, não a família.
Passagem
Diferentemente dos bebês, as crianças a partir de 2 anos já pagam passagem aérea. O valor não é integral não, mas o percentual é tão alto que na conta do orçamento, você pode calcular como se fosse uma passagem regular para um adulto.
No quesito bagagem, não existe nenhuma diferenciação em termos de franquia. Aplicam-se os mesmos critérios que se aplicaria a um passageiro adulto.
Algo que muita gente negligencia, mas não deveria, são os programas de milhagens. Assim que o Cumbiquinho obteve o CPF, inscrevi ele em todos os programas de milhagens que consegui imaginar.
Se você viaja com crianças, pode imaginar o tanto de dinheiro e oportunidade que não usar os programas de milhagens representam.
Voo
Uma questão super recorrente é: voo noturno ou diurno?
Por mais que a resposta dependa muito dos hábitos da criança e da facilidade dela para dormir, normalmente a melhor opção é escolher um voo noturno. Eu normalmente tenho sempre a tendência de escolher e recomendar voos noturnos sempre que possível, já que dificilmente uma criança consegue virar a noite acordada.
Como sempre, não se esqueça de dar aquela cansada nos pequenos e proporcionar para eles o melhor ambiente possível para que eles consigam dormir. Crianças que têm maior dificuldade de dormir tendem a dormir melhor e mais facilmente depois de brincarem bastante. Nada de soninho antes do embarque.
Neste ponto, lembre-se que assim como nós, eles também podem ter dificuldades para dormir no avião por conta de desconforto, ansiedade e até mesmo o uso de celulares, tablets e do próprio sistema de entretenimento pode interferir nisso.
Logo, não espere que a criança vá por vontade própria desligar o eletrônico e dormir. Nós aqui em casa sempre fazemos os “combinados”: um pouco de joguinho e depois dormir. Funciona super bem.
Sobre como ter maior conforto, veja as nossas dicas de como sobreviver à um voo longo, pois muito do que está ali escrito também vale para os pequenos.
Ah, e não se esqueça também de dar aquela olhada no post sobre etiqueta a bordo, já que criança mal educada no avião (e em qualquer outro lugar) não é legal.
Opte você por um voo diurno ou noturno, só não se esqueça que crianças são tão ou mais suscetíveis ao jetlag. No caso delas, além de todos os efeitos que nós temos, elas sofrem um pouco mais, já que não querem dormir e tudo isso se transforma em maior propensão à irritação ou birras. Dê a elas o devido descanso depois de uma viagem longa.
Peça sempre a refeição kids. São poucas as empresas que não oferecem esta opção no momento da compra da passagem ou no pós-compra. Basta entrar no site e solicitar esta refeição sem custo adicional algum.
Além dela ser, aos olhos dos pequenos, mais saborosa (vejam que não disse nutritiva hein) que a normal, há uma vantagem enorme em solicitar ela. A maioria das empresas sempre serve ela primeiro, o que te traz duas vantagens: ajudar a criança a comer enquanto você espera a sua refeição e você não comerá a sua comida já fria.
Várias vezes a comida chegou, o Cumbiquinho comeu e dormiu. Comemos tranquilamente assistindo um filme enquanto ele rocava. 😊
Entretenimento
Voos longos, quilômetros intermináveis em estradas, filas em atrações, e restaurantes. Invariavelmente viajar envolve esperar, o que se não é legal para nós, imagine para os ativos pequenos viajantes.
É preciso então encontrar formas de entreter as crianças.
Aposto que a sua primeira escolha foi um tablet ou um celular. Certo?
Como não somos alienígenas, também deixamos o Cumbiquinho usar estes aparelhos, mas só de vez em quando. Somos até meio restritos quanto a isso, já que o uso está limitado aos voos e restaurantes. Foi a nossa opção de criação. Lembram da regra lá em cima que cada família tem a sua característica? Então…
Deixando de lado qualquer discussão a respeito do uso ou não, sempre tomo algumas providências antes: bateria carregada (e powerbank também); desligo o roaming e internet para evitar gastos não autorizados; faço o download de joguinhos e alguns desenhos, novos e os preferidos dele.
Especialmente em aviões e restaurantes, só não se esqueça de ou usar um fone de ouvido ou pegar bem leve no som, já que ninguém precisa comer ao som de Galinha Pintadinha no último volume.
Como alternativa aos eletrônicos, a Sra. Cumbicona teve uma excelente ideia anos atrás: incluir no kit dele alguns gibis. Não, ele ainda não sabe ler! Mas mesmo assim, o simples ato de olhar as figuras e seguir da forma dele a história já o mantém ali entretido por um bom tempo. E quando todos paramos, dá para ler uma historinha. Ajuda muito, inclusive na hora de dormir. Não pesa nem custa nada.
Agora o mais interessante foi ter notado o quanto ele passou a curtir muito aquilo que ele mesmo chama de “atividades”. Na nossa viagem para o Canadá, em cada museu, parque ou atração, era oferecido um livrinho com atividades para colorir ou outra coisa do gênero sempre relacionado àquilo que a criança tinha visto.
Ele simplesmente amou! Isso nos provou em definitivo como a criança é capaz de absorver aquilo que viu e aprendeu passeando por um parque, por exemplo. É de emocionar ver seu filho de 4 anos comentando alegre, aquilo que viu dias, semanas ou meses depois. E tem gente que diz que viajar com crianças pequenas é perda de dinheiro porque eles não aproveitam…
Algumas empresas aéreas, como a Emirates estão apostando fortemente neste tipo de livrinho com kit de lápis de colorir para os pequenos passageiros. É uma excelente forma de entreter eles no voo, e longe das telas.
Por fim, mas não menos importante, aposte em brinquedos. Sejam alguns trazidos de casa ou comprados no decorrer da viagem.
Desde logo notamos que o Cumbiquinho, de verdade, sentia falta dos seus brinquedos. Lembro uma vez que chegamos em casa e ele primeiro foi olhar a sua caixa de brinquedos e depois foi perguntar da cachorra. Kkkkkk Coisas de criança.
Só não caia em algumas armadilhas: levar brinquedos trambolhentos de casa; comprar micos durante a viagem; ou talvez o pior: ceder à todas as tentações das crianças diante das novidades. Até eu queria entrar na finada Toy R Us e levar a loja inteira!
Refeições
Atire o primeiro prato quem nunca sofreu ao menos uma vez para fazer seu filho ou filha comer. Por mais que a criança coma bem em casa, o que já é raro, viajando a situação pode mudar.
Aqui em casa temos a “sorte” de que o Cumbiquinho normalmente come muito bem.
Usei as aspas porque na verdade penso que isso não é sorte. Mas sim um esforço da Sra. Cumbicona que sempre ensinou ele (ainda não conseguiu me ensinar!) a comer, ou ao menos experimentar de tudo, literalmente.
Com isso, conseguimos ao longo de anos fazer com que ele coma uma variedade enorme de coisas, o que é uma vantagem e tanto nas viagens.
Para ser mais direto: pais e mães, não adiante criar uma criança à base de arroz e feijão, e querer de uma hora para a outra que ela coma uma comida diferente dessa. Com uma dieta assim, ou você vai enlouquecer, ou não conseguirá ir muito longe não.
É um trabalho a longo prazo e com efeitos mais relevantes que uma simples viagem. Logo, nem preciso dizer o quanto vale a pena.
Claro que nada disso está imune a pequenos problemas. Na nossa viagem para o Canadá, não nos demos tão bem com a comida quanto em outros destinos. Não que tenha sido um caos não, mas meio que cansamos da cozinha local que não é lá aquelas coisas.
Talvez até porque tenha sido a viagem mais longa que já fizemos em termos de dias, certa altura, o Cumbiquinho não queria comer mais. Acho que foi por conta da sequência de dias comendo tranqueira local. Penamos sim, mas conseguimos ao final contornar a situação com uma boa dose de frutas, iogurte e outros itens que ele nunca recusa e que são mais saudáveis por assim dizer.
Aprendemos uma nova lição: goste você ou não dos pratos locais, é preciso dar uma variada para não enjoar.
Onde se hospedar?
Confesso que depois da paternidade, a nossa hospedagem mudou um pouco.
Passamos de fato a escolher melhor os hotéis. Quando só em casal, você até releva algumas coisas.
Outro fator interessante foi que alugar apartamentos, seja via Airbnb ou Booking.com passou a ser algo ainda mais interessante.
Enquanto o Cumbiquinho era bebê, alugar um imóvel era muito complicado porque demandava por exemplo, o imóvel ter um berço. Hoje, dormindo em uma cama normal, novas opções surgem.
Mais que isso, dependendo do destino de viagem, um apartamento, pela facilidade de ter uma cozinha, permite que ao menos o jantar a gente faça lá. Come-se uma comida caseira, ele come mais e melhor em qualidade, e a gente economiza uma boa grana.
Seguro viagem e farmácia de viagem
Na linha de seguro morreu de velho, aqui em casa a gente não viaja sem seguro viagem. Felizmente só precisamos acionar uma vez e para um evento não tão grave, mas que inspirava cuidados para não ficar mais complicado. Confira aqui a nossa experiência em um hospital no Havaí.
Para quem nunca pensou a respeito do assunto, dou dois argumentos que justificam a contratação: crianças tendem a ficar mais facilmente doentes, especialmente com súbitas variações de temperatura; e o custo de qualquer tratamento no exterior pode custar mais que a própria viagem. Não vacile e contrate um seguro.
Aqui em casa a gente contrata com a Real Seguro Viagem que além de oferecer as melhores seguradoras e planos, permite que você compare on line os planos existentes. Clique no banner ao lado e faça a sua cotação.
Ainda sob este tema saúde, é sempre bom ter uma farmácia de viagem. Veja com o pediatra o que é indicado para cada situação mais corriqueira e leve contigo. Lembre-se apenas que para situações mais graves ou para alguns medicamentos, a consulta de um médico é essencial.
Carrinho de bebê
Neste ponto, fizemos algumas adaptações e trocas desde o último post.
Hoje o Cumbiquinho usa muito menos o carrinho, mas mesmo assim ele continua sendo super útil na maioria das viagens.
A única coisa que fizemos foi reduzir o tamanho dele. Tínhamos um carrinho muito parrudo e que era super útil para carregar a mala de bebê e mais um monte de coisas que normalmente carregamos. Mas para transportar ele era um pouco ruim.
Hoje, dispensadas as fraldas e todos os aparatos, o carrinho leva apenas o essencial: uma garrafa de água, uma mochila pequena com muda de roupa e algum brinquedo dele.
Isso nos possibilitou trocar o carrinho para um tipo guarda-chuvas que representa uma bela redução de peso e volume, o que é super relevante quando alugamos um carro, por exemplo.
Se você é daqueles que acha que só porque a criança está andando já dá para deixar o carrinho em casa, das duas uma: ou você é pai de um pequeno atleta; ou tem muita disposição (braço) para ficar carregando o seu “pacotinho” um dia inteiro de viagem.
Tenho um amigo que pensou assim e embarcou com a filha de uns 2/3 anos para Roma. A gatinha andava umas quadras e depois só colo. Resultado? Ele voltou para lá de traumatizado.
Eu também não gosto de carregar o carrinho para o outro lado do mundo, mas tem hora que a criança quer simplesmente descansar ou dormir e você tem a cidade inteira para explorar.
Dificilmente uma criança, até pelo tamanho da passada terá condições de acompanhar adultos durante um dia inteiro perambulando por uma metrópole qualquer.
O que você faz? Volta para o hotel? Sacrifica as costas? Pense bem.
Desfralde e banheiro
Eliminadas as fraldas, sobrou espaço nas malas ou você não terá o custo de comprar elas no destino. Eba!!! Mas ai, dependendo da idade da criança surgem outros dois pontos e a serem resolvidos: desfralde e banheiro.
Não vou tratar do procedimento de desfralde até porque a nossa experiência foi super tranquila e este não é um dad blog. Mas em se tratando de viagem o desfralde traz uma série de questões.
A primeira delas é que eu jamais recomendaria que alguém viajasse de férias com uma criança no meio da complexa e importante fase do desfralde. Digo isso porque normalmente este processo depende de uma atenção toda especial e uma nova realidade para a criança que ela conseguirá superar melhor se em casa.
Viaje antes ou depois desta fase para não atrapalhar o processo ou sofrer regressões, o que dizem ser terrível para ela.
E mesmo depois de consolidado o desfralde, há um item que você deveria colocar na sua mala. Sabe aqueles tapetinhos para o cachorro fazer as suas necessidades? Então, ele será o seu melhor amigo ao montar a cama da criança em um hotel ou apartamento alugado.
Nada pior e mais constrangedor do que a criança “batizar” a cama do hotel.
Momento realidade de viajar com crianças.
Leve alguns destes, pesa nada e você vai dormir mais tranquilo.
Já o banheiro é algo que não tem muito o que fazer. Se para muitos adultos este é uma questão sensível nas viagens, que dirá para as crianças.
Por mais que não dê para colocar um horário para a criança fazer as suas necessidades, uma ideia que funcionou bem aqui em casa foi ensinar o Cumbiquinho a sempre faze-las antes de sair do quarto, do restaurante ou de qualquer outro lugar que tenha um bom banheiro, o que garante uma folga.
Encontrar um banheiro para usar nas viagens muitas vezes é difícil. Que dirá um limpo.
Normalmente nenhum restaurante ou loja recusa que uma criança use o banheiro e nunca tivemos problemas com isso. Se precisar, treine a cara de boazinha da criança e a sua de desespero em casa. 🙂
No quesito limpeza aí já é mais complicado.
Eu que sou chato com isso, levo um spray pequeno com lysoform para dar umas borrifadas no assento do hotel / apartamento. E nos demais lugares as técnicas são as mais variadas possíveis: capa descartável se o lugar for mais ou menos limpo. Ou a gente simplesmente levanta ele se o lugar for menos limpo. Olha, já entramos em cada biboca e já fizemos cada contorcionismo…
Cadeirinha x Booster
Este é outro ponto importante, em especial se você for alugar um carro.
Nem sempre alugar a cadeirinha ou booster (ou assento de elevação) no destino é uma boa ideia. Já vi locadoras pedindo US$30 por dia de aluguel deste item. Veja que com um pouco mais você compra uma nova que poderá ser usada no Brasil.
Por outro lado, se você tiver poucos dias com deslocamentos deste tipo, alugar uma pode ser mais vantagem do que comprar uma lá ou levar a sua daqui, afinal principalmente no caso da cadeirinha, é um item chato de carregar.
Avalie.
Agora como saber se é preciso usar a cadeirinha ou o booster?
No Brasil, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) as regras são as seguintes:
– bebê conforto: crianças de até 1 ano;
– cadeirinha: 1 a 4 anos;
– booster / assento de elevação: 4 a 7 anos e meio;
– banco de trás, só com cinto de segurança: 7 anos e meio a 10 anos, respeitada a altura mínima de 1,45m.
As regras aqui são bem claras e de fácil compreensão, mas elas variam muito de país para país (em alguns a regra é por peso), e quando não de acordo com o tipo de veículo.
No Canadá, poderíamos tranquilamente utilizar o booster, mas como no motorhome o sinto atrás não era de 3 pontos, o uso de cadeirinha ficou obrigatório.
Mas como saber o que deve ser feito? Penso que na dúvida, quem tem as informações mais atualizadas são sempre as locadoras de veículos. Até porque se tem alguém que nem deixará você sair do pátio sem que tudo esteja ok, serão os funcionários delas.
Como já dito antes, este é um assunto que terá constantes atualizações, afinal viajar com filhos é apenas parte do aprendizado de ser pai e mãe.
E você, costuma viajar com crianças? Quais as suas dicas?
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17 comentários
Bom dia,
Tudo bem?
Não encontro em lugar nenhum quanto custa para despachar o carrinho da minha filha (q tem 3 anos).
Alguém pode me ajudar?
Obrigado
Além disso, quais são os trâmites para que isso aconteça
Obrigado novamente
Sem trâmites amigo, o despacho disso é gratuito.
Olá bom dia. As latam despacha gratuito até 2 anos. Após vc deve comprar uma mala de 23 kg. Passei por essa situação no embarque.
Oi Daniel,
Nunca nestes 6 anos, viajando 2 ou 3x ao ano nunca vi empresa cobrar por despacho de carrinho.
Não conheço nenhuma empresa nacional ou internacional que cobre por isso.
É uma bagagem livre. O mesmo vale para bebê conforto ou cadeirinha de carro.
Abraço.
Muito obrigado mesmo, Diogo.
Estava ansioso pra saber disso
kkkkkk
Parabéns pelo site. Vim aqui pra sanar essa dúvida e gostei bastante. Já está salvo nos meus favoritos
Obrigado e venha sempre.
Sempre temos novos destinos e bastante coisa para quem viaja com crianças.
Abraço.
Só li verdades.. Obrigado pelas dicas… vou ler o artigo anterior também.. hahhahaha…
Excelente post! Por aqui ingressamos na fase dos 2 anos… rsrs
Abs!
Tatiana, Obrigado!!!
Uma das nossas missões é ajudar as famílias a viajarem mais, e juntas!!!
Qualquer coisa estamos por aqui.
Abraços.
Olá,família Cumbicão! Também somos uma família de 3 e amamos viajar! Nossa filhinha de 3 anos fica super empolgada sempre! 🙂 Parabéns pelo blog,dicas valiosas e muito úteis! 😉 Aproveitando,gostaria de indicação de roteiro de montanha nos EUA em novembro.Obrigada! Abraços.
Olá,Cumbicão! Adorei seu blog,muito útil e relevante para os amantes de viagens como eu e minha família! Parabéns! Estamos planejando em ir para os EUA em outubro/novembro de 2019,gostaríamos de roteiro com frio e montanhas,alguma sugestão? Minha filhinha de 3 anos fica toda empolgada em passear! Obrigada! Beijos.
Taisy,
Obrigado!
Um dos nossos objetivos é justamente encorajar as famílias a viajarem mais e mais.
Infelizmente os destinos que fiz nos EUA nunca coincidiram com este tipo de paisagem que você deseja (não curto muito frio não…), mas pelo que já estudei a respeito, acho que vale você dar uma olhada na região de Utah, que tem paisagens incríveis e pode ser um lugar especialmente interessante para uma road trip de motorhome em família. Tá na minha wish list!
Abraços.
Oi família Cumbicão, tudo bem?
Tenho um casal de gêmeos de 3 anos e meio e em Setembro deste ano faremos nossa 1a viagem juntos à Europa (antes disso só esquema praia…). Tenho buscado muita informação para que seja uma viagem ainda mais legal do que qualquer viagem que fizemos só eu e o marido, e só encontrei coisas mais superficiais, um pouco aqui e ali. O seu texto está espetacular! Tem “só” tudo!
Amo viajar e é um dos meus objetivos fazer isso em família, cada vez mais. Seu blog definitivamente vai ajudar a fazer isso acontecer de forma muito mais fácil.
Bj
Obrigado Rossana.
Fico feliz de ter ajudado. Esta é a nossa missão.
Abraço.
Olá família Cumbicão! Tenho 35 anos, sou mulher, casada e, por enquanto, sem filhos. As viagens são como que uma prioridade em minha vida! Meu marido e eu estamos naquela fase decisiva sobre ter ou não ter filhos e ainda assim continuarmos nossas perambulações pelo mundo. Posso dizer que seu blog desmistifica a questão e mostra que tudo flui com naturalidade quando integramos desde logo nossos pequenos ao nosso estilo familiar. Continue nos brindando com o diário de bordo do Cumbiquinho, pois esse é um grande incentivo aos viajantes que pensam em aumentar a família!
Oi Letícia,
Simplesmente ganhei meu dia com o seu comentário. Não, o mês!!!
É para inspirar as pessoas a viajar mais e melhor que a gente escreve.
E se joga nesta vida de família viajante sim!!! É fantástico!!!
Bjs.