Confesso que nunca tive pretensões de conhecer Washington. Mas depois de curtir algumas horas bem aproveitadas na cidade durante uma conexão entre Toronto e São Paulo, tenho que concordar que além de ser o centro do poder no país (ou no mundo?!?!), a cidade tem muito a oferecer ao turista. Neste post, vamos contar como e o que você pode conhecer durante uma conexão longa entre voos.
Se você está considerando curtir as suas horas para passear em Washington, além deste post, sugiro que você leia o post Como aproveitar melhor as suas escalas, onde dou todas as dicas mais básicas para você curtir sem stress este tipo de passeio rápido por qualquer cidade.
Concorrendo com destinos como a Flórida, Califórnia, Las Vegas, e NY – para ficar apenas nos 4 destinos mais turísticos dos EUA – Washington dificilmente aparece no roteiro de viagem dos turistas brasileiros. À despeito da ideia que muitos possam ter de uma cidade pouco interessante e até certo ponto meio sisuda, a capital norte-americana tem boas atrações para o turista.
Com uma quantidade e qualidade de atrações que sinceramente justificaria até mesmo uma viagem exclusiva para lá, eu não poderia deixar de lado a oportunidade de dar ao menos uma primeira espiada nas atrações da cidade durante a escala.
É claro que não posso dizer em hipótese alguma que conheço a cidade, até porque em uma rápida passagem não daria para ver tudo o que queríamos.
Mas como eu sempre digo nos posts desta série sobre escalas, se você está passeando durante um voo e outro, não dá para conhecer tudo. Você não está viajando para aquele destino, apenas aproveitando dentro do possível a sua escala para conhecer um pouco da cidade. Combinado?
Tivemos então que priorizar aquilo que mais nos interessava: algumas atrações do National Mall e o National Air & Space Museum, que será tema de um próximo post.
Então vamos às dicas para curtir uma escala em Washington e principalmente estas atrações.
É relativo, porque depende do ritmo de cada pessoa e daquilo que ela quer conhecer.
No nosso caso, tínhamos pouco mais de 12 horas de janela entre um voo e outro, o que nos deu mais ou menos 8 horas líquidas (descontadas as 4 horas que julgo necessário para desembarque, ida até a cidade, retorno para o aeroporto, e reembarque).
Vai por mim, com 8 horas dá para fazer muita coisa, é praticamente o tempo útil que você teria em um dia inteiro de viagem normal!!!
Não dava para perder a oportunidade.
Devo ressaltar que no caso de Washington, há uma grande vantagem. Muitas das atrações você irá se satisfazer em simplesmente ver por fora, o que não demandará muito tempo não. Oras, ao menos que você tenha um convite do mandatário para visitar o Salão Oval, o mais perto que você chegará da Casa Branca será na calçada, por exemplo.
Então, à exceção dos museus e alguma outra atração menos comum, o esquema é chegar, olhar, eventualmente tirar umas fotos e seguir para a próxima. Nada que demore muito. O resultado é que com poucas horas você verá muita coisa.
Então, respondendo à pergunta, acho que se você tiver umas 6 horas líquidas já vale a pena.
Bem este é um ponto que eu sempre planejo antes mesmo de embarcar numa aventura destas.
Se você estiver viajando todo o trecho com a mesma empresa, existe grandes chances das malas irem direto ao destino, ou seja, você não precisaria pegar ela na escala para redespachar.
Em alguns países, existem regras do tipo: mais que 12 horas as malas devem ser retiradas e redespachadas e etc.
Na dúvida, até porque depende do tipo de bilhete aéreo, consulte a empresa pela qual você está viajando ok?
No nosso caso, tivemos a sorte das malas irem direto, o que facilitou demais!
Mas se no seu caso for necessário pegar as malas para redespachar, infelizmente você terá que alugar um carro e deixar elas nele durante o passeio, o que necessariamente por razões de segurança, demanda estacionar sempre em estacionamentos fechados e onde leva-se a chave.
Mas aqueles guarda volumes? A exemplo dos demais aeroportos dos EUA, infelizmente Washington não tem guarda volumes por causa do risco evidenciado depois do 11 de setembro.
Alternativamente, você pode tentar redespachar elas assim que chegar para ir à cidade de mãos livres. Mas poucas empresas aceitam o despacho de bagagem antes de 3 horas do horário de partida do voo…
No planejamento deste passeio pela capital dos EUA, a minha primeira preocupação foi como ir do aeroporto até a cidade, e vice-versa. Um elemento chave num passeio breve como este, além do tempo que se tem, é a facilidade que a cidade oferece em termos de transporte público. Afinal, não tem tempo mais perdido do que trânsito ou transporte público ineficiente.
Em Washington uma dificuldade que você encontrará é justamente a conexão entre o aeroporto internacional (Dulles International Airport) e a cidade, já que não existe transporte direto de-para a cidade.
Até existe um esquema chamado Silver Line Express Bus Service onde você pega um ônibus no aeroporto que te leva direto para a estação Wiehle-Reston East Metrorail Station que é a que fica mais próxima do aeroporto. Só este trecho da viagem já leva uns 20 minutos e custa US$5. Parece ok, né? Acontece que ainda tem mais uns 51 minutos de trem dali até o centro de Washington (o custo é ótimo, só mais US$3,85).
Se eu estivesse hospedado na cidade, toparia sem problema algum este pinga-pinga, até mesmo pelo custo. Mas em um roteiro tão apertado assim não acho que vale o custo-risco. Certo?
De táxi, dependendo do trânsito, a viagem pode levar de 30 a 60 minutos, e custar entre US$62/73. Some isto para ida e volta, e você verá que estamos falando de uma grana e tanto.
Neste cenário, contrariando a minha ideia preferida que é sempre usar a ligação de trem ou metrô do aeroporto à cidade, em Washington só vislumbrei dois esquemas factíveis: ir e voltar de táxi até a sua primeira atração e dali em diante seguir pelo sistema de metrô da cidade; ou alugar um carro.
Só pelo valor da corrida de táxi da cidade até o aeroporto já deu para notar qual estratégia segui. Sei que pode parecer insano alugar um carro por apenas um dia, mas com locações ao custo de aproximadamente US$60/dia para um sedan grande e o esquema chatinho para ir de-para o aeroporto, não me parecia fazer sentido fazer uso de outro esquema que não alugar o carro.
Ao custo de US$ 60 + uns US$ 10 de gasolina e US$10 de estacionamento, foi uma ótima escolha por conta da mobilidade, especialmente porque chegamos na cidade em um domingo, portanto praticamente sem trânsito algum.
Um detalhe importante é que em Washington, as locadoras estão todas situadas em um mesmo edifício que fica um pouco distante do saguão de embarque / desembarque, mais ou menos como em Miami. Confira aqui a localização.
Se você optar por usar o transporte púlbico, recomendo dar uma olhada no site do sistema de metrô de Washington para estudar como fazer o deslocamento entre as atrações. O que lhe adianto é que me pareceu ser bem fácil e abrangente o metrô lá.
Entre uma atração e a outra, caminhar pode até ser uma opção, mas dependendo do seu roteiro, pode ser uma caminhada e tanto, já que as quadras de Washington não são pequenas como as de NY, por exemplo.
Como dá para ver do mapa acima, o nosso roteiro por Washington priorizou inicialmente as atrações situadas no National Mall que é uma área de uns 3km de comprimento ou 1,8km de largura que vai do Lincoln Memorial até o Capitólio.
Guardadas as devidas proporções é mais ou menos o que seria a região de Brasília onde estão o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e tribunais superiores; ou seja, o centro do poder.
A diferença visualmente falando, é que trata-se de uma área cheia de gramados e árvores que a população local acaba usando como parque.
Só não se iluda com a idea de que por ser uma área relativamente pequena você terá condições de ver tudo em apenas um dia. Acho que nem em uns 2 ou 3 dias na cidade dê para visitar tudo com muito detalhe não. Afinal, muitas das atrações ali são museus. Só neste eixo são mais de 10 museus fantásticos e importantíssimos.
Isto mostra duas coisas. Primeiro que muito além do centro do poder nos EUA, Washington é um local perfeito para conhecer e entender a história deste país. Segundo que diante de tanta coisa você vai ter que priorizar o que quer ver nesta curta passagem, deixando para uma outra oportunidade as demais atrações.
Uma grande vantagem de passear por Washington é o fato de que para visitar as atrações você não gasta absolutamente nada. Muitas das atrações são monumentos públicos com livre acesso, ou como explicarei mais a diante, museus com entrada gratuita. Neste sentido, mesmo que você não tenha um dólar sequer no bolso, dá para conhecer muito bem a cidade.
Como chegamos cedo à cidade, quando os museus estavam fechados, priorizei ver aquelas atrações do tipo passar e ver, já que seriam mais breves e porque logo cedo a quantidade de gente permitiria boas fotos.
Comecei por um dos monumentos mais icônicos de Washington, o Lincoln Memorial. Se pelo nome você não reconheceu, é aquela enorme estátua do presidente norte-americano Abraham Lincoln sobriamente sentado em uma cadeira e que certamente você já deve ter visto em algum filme ou até mesmo em desenhos animados, já que é meio que um ícone da cultura norte-americana.
O monumento em homenagem ao 16º presidente norte-americano (acho um barato esta mania deles de contar e às vezes saber de cabeça todos os presidentes e na sequência!!!) é na verdade mais do que uma simples estátua. Inaugurado em 1922, o memorial é uma enorme construção clássica, meio que um panteão, situado em uma rotatória.
O Memorial tem 36 colunas que representam os 36 estados que se uniram inicialmente à Lincoln na fundação dos EUA.
A estátua, com seus quase 6m é de um realismo impressionante. Ao todo foram usados 28 blocos de mármore. Repare bem na face da estátua, com seus detalhes super bem trabalhados, ela meio que encara todos que entram no memorial.
Popularmente chamado de Abe Lincoln, este advogado de formação é um dos presidentes dos EUA mais cultuados da história.
E não é para menos. Antes de ser eleito pela primeira vez, ele foi senador e nesta função já dava sinais de que era um opositor da escravidão que ainda vigorava nos EUA no século XIX.
Ao ser eleito, inseriu na Constituição a 13ª Emenda que proibiu de vez a escravidão (1863). Em rebelião, os estados do sul que eram escravagistas declararam sua independência do norte, o que resultou na Guerra da Secessão que só teve fim em 1865.
Hábil, Lincoln conseguiu vencer a guerra e manter os EUA unidos. Mas infelizmente isto custou a sua vida, já que em 15 de abril de 1865 foi assassinado enquanto assistia à uma peça de teatro (Teatro Ford, que é aberto à visitação). Os planos iniciais do assassino eram de sequestrar o presidente para trocá-lo por prisioneiros sulistas, mas ao ouvir o discurso de Lincoln defendendo o direito de voto aos negros, ele mudou de ideia, e resolveu assassinar o presidente com um tiro à curta distância na cabeça.
Uma boa reflexão para fazer enquanto se admira a beleza sóbria da estátua é como teria sido a história dos EUA (e do resto do mundo pela sua influência) se ele não tivesse sido assassinado. Certamente foi uma figura histórica daquelas que poderia ter feito mais se tivesse tido oportunidade.
O monumento está aberto 24hs por dia e recebe nada menos que 6 milhões de visitantes o ano. Para você ter uma ideia, esta é a média de turistas estrangeiros que visitam o Brasil anualmente.
O Memorial fica na 2 Lincoln Memorial Circle NW, e se for usar o metrô, pegue a estação mFoggy Bottom-GWU
Até mesmo pelos princípios pregados por Lincoln, o Memorial e seu entorno viraram palco para manifestações em defesa dos direitos civis.
A mais famosa delas deu-se em 28 de agosto de 1963, portanto 100 anos após a promulgação da 13ª Emenda. Na escadaria do Lincoln Memorial, o líder Martin Luther King fez o famoso discurso “I Have a Dream” – se você nunca ouviu ou leu este discurso, primeiro dou-lhe um puxão de orelha virtual, depois te recomendo conferir lá no Google porque é de arrepiar!
O discurso foi o ponto alto da chamada Marcha sobre Washington, um protesto que reuniu mais de 250.000 pessoas para protestar conta a segregação racial que era institucionalizada nos EUA.
Daí por diante, uma série de outras manifestações populares aconteceram ali, como por exemplo os protestos contra a Guerra do Vietnã.
O local exato onde ele fez este discurso é o 18º degrau e está marcado com MLK Marker. É fácil de localizar, normalmente junta um punhado de gente no local.
Em homenagem a ele foi erquido no ano de 2011 o Martin Luther King Jr Memorial. Curiosidades: é o único monumento em homenagem à um não-presidente em todo o National Mall, e o único a um afro-americano – será que houve alguma boa influência do (saudoso) Mr. Obama? O endereço exato é 1850 W Basin Dr SW; h24hr; gCirculator, mSmithsonian.
Diante do Lincoln Memorial está a Lincoln Memorial Reflecting Pool que é um enorme espelho de água que de um lado reflete o Memorial e de outro o Monumento de Washington. Com quase 500m de comprimento e 25 milhões de litros de água que são constantemente trocados.
Se estiver ali no nascer ou por do Sol, aproveite porque as fotos ficam lindas.
Ao lado do Lincoln Memorial está o Vietnam Veterans Memorial, um monument em lembrança aos 58.272 soldados norte-americanos mortos ou feridos na Guerra do Vietnã. Em que pese existam dois lados da história, como já contei na série de posts sobre o Vietnã, é impressionante como este conflito ainda ecoa (negativamente) na psique e na cultura norte-americana.
Nas paredes de granito preto estão os nomes das vítimas e quase sempre há flores ou cartas que demonstram a dor daqueles que sofreram e sofrem com atrocidades como foi tal (e qualquer) outra guerra.
Os nomes dos soldados estão dispostos na ordem em que faleceram (de 8 de julho de 1959 à 15 de maio de 1975). Só para dar ideia da tristeza, os nomes marcados com diamantes e sinais indicam “morto, corpo recuperado”; cruzes os “desaparecidos”; e círculos os que voltaram com vida.
A localização exata do memorial é 5 Henry Bacon Dr NW; h24hr; gCirculator, mFoggy Bottom-GWU.
Do outro lado do espelho de água está um ícone de Washington, talvez o seu símbolo mais conhecido juntamente com a Casa Branca, o Washington Monument. Com quase 170m de altura, este oblisco é a estrutura mais alta da cidade – algo pouco comum para uma metrópole, ainda mais nos EUA, mas que decorre de uma lei federal segundo a qual nenhuma construção pode ser maior que ele.
O obelicsco é uma homenagem ao primeiro presidente dos EUA e um dos pais da nação.
Algumas curiosidades sobre o monumento: ele começou a ser erguido em 1848, mas a sua construção parou durante a Guerra Civil e quando do seu retorno, a pedreira que fornecia o mármore esgotou-se, fazendo com que tivessem que procurar uma nova fonte. Olhos atentos notarão que há uma diferença na coloração no 1/3 superior.
No topo, uma pirâmide de alumínio. Sim, este metal hoje tão comum, era tido como nobre e caríssimo à época. Tão caro que ficou um tempo exposto na Tiffany de NY antes de ser instalado.
Normalmente é possível subir ao topo, os detalhes sobre isso você confere no link. Dizem que a vista de lá de cima é fantástica.
O endereço exato (se é que precisa, já que você o avistará praticamente de qualquer lugar) é 2 15th St NW; e a estação mais próxima é a mSmithsonian.
Seguindo pelo National Mall, a próxima parada é a Casa Branca, talvez a sede de governo mais famosa do mundo. O incrível é que ao invés de parecer um palácio, como é o caso de muitos países, ela de fato parece com uma casa.
Claro que não uma casa qualquer, já que tem um estilo clássico inconfundível e é consideravelmente grande (quase 50.000m²!!!)
Talvez você estaja se perguntando se dá para conhecer o interior. Sim, algumas áreas são abertas para um tour que devem ser agendados com uma super antecedência (entre 21 dias e 6 meses antes) no consulado dos EUA no Brasil ou no consulado brasileiro lá. Parece ser complicado, mas para quem quer conhecer em detalhes, vale a oportunidade.
Do lado de fora, olhando ainda que longe, fiquei imaginando o quanto da história do mundo, vez que muito do ali decidido atinge a todos positiva ou negativamente, já se decidiu e que segredos as paredes daquela icônica casa guardam. As moscas que ali já voaram sabem muito mais da história mundial que qualquer pessoa.
Um pouco da história local. A Casa Branca como palácio presidencial existe desde a sua construção que durou de 1792 e 1800, e reza a lenda que o nome veio do fato de que os ingleses queimaram ela na guerra de 1812, quando então os norte-americanos, para encobrir as marcas das chamas a pintaram de branco. Tem cara de lenda urbana…
Acho que nem preciso dizer, mas não custa avisar: a Casa Branca é o lugar mais vigiado e protegido do universo. Não duvido que enquanto você está ali esteja sendo observado nos mínimos detalhes. Claro que você turista não irá fazer nada de mais além de tirar algumas fotos e espiar, mas mesmo assim o faça segundo algumas regras (super, mega, blaster) rígidas.
Nada de fotos na grade, só de fora. Os melhores pontos para aquelas fotos clássicas são a partir da North Lawn ou da E St NW – são os pontos clássicos usados inclusive por correspondentes internacionais nas transmissões de TV.
Carros não transitam pela Pennsylvania Ave que é a via diante da casa, então se tiver que estacionar, pare longe e caminhe um pouco.
E finalizando o tour pelos edifícios históricos de Washington no National Mall, um dos mais belos e imponentes edifícios de Washington: o Capitólio, que é a sede do Poder Legislativo, ou seja, da Câmara dos Deputados e Senado, com 435 e 110 membros respectivamente.
A Localização exata é First St NE & E Capitol St – estação mCapitol South. É possível agendar uma visita guiada entre segunda e sábado das 8h30 às 16h30.
A partir do Capitólio chega-se a outros dois interessantíssimos edifícios: a Supreme Court e a Biblioteca do Congresso.
O primeiro é assim, digamos, o STF deles; eu nem arrisquei entrar (férias né!!!), mas visitações são sim permitidas desde que seguidas algumas regras.
Mas a Biblioteca do Congresso, ah essa eu queria muito ter visto por dentro, mas como ela não abre aos domingos, dançamos (Snif!).
Um único argumento para te fazer querer conhecer: é a maior biblioteca do mundo com mais de 29 milhões de livros!!!! Lá está um exemplar da Bíblia de Gutenberg que de tão antiga, é anterior ao Brasil existir (como país, é claro!) – 1455.
Fora que é um lindo edifício datado de 1897.
Fica na 1st St SE e abre de segunda à sábado das 8h30 às 16h30 e a estação de metrô mais próxima é a mCapitol South).
Sei que muita gente não irá considerar isso uma atração, e eu compreendo. Todavia, um dos lugares mais visitados de Washington é o Arlington National Cemetery. Para quem já assistiu algum filme de guerra já deve ter visto aquelas cenas tocantes em que aparece um cemitério cheio de cruzes iguais ornando as muitas covas.
Muito provavelmente a cena seja deste cemitério onde estão enterrados mais de 400mil militares que combateram em guerras como as duas Guerras Mundiais; da Coreia (década de 50); do Vietnã; e guerras mais recentes como as intervenções contra o terrorismo. Af! É guerra que parece não acabar mais, e infelizmente o cemitério recebe novos falecidos.
Na qualidade de combatente e presidente, John F Kennedy e a primeira dama Jacqueline Kennedy Onassis. A sepultura do cultuado presidente está ornada e é ponto de visitação de muitos que vão ao cemitério.
Além dos militares, há também uma área dedicada aos tripulantes dos ônibus espaciais Challenger e Columbia.
Se você curte uma conspiração, seja ela real ou ficção (será?), há dois lugares que merecem serem conhecidos. O primeiro é o Watergate Complex um conjunto de apartamentos que virou sinônimo de escandalo ou corrupção. Foi lá que um grampo flagrou uns “rolos” do presidente Nixon na década de 70.
O outro lugar confesso que é um gosto (paixão) meu. Dificilmente você não vai conseguir entrar, mas para quem é fã de Arquivos-X ou simplesmente curtiria trabalhar no FBI, a sede do que seria a Polícia Federal dos EUA é algo imperdível. Coisas de fã.
Quem pensa que Washington é só um monte de edifícios governamentais está completamente enganado. A cidade é a casa de alguns dos museus mais interessantes do mundo e se o seu tempo de escala permitir, não deixe de conhecer ao menos um deles.
Qual? A escolha vai muito do seu interesse. Há museus ligados às artes, história, ciência e até espionagem – sim, quem gosta de teorias da conspiração e histórias reais do tipo 007 pode conferir o Spy Museum.
Mas porque Washington tem tantos museus? Muito disso deve-se a um generoso Sr. chamado James Smithson, aristocrata inglês que em 1826 deixou a soma de US$ 508.318,00 (uma enorme fortuna para a época) para ser aplicada em prol do conhecimento e notadamente na abertura e manutenção de museus com a única condição de que eles fossem gratuitos para sempre. Este foi para o céu com certeza!!!
Detalhe, a doação deu-se em uma época em que as cicatrizes da cisão frente à Inglaterra ainda ferviam, havendo grande oposição do governo norte-americano em aceitar. Tanto que apenas em 1846 as obras da Smithsonian Institution começaram.
Em Washington a Smithsonian Institution tem “só” 19 museus e mais de 140 milhões de itens que vão de aviões raros, diamantes, artefatos e documentos históricos, animais, obras de arte. Reza a lenda que nem 1% do acervo está à mostra porque parece faltar espaço. Não duvido. Olha, a gama de áreas do conhecimento e artes que os museus abrangem parece não ter fim. O cara literalmente entrou para a história em grande estilo.
Uma das opções mais populares, e ideal para quem viaja com crianças, é o National Museum of Natural History. Quem gostou do de NY irá amar este. Aliás se aquele foi mostrado no primeiro filme da série Uma Noite no Museu, o de Washington aparece no segundo filme da série.
Fica na esquina da 10th St com Constitution Ave NW; abre diariamente das 10h00 às 17h30 (19h30 entre junho e agosto); e a estação de metrô mais próxima é a mL’Enfant Plaza.
Outro bastante procurado é o US Holocaust Memorial Museum que como o nome diz relata este lamentável evento da história. O museu tem inclusive itens vindos de Auschwitz. Fica na 100 Raoul Wallenberg Pl SW; abre diariamente das 10hoo às 17h20 (18h20 de segunda à sexta entre abril e maio); e a estação mais próxima é a mSmithsonian.
Fala se não seria um pecado deixar de espiar um dos museus da Smithsonian Institution???
A gente é claro, não perdeu a oportunidade, mas isso é um assunto para o próximo post sobre Washington!
Olha, poucas vezes um rápido passeio durante uma escala me deixou um gosto de “quero mais” tamanho quanto Washington. Certamente voltarei à cidade para conferir as outras atrações, mas para um breve passeio em escala foi uma experiência e tanto.
E você que dicas de Washington tem para compartilhar? Deixe aí na caixa de comentários as suas recomendações para a capital dos EUA.
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Veja os comentários
Parece que foi inaugurado uma linha entre o aeroporto e o centro, sem a necessidade de ônibus.
Obrigado pela info Lucas.
Se você quiser compartilhar aqui os detalhes da sua experiência todos agradecemos.
Excelentes viagens!
Ola Diogo,
Muito bom o seu relato, quanto tempo você gastou para sair do aereporto locomoção e voltar para o aeroporto e passar pela imigração?
Tenho 8h30 de escala em um sabado e estou querendo fazer um passeio
Oi Caroline,
Olha, com 8h30 eu acho que já dá para fazer um passeio. Talvez mais curto do que o que fiz.
O tempo na imigração e segurança varia muito. Eu normalmente considero 1h para cada entrada e saída.
Oi Diogo, muito legal o relato e quantidade de informações.
Tenho uma situação bem parecida pois minha escala será de 11hs. Possivelmente vamos optar por pegar o carro alugado, e aí vai uma pergunta: vocês estacionaram o carro e fizeram os trajetos a pé? Como é para estacionar o carro por lá?
Obrigado
Oi Douglas, obrigado.
Sim, estacionávamos nas proximidades das atrações e caminhávamos à pé mesmo.
Olha, como era domingo, estava muito tranquilo estacionar na rua.
Claro que escolhi um carro onde as malas não ficariam à mostra.
Mas se você estiver lá durante a semana, ai recomendo verificar um estacionamento. Pelo Google Maps você consegue localizar eles por proximidade às atrações.
Algo que alternativamente você pode fazer é estacionar num ponto próximo ao metrô e ir para as atrações de metrô. Mas ai vai muito da quantidade de coisas que você pretende fazer.
Boa viagem!!!
Ola!
Tão dificil achar um relato de alguem que foi ficar i dia em Washington!
Eu gostaria de saber como foi dirigir la? Vou em novembro deste ano, e aluguei um carro saindo do Dulles.
Meu Hotel é proximo ao Nacional Hall, só precisa cruzar a ponte.
Mas confesso que estou preocupada com o trajeto de volta , tipo...o voo sai as 18:50 e estou pensando em parar de turistar as 14:00 , que acha?
Já voltar para o aeroporto ,entregar o carro e se apresentar no voo (que vai para Barcelona) as 16:50
Vou ter das 08:00 da manhã até as 14:00 para fazer os passeios, com o carro alugado (malas no carro) e depois ir direto para o Aeroporto.
Acha que da?
Oi Lilian
Olha, eu tive uma sorte de estar lá num final de semana, então tudo estava super tranquilo.
Uma sugestão é você olhar os trajetos e programar no Google Maps para te mostrar durante a semana e talvez nos seus horários.
Ai use o pior cenário e adicione de 1h a 2h para imprevistos. É assim que faço.